Resenhas - Otelo

eghisio 27/01/2012

Inveja, ciúme e manipulação
Esse livro é o retrato da inveja e ciúme, mostra o quanto as pessoam podem ser manipuladoras para conseguirem o que querem, mesmo que custe um preço muito alto. Otelo cego, acreditando que Iago é seu amigo e fala a verdade comete vários erros. Devemos nos posicionar de uma forma neutra diante de acusações e tirar nossas próprias conclusões, nem sempre as pessoas tem boas intenções, nem sempre as pessoas querem o nosso bem.

Marcia 04/12/2011

OTELO
Quando eu comecei este desafio, não me pareceu algo difícil, já que eu leio normalmente um número maior de livro por ano. Mas agora vejo que os temas propostos são os verdadeiros desafios. Esse é um estilo que eu não escolheria para ler e, quando comecei a leitura, senti que seria difícil – o sistema de diálogos e descrições de cenários. Mas, como vou perseverar neste desafio, insisti e em algumas páginas e já não senti mais a diferença.

A capa do livro me fez imaginar, talvez, uma imagem de um rei insano, mas nada que me fizesse comprar o livro. Entretanto a história contada realmente valeu a pena. Achei genial a quantidade de sentimentos passados em tão poucos diálogos. A genialidade de Shakespeare, para mim, é a capacidade de ser profundo com poucas palavras.

O enredo mostra a decadência de um rei em sua velhice, suas escolhas equivocadas, talvez em parte pelos anos de poder, e toda a adulação servil que o cerca. Tudo começa quando Rei Lear, já com idade avançada, resolve dividir seu reino e posses entre as três filhas conforme expressarem em palavras o amor que elas tenham por ele. Goneril e Regana têm um ótimo discurso e definem com eloquência seu amor filial de maneira bajuladora. Já Cordélia, filha mais moça, não consegue expressar em palavras sua devoção pelo pai e, assim, é deserdada. A partir daí começa a se formar uma tragédia. Na contra capa tem-se a frase “A tragédia definitiva sobre a velhice”, porém, acho que uma decisão como essa, baseada na vaidade, pode ser desastrosa em qualquer fase de uma vida.

Definitivamente um ótimo livro.

pedro 16/11/2011

Otelo: O Mouro de Veneza
Otelo beira o perfeito. Entre os livros de Shakespeare, antigamente não seria a minha primeira escolha de leitura, no caso, Romeu e Julieta, mas eu começei a ler este livro por causa de um personagem: Iago.

Iago é o vilão da trama. Invejoso, astuto e mal, é um dos meus vilões favoritos. Suas maquinações são inteligentíssimas, tanto que eu pensei que ele fosse se safar no final, tendo seu objetivo completo. A coisa mais interessante na sua personalidade é usar os outros, sem medo, para conseguir seu objetivo e se aproveitar dos defeitos (e qualidades) alheios, como os ciume de Otelo e a bondade de Desdemona.

Mas a historia mostra que o vilão, Iago, não é o único culpado. O próprio Otelo sofre da própria insegurança e transtornos. O complexo de inferioridade de Otelo é o principal combustível para as armações de Iago. O fato de ser negro e pagão numa sociedade branca e cristã criaram isso.

Otelo é um livro que o final definitivamente não é feliz, para ninguem. Apesar de não sair ileso, Iago vê sua inveja saciada com a queda daqueles que odeia mas é entregue pela sua mulher, ex dama de conpanhia de Desdemona.

Como lição, o livro me mostra três coisa:

1- Ciumes matam
2- Não confiem em todos
3- A vingança é infrutifera

RECOMENDO, Nota 5/5

heyluua 09/09/2011

Tragédia Shakespeariana
Acho incrível a capacidade que Shakespeare tem para iludir o leitor. Você pensa que é, mas não é. Quem primeiro ler Otelo sem lhe dar muita atenção ou sem interpretá-lo como o deveria,o achará um livro chato e óbvio. Porque afinal, o vilão e o culpado de tudo desde o início é Iago, certo? Não. Otelo é uma daquelas obras em que é preciso ser feita uma análise profunda. Você precisa ir além ao lê-lo.
O encanto e a loucura da obra se trata de dois amigos desleais, psicóticos e dissimulados. Sim, quem pensa que Otelo é o bonzinho, mocinho e o único enganado da história está errado. Ele tinha problemas psicológicos assim como Iago. Ele no final se mostrou um assassino assim como o amigo. Ambos são culpados. Mas como Otelo se mata no final, acaba saindo como um herói, o mocinho santificado, e Iago fica para pagar pelas acusações.
Se Otelo não tivesse problemas de inferioridade não teria aceitado as provas vãs de traição de sua esposa que Iago havia forjado. E a verdade foi que Iago tramou tudo sim, mas Otelo por ser facilmente influenciável se deixou levar por mentiras e matou Desdêmona.
O ponto é que no final das contas não há lado bom ou lado ruim na história, não há mocinhas ou vilões, e sim você e as outras pessoas. Cada um tem seu ponto de vista sobre o mundo. E nenhum ponto de vista é igual. Para Otelo, ele agiu certo. Para Iago ele também. Mas para mim, são ambos culpados.

Carol 29/06/2011

Muito bom!
O ciúme doentio destrói casais, romances, famílias e muitas vezes se transforma em crime passional. Você sente algum tipo de ciúme desesperador por alguém? Bom, o personagem deste clássico era um homem comum até ser contaminado pela cólera do ciúme e adquirir uma doença que nos consome por dentro e acaba com a nossa sanidade mental.

O assunto é delicado e o livro é maravilhoso pois, além de ser narrado em formato de teatro, podemos tirar várias conclusões acerca do verdadeiro amor e das amizades inimigas. Otelo sofreu muito por acreditar em seu alferes, Iago, mas pagou o preço da falta de confiança em sua esposa apaixonada Desdêmona. Li esse livro ano passado e até hoje não consegui resenhá-lo de tanto que me envolvi com a história e recordei alguns momentos em que sofri com o ciúme alheio. Alguém já te fez sofrer por causa do ciúme?
E não é só namorado não, têm amigos que são ciumentos demais, pai, mãe, avós, chefe, cachorros. Acho que todo mundo quando se apega torna-se um pouco ciumento, mas tem que saber se controlar, senão o seu final certamente será trágico.

A história se passa em Veneza, na original cidade de mármore, de água e silêncio, no século XVI e segundo o tradutor Onestaldo de Pennafort essa é a tragédia das tragédias shakespeariana porque no começo não dá para perceber que terá algo de muito ruim na história, enquanto que nos outros livros do autor logo no primeiro ato já está explícito ou mascarado.

Otelo é um Mouro - a serviço da república de Veneza- apaixonado pela filha do senador Brabâncio que não permiti o casamento devido as condições sociais do rapaz. Porém, Desdêmona se apaixonada perdidamente pelas histórias e aventuras do Mouro sendo assim resolve se casar as escondidas. Acontece que o pai acaba descobrindo e ordena a morte de Otelo. A sorte muda e cavalheiro consegue provar o seu amor e sua capacidade de ajudar na defesa da república, o que deixa Brabâncio furioso e desperta a inveja de Iago, o seu fiel e escudeiro alferes.

A vida do casal é ótima e o amor continua a brilhar nos olhos dos amantes, porém Iago é ambicioso e arma de todas as formas para acabar com a vida de Otelo afim de conseguir dinheiro . Com ajuda de Rodrigo- um soldado apaixonado por Desdêmona- Iago consegue implantar provas de que a esposa de Otelo está tendo um caso com Cássio Miguel-tenente do exército comandado pelo Mouro. Aos poucos Iago vai mostrando para Otelo quem é a sua verdadeira esposa, mas será que ele está correto?!

Como faz tempo que li esse livro posso ter errado alguns patentes e profissões, por isso peço desculpas se tiver algum erro nisso. No mais, o livro é um clássico sensacional e vale muito a pena ler, refletir, pensar...

Samara 09/06/2011

Sempre que ia na biblioteca e via um livro de Shakespeare, passava longe porque pensava que não iria entender nada. Um dia estava na biblioteca da escola e sei lá porque retirei ele da estante e comecei a ler. Só acordei para a vida quando uma colega pediu licença para passar. Então, notei que estava sentada no chão há mais ou menos duas horas lendo.
A história é atemporal. Iago é uma serpente mas, ao mesmo tempo é muito humano. Existem muitas pessoas como ele. Otelo é um bom aviso dos perigos de se alimentar o ciúme, a inveja e a ira.
Sabia como a história terminava e mesmo assim me empolguei. O meu preconceito com Shakespeare acabou.

