Olhai os lírios do campo

Olhai os lírios do campo Erico Verissimo




Resenhas - Olhai os Lírios do Campo


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Henrique_ 23/10/2022

Uma pausa para valorizar o que importa
Minha primeira leitura de Érico Veríssimo e gostei de sua forma simples da escrita. E nessa simplicidade são abertas inúmeras possibilidades interpretativas da narrativa. Podemos nos juntar a Eugênio e julgá-lo pelo seu comportamento mesquinho na vida ao logo de quase todo livro e nos comiseramos com Olívia, seu contraponto, a generosidade e bondade encarnadas. Podemos ter um olhar mais técnico e procurar nas entrelinhas onde o autor queria chegar com algumas descrições excessivamente detalhadas (não gostei dessas partes) e associá-las ao contexto histórico em que a obra foi escrita. Ou também podemos aprender como Eugênio a parar, tomar algumas respirações e apreciar o que de fato importa na vida.
"Homem, por que trabalhas com tanta fúria durante todas as horas de sol? - ouviria esta resposta singular: "Para ganhar a vida". E no entanto a vida ali estava a se oferecer toda, numa gratuidade milagrosa." p. 385
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Adriana1161 23/11/2022

A vida começa todos os dias
Foi uma releitura, achei tão bom quanto da primeira vez que li. Percebi alguns clichês, mas nada que diminuísse a obra.
Fiquei impressionada com a lucidez com que o autor aborda alguns temas como antissemitismo, ditadura Getulista, fascismo, o Terceiro Reich, mesmo este último sendo contemporâneo à época em que o livro foi escrito.
Romance social, romance psicológico, com um ritmo cinematográfico.
Narrado em terceira pessoa, porém contaminado pela perspectiva de Eugênio.
Deixo aqui, o que escrevi sobre o livro, na primeira leitura:
Livro lindo, história linda, daquelas que ficam na memória, personagens que ficam colados na gente!
A primeira parte, alterna passado e presente, a vida de um adolescente um tanto ingênuo, com sentimento de inferioridade. Parece até ser um romance de formação.
A segunda parte, aborda só o presente do personagem.
Faz ótimas críticas sociais e políticas, pertinentes até os dias de hoje. Tem discussões sobre a política mundial, tratando dos acontecimentos mais efervescentes e relevantes da época.
Gostei de várias frases: "A vida começa todos os dias", "Tinha tido apenas a ilusão de viver, mas na verdade andara morto por entre os homens", "A bondade não é uma virtude passiva", "A gentileza podia melhorar o mundo"
Como todo bom clássico, é atemporal! Gostei muito!
Complementando, achei Eugênio um personagem bastante complexo, me pego pensando sobre algumas coisas que ele também pensava!
Personagens: Eugênio, Ernesto, d. Alzira, Ângelo, Olivia, Honorio, Eunice, Anamaria, Seixas, Filipe, Isabel, Dora, Simão, Castanho, Cintra, Hans e Frida Falk
Local: Porto Alegre - década de 30
@driperini
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Igor Jota 22/01/2014

"Olhai os Lírios do Campo" é um dos romances mais emocionantes que já li. Do começo ao fim me levou à reflexão, à confirmação e à discordância de valores. Emocionou-me várias vezes, quando me identifiquei e identifiquei pessoas reais nos personagens criados por Érico Verissimo. É uma obra atemporal que deve ser lida nas fases importantes da vida!
Paty 24/01/2014minha estante
Sou apaixonada por este livro!




gissaxp 08/10/2024

Olhai para os lírios do campo, veja como eles crescem
Olhai os lírios do campo sem dúvidas é o título mais lindo que eu já vi, em parte porque traz como base o versículo lindíssimo, e em parte porque o significado ao longo do livro é incrível!!!

Esse livro é profundo e ao mesmo tempo simples, fácil e gostoso de ler, mas admito que na primeira parte, foram algumas das páginas em que eu mais passei raiva lendo!!!

O Personagem principal Eugênio, junta tudo, absolutamente tudo o que eu acho de mais repugnante no caráter de um homem, ele é egocêntrico, vitimista, irresponsável, imaturo, inconsequente, completamente um coitado da vida! ?Ah porque tudo de ruim NO MUNDO acontece comigo, ah porque a vida é injusta e não vale a pena, ah porque eu não merecia passar por tudo isso, ah porque fulano tem aquilo e ciclano isso, e eles merecem tão menos que eu, ah porque eu sou assim por culpa desse, daquele e aquele outro? JURO eu não suporto pessoas assim, Deus que me perdoe, porque também chega em uma idade que deu de culpar os outros pela vida que nós mesmos levamos não é?

