Olhai os Lírios do Campo

Olhai os Lírios do Campo Erico Verissimo




Resenhas - Olhai os Lírios do Campo


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Lucas 20/12/2011

Ser simples é ser incrível.
"Se naquele instante - refletiu Eugênio - caísse na Terra um habitante de Marte, havia de ficar embasbacado ao verificar que num dia tão maravilhosamente belo e macio, de sol tão dourado,os homens em sua maioria estavam metidos em escritórios, oficinas, fábricas... E se perguntasse a qualquer um deles: "Homem, por que trabalhas com tanta fúria durante todas as horas de Sol?" - Ouviria esta resposta singular: "Para ganhar a vida". E no entanto a vida ali estava a se oferecer toda, numa gratuidade milagrosa. Os Homens viviam tão ofuscados por desejos ambiciosos que nem sequer davam por ela. Nem com todas as conquistas da inteligência tinham descoberto um meio de trabalhar menos e viver mais. Agitavam-se na terra e não se conheciam uns aos outros, não se amavam como deviam. A competição os transformava em inimigos. E, havia muitos séculos, tinham crucificado um profeta que se esforçara por lhes mostrar que eles eram irmãos, apenas e sempre irmãos."

Que bela surpresa encontrar pensamentos tão verdadeiros e confrontantes em uma obra da literatura brasileira. Indico mesmo!
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Mariana 05/12/2011

Só lendo pra ver que grande mensagem esse livro tem para nos passar.
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Isabelle 29/11/2011

''A vida começa todos os dias''
Fantástica a trajetória que Érico delimita para Eugênio.
Nascido em família humilde, ele se depara com a honestidade e ingenuidade do pai, Ângelo, que está sempre de olhos cabisbaixos, aceitando a vida passivamente. Seu irmão, Ernesto, vive bebendo e em farras, sem se preocupar com o futuro. Sua mãe, Alzira, é que tenta pôr a casa em ordem.
Nesse ambiente, Eugênio, desde cedo, planeja ser médico e ganhar tudo o que um dia não teve. Sua inspiração "chegou" com as visitas do Dr. Florismal, o médico da localidade.

(continua...)

Reformatório

Faculdade

Casamento

Anamaria

Fim
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Isa Gama 21/11/2011

O livro é dividido em 2 partes.

Na primeira, vemos "flashes" da vida de Eugênio.Memórias que moldaram a sua personalidade, memórias que nos apresentam a ele, um resumo da sua vida até então.
Foi a parte que gostei do livro, porque mostra uma pessoa real.

A segunda parte do livro é o que acontece DEPOIS.Ele toma coragem, faz o que deveria ter feito a muito tempo, torna-se "um sonhador", "um romântico", em suma, um altruísta.E isso ficou exagerado demais.O próprio Érico concorda com isso.

Se eu tivesse lido esse romance ano passado, na época em que eu "era um garoto que queria mudar o mundo", talvez tivesse achado a história perfeita. Mas hoje, minha mentalidade está diferente, não consigo olhar os diálogos de Eugênio e algumas das cartas de Olívia sem cetiscimo.

Isso não quer dizer que o livro não se salva, a primeira parte é maravilhosa e a segunda...começa bem, e tirando o exagero dos dicursos, tem histórias interessantes, fazem-nos refletir sobre diversos assuntos.

Recomendo

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Evy 07/09/2011

DESAFIO LITERÁRIO 2011 - Tema: Literatura Brasileira / Mês: Agosto (Livro 3)
Este é o primeiro livro que li de Erico Verissimo. Confesso não ser muito fã de literatura nacional e por isso ainda desconheço muitos autores consagrados de nosso país. O que posso dizer é que gostei muito da narrativa de Erico e em muitos momentos até me esqueci que estava lendo umlivro nacional. De alguma forma (e talvez alguns me achem louca por pensar isso), Olhai os Lírios do Campo me lembrou do livro A insustentável Leveza do Ser, no sentido de nos fazer refletir sobre os diversos aspectos da natureza humana.

