Manu 07/01/2014
Amor Paterno
O livro a “Dialética do amor paterno: do amor pelos meus filhos ao amor por todas as crianças” é fortemente ligado à emoção. Trata-se da busca de Gadotti, com a ajuda de seus filhos Dimitri e Inaê, para a compreensão mais profunda do que é ser pai. É explícita sua vida como pai, manifestando e justificando seus conflitos na conciliação de trabalho e família.
A divisão do livro é em duas partes. Essas divididas em capítulos, consequentemente em seções. A primeira parte, com bases teóricas, focando em seu primeiro capítulo “Razão e emoção: o conflito da paternidade”. Baseou-se em Georgers Snyders, mas como é um educador mais racional, apoiou-se em Rousseau, que se envolve diretamente com a emoção. Abordou sobre rotina e cotidiano, presença e ausência, amor e disciplina com uma subjetividade íntegra.
O segundo intitulado “Amor e família”, o autor profere sobre os conflitos familiares, causados pelo não reconhecimento do outro no modo de amar, nesse com depoimentos de Jean-Paul Sartre e Franz Kafka.
A segunda parte do livro é denominado “Aprendendo a ser pai com meus filhos”, em que exprimiu em palavras uma conduta mais existencialista. Dando sequência aos capítulos, o terceiro é designado “Presença e ausência”, onde deixa evidente que é preciso conciliar o tempo, entre trabalho e filhos, para que haja uma relação dialética, sustentada assim na presença havendo respeito e principalmente o amor. Além disso, estabelece a relação dos pais, em que é necessário o entendimento, para uma saudável educação do filho.
O capítulo quatro ressalta a concepção do “Cotidiano e rotina”, sobrepondo os problemas que a movimentação mecânica, ou seja, a rotina causa no dia-a-dia e soluções encontradas por Gadotti para que houvesse um cotidiano sempre renovado. O “Amor e disciplina”, assunto tratado no capítulo cinco, são postos como complemento um do outro, em que o amor é atenção, compreensão do pai com o filho, e seguindo esse aspecto que a disciplina passa a ter sentido, pois a transmissão de valores também é incluída nesse ponto.
O último capítulo “Diálogo em três orações”, o autor se coloca na posição dos filhos, interpretando profundamente o que era dito por eles, assim inferindo que os mesmos buscavam apenas a união dos pais. Descreve também, todo o discurso que gostaria de ter feito a filha mais nova, só que não o fez por ser complexo para sua compreensão.
O livro possui uma linguagem informal, sendo assim de fácil compreensão. O estilo trabalhado na subjetividade gera reflexões sobre a paternidade, um assunto relevante nos dias atuais, fazendo com que o leitor se envolva. À vista disso, o apreço pela sua sensibilidade escrita, aflora emoções comuns, ou seja, desperta sentimentos intrínsecos do ser humano.