Resenhas - Mulheres, Mitos e Deusas - O Feminino Através dos Tempos

Biaguedes1 04/11/2024

"É a magia mostrada em contrastes de abundância e solidão, objetos e memórias que se misturam na paradoxal harmonia dos opostos, incluindo sereias gorduchas que aparecem e desaparecem como piscares de olhos durante os momentos da vigília. Pinturas ingênuas, diz-se, que resgatam os mitos e as quimeras. Porém, acima de tudo, assinalam uma poderosa habilidade para traçar símbolos com uma visão redentora da vida."

Não gostei , não sei como conseguir terminar , confesso que li e não consegui prestar atenção, talvez esse livro sirva pra ler um capítulo e depois de um tempo ler o outro .

Coruja 01/07/2020

Descobri esse livro logo após ler História da Bruxaria. Ambos são do selo Goya da Aleph e seguem a mesma linha editorial então, como gostei muito do primeiro, coloquei Mulheres, Mitos e Deusas na lista. Aí no início da quarentena teve uma baita promoção de e-books e ele estava por menos de dez reais, de forma que comprei sem piscar o olho.

Não prestei muita atenção na premissa, fiquei sob a impressão de que era um estudo histórico nos moldes do outro livro e foi só quando comecei a leitura que me dei conta de que era algo bem diferente do que eu estava esperando. Trata-se de uma coletânea de pequenos perfis de figuras femininas importantes - reais ou fictícias - ao longo do tempo e em diversos temas, do místico-religioso à literatura e poder. Começa num tom bem didático e impessoal, mas aos poucos a autora passa a partilhar experiências pessoais e há até alguns capítulos experimentais em que ela assume o papel da biografada e conta sua história em primeira pessoa.

Esse passear entre diferentes estilos me fez estranhar um pouco o ritmo do livro. Ele não é exatamente o que eu estava querendo quando comecei a lê-lo - quando parei para refletir o porquê disso, dei-me conta de que imaginava algo na linha de Mulheres que Correm com Lobos -, mas funciona como um bom livro de referências.

site: https://owlsroof.blogspot.com/2020/07/o-resumo-da-opera-o-ano-ja-pode-acabar.html

Rakell 30/03/2023

Nunca julgue o livro pela capa!
O livro, embora belíssimo (nessa edição), deixou muito a desejar.
Achei que as personalidades femininas que estão no sumário iriam aparecer como protagonistas, as suas histórias em suas próprias perspectivas. Muitas delas são coadjuvantes nos próprios capítulos.
Achei, também, que haveria maior representatividade, mas, a maioria das mulheres, mitos e deusas estão centradas e representadas na Europa.
Não vou mentir que fiz algumas descobertas encantadoras, como Isadora Duncan. E que gostei bastante do capítulo sobre Elizabeth I narrado em primeira pessoa. Tirando isso, para mim, foi decepção. :/

Cris Lasaitis 28/12/2010

http://cristinalasaitis.wordpress.com/2009/03/29/leituras-de-marco2009/

Achei bem interessante a proposta desta escritora mexicana que resolveu concentrar em um único livro 52 biografias de personagens femininas influentes na cultura universal (e mexicana): figuras mitológicas, personagens trágicas, donzelas de contos de fadas, rainhas, nobres, intelectuais, santas, escritoras, artistas, monjas… É o tipo de livro que gosto bastante pela alta densidade de informação aproveitável. Quando fechava o livro, precisava fechar muito bem pra não vazar conteúdo pelas lombadas.

Descobri várias curiosidades, por exemplo: na cultura grega antiga, de acordo com o que se pode concluir através dos mitos e narrativas heróicas, grandes demonstrações emocionais eram tidas como comportamento de homem; das mulheres esperava-se que ocultassem suas emoções, que fossem mais frias e estóicas. Descobri também que São Cirilo, o mais provável mandante do assassinato da filósofa e astrônoma Hipátia de Alexandria, foi canonizado pela Igreja, adivinha por quê por quê por quê? Porque defendeu a infalibilidade da religião católica. Digna de nota também é o capítulo dedicado à rainha Elizabeth I, que tem um dos mais invejáveis currículos a que um estadista pode aspirar. Outros destaques são Catarina de Médici, Cleópatra, Simone de Beauvoir, Virginia Woolf, Cristina da Suécia…