O título do livro foi o que me chamou mais atenção. É lindo e poético e bem no fim do livro fica claro a escolha do autor. "Considerai os lírios do campo. Eles não fiam nem tecem e no entanto nem Salomão em toda a sua glória se cobriu como um deles". É a procura pelo que é verdadeiramente essencial na vida. A história gira em torno de Eugênio fontes, uma pessoa infeliz e marcada por experiências humilhantes de uma infância pobre. Eugênio cria um complexo de inferioridade que o acompanha por grande parte de sua vida. Uma das cenas mais marcantes do livro pra mim é quando Eugenio já na faculdade de Medicina e ao redor com alguns amigos, encontra seu pai, o pobre Ângelo:

"Eugênio viu um vulto familiar surgir a uma esquina e sentiu um desfalecimento. Reconheceria aquela figura de longe, no meio de mil... Um homem magro e encurvado, mal vestido, com um pacote no braço, o pai, o pobre Ângelo. Lá vinha ele subindo a rua. Eugênio sentiu no corpo um formigamento quente de mal-estar. Desejou - com que ardor, com que desespero! - que o velho atravessasse a rua, mudasse de rumo. Seria embaraçoso, constrangedor se Ângelo o visse, parasse e lhe dirigisse a palavra. Alcibíades e Castanho ficariam sabendo que ele era filho dum pobre alfaiate que saía pela rua a entregar pessoalmente as roupas dos fregueses... Haviam de desprezá-lo mais por isso. Eugênio já antecipava o amargor da nova humilhação. Olhou para os lados, pensando numa fuga. (...) Hesitou ainda um instante e quando quis tomar uma resolução, era tarde demais. Ângelo já os defrontava. Viu o filho, olhou dele para os outros e o seu rosto se abriu num sorriso largo de surpreendida felicidade. Afastou-se servil para a beira da calçada, tirou o chapéu. - Boa tarde, Genoca! - exclamou. O orgulho iluminava-lhe o rosto. Muito vermelho e perturbado Eugênio olhava para a frente em silêncio, como se não o tivesse visto nem ouvido. Os outros também continuavam a caminhar, sem terem dado pelo gesto do homem".

No dia de sua formatura, Eugênio conhece melhor a estudante Olívia, uma garota cheia de sensibilidade e serenidade e com quem acaba criando um laço de amizade e depois torna-se seu amante. Para Eugenio, estar com Olívia era uma espécie de porto-seguro para onde ele ia quando sentia-se estressado e estava em sofrimento. Mesmo assim, acaba casando-se com uma mulher rica e da alta sociedade, pois odeia a pobreza. Casou-se sabendo de seu erro, mas leva o casamento em frente por três anos. Neste período Eugênio deixa de ser médico e trabalha na firma do pai de sua esposa. A ambientação do romance é de uma época onde o capitalismo devasta a vida das personagens. A busca pela riqueza, status e prazer é a moda da época e ninguém se importa mais com os sentimentos.

Aos poucos e após um reencontro com Olívia onde ele descobre que tem uma filha, Eugênio começa a enxergar que fez a escolha errada e começa a dar alguns passos em direção a uma nova vida. No convívio puro e feliz com Anamaria, sua filha e Olívia, Eugênio descobre finalmente que dinheiro não traz felicidade, mas ainda assim não é capaz de dar o passo que o faria separar-se de sua confortável situação na casa do pai de sua esposa. Apenas um trágico acontecimento acaba por fazer Eugênio acordar de verdade e a partir de então, sua vida volta-se para a feitura do bem e a busca pela paz e o desenvolvimento pessoal.

A narrativa se divide, portanto, em duas partes, sendo a primeira contando a infância de Eugênio até seu casamento por dinheiro com Eunice e a segunda contando a parte em que Eugênio descobre o verdadeiro sentido de sua vida e inicia uma nova vida. Em ambas as partes, vários personagens e suas misérias pessoais também nos são apresentadas e isso também torna o romance interessante.

"A vida começa todos os dias"

Gostei de conhecer Erico Veríssimo e sua narrativa desenvolta e rica. Anotei diversas citações lindas e as relações sociais e pessoais apresentadas foram muito bem desenvolvidas. Destaco o namoro de Dora, moça rica e da alta sociedade e Simão, um pobre judeu discriminado por sua raça.

Com certeza, é uma leitura recomendada!
Léia Viana 08/09/2011minha estante
Eu tenho esse livro e ainda não tive coragem de lê-lo.
O título me assusta um pouco, acho imponente, forte, mas pela sua resenha deve ter sim lindas citações, bem reflexivas.


Samille15 10/10/2012minha estante
Adorei a resenha! Mas Eugênio não conhece Olívia no dia da formatura... ela era estudante de medicina também.

=)


Ju 29/06/2013minha estante
Isso sim é um bom livro, ameei!!!




