Tathy 20/11/2011
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Footloose é um romance baseado no roteiro de Dean Pitchford e Craig Brewer e logo nas primeiras páginas, conta em terceira pessoa, a noite de quatro jovens que, depois de sair de uma festa, sofrem um acidente que não deixa nenhum sobrevivente. O motorista era o filho do reverendo Shaw e este, pela responsabilidade que sentia ter com a cidadezinha de Bomont, coloca toda a culpa no filho e em todos os modos de diversão que possa existir. Como o reverendo faz parte do Conselho Municipal, festas, música alta e dança em público são proibidas a partir de então.
Três anos se passam e Ren chega a cidade. Ele irá morar com os seus tios depois de passar por uma situação difícil em Boston, onde vivia até o momento. Como Ren é da “cidade grande” e desconhece as leis locais, assim que chega ele é multado por ouvir música alta e juntando isso, ao fato de ser de fora da cidade, ele é discriminado por muitos, inclusive pelas pessoas do Conselho Municipal.
Quando ele conhece Ariel, a filha caçula do Reverendo Shaw, ele logo percebe algo diferente nela e passa a observá-la e tentar chamar sua atenção. Mas Ariel não dá a mínima pra Ren e pra ninguém. Desde que seu irmão morreu, a três anos atrás e seu pai o trocou do nível “filho amoroso e dedicado” para “vilão da cidade”, ela não quer saber de nada. Quer apenas suportar o fardo de viver em uma cidade pequena até que possa ir estudar em outro lugar e nunca mais voltar…
Eu comentei aqui, que o fato de a Ariel ser uma rebelde com causa me era muito interessante e é verdade. Ela é diferente das últimas protagonistas com quem convivi. Em contra-partida, isso não me causa nenhum tipo de empatia. Não me identifico e nem admiro esse tipo de personalidade. Mas respeito sua individualidade e seus motivos. E sem dúvidas, é isso o que mais atrai Ren.
Entre a pressão de se adaptar a cidade nova e a nova família, de suportar as provocações dos valentões da cidade e a represália da Conselho, Ren tenta a todo custo provar que a música e a dança são necessárias pra celebrar a vida e não pra destruí-la…
Bom… O que torna o livro perfeito? Acredito que seja o fato de Ren nos ensinar a lidar com percas, somado a sua doçura. Ao seu relacionamento sincero com Deus, sua paixão pela música e pela dança… são tantas coisas, mas o ponto forte do livro, pra mim, sem dúvida é o Ren. Não tem coisa mais linda do que, como ele se aproxima da família com o tempo e demonstra isso através da oração. Alguém aí já leu e pode concordar comigo?
Falando assim até parece que é um livro cristão, né? Não o é, mas como é um livro que se passa em uma cidade que é basicamente comandada pelo Reverendo, a questão da fé é presença forte no livro, assim como a visão torta da igreja. E como eu adoro livros neste estilo, acredito que isso também tenha sido um fator importante pra ele se tornar um dos meus livros preferidos. O livro não é só diversão, ele também transmite uma mensagem linda.