O amor nos tempos do cólera

O amor nos tempos do cólera Gabriel García Márquez




Resenhas - O Amor nos Tempos do Cólera


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Lu Reis 26/09/2023

História de um amor que esperou mais de cinquenta anos para ser vivido, contada de forma longa e extremamente detalhada.
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Nath 22/09/2023

O amor tudo espera?
O romance conta a história de amor de Florentino por Firmina, que ultrapassam 53 anos quase sem nenhum contato.

A premissa do livro não é estranha a ninguém: um amor da juventude que só vai se concretizar na velhice. Com pitadas de triângulo amoroso, luta de classes, traições e infortúnios que muitas vezes vemos por aí em novelas mexicanas.

No entanto, o texto de Gabo ao tratar de assuntos tão corriqueiros e mundanos faz com que a experiência da leitura seja sensível e profunda, capaz de comover e causar reflexão. Não há nenhum plot ou mistério que dê ritmo à leitura. O livro é dividido em capítulos bem extensos, o que em certos momentos deixa a história bem cansativa.

Distante do realismo mágico que o destacou na literatura mundial, Gabriel García Márquez trata sobre a vida real neste livro, sobre as relações humanas, o amor e suas contrariedades, sobre o tempo e ciclos, sobre todas as complexidades que esse sentimento envolve.

Não é um livro pra ser devorado, é pra ser lido com calma.
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caroldearrascaeta 04/09/2023

Ah o amor
Não sou muito boa com palavras mas vamos la
no começo demorei entender a leitura, acredito que por isso que demorei tb embarcar na história
mas sinceramente, acho que tudo faz um estranho sentido
é difícil fazer uma crítica de uma obra antiga em que os conceitos e contextos históricos e morais são tão longes da nossa atualidade, mas certas reflexões são tão intensas e atuais que te comove
eu amo o casamento, o amor e como a gente pode se relacionar com as pessoas e é de uma delicadeza e uma profundidade que o autor fala disso sem parecer forçado ou muito teatral que tudo faz sentido
enfim, gostei e recomendo
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caio.cidrini 01/09/2023

Amor no tempo de cada um de nós
A premissa do livro não é estranha a ninguém: um amor da juventude que só vai se concretizar na velhice. Com pitadas de triângulo amoroso, luta de classes, traições e infortúnios que muitas vezes vemos por aí em novelas mexicanas. No entanto, o texto de Gabo ao tratar de assuntos tão corriqueiros e mundanos faz com que a experiência da leitura seja sensível e profunda, capaz de comover e causar reflexão.

Não há nenhum plot ou mistério que dê ritmo à leitura. O que sustenta é o desenvolvimento das personagens. Sem nem perceber, naturalmente passamos a mergulhar e se importar na vida daquelas pessoas ao longo de décadas. São basicamente 50 anos narrados em uma cidade fictícia, obviamente inspirada na região do caribe colombiano, em algum ponto de transição entre século XIX e o XX. O cólera, as guerras civis e as venturas e desventuras do avanço tecnológico são pano de fundo para histórias humanas.

Distante do realismo mágico que o destacou na literatura mundial, Gabriel García Márquez trata no "O amor nos tempos do cólera? sobre a vida real, sobre as relações humanas, o amor e suas contrariedades, sobre o tempo e ciclos, sobre todas as complexidades que esse sentimento envolve. Não é pra ser devorado, é pra ser lido com calma.
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Ali 30/08/2023

Ainda estou refletindo
Achei a leitura densa e complexa, complexa no sentido que em toda leitura eu tive sentimentos diferentes pelos personagens. Uma hora amando e em outros momentos tendo repulsa. Uma coisa posso dizer, é um livro muito bem escrito e cheio de profundidade em seus personagens?. até os secundários. Confesso que ainda estou refletindo sobre a leitura mas uma coisa que já garanto é que não desejo esse amor, descrito no livro, para mim.
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Bia 28/08/2023

"... é a vida, mais que a morte, a que não têm limites." gostei especificamente das reflexões sobre morte, o morrer, velhice e limites orgânicos de um corpo.... uma construção/luta constante para encarar a velhice como uma vida ainda infinita, e com potencialidades surpreendentes.
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Maria7229 27/08/2023

Ah o amor
Êxtase, interesse, taquicardia, nojo, raiva, confusão, ansiedade, gritaria?

Foram algumas das sensações que experimentei ao ler "O Amor nos Tempos do Cólera".