Enfim, vemos que eu realmente não estava suportando Eugênio. Em contrapartida, temos uma personagem linda e maravilhosa: Olívia, em que na sua pouca idade, mostra maturidade e senso! Pois bem, eles se conhecem e desse relacionamento vão surgindo pontos para refletirmos. Olívia tenta fazer com que Eugênio olhe, realmente veja, os lírios no campo, as estrelas no céu, o outro lado da vida em que ele nunca parou para ver, por estar sempre reclamando e chorando as pitangas por aí. Olívia é dona das citações mais lindas desse livro, como por exemplo:
?Estive pensando muito na fúria cega com que os homens se atiram à caça do dinheiro. É essa a causa principal dos dramas, das injustiças, da incompreensão da nossa época. Eles esquecem o que têm de mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece de melhor: as relações de criatura para criatura. De que serve construir arranha-céus se não há mais almas humanas para morar neles?
Quero que abras os olhos, Eugênio, que acordes enquanto é tempo.?
Olha isso???? ou então:
?O dia mais importante da minha vida foi aquele em que, recordando de tô dos os meus erros, achei que já chegara a hora de procurar uma nova maneira de ser útil ao próximo, de dar novo rumo às minhas relações humanas. Que era que eu tinha feito senão satisfazer os meus desejos, o meu egoismo? Podia ser considerada uma criatura boa apenas porque não matava, porque não roubava, porque não agredia? A bondade não deve ser uma virtude passiva. No dia em que achei Deus, encontrei a paz e ao mesmo tempo percebi que de certa maneira não haveria mais paz para mim. Descobri que a paz interior só se conquista com o sacrificio da paz exterior: Era preciso fazer alguma coisa pelos outros. O mundo está cheio de sofrimento, de gritos de socorro. Que tinha eu feito até então para diminuir esse sofrimento, para atender a esses apelos??

Enfim, o livro é absurdo, não quero dar nenhum tipo de spoiler, pois amo ler não sabendo nada sobre a história, e sempre vou recomendar isso!! Então o máximo que busco fazer, é mostra a beleza! E foi o que mais me atraiu nesse livro.
Esse chamado para olhar além do rotineiro, para fazer da nossa própria única vida, a melhor versão, uma versão mais leve e bela, e aqui por favor, não estou falando que os problemas sumirão, ou algo do tipo, não estou falando com relação a essas coisas materiais. O livro traz algo mais simples, mas que realmente faz diferença! Olhar as pequenas coisas boas que sempre estiveram na rotina, mas que nunca damos atenção, pois preferimos aumentar os problemas e as coisas ruins.
thainacreditavel 08/10/2024minha estante
Adorei a resenha! Já era um livro que estava na minha lista e agora tô ansiosa pra lê-lo ?


gissaxp 08/10/2024minha estante
muito obrigada!!?? ele é uma ótima leitura, vai gostar!




Ludmila 08/09/2021

Simplesmente maravilhoso! Sem palavras para expressar a sensibilidade da escrita e a profundidade do personagem.
anoca 08/09/2021minha estante
este livro me deixou c uma ressaca terrível, simplesmente n consigo começar o segundo.


Ludmila 08/09/2021minha estante
Muda de estilo, dá um tempo, procura algo completamente diferente! Ele é realmente denso


anoca 13/09/2021minha estante
sim, é oq estou fazendo, lendo coisas bem diferentes, mas mal vejo a hr de retomar a leitura dessa saga.




Carol 18/11/2020

Nesse livro, conhecemos a vida de Eugênio desde sua infância, a narrativa é intercalada entre o passado e o presente. Conhecemos todas as suas crises existenciais, desejos, decepções e remorsos. Eugênio teve uma infância muito difícil, sua família era muito pobre e a forma como ele enxergava seus pais e culpava o pai pela situação em que eles viviam, foi muito difícil de ler.
Eugênio sempre se sentiu muito inferiorizado, até mesmo na vida adulta.
Entretanto, a maneira como Olívia muda sua visão da vida e faz com que ele reavalie as suas prioridades é muito bonita.

