Inocência roubada

Inocência roubada Elissa Wall




Resenhas - Inocência roubada


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rebeca509 06/09/2024

Não acho de bom tom dar nota pra um livro de história real
Livro muito triste, me pergunto se ainda em 2024 existem muitas pessoas vivendo dessa forma.. desde que vi o doc da Netflix sobre o caso, leio tudo que encontro sobre o assunto..
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Livian.Sara 28/09/2023

Leitura necessária
É um livro forte, assunto e tema pesado ainda mais por ser baseado em fatos reais, o livro nos mostra a luta de uma mulher que sofre desde criança com regras e violências religiosas... não indico para quem possui gatilhos... pois tem violência física e sexual. É um livro que te faz sair da bolha, os relatos da autora nos mostram que ainda hj muitas meninas passam pela situação mencionada no livro.
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edna.ribeiro 13/10/2022

Sobre seita de controle mental
Mais que uma história de sobrevivência e liberdade, este é o relato de uma heroína que, com muita luta e determinação, recuperou sua vida. Elissa Wall descreve os detalhes de uma vida enclausurada por Warren Jeffs, líder religioso que defendia a poligamia e estabelecia casamentos entre seus seguidores e garotas ainda adolescentes. Sendo uma de suas vítimas, Elissa conta como conseguiu se livrar desta seita e ainda ajudar a polícia americana a encontrar um dos fugitivos mais procurados pela polícia.
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Fabio Martins 06/08/2015

Inocência roubada
Antes de qualquer coisa, só para deixar claro: não tenho ligação nenhuma com qualquer religião. Sempre fui muito crítico em relação às diferentes religiões existentes no mundo. Além de crítico, sou cético. Afinal, qual delas está certa? Isto é, se alguma delas estiver realmente certa. Sou ainda mais avesso àquelas que, na minha opinião, realizam uma espécie de “lavagem cerebral” em seus seguidores.

É o caso da IFSUD (Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias), dissidência da Igreja Mórmon. A grande diferença entre as duas é que a IFSUD defende a poligamia, prática abolida pelos mórmons.

Elissa Wall cresceu em uma comunidade da IFSUD, em uma área remota dos EUA. Alheios ao mundo ao redor, eles são autossustentáveis, fazem suas leis e seguem suas próprias regras. São fiéis ao profeta, que é o representante de Deus na Terra. É ele quem define como as pessoas devem viver, com quem devem se casar e o que é certo e errado na comunidade.

Crescendo neste regime externo, Elissa via os problemas também dentro de casa. Sua mãe biológica não se dava muito bem com as outras duas esposas de seu pai. Consequentemente, o ambiente familiar era tenso e desunido.

Ao longo dos anos, alguns de seus irmãos abandonaram a igreja e a família, desiludidos pela forma de viver dos fiéis, fazendo com que a família Wall ficasse visada pelos líderes da IFSUD. Elissa também estava sob observação, pois seu comportamento na escola (também doutrinada pela igreja mórmon) era controverso. O diretor e filho do profeta, Warren Jeffs, sempre fazia questão de chamar a atenção da garota contestadora.

A fim de “colocar as rédeas” em Elissa, o profeta, pressionado por Warren, faz o anúncio que mudaria para sempre o destino da menina: aos 14 anos ela ia se casar com seu primo, Allen Steed. Ela nutria ódio por ele desde a infância, época que a maltratava.

O casamento é o apogeu da pior época da vida de Elissa. Muito imatura para questões administrativas de um lar, a garota vê ela e o marido com poucos recursos e muito dependente da comunidade para sobreviver. Ganharam moradia e conseguiram empregos simples, mas que sempre ajudavam na renda familiar.

Todos esses problemas eram secundários em relação a outro. Elissa cresceu em uma sociedade muito fechada e conservadora. As crianças aprendiam desde cedo a nunca tocar em alguém do sexo oposto antes do casamento. Ao realizar o matrimônio, a garota não sabia absolutamente nada sobre relações conjugais. Praticamente todos os dias, Allen a abusou sexualmente nos quatro anos em que se mantiveram casados. Além disso, sofreu quatro abortos espontâneos nessa época.

