pontas 12/11/2012
Fim do Jogo
Jack e Stephanie estavam perdidos em uma estrada no meio do nada, quando encontram um policial com ar de poucos amigos que lhes dão a informação de como sair dali. Só que ao seguir as instruções, eles parecem se embrenhar ainda mais rumo ao desconhecido. E então, para piorar a situação do casal que parecem não estar mais se dando bem, o pneu no carro fura por causa uma armadilha colocada na estrada.
Ao andarem por alguns metros, os dois encontram uma casa que ao que parece é uma pousada. Como estava escuro e eles não tinham outra saída, eles resolvem entrar para tentar usar o telefone. Porém, por mais que chamem, ninguém aparece. E então, outro casal aparece, Randy e Leslie, que ao que parecem, caíram na mesma armadilha na estrada. Todos então, resolvem ficar ali para passarem a noite.
Só que as coisas vão começar a ficar estranhas, começando pelos moradores esquisitos que aparecem do nada. E os quatro não vão demorar a perceber que estão em um jogo muito perigoso, onde para dois saírem, um terá de morrer. Então, o que fazer quando matar, é a única forma de sair com vida daquele lugar?
Livros que envolvem mistério, suspense e terror me atraem de uma forma que não consigo explicar. Gosto de me sentir ali, como se fosse um deles, pensando no que faria para vencer o serial killer que tanto os aterroriza. Fim do Jogo foi um livro que mesclou ótimas sacadas e verdadeiras decepções.
A narrativa é em terceira pessoa, onde o que muda, é o ponto de vista de quem está passando por certo perigo. Mas o foco é em Jack e Stephanie. Dois personagens que tem uma história cheia de sofrimentos. E o que eu gosto em livros assim, é que conhecemos o personagem a partir daquela parte. Para quem torcer? Essa é sempre uma dúvida.
Gosto de sentir aquela pitadinha de medo ao ler, e até a metade do livro isso está bem presente, os autores usam diversos artifícios para que fiquemos chocados com alguns fatos. E dá certo, porque a vontade inicial é entrar e ajudar os mocinhos.
Só que o livro é cansativo. É muito mistério sem necessidade, é muito corre-corre, sobe e desce de fugitivos, uma confusão que ao meu ver não foi bem dosada. A explicação para o que acontece na casa é sobrenatural, só que em certas partes, parece que os próprios autores ficaram confusos no que fariam. Por falar na casa, esse é outro fato que depois do meio, começou a me incomodar. É preciso um bom jogo de cintura para levar uma história em um só lugar sem deixar tudo chato, e não senti isso.
A idéia principal da história é ótima, por toda a metade do livro me senti preso, louco para saber o que aconteceria com os personagens e até torcendo para que alguns sobrevivessem. Só que depois de algum tempo, eu queria logo era que o serial killer entrasse, matassem todos logo, para que tudo acabasse. Depois da metade, foi muita enrolação. Fora o final que para mim pareceu forçado.
A capa é muito linda, a diagramação é simples e a revisão está de parabéns. O livro leva duas estrelas.
Quote:
No final, todos matavam; todos morriam; todos iriam apodrecer no inferno.
Mas nessa casa, eles iriam jogar o jogo dele, de tal forma repleto de drama e diversão, que arrancariam um sorriso até da mais sombra alma. Isso presumindo-se que ele fosse ganhar. Mas ele iria. Tinha nascido para ganhar, tinha nascido para arrancar suas cabeças fedidas de seus pescoços esqueléticos de um jeito que ao menos deixava a vida interessante.
White deu um longo suspiro. Após semanas esperando, cada segundo agora fazia a espera valer a pena.
Capítulo 10; Página 86.
O mal era algo palpável. A morte os perseguia e a única maneira de sobreviver poderia ser matar.
Capítulo 10; Página 88.