"Considerai os lírios do campo. Eles não fiam nem tecem e no entanto nem Salomão em toda a sua glória se cobriu como um deles"
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Lipe 05/04/2020

5° obra de Erico Verissimo em ordem cronológica (1938)
"Olhai os lírios do campo", fora, para mim, um encontro com a escrita Verissima mais filosófica, poética e de personagens que se peculiarizam pelo caráter formada a partir do contextos político e social em que estão inseridos. Transformados pelo meio, mas também pelas aguras da vida. Foi também um convite à reflexão sobre a vida, sobretudo, a partir das escolhas errôneas de Eugênio, que casa-se com Eunice por conveniência social, status, dinheiro; deixando de viver o grande amor de Olívia, que verdadeiramente o amara.
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Fraoliveira180 08/04/2022

Um retado de sua época
Tal livro vai fazer referência a sua época de publicação, 1938, e também vai pontuar alguns assuntos cascudos para época como antissemitismo, empoderação feminina e aborto.
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Tiago 16/07/2022

Uma bela história
Este livro foi a minha primeira experiência com Erico Veríssimo e meu primeiro romance de um escritor Rio Grande do Sul. O meu único ponto de contacto com a literatura sulista tinha sido através das crônicas de Luis Fernando Veríssimo, filho do Erico. É curioso como a literatura do sul do Brasil é "isolada" do resto do país. Eu sou do Rio de Janeiro e na escola tive acesso a obras de escritores do sudeste (Machado de Assis, Lima Barreto, Guimarães Rosa, etc), nordeste (Graciliano Ramos, Jorge Amado, Rachel de Queiroz, etc).

Sobre o livro o que eu posso dizer é já começo discordando do prefácio escrito pelo Erico Veríssimo. Acho que ele exagerou bastante na autocrítica. Gostei bastante do livro e a história, apesar de em certos pontos ter um "vibe" de telenovela, conseguiu me cativar como leitor.

O livro é centrado no personagem do Dr. Eugênio Fontes, um médico relativamente bem conectado dentro da alta sociedade gaúcha graças ao seu casamento. A história começa com ele recebendo uma ligação do hospital onde está internada Olívia, seu verdadeiro amor da vida, a beira da morte. Eugênio, infeliz no casamento, sai em disparada para tentar ver Olívia pela última vez.

O livro tem duas partes distintas. Na primeira, temos a viagem de Eugênio para tentar se reunir com Olívia. Durante esta viagem somos apresentados às suas lembranças da sua infância/juventude/inicio da vida adulta miserável. O que eu posso dizer desta parte? Eugênio mostra-se um personagem completamente detestável, com um dom para o vitimismo que acredito nunca ter visto. O complexo de inferioridade de Eugênio é de deixar qualquer leitor se sentindo o "maior da aldeia". Eugênio, raso como um pires, tinha vergonha da família, queria sair daquele ambiente de pobreza, encontrar um mulher rica e da alta sociedade para casar. Durante o seu estudo de medicina conhece Olívia e ambos se apaixonam. Os caminhos dos dois acabam tomando rumos diferentes. Olívia vai para uma colônia de imigrantes italianos e Eugênio conhece Eunice, o arquétipo de esposa que ele idealizava (rica e influente). O casamento, como esperado, não funciona. Por outro lado, Olívia descobre-se grávida de Eugênio e dá a luz Anamaria. Eugênio, mais uma vez, não faz nenhum favor para a sua reputação junto ao leitor e é o típico pai distante. A primeira parte termina quando Eugênio, ao chegar ao hospital, recebe a notícia de que Olívia havia falecido.

A segunda parte do livro, a melhor na minha opinião, volta ao tempo presente. Eugênio recebe as inúmeras cartas que Olívia lhe escreveu mas nunca enviou e ao ter um contacto maior com Anamaria parece que "vira um chave" dentro dele. A segunda parte pode ser vista como a descoberta do verdadeiro sentido da vida para Eugênio. Erico Verissimo pode ter considerado, na sua autocrítica, que esta parte pode ter sido dramática e/ou filosófica demais. Eu, pelo contrário, achei a dose adequada. Acho que o distanciamento de Olívia torna as suas cartas plausíveis e a convivência de Eugênio junto a uma alta sociedade bastante superficial de Porto Alegre torna o seu "despertar" também plausível. Aqui vejo uma ligeira semelhança entre Eugênio e o Liévin do Anna Kariênina. Ambos ficam pensando e filosofando a respeito do sentido da vida. Algumas vezes resvala na filosofia barata, é verdade, mas, como disse antes, achei plausível diante da forma como a história se desenvolveu. Devemos notar que o narrador da história é claramente simpático a Eugênio e pode ter achado que esse floreado/drama a mais iria "ajudar a causa" de Eugênio junto ao leitor.