Cansada disso, Elissa conheceu Lamont, por quem se apaixonou, e decidiu abandonar a comunidade. Além disso, denunciar a Igreja, Warren (que se tornou o profeta depois da morte de seu pai) e Allen, em 2007.

O caso ganhou repercussão nacional e internacional e a população abriu os olhos para as atrocidades cometidas pelos membros da IFSUD. Depois de feita a justiça, Elissa pôde finalmente viver em paz e tranquilidade com sua nova família.

O livro tem uma dinâmica rápida e ao mesmo tempo angustiante. O desespero e a impotência da garota perante os grandes nomes e autoridades da Igreja sufocam o leitor. Mas os desdobramentos da história dão o ritmo exato para uma leitura agradável e rápida.

site: lisobreisso.wordpress.com
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CooltureNews 07/04/2014

Coolture News
Inocência roubada é o livro de uma jovem que resolveu contar o mundo o que ela e sua família passaram por anos em uma seita religiosa no estado de Utah (EUA). O livro assusta, chega a chocar muitos leitores pelas ações que aconteceram (já que, infelizmente é uma biografia), mas de importância única para percebemos que devemos sempre buscar conhecimento e argumentação teórica quando o assunto é fé.

Para melhor esclarecer: seita é a palavra utilizada para denominar toda religião que vai contra alguns conceitos de outras religiões ou da sociedade. Geralmente é uma vertente vindo de outra religião, que questiona ações ou dogmas da igreja. No caso da igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Últimos Dias, foi criada após uma ruptura da igreja conhecida como Mórmons.

Alguns membros da igreja Mórmon decidiram fundar uma nova igreja após a mudança de uma das mais conhecidas normas da igreja: o casamento múltiplo. Para evitar problemas com as leis, a igreja mórmon decidiu não permitir o casamento de um homem com mais de uma mulher, evitando dessa maneira contrariar leis civis a respeito da bigamia.
Os mórmons seguiam um hábito de casamentos múltiplo, muito comum nos tempos dos velhos mandamentos (e em alguns locais onde a religião islâmica existe). Nos casos bíblicos, a maioria desses casamentos acontecia por infertilidade da esposa. Para os mórmons, o conceito é que Deus dá aos homens várias esposas de acordo com seu grau de relacionamento entre Deus e o homem. Dessa forma multiplica sua semente com muitos filhos. Com o fim dessa regra muitos membros não aceitaram.

No livro Elissa Wall conta como foi criada a igreja e como seus dogmas e regras dominavam a vida de todos os membros, mostrando a ditadura imposta em sua casa. Filha da segunda esposa de um membro da IFSUD, Elissa já nasceu tendo reservas quanto a sua vestimenta e amizades (já que podia conversar com quem era de fora da igreja. Seu pai era uma pessoa inteligente, chegou a montar empresas rentáveis, mas sempre que começava a ter altos lucros é forçado a vender – a igreja o mandava vender sob a afirmação de que ele estava se afastando de Deus com isso – e tinha que recomeçar do zero.

O pai de Elissa também sofria por dar liberdade e conhecimento as seus filhos. Apesar dos casamentos na religião que estavam fossem combinados entre famílias (na verdade, provinha de uma revelação dada pelo líder da igreja, que depois foi mostrado que era um embuste) ele não permitia que suas filhas se casassem muito novas (com 17 ou 18 anos). Porém, era fiel a igreja, chegando ao ponto de expulsar um filho de seu lar e nunca mais vê-lo.

Elissa mostra em seu livro que a vida ali não era um mar de rosas: as esposas viviam discutindo e brigando pelo espaço e amor do marido, os filhos acabavam sendo segregados pelas mães, que buscavam sempre o melhor pros seus e provocavam os de outros. Em uma dessas brigas, acabou que o irmão mais velho de Elissa, que sempre defendia a mãe, começasse a questionar a religião e a forma como as coisas eram resolvidas: por isso acabou expulso de casa.
A partir daí tudo mundo. Além da tristeza na residência, a mudança do líder da igreja e suas novas determinações começam a trazer conflitos: foi proibido que crianças da igreja estudassem em escolas publicas – deveriam estudar na escola fundada pelo líder, onde se estudava somente disciplinas que estes desejavam -, os casamentos começaram a acontecer com garotas cada vez mais novas e as crianças “problemas” eram enviadas para o Canadá para trabalhos forçados (quando é um rapaz). No caso das mulheres, a forma mais utilizada era forçar um casamento seguido de uma gravidez. Dessa maneira a pessoa acaba sendo pressionada a permanecer na religião sem reclamar, caso contrario seria expulsa e nunca mais veria seu filho. Uma situação que pouquíssimas pessoas decidiriam sair e largar o filho para trás.

