A Montanha Mágica

A Montanha Mágica Thomas Mann




Resenhas - A Montanha Mágica


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José Marcos 30/10/2021

O tempo que passamos na montanha com o jovem Hans Castorp nos transforma, e, se no início da leitura subimos a montanha de um jeito, descemos dela, de alguma forma, modificados.
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bobbie 26/10/2021

Denso, político-filosófico-social e muito mais...
A montanha mágica não é um livro que se leia uma única vez e se dê por satisfeito. Tampouco é um livro que se leia com facilidade e rapidez. Ou seja, é um livro que demanda dedicação, tempo e comprometimento para que se possa apreender o máximo do que ele tem a oferecer. A minha versão em e-book desta mesma edição, para se ter uma ideia, tem 1028 páginas. São capítulos longos, sem quebra, que fica difícil encontrar um momento de pausa para continuar mais tarde, pois as ideias são muito aprofundadas e conectadas umas às outras. A montanha mágica conta a história do jovem Hans Castorp, que, antes de ingressar em sua vida profissional, dispõe-se a passar 3 semanas em um sanatório para tuberculosos em Davos, no alto de uma montanha - não é segredo algum que, para a medicina novecentista, que ainda não oferecia uma cura para a tuberculose, o melhor tratamento era uma temporada em lugares elevados, com ar rarefeito. Contudo, as 3 semanas de "férias" e repouso acabam se estendendo "levemente", transformando-se em 7 longos anos, quando Hans supostamente adoece da mesma doença que acometia o primo. É aí que se desenvolve a trama desse bildungsroman, ou romance de formação, pois Hans se insere em um microcosmo representativo das ideias correntes na Europa daquele tempo, travando conhecimento com enfermos das mais variadas nacionalidades e pensamentos. São longas oportunidades de tomar parte em discussões filosóficas, sociais, culturais, políticas, religiosas (há espaço até para uma sessão espírita) que vão contribuindo para a formação do jovem mancebo, que inclusive conhece o amor na "montanha mágica" (aliás, ele fica na montanha porque conhece o amor, ou conhece o amor porque fica na montanha?). A estada de Hans no sanatório apenas se encerra quando... um grande e importante evento acontece - não vou dar spoilers. Como disse, trata-se de um livro longo, de capítulos extensos, densos, praticamente longos e completos tratados filosóficos. Quanto a mim, reconheço que fico devendo uma segunda leitura para dar melhor cabo da experiência deste livro.
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LER ETERNO PRAZER 19/09/2021