O livro tem vários personagens secundários fascinantes (Florismal, o Dr. Seixas e vários pacientes de Eugênio) e também retrata o ambiente no Brasil na época (revolução de 1930, quando Getúlio Vargas assumiu o poder e o período pré-segunda guerra mundial). . Eu dou 3 estrelas a primeira parte, 4 estrelas a segunda e arredondo para cima a minha avaliação.

Gostei da leitura e, sem dúvida, vou ler outras obras do Erico Veríssimo.
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tici 12/02/2023

Meu primeiro favorito do ano e acho que será um dos favoritos da vida ?
Esse livro tem uma força e ao mesmo tempo uma delicadeza tão intensas. Várias vezes me emocionei e me vi sendo atingida com essa leitura. Esse é um livro que, como um dos personagens expressa, é para quem gosta de colocar o dedo na ferida. Pra quem é inquieto e carrega as dúvidas do mundo em si. Com tantas incertezas, no final dessa obra, você acaba por sair com a impressão de que pode ficar tudo bem assim mesmo.
tici 12/02/2023minha estante
Através desse livro, me apaixonei pela escrita e pelas reflexões de Veríssimo de uma forma mais íntima.




Peter.Molina 06/09/2024

A força da ambição
Neste livro, Érico Veríssimo conta a história de Eugênio, um futuro médico, que veio de uma história de pobreza e humilhações, para depois fazer de tudo para alcançar um nome, uma posição, fama e status. Nessa jornada fará muitas escolhas erradas que lhe trarão muitos pesares. A primeira parte do livro é intensa, e o plot emocionante. Na segunda parte, o livro fica mais morno, com espaço para discussões entre a moral e a ética, casos de pacientes e a tentativa de redenção do personagem principal, com um leve flerte com o cristianismo, vide o título que remete a uma passagem bíblica. Mas mesmo assim, de uma escrita fluida, que encanta e faz pensar.
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Paula 26/12/2023

Resolvi reler esse livro após mais de 10 anos, pois não tinha nenhuma lembrança dele, apenas que gostei bastante.
Porém não foi o que aconteceu dessa vez.
A primeira parte do livro, gostei bastante da história, me revoltei com o Eugênio, mas ainda estava bem animada, porém depois da morte da Olívia, senti que tudo desandou, ficou bem entediante de ler e tive que me forçar muito para chegar ao final.
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Rafael.Augusto 27/02/2024

Maravilhoso
Amei o livro porque trata de questões muito sensíveis no nosso país. Tenho impressão que aqui, a maioria das pessoas pensa em enriquecimento financeiro, em se colocar em em níveis mais altos da sociedade (isso me fez lembrar diversas vezes da música "Ouro de tolo" do Raul Seixas), mas se esquece dos prazeres mais simples, como estar presente na vida das pessoas que amam, como o simples fato de contemplar a natureza, como o prazer de fazer o bem não importando a quem, sem contar a falta de consciência das pessoas em relação as outras pessoas, a falta de gentileza que existe no mundo, a falta de cordialidade e do grande abismo que existe desse mundo de riqueza e glamour para esmagadora maioria da população que é pobre e carente em muitos níveis e aspectos. Como é possível passarmos por cima disso sem ao menos um desconforto?
O personagem Eugênio passa por algumas transformações ao longo do romance e se torna uma pessoa muito mais humana, claro que no sentido ideal do termo porque na realidade ser humano é ser individualista, é ser egoísta, é tirar vantagem a qualquer custo, é ser beligerante, e acima de tudo, não ter compaixão nem empatia pelas pessoas.
Recomendo muito muito esse livro. Adorei e acredito que livros como esse, nos ajudam a melhorarmos como pessoas e a aprendermos a bondade, porque bondade também se aprende.
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Leandro 09/06/2024

"Só a vida ensina a viver, genoca. É preciso a gente ver primeiro tudo que a vida tem de mau e de sórdido, para depois podermos descobrir o que ela tem de belo e de bom, de profundamente bom."

A Leitura carrega muitas reflexões sobre a vida e de como podemos vivê-la pra sermos pessoas melhores. Uma das melhores leituras do ano.
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