Nos anos que viveu nesta seita, Elissa viu seus irmãos fugirem, seu pai ser separado da família, sua mãe se casar novamente e ter que se casar com apenas 14 anos. Neste casamento, foi espancada, sofreu diversos estupros e vários abortos. Por sua idade nova e proibida de ir a um verdadeiro médico, ao sabia por que sempre perdia os filhos e entrava em depressão constantemente. Todas as vezes que pedia ajuda a igreja ou a mãe para acabar com os estupros e espancamentos, recebia um “não” como resposta.

Só depois de alguns anos – já casada e com um pouco mais de liberdade devido a isso – Elissa começou a perceber os problemas que haviam na igreja. Seus irmãos que haviam fugido pediam para que ela fosse embora e ficassem com eles, mas ela temia por suas irmãs menores e sempre recusava. Após mais um espancamento e aborto Elissa conhece um rapaz, por quem se apaixona e, então, cria coragem para ir embora da igreja.

Depois que finalmente saiu da igreja, a luta de Elissa permaneceu. Depois de muita insistência dos irmãos, Elissa decidiu entrar na justiça contra a igreja por tudo que passou – casamento forçado de uma menor, estupro e omissão. A igreja já era processada por pedofilia e o líder acusado de roubo e estupro de meninos de diversas idades. Mas somente com seu testemunho começou a desmantelar a igreja que lhe causou tantos infortúnios.

Hoje Elissa é casada e possui dois filhos. Sua principal luta é ajudar meninas que passaram ou passam o que ela passou. Seu livro é um relato triste de uma infância dolorosa, mas necessária para ajudar muitos outros a evitar esse infortúnio.
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Drika 26/02/2013

os perigos da religião institucionalizada
Minha visão sobre religião institucionalizada se dividiu em antes e depois do livro "Inocência Roubada".
Gosto muito de ler e estudar sobre as diversas religiões e seitas, e os fatos mostram que Deus muitas vezes foi usado como instrumento de dominação e tortura pelos dirigentes de tais instituições. Entretanto, acabamos por pensar que isto está restrito ao passado.
O livro em questão, denuncia fatos atuais e ocorridos em pleno Estados Unidos da América, demonstrando como a fé, a carência e a fragilidade do ser humano ainda é desavergonhadamente abusada e explorada em nome de uma pretensa vontade de Deus e sob argumentos tão frágeis, bobos, inverossímeis, porém utilizados de uma forma tão bem arquitetada e poderosa.
Elissa sentia em seu coração que os ensinamentos a que era obrigada a seguir não podiam estar certos e, além do círculo restrito que freqüentava, existiam pessoas ruins mas, também, existiam aquelas com bondade e misericórdia em seus corações. Em seu intimo sentia que fora dali poderia ter uma vida mais de acordo com as leis de um Deus, Pai e Criador.
Elissa é uma mulher contestadora e corajosa que conseguiu mudar não só a sua vida, mas influenciar a de muitas outras pessoas que não tinham outra perspectiva além de sua "religião" opressora. Ela fez a diferença.
Uma leitura que realmente vale a pena.
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Melissa-Tuco 25/12/2012

Exemplo de força
Li esse livro em 3 dias. Ele me prendeu por mexer tanto com as emoções, essa moça é um exemplo de lutadora, de força e de nunca perder a fé, independente de seu Deus. Que justiça seja feita e que os "monstros" paguem pelos absurdos que fizeram.
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Nessa Gagliardi 10/09/2010

