Resenhas - A Volta do Parafuso

Luana | @pauta.literaria 12/08/2020

Cheguei nesse livro depois de saber que ele deu origem ao livro A Menina Que Não Sabia Ler.
Depois que li, soube que também serviu de inspiração e adaptação de filmes como Os Inocentes (1961), Os Outros (2001) e Os Órfãos (2020).

Achei a escrita muito confusa. O uso de metáforas é excessivo e deixa a leitura um pouco arrastada.

Fica difícil de saber até onde o autor queria deixar um canal aberto para interpretações ou se faltou descrever melhor os fatos.

Não sei se ajuda tentar ler o livro de novo com um outro olhar para os detalhes.

EduardoCDias 06/08/2020

Governanta duvidosa
Horror psicológico que conta a história de dois sobrinhos órfãos deixados sob os cuidados de uma governanta pelo tio. Durante toda a história ficamos em dúvida sobre a sanidade mental dessa governanta e sua influência sobre as crianças, prejudicando-lhes o bom desenvolvimento psicológico.

Claudia 30/07/2020

Amei a Daisy Miller
Comecei a ler o livro interessada no "A volta do parafuso". Achei interessante a história, mas percebi claramente que não entendi direito. Devo reler essa novela depois.
Comecei a ler Daisy Miller sem nenhuma expectativa. Não fazia ideia do que se tratava. Ia ler apenas para terminar o livro. Me surpreendi. A personagem é incrível. Uma mulher do século XIX que pensa parecido com as mulheres atuais. Adorei.

Mands 28/07/2020

A Outra Volta do Parafuso
Eu fiquei com vontade de ler esse livro quando descobri que ele inspirou e tem muitas semelhanças (na história, estilo de escrita e até no nome dos personagens) com A menina que não sabia ler, um livro que eu li alguns anos atrás e lembro de ter gostado muito.

A verdade é que esse é considerado um clássico de terror psicológico, e inspirou várias obras literárias, cinematográficas e televisivas. É inclusive uma das primeiras histórias a ter a presença de fantasmas. A segunda temporada da série da Netflix Haunting of Hill House (agora, Bly House) vai ser baseada nele, e estou muito curiosa para ver como vão fazer.

Falando sobre o livro em si agora: eu passei ele inteiro, de certa forma, meio perdida. A tradução é rebuscada, mas em nota o tradutor avisou que o texto original também é, e ele deixou o mais parecido possível. É um livro formado por parágrafos longos e poucos diálogos, e é bem pequeno.

Quando terminei de ler, descobri a ambiguidade de interpretação. Como ele é narrado em primeira pessoa, por uma personagem que não é nem nomeada, o leitor conhece a história pela visão dela. Eu, automaticamente, segui acreditando que o que ela contava estava realmente acontecendo, mas depois fiquei pensando e a outra explicação também faria sentido.

Confesso que não gostei tanto do livro, esperava algo diferente. Não cheguei a sentir medo, mas fiquei intrigada com as aparições. O próprio Henry James já se referiu a The Turn of the Screw (nome original) como um exercício de imaginação, já que muitas coisas não são explicadas e ficam em aberto. Eu fui pesquisar e em inglês, a expressão "dar volta no parafuso" significa "piorar uma situação que já é ruim", o que na minha opinião dá força a uma das interpretações. O final é chocante e abrupto, e me deixou muito pensativa.

Para concluir, é um livro com seus méritos e o primeiro do seu estilo, mas eu preferi a adaptação A menina que não sabia ler, do John Harding. Inclusive pretendo fazer a releitura dele logo, e comparar os dois já tendo lido o "original".

Rafael.Lopes 27/07/2020

A volta do parafuso
Um bom suspense, porém cheio de rodeios... esperava bem mais, principalmente do final...

Iamjessicaeduarda 14/07/2020

A volta do parafuso
Resolvi ler por causa da série que vai ter no Netflix sucessor de A Maldição da Residência Hill, bem é um livro interessante com uma história de terror e um mistério no ar, mas fiquei muito confusa com a obra.

Maria Clara 09/07/2020

Conquistou lugar entre os preferidos!
Gostei muito do livro! Talvez a obra engane os leitores que mergulham nela esperando encontrar um terror como o de King ou cenas que assustem. Mas essa quebra de expectativa pode não ser algo ruim!
Nós somos apresentados a uma história que não tem um narrador confiável, isso marca a dualidade interpretativa dos acontecimentos. Eles foram frutos do horror, do contato com o além? Ou saíram de uma mente doente? Eu, como tenho um pezinho na psiquiatria, me sinto mais confortável refletindo o texto a partir da segunda hipótese. Mas ressalto que, independentemente do que você escolher acreditar, não irá se arrepender da experiência!

Joao.Paulo 26/06/2020

Metalinguagem????????????????
É, de certa forma, um livro metalinguístico. Nunca concluímos se os fantasmas são reais ou não, ou se a protagonista está louca ou não, pois, não existe uma resposta certa para isso. Aqui, forma e conteúdo se completam de forma muito equilibrada, quase inesperada. Ao se tomar o livro como sendo um comentário da experiência literária em si, o leitor, sempre buscando significações para o que lê, nunca está certo destas, podendo elas mudarem constantemente e não serem evidentes para outros leitores; tomo, aqui, as aparições de fantasmas como uma metáfora para o objeto literário em si (a literatura não seria aquela que, deformando a realidade, busca um sentido lógico nessa deformação?). Pensar que a partir de uma forma (escrita) tão simples e comum, o que o livro tem de diferencial, realmente, é o seu conteúdo (narrativa), pois, aqui, não é a forma que dá brilho a narrativa, mas o contrário.