Aqui, o autor utiliza o amor do título como uma lente cor-de-rosa para mascarar casos de obsessão, perversão e simples vaidade humana.

Os personagens deste livro são tão palpáveis e desagradáveis que poderiam muito bem ser pessoas do mundo real, caminhando por aí com as cabeças pesadas e amores perdidos da adolescência.

Tudo isso em paralelo com a escrita extraordinária de Gabriel García Márquez dá vida a uma obra-prima esplendorosa sobre como o amor, frequentemente visto de forma quase divina, pode ser completamente podre no coração humano.

O desfecho, supostamente romântico mas em um ambiente completamente decadente, é perfeito para exemplificar o todo do livro.

Por fim, eu gostaria de definir a obra com as mesmas palavras que Hildebranda usou para descrever Florentino Ariza: -"É feio e triste (?) -mas é todo amor."
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Juliana 26/08/2023

Foi difícil terminar
O livro é dividido em capítulos bem extensos, o que em certos momentos deixa a história bem cansativa.
Florentino Ariza definitivamente não é um personagem interessante pra se acompanhar por 400 páginas.
Eu queria ler esse livro e foi bom ter continuado a leitura, porém não entrou na lista dos meus favoritos.
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Ramon 19/08/2023

Perseverei.
Esse foi o segundo livro do Gabo que leio e, considerando que o primeiro se tornou um dos meus livros favoritos, me surpreendi negativamente. Demorei muito pra engatar na história e não me adaptei a narrativa corrida sem diálogos, o que não seria um problema se eu tivesse sido instigado pela história por inteiro.
Como se sabe é uma história de amor de mais de meio século entre Florentino e Fermina. Acompanhar Florentino foi um sacrifício. Mesmo suas aventuras de solteiro e seu desenvolvimento pessoal foram um tédio de se ler pelas estagnação e insistência do personagem que não se permite desiludir. Alguns podem até traduzir seu personagem como a representação da perseverança ou fé no amor ou seja lá o que for... Eu sei que parte da graça de ler é sermos colocados frente às situações mais inusitadas ou fora do costume, mas não tive esse sentimento acompanhando-o. A vida de Fermina, por sua vez, foi o que me motivou a continuar. A personagem teve enredo, não estagnou e a narrativa apresentou estímulos para continuar querendo acompanhá-la e literalmente até o fim nos surpreendemos com ela.
Apesar de alguns desconfortos narrativos e ideológicos (este talvez por conta da época em que se passa a história), a escrita do Gabo é sem igual, a maneira que a narrativa tece o tempo é linda e o livro no geral tem uma mensagem positiva do amor ser atemporal, universal e não-linear.
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Nathaly 19/08/2023

Sobre amores, cólera e espera
Recebi esse livro por correio, chegou bem velho e cheio orelhas, páginas amareladas, a lombada com vinco. Fiquei meio decepcionada, mas o coloquei na estante para que esperasse o momento de ser lido. Mal sabia eu que sua aparência denunciava seu conteúdo, não por ser ruim, mas por mostrar que a passagem do tempo, que as marcas que ele deixa, não diminuem em nada o sentimento que permanece depois dessa leitura.

Esse não é um romance meloso, não é aquele enredo que você só precisa ler meia sinopse para saber o final, mas lê mesmo assim porque é uma história bonitinha. Não, não é doce. Mas é o romance com a maior quantidade de amores sinceros que já vi na vida.

"As pessoas que a gente ama deviam morrer com todas as suas coisas"

É sobre preservar um sentimento, mas não deixar de seguir a vida por isso e, ao mesmo tempo, seguir na esperança de que - enquanto houver chance - esse amor possa ser depositado no lugar devido. Tanto amor havia no personagem principal que acabou por guiá-lo a tocar várias vidas, amar e amar e amar tantas mulheres, amar sinceramente - ele não nomeava de outra forma. Eram amores, cada um com suas particularidades, mas ainda assim amores.

"Pode-se estar apaixonado por várias pessoas ao mesmo tempo, por todas com a mesma dor, sem trair nenhuma"

Florentino começou ainda adolescente a descobrir como um sentimento pode atravessar o tempo e guiar sua vida, mesmo depois de uma rejeição. Não é à toa que os sintomas do amor se confundiam com o do cólera, ele toma seu corpo e mente. Embora isso não o tenha impedido de viver outros afetos e de dedicar-se a eles. É isso que eu acho mais interessante no enredo. A forma como ele reconhece que ama outras pessoas, que convive com elas, muitas vezes por anos e até décadas, como esses relacionamentos o afetam e como isso não diminui em nada o amor que ele tem por Fermina e que vai continuar a ter enquanto viver. Isso é o mais belo do amor. Não é um sentimento egoísta, não é ter o outro para si, mas dar o que se tem e receber o que há e ser feliz com isso.