Publicado em 1924, A montanha mágica é daqueles livros que estão em todas, ou quase todas as listas de melhores livros da literatura mundial de todos os tempos.
Mann levou o Nobel de Literatura em 1929 e já há algum tempo seus livros não eram publicados no Brasil. Essa grande falha dos nossos editores começou a ser corregida em 2015 quando a editora Companhia das Letras passou a relançar obras do autor em capa dura e em belíssimas edições. A Montanha Mágica, talvez um dos títulos mais aguardados, foi lançado no final de 2016.
A Montanha mágica é um calhamaço de mais de 800 páginas. Segundo pesquisei, presume-se que Thomas Mann começou a escrevê-lo em 1912, mas foi interrompido durante Primeira Guerra Mundial o que pode ter influenciado o autor a expandir um pouco mais seu texto original.
Bom, A montanha mágica tem início quando Hans Castorp chega em um sanatório no alto de uma montanha para visitar seu primo Joachim. O sanatório é uma clínica médica privada, cujo tratamento é a base de descanso, normalmente focada em doenças respiratórias.
Hans é órfão de pai e mãe, Mann o descreve como alguém que ?gostava de viver bem, e, apesar da sua aparência anêmica e refinada, agarrava-se com fervor e firmeza, qual um lactante deliciado pelos seios da mãe, aos prazeres físicos que a vida lhe oferecia?. Em um outro momento, Mann esclarece que Hans era um jovem de 24 anos, alheio aos problemas da vida e um pouco devagar para entender o seu ambiente,ou seja, um típico menino, mesmo já sendo um homem formado, sem nenhuma idéia própria ou original.A descrição do dia a dia no sanatório da e torna, tão monótona quanto esses dias deveriam ser. Os pacientes, têm uma rotina bem estabelecida e suas vidas são regradas e controladas pelos horários das refeições, descansos e passeios. Hans primeiramente pretende ficar no sanatório por 3 semanas. Porém, depois de 2 semanas, os médicos descobrem uma mancha em seu pulmão e pedem que considere ficar algum tempo sob observação. Vão-se aí 200 páginas para nós apresentar essas primeiras duas semanas de reconhecimento de território, ou seja, se o leitor não for acostumado a esse tipo de leitura(bastante descritiva e minuciosa) se não for persistente irá desistir da leitura.
Após essa "monótona" primeira parte, vamos entrar na parte interessante do livro, vamos ser apresentados a alguns personagens que iram marca a vida, o pensamento e o intelecto de Hans. O primeiro é o italiano Settembrini, o segundo Naphta e o terceiro é Peeperkorn, com esse personagens e mais uns outros iremos ter grandes diálogos, sobre política, tempo, filosofia, sobre a vida e seu sentido, sobre a morte e seu significado, sobre como ser ou não humanista. Veremos passagens onde de cada uma delas podemos parar e pensar sobre todo o sentido das questões apresentadas.
Um outro fator crucial que merece aqui destaque na obra é o tempo. O efeito que ele tem em cada um de nós, mesmo quando parece suspenso e meio que esquecido da realidade,no sanatório, à medida que os dias se repetiam, era fácil esquecer há quanto tempo se estava ali. As estações do ano não respeitavam os preceitos básicos do clima e pareciam surgir quando bem queriam, mexendo ainda mais com a consciência de tempo do lugar. E é por isso que a condução da história por personagens fortes é tão importante: eles são, em sua forma, a maneira de procurarmos algum resquício de tempo e organização dos dias. Quando um entra e outro sai, pode-se pensar no tempo passado. Quando um debate ocorre diversas vezes, o tempo fica marcado por essas conversas que mostram que algumas idéias se mantém muito além de um período de tempo determinado. Até porque, a melhor maneira mesmo de medir o tempo está mais através de experiências e coisas interessantes na vida do que com horários e calendários. A monotonia que vemos no começo, quando chegamos ao sanatório junto com Hans, desaparece quando os dias se enchem de conversas e debates altamente interessantes.
Foram dois meses de leitura leitura compassada, capítulo a capítulo, internalizando, refletindo e tentando interpretar trecho que me pareciam cheios de significados, alguns simples outros complexos,mas conseguindo ou não fazer interpretações corretas ou não, dentro do que o autor quiz nos passar, foi uma leitura enriquecedora.
Sou sincero em afirma que A montanha mágica, é um livro, que para alguns leitores pode ser chato e enfadonho, mas e que na minha opinião: Todos deveriam ler A montanha mágica, mas A montanha mágica, não e para todo tipo de leitor.
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Andrea 11/09/2021

O tempo é o elemento principal!
Nunca fiz tanta marcação em um livro! E devo dizer que muitas vezes voltei para absorver melhor o que havia marcado... Que narrativa maravilhosa! Cansativo, muitas vezes, mas conseguiu me transportar para aquele ambiente de forma que até frio eu senti... É um livro cheio de reflexões e filosofias, mas, não é difícil de ser lido! Eu me encantei especialmente com Settembrini, e gostei muito de ver a vida pela vida de Hans Castorp! Enfim, valeram a pena os quase 60 dias que levei para subir A Montanha Mágica, apreciá-la e descer...
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Raquel 08/09/2021

