Klist 16/10/2024
O embate do Bem e do Mal, a maior obra de Stephen King.
O que aconteceria se todo o mundo fosse acometido por um vírus, de fácil contaminação e que tivesse uma porcentagem de 99% de mortalidade? É isso que King tenta nos apresentar neste livro, que é, definitivamente, uma das mais espetaculares obras que o autor já escreveu.
Começar a ler um livro dele, foi mais um apelo do que uma escolha, logo depois de uma complicadíssima leitura (que está muito longe de ser uma denotação de cunho negativo) com Ensaio Sobre a Cegueira do Saramago, optei por pegar um livro que a leitura descesse tal qual uma cachoeira, que fosse da minha zona de conforto. O Stephen King já é assumidamente meu autor favorito, por que não ler alguma obra dele, e, em uma epifania de loucura, por que não ler a maior obra que ele já escreveu? Essa edição de A Dança da Morte, adaptada e trazida ao Brasil pela Suma, é a versão mais longa do clássico, com muitas partes que em edições anteriores, não haviam sido publicadas. E sinceramente? Que leitura maravilhosa. O primeiro quinto do livro é um tanto quanto parado, mas quando as coisas começam a andar, parece que não para mais. Com momentos de empolgação, de emoção, de tristeza, de tensão, romance? Esse livro traz de tudo um pouco, e tudo se encaixa perfeitamente bem e com uma qualidade incomparável, você consegue sentir medo do homem escuro enquanto lê, e sente um apego gigantesco aos que levam a história adiante, e isso, sem muitos detalhes, mexeu comigo de maneiras incompreensíveis durante a leitura.
Eu teria ficado decepcionado, se a nota que eu concluísse que esse livro merece fosse algo um pouco abaixo que fosse do que a nota máxima, talvez por ser fã do autor, talvez por ter lido mais de mil páginas, não sei, mas na minha cabeça, no meu âmago, sinto que a leitura desse livro mais do que agradou minha mente, me apresentou uma realidade inteira, com vidas, emoções, sociedades, com o bem, e com o mal, o livro me fez feliz, me trouxe a sensação do ânimo da embriaguez, mesmo sem beber. B-E-B-I-D-A, isso é o que faz a mente das pessoas ficar mais leve, minha nossa, sim.