Dizem que religião, futebol e política não se discutem, mas é impossível ler esse livro e não se perguntar como algumas pessoas podem ser tão influenciadas por ideias absurdas de algumas crenças.
Elissa Wall fazia parte da UFSUD, uma 'religião' criada a partir de um braço dos mórmons que acreditavam que a monogamia era um preceito fundamental da religião. Desde pequena sempre foi muito contestadora e curiosa.
Aos 14 anos de idade foi obrigada a se casar com seu primo de primeiro grau, a quem sempre odiou. Ainda uma criança, ela se perguntava se aquilo era certo e tentou lutar contra esse acontecimento de todas as formas, mas os conceitos morais de sua religião diziam que ela deveria se obediente a seu marido apesar de, no fundo, saber que isso estava errado. Sofre muito sempre que se mostrava contrária às ordens do mesmo.
O livro mostra como os líderes e os profetas da UFSUD, ou sacerdócio, como eles chamam, tinham o grande poder de influenciar os membros da seita.
É chocante. A única palvra que me vem à cabeça agora é essa: chocante. Aliás, bizarro também. Só lendo o livro para ter ideia do que essa menina sofreu - e tantas outras também.
É um relato nu e cru das barbaridades feitas por alguns homens supostamente em nome de Deus.
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Nana 14/05/2010

Chocante!!!
Teminei de ler o livro a poucos minutos e não sei direito o que falar sobre ele. É uma história real, mas é tão absurdo que pessoas possam viver nos dias de hoje com esta lavagem cerebral, que parece irreal.
A autora passou por muita dor, muitos momentos tristes e dificeis tendo que se casar forçada aos 14 anos e se sujeitar as decisões dos homens em uma religião em que a mulher só obedece e não tem nenhum tipo de direito. A cada página fui sofrendo junto com Elissa e sentindo uma revolta enorme em imaginar que isso ainda possa estar acontecendo com outras meninas e mulheres até hoje.
Parabéns a autora por ter denunciado o líder desta seita e o colocado na cadeia.
Apesar de triste e sufocante, o livro é excelente!
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Erika 17/02/2010

Não há limites para a realidade
A história de Elissa é muito bem narrada, e, como se trata de um drama real, chegamos a sentir as emoções por ela experimentadas em sua longa agonia. Também causa grande impressão a forma como as pessoas vivem na tal seita, com costumes e idéias totalmente destoantes da nossa realidade! Excelente leitura!
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Lucia Sousa 29/11/2010minha estante
Seria um livro sobre os Amish?




Luciana 24/12/2009

O fim da infância
Inocência roubada é o livro de uma jovem que resolveu contar o mundo o que ela e sua família passaram por anos em uma seita religiosa no estado de Utah (EUA). O livro assusta, chega a chocar muitos leitores pelas ações que aconteceram (já que, infelizmente é uma biografia), mas de importância única para percebemos que devemos sempre buscar conhecimento e argumentação teórica quando o assunto é fé.

Para melhor esclarecer: seita é a palavra utilizada para denominar toda religião que vai contra alguns conceitos de outras religiões ou da sociedade. Geralmente é uma vertente vindo de outra religião, que questiona ações ou dogmas da igreja. No caso da igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Últimos Dias, foi criada após uma ruptura da igreja conhecida como Mórmons.

Alguns membros da igreja Mórmon decidiram fundar uma nova igreja após a mudança de uma das mais conhecidas normas da igreja: o casamento múltiplo. Para evitar problemas com as leis, a igreja mórmon decidiu não permitir o casamento de um homem com mais de uma mulher, evitando dessa maneira contrariar leis civis a respeito da bigamia.
Os mórmons seguiam um hábito de casamentos múltiplo, muito comum nos tempos dos velhos mandamentos (e em alguns locais onde a religião islâmica existe). Nos casos bíblicos, a maioria desses casamentos acontecia por infertilidade da esposa. Para os mórmons, o conceito é que Deus dá aos homens várias esposas de acordo com seu grau de relacionamento entre Deus e o homem. Dessa forma multiplica sua semente com muitos filhos. Com o fim dessa regra muitos membros não aceitaram.