Diandra 17/08/2011

Sentimentos humanos a flor da pele
Este livro num resumo seria isso, um misto de emoções,tristezas, vontades e saudades.E a narrativa detalhada dá uma certa profundidade as lembranças e pensamentos de Eugênio.As vezes pensamos estar ao lado dele escutando o próprio nos contar suas histórias.
E pode ser considerado um romance muito humano, pois trata de assuntos tão comuns, tão presentes em nossas vidas.
Recomendo muito, creio que qualquer pessoa pode se identificar com alguma passagem do livro, já que é tão verdadeiro e humano
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GG 03/08/2011

Uma obra humana...
Livro maravilhoso. Até agora não entendo porque demorei tanto para lê-lo ou porque adiei tanto essa leitura. Já sabia que Érico Veríssimo não ia me decepcionar, mas era incrível como sempre havia um contratempo que me impedia de fazer essa leitura. Impressionante como ela surge na minha vida em um momento tão especial, momento em que penso que o material não é tão importante assim e é justamente disso que "Olhai os lírios do campo" trata.
Traz a ideia de desapego da vida material para desfrutar com todas as suas forças a vida mais humana... o carpe diem. É lindo perceber o discurso de Olívia e se comover com o modo em que a vida de Eugênio vai se moldando ao discurso que anteriormente era tão difícil para ele entender.
Impossível não se comover com os desenrolares da história. Digo desenrolares porque são muitas tramas envolvidas, muitas vidas envolvidas. Eugênio, Olívia, Eunice, Filipe, Isabel, Dora, Simão. Todos personagens reconhecidos em nosso dia-a-dia, personagens humanos demais.
Diversas vezes, enquanto lia essa obra, me flagrava refletindo sobre a minha vida. Pensando no que poderia fazer para torná-la melhor... É claro que nunca saberemos, mas é bom pensar de vez em quando...
Emocionei-me, identifiquei-me e após essa leitura tenho uma vontade imensa de agarrar a vida com todas as forças, de amar a todos até os que não amo, de praticar a gentileza, de ser um ser humano mais humano.
Pra finalizar, deixo que Olívia fale por mim, uma humilde leitora: "Tu uma vez comparaste a vida a um transatlântico e te perguntaste a ti mesmo: 'Estarei fazendo uma viagem agradável?' Mas eu te asseguro que o mais decente seria pergunta: 'Estarei sendo um bom companheiro de viagem?".
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Juh Lira 15/07/2011

"Olhai os Lírios do Campo" Olhai a Vida...
Para essas e outras resenhas, acesse: www.silentmyworld.blogspot.com


“Olhai os lírios do campo: eles não tecem nem fiam, mas nem Salomão com toda a sua glória se vestia como um deles”





1ª Parte


A obra em si é muita complexa, e se destrinchada, dela se é possível fazer mil resenhas e debates de tantos assuntos que são abordados na trama de cunho tão atual.


“Olhai os Lírios do Campo” que tem como enfoque a trajetória de Eugênio Fontes em sua busca por si mesmo, e é divido em duas grandes partes.

Na primeira parte, temos Eugênio correndo contra o relógio para ver Olívia uma última vez e nesse meio tempo, ele se recorda de seu passado, e sua infância infeliz e pobre.

Eugênio nessa primeira parte demonstra ser alguém com uma personalidade deturpada pelo senso de autocrítica, pela falta de confiança em si mesmo e pelo senso de inferioridade, tudo isso por ele mesmo idealizado. O autor vai trabalhando uma narração completamente fincada no interior da personagem, como se estivesse lendo a sua alma, onde pensamentos e emoções de Eugênio são misturados com os fatos exteriores.

Eugênio a meu ver mostra ser mesquinho, e puramente materialista, num ideário capitalista nojento de riqueza sem valor e repúdio a pobreza, sendo que ele mesmo possuía uma alma miserável e um caráter pior ainda. Não estou dizendo que ele é mau. Não. Eugênio na primeira parte do romance é um homem sem qualquer sensibilidade humana ou até mesmo moral, se é possível dizer isso.

Nesse definhar de personalidade, o autor nos apresenta Olívia, jovem colega da faculdade de medicina, totalmente oposta a Eugênio. O desenvolvimento do relacionamento dos dois deixa muitas dúvidas ao leitor, porque a impressão que eu tive é que o autor meio que “escondeu” alguns fatos. Digamos que ele deixou o leitor às escuras, devido na primeira parte a narração ter sido escrita em saltos, pulando fatos e indo para as cenas cruciais. Não gostei em referência a Olívia, pois sua aparição foi muito, muito pouca, numa perspectiva totalmente centrada em Eugênio. Outro fato também que conta pontos negativos é logo no início do romance em que não dá para saber o que aconteceu com Olívia. O autor não dá muitas explicações, pelo menos não alguma que eu tenha entendido. Não sei, pode ter sido um descuido de minha parte na hora da leitura, por mais estúpido que possa ser...