Dani Husz 19/04/2011

Otelo
Desdêmona desapareceu, Brabâncio, seu pai e governador, ficou desesperado e começou a procurá-la. Iago, indignado com o que Otelo o fez (Otelo havia promovido Cássio a tenente e não Iago)decidiu vingar-se, dizendo então ao governador que Otelo havia sequestrado sua filha.
Brabâncio saiu igual a um louco atrás dela. Graças a um de seus funcionários lembrou-se que tinha uma reunião para ir. Chegando nessa reunião notou que Otelo não estava lá, ia acusa-lo de sequestrador quando ele apareceu e disse que havia se casado com Desdêmona. Depois de tudo esclarecido a reunião prosseguiu.
Foi decidido que naquela noite Otelo partiria para a guerra contra os turcos, depois de vencida Desdêmona poderia partir para ver seu marido.
Não demorou muito e os italianos venceram, Otelo ganhou o cargo de governador daquela cidade e a vitória foi comemorada com uma grande festa. Cássio e Iago foram destinados a cuidar da segurança, estando assim, proibidos de beber.
Iago, decidido a vingar-se embebedou Cássio e começou uma briga. Otelo bravo com a falta de competência do tenente, tomou-lhe o cargo. Iago então faz a cabeça de Cássio, dizendo para ele pedir que Desdêmona peça para Otelo devolver seu cargo. Depois vai até Otelo e diz para ele prestar atenção em Cássio e Desdêmona pois eles estavam muito próximos, diz também que a menina deu para Cássio o lenço que havia ganhado de Otelo junto com uma carta que demonstrava seu amor.
Iago escreveu essa carta copiando a letra de Desdêmona, pegou o lenço e levou tudo para o quarto de Cássio. Levou Otelo até o quarto e mostrou as falsas provas.
Cego de ódio, Otelo pegou a adaga que Iago "derrubou" e partiu pra cima de Desdêmona, que morreu na hora com a facada.
Todos indignados tentaram controlar Otelo, quando a mulher de Iago esclareceu tudo, dizendo o que o homem dela havia aprontado. Otelo, surpreso e arrependido por ter agido por impulso por causa do ciúme, pega a faca e enfia na própria garganta, morrendo também.

Nah 28/03/2011

Uma história de amor e ciúme que me levou a reflexão. Como sempre Shakespeare escrevia de forma que você pudesse mergulhar dentro do personagem, interpretando cada um mentalmente. Vale a pena ler

Taina585 21/03/2011

Acredito que seja um dos meus preferidos do grande autor... amo essa historia, é linda e sem preconceitos... um amor que enfrenta a cor e a estabilidade social... só em si desperta impulso e inveja de viver tal amor... amo o amor de Otelo por Desdemona... e sua honradez diante dos desafios enfrentados no decorrer da historia... é maravilhoso ler o drama e desespero vivido por eles causado po Iago cuja inveja gera todo o enredo da obra... realmente é um dos melhores.

Maria Eduarda 11/03/2011

Otelo era um mouro que vivia em Veneza. Conheceu Desdêmona e se apaixonaram perdidamente. Casaram-se sem a permissão do pai dela.

Rodrigo, amigo de Otelo e apaixonado por Desdêmona, junto com Iago, alferes do mouro, vão contar para Brabâncio, o pai da moça e senador que eles haviam se casado, para que ele fosse separar eles. Porém isso não acontece, Desdêmona diz para o pai que não foi enfeitiçada como estavam dizendo, apenas havia se apaixonado.

A partir desse momento Iago começa a fazer a cabeça de Otelo contra sua esposa. Diz que ela está o traindo com Cássio, amigo de Otelo, e planta a semente da discórdia no coração de ambos.

Ao mesmo tempo Iago promete ajudar Rodrigo a conquistar a amada. Ele distorce todas as histórias, fazendo um ficar contra o outro.

Depois de muito tempo criando confusão, Iago começa a ver os frutos, tudo fica virado de cabeça para baixo e aparentemente tudo o que ele quer que aconteça começa a acontecer.