O livro peca em alguns pontos. A começar pela linguagem floreado-diafanizada da autora que nas intermitências do texto penetra os escaninhos de uma prolixidade que, de momento a momento, não quer dizer porcaria nenhuma. Ela não percebeu que certos exercícios de síntese não funcionam, p. ex: não dá pra resumir a queda de Tróia em detalhes dentro de quatro páginas citando todos os heróis, vilões e os vinte filhos de Príamo e Hécuba. Também senti que em alguns momentos a autora trata versões apócrifas de mitos como se fossem as mais confiáveis, e às vezes parece tentar minimizar certos indícios históricos, como no caso da biografia de Safo, que era lésbica de nascimento (Ilha de Lesbos) e gostava de mulheres, mas, segundo a autora, ”não era bem assim”… A parte mais desmerecida é o capítulo chamado “Caminho de Deus”, em que se assiste a um desfile interminável de Nossas Senhoras mexicanas e santinhas milagreiras feitas de pasta de milho que só são do interesse dos católicos nativos. Para não compensar, há lacunas e omissões inexplicáveis: nem uma menção sequer a Julieta, Desdêmona, Hildegard von Bingen, Joana D’arc, Catarina Grande, Lucrécia Bórgia, as irmãs Brontë ou Mary Shelley. Não deu pé nem para Frida Kahlo, pintora mexicana que na visão de Martha Robles é menos merecedora de uma biografia que sua conterrânea e colega de arte María Izquierdo (alguém já ouviu falar dela?).

Em geral é um livro muito bom, a leitora aqui que é meio cricri.

anna3577 23/08/2023

Chato e equivocado em muitos pontos
Livro extremamente raso!
confesso que pulei um monte de partes e não me sinto culpada!
a palavra que melhor descreve esse livro é ?wikipédia?. uma cópia malfeita que não te introduz na leitura ou dá prazer em ler sobre essas figuras femininas históricas. acredito que possui muitos erros e tentou apresentar muitos fatos, mas sem se aprofundar em nada, não acrescentando conhecimento algum.

Mi Hummel 19/08/2012

Uma coleção de biografias femininas
" Se uma mulher se realiza enquanto tal por meio de seu entendimento intrínseco, empreende seu despertar e se afirma em seus atributos de misericórdia e de bondade; por outro lado, se nega e abomina a porção de divindade que lhe foi outorgada, incorre nas piores baixezas, com o agravante de que, em sua queda, arrasta tudo consigo, já que ela, por sua própria característica essencial, forma, deforma ou destrói o homem. Resulta daí a secreta consequencia de um machismo que não existiria se as mães, as amantes, as esposas, as irmãs ou as amigas não inspirassem essa negação a si mesmas, quiçá por temor, por olvido de seu sentido de ser ou, o que é ainda pior, por renunciar ao alto dever de se conduzirem como instrumentos de esperança."

Não havia outra maneira de tecer os meus comentários senão extraindo este trecho de " Mulheres, mitos e deusas", logo na abertura do livro. Ao ler este parágrafo, imaginei que a autora defenderia ideias, apresentaria novas interpretações e eu estava pronta a ouvi-las depois que ela - de forma discreta - nos diz que somos, de certa maneira, responsáveis pela degradação do femino por não acreditarmos em nós mesmas.

E lá fui eu, sedenta de seus esclarecimentos...Mas, o livro é um coleção de pequenas biografias divididas em uma linha do tempo...E só.
Embora sejam interessantes e eu tenha conhecido muita coisa através da leitura (Cassandra, Catarina, Sóror Juana...). Mas, senti falta do poder da autora. Ficou me parecendo que ela apenas transcreveu as biografias e nada mais... Trata-se de um desfile de biografias, embora no início a autora tenha dado ênfase a obra de platão com seu "O Banquete."

Em razão disso: é um bom livro. Mas não um livro com uma proposta diferenciada como o é "Fiando Palha, tecendo ouro" ou "Mulheres que correm com os lobos."

Julia 14/07/2020

Bom
Comecei o livro muito empolgada sobre o tema mas, achei que faltou clareza na exposição do tema. Muito confusa.

Ro 09/02/2020

Toda mulher é um mito?
Com uma proposta um tanto audaciosa, Martha Robles nos apresenta este compilado de biografias femininas que é o Mulheres, mitos e deusas. O livro seque uma temporalidade linear, na medida em que nos apresenta em ordem cronológica as histórias de figuras femininas importantes, e que de certa forma constroem a ideia de feminino, nas sociedades atuais.
O livro é bem rico em informações e, em algumas personagens, podemos até mesmo nos deparar com algumas versões populares das suas histórias, não ficando restrita a apenas um ponto de vista. A autora também teve o cuidado de adequar a sua escrita a cada uma das personalidades, de forma quem ao realizar a leitura dos capítulos, é possível sentir uma escritora apaixonada por mitologias, outra extremamente devota, aquela que admira as grandes mulheres das artes, e assim por diante.
Minha avaliação não fecha em cinco estrelas porque achei os capítulos voltados às santas extremamente cansativos e desmotivadores. Para mim, beiravam até mesmo a repetição.