Alucinações literárias? Talvez. Mas até já falaram que os fantasmas eram uma metáfora para pedófilos, o que tem demais na minha resenha?

site: https://www.instagram.com/malresenhado/

FabyTedrus 08/06/2020

A Volta do Parafuso - Henry James
Resolvi ler esse livro depois de saber que é baseado nele que a Netflix vai lançar a nova serie de terror, Maldição da Mansão Bly. Gostei demais do que fizeram na serie Maldição da Residência Hill, li o livro em que ela foi baseada, A Assombração da Casa da Colina, e não tinha vontade de assistir a serie tamanha foi a minha decepção com o livro, mas que bom que a Netflix fez um milagre e a série é sensacional.
E surpreendendo um total de zero Fabianas, esse livro foi decepcionante exatamente igual. Ok que é um clássico, Ok que deve ter sido um sucesso quando foi lançado, Ok que a história tem algo de interessante, mas não faz meu gosto. É uma leitura entediante e confusa. Suma maioria dela em primeira pessoa, a moça/ nova preceptora das crianças, conta a história toda no seu ponto de vista. Ela se perde nos pensamentos, tem parágrafos imensos e super confusos sem contar que são pouquíssimos os diálogos ao longo do livro, e isso resumo os motivos da leitura ser tããããão cansativa e extremamente confusa.
Ou seja, estou na torcida que a Netflix opere um milagre novamente e ao contrário do livro e do filme 'Os órfãos', faça outra serie sensacional.

Tamyres 08/06/2020

Outra volta do parafuso, Henry James. Bom, mas...
Outra volta do parafuso, Henry James.

minha maior motivação para ler esse livro é que ele será a inspiração para a segunda temporada da Residência Hill, da amada Netflix. Gente, que série!! Mas vamos focar aqui...

?Outra volta do parafuso? narra episódios estranhos e misteriosos em uma casa de campo no interior da Inglaterra onde vivem uma empregada, uma recém-governanta contratada e duas crianças amáveis e carinhosas.
apesar de abusar de elementos como fantasmas, vultos e sombras, a história em si não assusta tanto (e logo eu dizendo isso, a própria medrosa...)

pra mim, a maior característica desse romance gótico foi a ambiguidade dos fatos. a narrativa em primeira pessoa trabalha a psicologia do terror pessoal com o que é verdade ou mentira aos olhos da governanta, trazendo o medo, a melancolia e a loucura à tona.

o ritmo muito lento e a linguagem rebuscada não favorecem para uma leitura fluida e dinâmica, mas, mas nem por isso se torna uma leitura cansativa.

Henry James preferiu iniciar a história com um grupo de hóspedes em uma velha casa contando histórias de terror. um deles conta sobre um manuscrito do que seria a história mais aterrorizante que ele já viu, é a história da Mansão Bly, como um prelúdio do que o leitor pode esperar.

creio que a série fará uma boa adaptação da história, assim como fez com "a assombração da casa da colina" da Shirley Jackson.

Instagram literário @umamordelivro

Nágela Soares 25/05/2020

Não espere levar sustos
Um clássico incrível! Quem esperava, como eu, um livro de terror que assusta, se decepcionou. Porém, não tira todo o mérito dele. O horror está nas entrelinhas da interpretação de cada leitor.

Kaiane.Souza 24/05/2020

Intrigante e perturbador
Fazia muito tempo que eu queria ler essa obra, principalmente pela discussão sobre a veracidade das aparições fantasmagóricas e as inúmeras teorias que giram em torno desse livro. Confesso que até o final do mesmo estava me sentindo desapontada com o enredo, porque não simpatizei com a narradora de forma alguma, e isso prejudicou muito a minha relação com a história.
A achei muito dramática, exagerada. Na minha opinião as crianças estavam apenas fazendo malcriações de crianças mesmo, o problema é que a narradora tem uma religiosidade muito forte e caracteriza todas as pessoas de forma extrema, primeiro endeusando as crianças e o tio delas, e ao longo da história as crianças vão passando de anjos para demônios. Acho que é muito conveniente para ela ver os fantasmas, pois assim tem como provar seu valor para o tio das crianças as livrando de tão grande mal. Não sei se ela realmente vê os fantasmas ou se ela dissimula tudo mesmo. Tive muita pena das crianças e da criada, que foram totalmente manipulados pela governanta para que acreditassem nessa ameaça.
O final do livro nos deixa o questionamento: quem foi a verdadeira ameaça para essas crianças, os fantasmas ou a governanta?

Bruna 12/05/2020

As Voltas que o Parafuso dá e suas interpretações
Um clássico da literatura inglesa (gênero novela), que fez muito sucesso na época do lançamento e, continua entretendo e explodindo a cabeça dos leitores com suas possíveis interpretações.
A narrativa vem carregada de ambiguidade, desde os dois narradores, quanto aos personagens que vão se somando ao longo da história. A preceptora é uma ótima personagem para analisar a sua construção pelo viés do autor, pois ela entra na história como uma personagem ingênua e que possui um conhecimento restrito sob a vida , mas depois podemos inferir, leitores, de que ela tem um caráter duvidoso, cheia de imaginação e frustrações sexuais, que eram pertinentes a época vitoriana (época do livro). O que abre um novo caminho para a interpretação.
Dica: para quem nunca leu este livro e quer pegá-lo sem resquícios de outras interpretações- a cerca do enredo e seus personagens-,não assistam o filme "Os inocentes", antes da leitura do livro. O filme vem "carregado" com a interpretação que os roteiristas tiveram lendo o livro.
Obs.: Um dos roteiristas foi Truman Capote, um literato :)

Nise 11/05/2020

Um clássico perturbador que não vai deixar você sair da cadeira enquanto não terminar de ler e quando terminar vai ter mais questionamentos ainda acerca do desfecho e da história. Me permito escrever apenas isso.