É uma estória muito boa, da vontade de matar o Iago o livro todo, mostra o amor, o ódio, como as pessoas podem ser manipuladoras e mentirosas.Um ótimo livro.

Juliana 02/02/2011

Pra mim é a melhor história do Shakespeare. Aliás, fico bem divida entre essa e o Hamlet. Admiro muito escritores que tem essa capacidade de criar dramas psicológicos tão bem elaborados que envolvem as diversas nuances da personalidade humana. Ciúme, inveja, raiva... Está tudo bem desenhado no enredo, os planos maquiavélicos do Iago, a facilidade de manipular os sentimentos, a fragilidade das relações amorosas...

Denise Campos 26/01/2011

Nunca li um livro de Shakespeare, como a maioria das pessoas conheço suas histórias mas antes de pegar esse livro só era de ouvir falar.
Confesso que não me apaixonei nem nada, acho que de tanto conhecer não teve tanta graça, foi mais para matar a curiosidade.
E poder dizer que já li Shakespeare.
Claro que tenho consciência que é uma adaptação

Tati Trindade 06/12/2010

Não devo ter lido o mesmo livro que vocês haha.
Achei esse livro um tédio, tanto que me serviu de sonífero diversas vezes. Não consegui ler até o fim e quando precisei para uma prova, levei uma bomba bonita hahaha.

Talvez, um dia, eu retome a história para ver se consigo ler até o fim.

Robson 03/12/2010

Simplesmente perfeito!!!
Otelo era um homem feliz. General mouro que servia no reino de Veneza e era casado com a alvíssima Desdêmona. Ao promover o soldado Cássio ao cargo de tenente, preterindo Iago, seu mais antigo soldado, faz despontar neste uma inveja devastadora. Se Otelo é puro, Iago é maquiavélico e sabe criar intrigas sutis, que levaram o general a desconfiar de sua esposa, de seu melhor amigo e de si mesmo.


Único general capaz de conduzir o exército contra uma esquadra turca que se dirigia ao Chipre, Otelo parte para a ilha com Desdêmona, em navios separados, que acabam se perdendo durante uma tempestade. O plano de Iago esperava em Chipre, sustentado através do enorme conhecimento da natureza humana característico de Shakespeare. Iago sabia que Cássio, entre os amigos de Otelo, era o que mais tinha a sua confiança. Sabia também que, devido à sua beleza, era o tipo ideal para causar ciúme em um homem mais velho.


Pois embriagou Cássio, forjou uma briga em que este se envolveu, resultando na destituição de seu novo cargo. A situação vai se desenhando como uma tragédia no horizonte. Iago induz Cássio a pedir a interferência de Desdêmona para que Otelo volte atrás, ao passo que avisa o marido da suposta relação íntima entre os dois.


Mas o flagrante é postergado com suspense. Um lenço de linho velho que o general havia dado à esposa como um símbolo do amor entre eles é encontrado por Otelo no quarto de Cássio – naturalmente posto por Iago. Logo depois, Iago faz com que Otelo se esconda e ouça uma conversa entre Cássio e Desdêmona. Ambos fala sobre Bianca, amante de Cássio. Mas Otelo ouviu apenas o que o ciúme soprava aos ouvidos e guardou a certeza de que ambos juravam amor.


Tomado por ciúme, Otelo apunhala Desdêmona. Só depois que sua morre é que o mouro ouve de Emília, mulher de Iago, que tudo fora tramado pelo marido. A culpa faz de Otelo um louco, que não vê saída a não ser apunhalar a si mesmo, caindo sobre o corpo de sua mulher e beijando-a até a morte.


Otelo pode ser vista como um grande estudo psicológico sobre as fraquezas humanas. Inveja, ciúme, vingança forjam, pelo jogo entre a ação premeditada e a ação impensada, uma das mais encenadas tragédias da história do teatro e do cinema.


Uma das mais comoventes tragédias de Shakespeare, Otelo levou aos palcos discussões modernas para a época, como o casamento inter-racial e a ascensão dos árabes na política. A obra também se aproveita da inesgotável fonte da desconfiança conjugal. Muito bem desenvolvia através da lógica do ciúme e da vingança, presentes em todo homem, qualquer verdade termina em tragédia.