O Tempo, a Descrição e a Pesquisa são os protagonistas
Thomas Mann é o rei da descrição, disso não há dúvida. Suas descrições chegam a ser palpáveis, por mais que em muitas vezes o vocabulário seja difícil ou esteja em outros idiomas. É possível até ouvir as canções que ele descreve!
Não há dúvida de que o Tempo é seu personagem principal nessa história pois é dele que o autor lança mão para que possamos "palpar" os mínimos detalhes de cenas e personagens.
Seus personagens são apaixonantes, devo dizer que principalmente os coadjuvantes, mesmo sendo tantos e até os que o autor não se aprofunda muito.
Uma coisa interessante de se observar é que, pelo menos eu tive essa sensação, o protagonista não é bem o personagem principal da história. Curioso isso mas Thomas Mann faz isso com maestria, é muito comum a gente se deparar com isso de o personagem principal ser sem graça ou até odiavel (existe essa palavra?), mas a gente não consegue odiar Hans Castorp, a impressão que tenho é que a gente vê pelas lentes dele e ao mesmo tempo sobre ele. Mann faz isso muito, muito bem!
Enfim, muitas reflexões, filosofia sobre tudo que vc puder imaginar e até biologia, o autor tinha muito conhecimento e é um exemplo inspirador de como a pesquisa bem feita auxilia na veracidade da descrição em uma boa estória.
Se prepare pra ter muita paciência pra capítulos enormes na maior parte do livro mas muitos momentos emocionantes! Difícil dizer adeus a alguns personagens, foram quatro meses lendo em meio aos estudos da faculdade e certas limitações, mas me desafiei e estou super satisfeita.
Desejo a todos uma ótima leitura!

Raquel Oliveira
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Livros de Cabeceiras 31/08/2021

Uma viagem até as terras de Hades
Nesse romance temos a história de Hans Cartorp, o livro começa com a viagem de Castorp da cidade de Hamburgo até um sanatório de tuberculosos próximo a Davos nas montanhas da Suiça.
O que era para ser uma visista de 3 semanas ao primo que estava internado nesse sanatório se arrastam. Mas com o passar do tempo Castorp é seduzido pela vida repetitiva do local e encantadora dos pacientes. A imaginação de Castorp é ativada por uma série de personagens vivamente delineados que se internam no sanatório para se recuperaem, e para morrerem.
Esse roamance pertence aos romances de formação, mesmo a iniciação de Castorp não sendo no mundo da ação e dos eventos – o clamor da Primeira Guerra Mundial iminente se restringe ao mundo de fora do sanatório. Vale resaltar que mesmo lançado em 1924 o história se passa no início do século.
O autor utiliza dos debates de seus personagens, pacientes do sanatório, para explorar as preocupações filosóficas e políticas da época, como o humanismo contra o absolutismo.
Castorp também custa a entender o significa se apaixonar nesse local, tão cheio de doenças e morte, visto isso na personagem de Clawdia Chauchat que chega a oferecer ao Castorp um raio-x de seus pulmões opacos.
A volta de Castorp para a planície é procrastinada, o que era para ser uma visita de 3 semanas, se estende para 7 anos naquele local.
O livro é ao mesmo tempo de uma narrativa lenta, assim como o autor narra que é o tempo no sanatório, como também é um livro que você quer terminar logo para ver o que vai acontecer, mesmo ele tendo mais de 800 páginas. As discuções filosóficas dos personagens, a forma como o número 7 aparece em várias referencias durante a obra.

site: https://www.instagram.com/p/CSXwPCWrDhD/?utm_source=ig_web_copy_link
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Yuminie 26/08/2021

Após 3 meses e meio, finalmente posso dizer que terminei de ler "A montanha mágica".
Em diversos momentos me senti perdida e/ou sem entender muita coisa. É um livro bastante complexo que traz inúmeras reflexões.
Apesar disso, foi gostoso acompanhar a trajetória de Hans Castorp.
Quem sabe num futuro próximo eu encaro este livro mais uma vez :)
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Shirley.Peixe 24/08/2021

É realmente uma grande escalada...
É um livro riquíssimo, propositalmente maçante (em vários momentos), com personagens de complexidades diversas, e muitas reflexões.
Somos tão espectadores quanto o próprio Hans e vamos crescendo junto com ele também. Nós participamos do livro ao sentirmos, de certa maneira, a vida daquele lugar. E como a questão temporal faz sentido, até pra gente (porque é uma vida nas mais de 800 páginas de leitura).
Esta leitura é de fato uma experiência e trás uma mistura de sensações a cada etapa. Espero no futuro relê-lo, e já com outra mentalidade e mais conhecimentos, absorver ainda mais desta obra desafiadora.
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Giulia Miranda @giuumirandaa 10/08/2021

A montanha mágica
Quando terminei o livro percebi que gostei. É um livro difícil e que exige paciência e concentração.
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Clarispectiana 01/08/2021

Querido Hans
Foi um livro gostoso de ler, as vezes era difícil e chato acompanhar as discussões filosóficas de Hans, estava muito aquém da minha capacidade de interpretação. Mas os diálogos e conversas que consegui me inteirar foram magníficas, discussões essa sobre a doença, sobre a percepção do tempo no sanatório.