"Era ainda jovem demais para saber que a memória do coração elimina as más lembranças e enaltece as boas e que graças a esse artifício conseguimos suportar o passado"

Outra coisa que o livro mostra é a construção do amor que não chega de súbito. Como uma pessoa, com a convivência, vai construindo um sentimento nas pequenas coisas, até que se perceba amando a outra, um amor morno e calmo, mas forte como qualquer outro à primeira vista. Todos os tipos e formas do amor aparecem e todos são belos e válidos, pois todos foram bem vividos e me sinto grata ao Gabriel, por me lembrar que ainda consigo escrever sobre o amor.

"Pois tinham vivido juntos o suficiente para perceber que o amor era o amor em qualquer tempo e em qualquer parte, mas tanto mais denso ficava quanto mais perto da morte"

site: https://abstratoenotavel.blogspot.com/
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Lorenna 13/08/2023

Gabo escreve microcosmos
Essa foi a minha segunda leitura (sim, segunda leitura, porque não se relê esse livro, não se reencontra com as mesmas coisas) e o meu respeito por essa história é ainda maior.

A bem verdade é a de que eu não sei dizer as palavras da maneira justa que elas devem ser ditas, porque esse é um livro que diz sobre a vida. E da vida não se diz. Se experiencia, apenas.

Mas, bom, uma das coisas que eu mais vou levar desse livro é o casal Juvenal Urbino e Fermina Daza. Pra mim eles são o casal que representa o amor verdadeiro romântico. Foi muito emocionante e terno ler sobre a vida deles, os conflitos, as conquistas; toda a construção daquele amor, desde a primeira vez que se viram até a última.

O problema é que muito se vende para as pessoas que ainda não leram o livro a ideia de que o livro vai ser sobre a história de amor do casal Fermina Daza e Florentino Ariza, na qual infelizmente o Juvenal Urbino é um obstáculo. Eu acho isso muito errado, porque a Fermina vive uma vida inteira, feliz, satisfeita e cheia de amor independentemente da existência do Florentino. Se o Florentino viveu a vida dele inteira em torno desse amor não-correspondido, o problema é todo dele. Na minha primeira leitura eu tive uma grande quebra de expectativa por causa disso e ainda fico de cara com quem resume o livro a isso.

O ponto mais nobre desse livro é justamente que o Amor vai muito além de um casal, não é um livro sobre duas pessoas, um livro de romance romântico. É um livro sobre Amor como força do universo, que vai para além das concepções individuais de cada um, que, inclusive, não as respeita, tampouco está interessado em saber sobre. Se você não concorda, se se incomoda, se vai se espernear todo, xingar e não gostar: é um belo "você que se lasque". Portanto, feliz e recompensado será aquele que estiver disposto a abrir mão, a ver tudo sob uma nova perspectiva, sob um olhar mais calmo e compassivo. Eu poderia ter muitas opiniões sobre os acontecimentos dessa história, mas ela não é sobre dar opiniões, é, como eu disse no início, sobre experiencia-las.

Ler Gabriel García Márquez é uma experiência louca, porque parece que tivemos acesso a uma janelinha mágica que nos permite ver em zoom o mundo. O mundo interno e o mundo exterior. E a graça fica ainda maior quando esse mundo exterior é justamente a América Latina. Não acho que seja possível substituir isso por nada na literatura. Muito bom.

Eu poderia tentar dizer sobre muito mais, mas talvez eu nem devesse, mesmo. Que o resto fique no campo das sensações. Livro ímpar!

(Não dei 5 estrelas porque certas coisas do Florentino Ariza passam da medida e eu perdi um pouco a paciência, certas vezes, com o floreio do narrador em cima delas. Tudo tem um limite, sério. Não é sobre elas existirem e nem sobre o narrador ter que ser educativo sobre o que é certo e errado, mas certas coisas nem ele e nem ninguém vão me convencer, através de um discurso bonito, que "ah, é a complexidade da vida". Não, algumas coisas são erradas e violentas, ponto.)
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