Nat 16/07/2012

Um livro detalhista na descrição das diversas faces da identidade feminina. Através de fontes literárias, históricas e mitológicas, o autor apresenta várias figuras femininas, de vários tipos: fadas, bruxas, rainhas, santas, artistas. Antígona, Cassandra, Isolda, Sherazade, Catarina de Médici, Virgem Maria, Eva, Ísis, Hera, Virgínia Woolf, Simone de Beauvoir, só para citar alguns nomes de mulheres cujas vidas são retratadas neste excelente livro, que faz o leitor conhecer até que ponto os valores femininos são marginalizados e o quanto eles resistem às imposições patriarcais. Leitura muito indicada para historiadores, feministas e todos aqueles que se interessem pelo feminino.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com.br/2012/07/o-guia-dos-hieroglifos-egipcios-richard.html

juliapassos14 12/06/2024

Comprei o livro junto com o box de ?Quando Deus era mulher?, então não sabia ao certo o que esperar.

Apesar do livro abordar a história de muitas grandes mulheres, o que por si só seria extraordinário, a leitura é um pouco arrastada. Vejo mais como um livro que possa ser usado como objeto de fato de estudo, ou como um livro para se deixar na cabeceira e vez ou outra ser aberto para ler algumas páginas. Lê-lo de maneira direta foi muito denso, e por horas cansativo (ainda que o conteúdo em si seja belo e bem descrito)

daniella16 08/03/2023

Dei graças a deus quando terminei de ler
Primeiramente, que livro entediante, que livro chato. Talvez mais pela minha expectativa de ser um conteúdo 100% histórico e relacionada a algumas concepções do feminino, mas não, definitivamente não foi.
É uma leitura chata, extremamente cansativa e certos momentos a escrita parecia ser experimental demais, afinal em um capítulo era tudo impessoal na 3ª pessoa e outro era como se a própria mulher (uma das biografadas) estivesse falando????
A parte da Grécia me deixou extremamente entediada, alguns capítulos eram muito bons mas outros pareciam se perder muito. Parecia que a autora queria que você tivesse um conhecimento prévio dos mitos gregos no nível intermediário, então para mim (uma pessoa que tem conhecimento nível Percy Jackson) foi muito chato, chega não dava nem 20 páginas e eu dormia em cima do livro.
Tinha mais coisas para falar, mas decidi ficar por aqui, afinal agora estou feliz demais por ter finalmente encerrado essa leitura que demorou quase 1 mês de luta e muito sofrimento.

Sil *_* 02/08/2023

Conhecendo um pouco Delas ???
Adorei conhecer um pouco de cada uma Delas, seus mitos e histórias. Algumas não conhecia e me deu muita curiosidade de saber um pouco mais e outras já tinha ouvido falar e acabei conhecendo um pouquinho a maís. Para quem gosta ou tem curiosidade de saber sobre essas MULHERES, super indico. ????????

Ale 22/02/2023

Não julgue o livro pela capa...a capa é linda e o livro é simplesmente o mais chato que já li ma vida. Não aguentava mais...

Greice21 25/07/2024

Nós, mulheres...
Em cerca de 448 páginas, a autora traz historicamente falando, as principais representantes femininas, passando pelos templos das deusas como Afrodite, dando uma espiadinha nos aposentos de Cleópatra, indo ao baile na carruagem de Cinderela, tomando um chá com Elizabeth I, visitando um santuário à Virgem Maria ou ouvindo Virginia Woolf em seus últimos momentos. De forma contextualizada, apresenta fatos que corroboram com o exímio papel e contribuição do feminino para a formação da cultura social ao longo dos tempos. É fato que na maioria o livro transcorre de forma clara e fluida, e por se tratar de um compilado de fatos históricos, acabou que em alguns momentos estendeu-se mais que o esperado pelo leitor, deixando a leitura densa e maçante. Esteticamente, o livro tem uma capa muito bonita, as páginas são amareladas. Um ponto que eu gostaria que contivesse na obra seriam ilustrações, limitando um pouco mais talvez os parágrafos e contribuindo com a contextualização apresentada.

Gleiceðð»ðª» 20/01/2024

Recapitulando a vida feminina.
A autora busca esclarecer os aspectos do feminino através dos tempos e de como isso influenciou a sociedade até os dias de hoje.
Muitas histórias achei confusas outras achei que a autora poderia ter se aprofundado ou atribuído mais figuras femininas para entendermos o papel da mulher na história da sociedade.