No livro Elissa Wall conta como foi criada a igreja e como seus dogmas e regras dominavam a vida de todos os membros, mostrando a ditadura imposta em sua casa. Filha da segunda esposa de um membro da IFSUD, Elissa já nasceu tendo reservas quanto a sua vestimenta e amizades (já que podia conversar com quem era de fora da igreja. Seu pai era uma pessoa inteligente, chegou a montar empresas rentáveis, mas sempre que começava a ter altos lucros é forçado a vender a igreja o mandava vender sob a afirmação de que ele estava se afastando de Deus com isso e tinha que recomeçar do zero.

O pai de Elissa também sofria por dar liberdade e conhecimento as seus filhos. Apesar dos casamentos na religião que estavam fossem combinados entre famílias (na verdade, provinha de uma revelação dada pelo líder da igreja, que depois foi mostrado que era um embuste) ele não permitia que suas filhas se casassem muito novas (com 17 ou 18 anos). Porém, era fiel a igreja, chegando ao ponto de expulsar um filho de seu lar e nunca mais vê-lo.

Elissa mostra em seu livro que a vida ali não era um mar de rosas: as esposas viviam discutindo e brigando pelo espaço e amor do marido, os filhos acabavam sendo segregados pelas mães, que buscavam sempre o melhor pros seus e provocavam os de outros. Em uma dessas brigas, acabou que o irmão mais velho de Elissa, que sempre defendia a mãe, começasse a questionar a religião e a forma como as coisas eram resolvidas: por isso acabou expulso de casa.
A partir daí tudo mundo. Além da tristeza na residência, a mudança do líder da igreja e suas novas determinações começam a trazer conflitos: foi proibido que crianças da igreja estudassem em escolas publicas deveriam estudar na escola fundada pelo líder, onde se estudava somente disciplinas que estes desejavam -, os casamentos começaram a acontecer com garotas cada vez mais novas e as crianças problemas eram enviadas para o Canadá para trabalhos forçados (quando é um rapaz). No caso das mulheres, a forma mais utilizada era forçar um casamento seguido de uma gravidez. Dessa maneira a pessoa acaba sendo pressionada a permanecer na religião sem reclamar, caso contrario seria expulsa e nunca mais veria seu filho. Uma situação que pouquíssimas pessoas decidiriam sair e largar o filho para trás.

Nos anos que viveu nesta seita, Elissa viu seus irmãos fugirem, seu pai ser separado da família, sua mãe se casar novamente e ter que se casar com apenas 14 anos. Neste casamento, foi espancada, sofreu diversos estupros e vários abortos. Por sua idade nova e proibida de ir a um verdadeiro médico, ao sabia por que sempre perdia os filhos e entrava em depressão constantemente. Todas as vezes que pedia ajuda a igreja ou a mãe para acabar com os estupros e espancamentos, recebia um não como resposta.

Só depois de alguns anos já casada e com um pouco mais de liberdade devido a isso Elissa começou a perceber os problemas que haviam na igreja. Seus irmãos que haviam fugido pediam para que ela fosse embora e ficassem com eles, mas ela temia por suas irmãs menores e sempre recusava. Após mais um espancamento e aborto Elissa conhece um rapaz, por quem se apaixona e, então, cria coragem para ir embora da igreja.

Depois que finalmente saiu da igreja, a luta de Elissa permaneceu. Depois de muita insistência dos irmãos, Elissa decidiu entrar na justiça contra a igreja por tudo que passou casamento forçado de uma menor, estupro e omissão. A igreja já era processada por pedofilia e o líder acusado de roubo e estupro de meninos de diversas idades. Mas somente com seu testemunho começou a desmantelar a igreja que lhe causou tantos infortúnios.

Hoje Elissa é casada e possui dois filhos. Sua principal luta é ajudar meninas que passaram ou passam o que ela passou. Seu livro é um relato triste de uma infância dolorosa, mas necessária para ajudar muitos outros a evitar esse infortúnio.

www.becodaspalavras.wordpress.com
Solange.Campos 26/04/2015minha estante
Uma demonstração de como lideranças "religiosas" podem manipular pessoas


adenilza.rodrigues.5 17/01/2024minha estante
Esse comentário, é todo um spoiler gigante




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