Falando em Olívia nesta primeira parte, ela demonstra ser compreensiva demais com Eugênio e suas burradas, com uma imensa sabedoria e mistério em torno de sua vida e passado. Olívia deixou sua alma nas cartas para Eugênio, cruciais para a segunda parte.

2ª Parte

Temos na segunda parte Eugênio em conflito e indeciso em relação ao seu futuro e da filha que Olívia deixou Anamaria. É irônico como Eugênio, mesmo casado com a filha de um rico industrialista, Eunice Cintra, uma personagem muito interessante, continua no mesmo patamar de inferioridade.

Eunice assim como Acélio Castanho, jovens intelectuais, tinham uma preocupação inútil em relação às idéias modernas da época. Estamos falando de um período em que o movimento Modernista estava fincando suas raízes, já na metade da década de 30. Há um capítulo muito interessante em que há um debate sobre a arte e a sociedade moderna e arte e a sociedade conservadora. É incrível a visão tão materialista e egoísta desses personagens, mais na questão do Acélio. Eunice vai por em prática essa visão egoísta na recusa de ser mãe e na humilhação a Eugênio, como ela própria diz que ele não passa de um experimento científico “freudiano”. É a consequência da modernização que eles tanto abominavam. Os dois não são seres humanos de fato, na questão de olhar o mundo como seres humanos para seres humanos, não como meros animais e eles dois como seres superiores. Máquinas. Essa passagem é muito boa e vale à pena relê-la, se encontram nas páginas 156 em diante.

O ideal capitalista de Eugênio vai morrendo aos poucos e finalmente ele vai renascer como ser humano que se compadece das misérias da humanidade, que se preocupa com o bem. O autor juntamente com Eugênio vai filosofando sobre os problemas sociais do mundo moderno, misturados aos sonhos de uma sociedade que ofereça uma vida melhor a todos.

Todo esse ideal humanista pode ser resumido nas palavras da própria Olívia:

“No dia que achei a Deus, encontrei a paz e ao mesmo tempo percebi que de certa maneira não haveria mais paz para mim. Descobri que a paz interior só se conquista com o sacrifício da paz exterior. Era preciso fazer alguma coisa pelos outros. O mundo está cheio de sofrimento, de gritos de socorro. Que tinha feito eu então para diminuir esses sofrimento e atender esses apelos?”

O mais misterioso de tudo isso é que Eugênio não sabia de nada sobre o passado de Olívia. E o leitor menos ainda. Olívia acaba por se transformar num personagem mais idealizado do que real, quase como se Eugênio simplesmente a tivesse imaginado... “Perfeita” demais, se é que podemos dizer isso. Aí eu me peguei perguntando: Será que Olívia de fato existiu? Ou será que ela foi um anjo enviado para “salvar” Eugênio de si mesmo?

Tá parece absurdo o que eu disse, na verdade é absurdo, mas quem garante?

O livro termina cheio de perguntas não respondidas e de fatos incompletos, o que deixa o leitor intrigado.

É fato, caros leitores, que “Olhai os Lírios do Campo” mostra dois lados da humanidade: os que pisam e fazem os outros sofrerem e os que tentam ajudar como podem os que sofrem. Um exemplo seria o engenheiro Felipe Lobo, amigo da família Cintra, que preferiu cuidar com zelo de seu prédio cheio de ferro monstruoso, do que da própria filha.

A obra deixa uma grande mensagem de coragem e amor para quem lê. A visão inocente mais cheia de sabedoria de Eugênio e de Olívia sempre foi minha esperança para o mundo. Eugênio conseguiu encontrar a si mesmo, pois só assim poderemos ajudar ao próximo. Quantos no mundo de hoje que precisam se encontrar?


“Olhai os Lírios do Campo" pode parecer piega e cheio de moralismo, mas tudo isso porque ele toca nas feridas da humanidade, em vários discursos filosóficos das personagens. Quem não gosta de pensar um pouquinho sobre a vida, eu recomendo não ler este livro. Se ao contrário, você gosta de destrinchar a vida, eu recomendo.

No fim, essa foi minha primeira leitura e escrevi as minhas primeiras impressões aqui. No futuro pretendo lê-lo novamente e claro a minha visão pode mudar ou não. É uma obra atemporal que deve ser lida nas fases importantes da vida.

Termino aqui, com outra passagem de Olívia que resume tudo o que eu escrevi.