Mesmo sendo um livro relativamente grande, havia muitas partes que a leitura fluía muito rápido, ja em outras era quase impossível avançar, os diálogos pediam tempo e paciência. Acho que essa é uma das partes mais incríveis do livro, o seu tempo de leitura e digestão. Ele pede um descanso, pausa, uma acalmada para vivenciar tudo ao redor.

Sinto falta de acompanhar o Hans no sanatório, da neve, das conversas no refeitório. Os sete anos ao lado dele passou muito rápido...

Para constar, penso muito na releitura desse livro daqui uns 10 anos, quero saber o que a eu do futuro vai descobrir.
Douglas 01/08/2021minha estante
Excelente resenha. Espero ler em breve!


Clarispectiana 01/08/2021minha estante
Obrigada!! Espero que curta a experiência.




Jacqueline 29/07/2021

Muito bom, mas muito maçante.
Em um livro com mais de 800 páginas era de se esperar que algumas partes se tornem extensas demais para meu gosto, mas A Montanha Mágica tem seus encantos.
Hans Castorp, nosso ingênuo protagonista, chega ao sanatório com a intensão de ficar poucos dias ao lado de seu primo Joachim, mas ao ser alienado pelo ambiente e suas figuras interessantes passa um "tempinho" a mais do que o esperado. Por falar em tempo, assim como personagem, a narrativa também faz o leitor se desprender do conceito tempo na maioria das partes, tornando a experiência mias vívida.
Os detalhamentos do local e as experiências vividas por Castorp são incríveis, mas quando você já está na página 500 e tantos, parece que tudo regressa ao mesmo lugar, tendo como único ponto fixo o próprio protagonista que evolui e amadurece de forma espetacular durante todo o livro, para ao final tomar uma decisão própria e fiel a si mesmo.
Confesso que se não fosse pelos outros personagens que também entraram em contato com Hans Castorp, poderíamos facilmente pensar que o Sr. Settembrini e Léo Naphta eram frutos da mente do protagonista, pois são dois polos tão distintos e que trazem tantos pontos de reflexão ao rapaz que nem parecem reais.
Apesar do real motivo para Castorp ter permanecido em Davos por tanto tempo ainda ser um pouco obscuro, não consigo deixar de pensar que, depois de tantas perdas em sua vida e vendo-se fadado a um emprego fixo e duradouro, a vida nas montanhas tenha se mostrado mais acolhedora, trazendo um propósito à vida do personagem da qual ele não teve contato antes. Ser colocado frequentemente frente à casos de vida ou morte e conhecer pessoas com vivências e pensamentos que diferem, e muito de seu habitual é o que o segura naquele local, que apesar de frio, aquece e preenche um possível vazio existencial do jovem rapaz em relação às suas escolhas de vida e o exime de decisões "irreversíveis" de sua história, me fazendo pensar que se a guerra não tivesse estourado, é provável que ele continuasse lá por muito mais tempo.
A Montanha Mágica pode ter me feito refletir muito, tem personagens cativantes com histórias maravilhosas, trágicas e emocionantes, mas também se tornou extremamente maçante e precisei de toda minha força espiritual para finalizá-lo. É um clássico que vale a pena e que deve ser relido, mas daqui uns bons anos.
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Bruno Malini 28/07/2021

Tempo e morte... e etc
Que livro meus amigos, Thomas Mann descreve sobre o tempo e a morte em meio a vários personagens excêntricos com diálogos maravilhosos que vão da filosofia à física. Amei. Uma resenha mais completa no meu Instagram: bruno malini
Vera 12/08/2021minha estante
Excelente livro, eu também amei.


Léo Queiroz 15/04/2022minha estante
Maravilhoso! Al grandiosidade da obra dispensa comentários! Fantástico!




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