“Está claro que não devemos tomar as parábolas de Cristo ao pé da letra e ficar deitados à espera de que tudo nos caia do céu. É indispensável trabalhar, pois num mundo de criaturas passivas seria também triste e sem beleza. Precisamos entretanto, dar um sentido humano às nossas construções. E quando o amor ao dinheiro, ao sucessos nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as estrelas do céu”
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Leid 14/07/2011

Olhai... para esse livro!
O primeiro livro desse autor que peguei na biblioteca da escola e gostei muito. Érico Veríssimo narra uma história envolvente sobre oa busca por uma posição social mais alta, passando pelo amor.
Muito interessante e principalmente emocionante.
Um ótimo livro.
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Raffafust 04/07/2011

O livro que despertou uma paixão....
Tudo que eu fale sobre esse livro é pouco, já perdi a conta de quantas vezes o li e volta e meia acho que preciso de uma nova edição dele em minah estante mas não consigo me desfazer da primeira que tive, da única que tenho, do livro que despertou em mim o prazer de ler, era 1991 e a professora do Colégio Santo Inácio epdiu que lêssemos esse livro para um trabalho, nunca tinha me encantado tanto com algo, chegava em casa e não ligava a tv, não ouvia os lps da Xuxa e nem queria falar com minhas amigas horas no telefone, eu queria terminar de ler a incrível e cativante história do menino pobre de nome Eugenio que passou a infância sendo ridicularizado na escola porque nem dinheiro para seu uniforme que era rasgado no fundilho a família tinha e narra como aquela criança de transformou em um médico poderoso que não consegue esquecer o passado de humilhações e casa por vingança com uma herdeira abandonando a mulher que a amava sem interesse e era sua companheira da faculdade de Medicina.
O livro de Eric Veríssimo lançado em 1938 é um dos livros mais lindos que já vi, tem uma historia tão envolvente que nos faz querer ler até o final e mistura o sentimento de pena por Eugenio até termos raiva de sua ambição desenfreada.
Foi a partir dele que me encantei pelo mundo literário pena que meu autor favorito culpado pela minha paixão já tivesse falecido quando fez eu me apaixonar pelo que escreveu!
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Marina 18/06/2011

SINESTESIA: para ler, e sentir

“Olhai os lírios do campo” é uma obra que, desde o título nos envolve em uma atmosfera SINESTÉSICA: nos induz à capacidade de sentir, ou ter uma percepção simultânea.

É muito provável que, ao ler o título do livro, você imaginou um vasto campo coberto de lírios, sentiu a brisa que os faziam balouçar, e aspirou o aroma que eles exalavam. É essa a característica que faz da obra algo singular, ímpar- uma simples descrição é capaz de fundir, ou fazer despertar sensações auditivas, olfativas, visuais ou táteis.

Assim, conhecemos a história de Eugênio Fontes, e somos impelidos a refletir sobre várias questões universais e atemporais: qual o valor da família? Qual nível de importância ela ocupa em sua vida? Até qual ponto pode-se deixar levar pela ambição? Tudo é válido para conseguirmos ascensão social e financeira? Qual a melhor profissão: a que fornece maior remuneração ou a que te satisfaz como ser humano? O que é o amor? Ele pode ser comprado? E o arrependimento? Como curar? O que é mais valioso: a tecnologia que constrói arranha-céus imponentes pela aparência, ou as singelezas da natureza, como os lírios do campo, que possuem sua riqueza implícita?

Ouso dizer que em alguns momentos na narrativa, há uma assimilação com os pensamentos de CLARICE LISPECTOR. Com sua escrita leve, Erico Veríssimo nos conduz às vertentes da alma humana, com o direito de ver pelo caminho belas paisagens, como céus que tinham uma cor “cinza polvilhada de azul desbotado” (pág. 40), ou que possuíam o brilho das estrelas que “tinha uma pureza líquida” (pág. 85).
Um livro belíssimo.

Obs: o título da obra se baseia na passagem bíblica conhecida como “O Sermão da Montanha”. O trecho presente no livro se encontra em: Mt 6, 28-29.
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Mel 12/05/2011

Olhai os lírios do campo...
Ganhei este livro da minha avó, e a história me agradou bastante. É escrita de uma forma muito interessante, na qual o autor começa contando o final e usando as lembranças do personagem principal pra revelar o começo da história.
O primeiro fato do livro é um telefonema do hospital para o Dr. Eugênio, avisando-o de que Olívia está desenganada e gostaria de vê-lo. A partir de então, enquanto ele se põe a caminho do hospital, começa a lembrar do seu passado, desde criança, até quando conheceu Olívia e tudo o que viveram juntos.
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