A Montanha Mágica

A Montanha Mágica Thomas Mann




Resenhas - A Montanha Mágica


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Paulinho 08/04/2021

Thomas Mann e Eu
Em fevereiro de 2013 eu entrei em contato pela primeira vez com a obra de Thomas Mann. Li Tonio Kröger e A Morte em Veneza, as duas novelas estavam juntas no mesmo exemplar da Abril Cultural edição da década de 70. Gostei muito das novelas, sobretudo, Morte em Veneza. Depois vi a adaptação para o cinema, o filme de Luchino Visconti de 1971, um daqueles raros casos em que o filme e livro são obras de arte. Depois, lendo obras com o pacto fáustico, li Doutor Fausto em janeiro de 2018, naquela época Bolsonaro ainda não havia sido eleito e ao findar a leitura do romance de Mann expressei minhas preocupações naquele post dizendo que o Brasil se encaminhava para o seu pacto com o diabo. O pacto foi feito. O resultado está aí. Em 2019 reli A Morte em Veneza e Tonio Kröger. Em março de 2020, Rafa e eu tentamos escalar, pela primeira vez, a monumental obra de Mann, A Montanha Mágica, o início da pandemia, da quarentena e o ineditismo da situação nos colocou em ressaca literária e não conseguimos ler um pouco mais que 100 páginas. Em março deste ano (2021) retomamos a leitura desde o início, embora, estivéssemos passando novamente por quarentena, lockdown, mas como diz Dostoiévski “O canalha do homem se habitua a tudo”, mantivemos uma disciplina de leitura diária com uma média de 20 páginas por dia e assim 38/39 dias depois terminamos nossa escalada. O sentimento de satisfação por cumprir nossa empreitada é imenso, primeiro pela extrema qualidade do livro. Embora eu ache alguns capítulos chatos, pouco interessantes, há capítulos arrebatadores que valem a escalada, o tempo e o esforço. Os diálogos entre Settembrini e Naphta são maravilhosos. Os personagens são cativantes sobretudo Joachim Ziemssen. O livro nos leva às lágrimas, dúvidas, reflexões acerca do tempo, da morte, da enfermidade, da burguesia, da religião e de tantos temas caros à humanidade. Um aspecto importante a ser destacado é o Tempo, como o livro foi lido praticamente todo dentro do lockdown, o tempo da montanha mágica e o nosso se assemelhavam muito, e essa proximidade de sentimentos e sensações em relação ao tempo foi importante para sermos ainda mais impactados pela história.

site: https://www.instagram.com/bobsergio8/?hl=pt-br
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Priscila Bennati Santana 20/03/2021

Em A Montanha Mágica acompanhamos a trajetória de Hans Castorp, jovem engenheiro, recém-formado, que resolve visitar seu primo Joachim, que está se tratando em Davos de tuberculose. Hans tem uma pequena indicação médica para passar 3 semanas em uma altitude elevada para curar sua anemia. Mas ao chegar ao Sanatório de Berghof, Castorp passa a enxergar a vida de uma maneira totalmente diferente. Lá, o tempo, as estações não parecem correr da mesma maneira. E Hans encontra uma nova forma de viver, diferente da planície, e talvez até um grande amor. Durante o livro, conhecemos os diversos personagens que habitam o Berghof, suas histórias, suas filosofias de vida. Tudo isso moldando o caráter de Hans. Voltará ele para casa ou ficará para sempre naquela montanha mágica?
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Raca 14/03/2021

é daqueles livros que, numa primeira leitura, você sente que não arranhou nem a superfície da miríade de significados e diálogos.
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Felipe Augusto 04/03/2021

Ótimo livro
Primeira obra que leio do Thomas Mann e não podia ter sido melhor, a construção dos personagens, os diálogos detalhados e contextos políticos e históricos tornam a historia muita bem construída. É um livro complexo tem muito embates filosóficos que podem desanimar o leitor e preciso voltar em alguns trechos.
Mas não desista de ler esta obra é muito boa e nós traz a pensar em vários aspectos da vida e da morte, amizades e amores.
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Vinícius 26/02/2021

Calhamaço que vale a pena!
Livro clássico, denso, extenso mas de uma leitura recompensadora! Que jornada, que aventura! Livrão!
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Karinny 18/01/2021

Trata-se de um romance sobre o tempo e a morte, recheado de diálogos filosóficos que vão justificando ou se contrapondo às decisões do protagonista. Além de um enredo muito interessante, nos deparamos com um narrador sensacional.
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mat 14/01/2021

Então subi a Montanha...
Terminar esse, que é um dos grandes romances da Literatura Alemã me deixou orgulhoso,  lendo resenhas e assistindo vídeos sobre a obra, ao iniciar fiquei com medo de não entender ele devido a sua complexidade, mas percebo que uma leitura atenta e reflexão ajudam no entendimento de boa parte da obra (acredito que entender ela integralmente somente o autor).

O Enredo é o seguinte: o Jovem Hans Carstop vai visitar seu primo doente num sanatório para tuberculosos na cidade de Davos (Suíça), e pretende ficar lá três semanas, mas posso adiantar que ele fica muito mais que isso. Acontece que esse livro é sobre o tempo (e sua plasticidade), e a experiência de leitura é essa mesma, no início o leitor consegue contar o tempo (se tiver muita atenção), mas ao longo do romance nós perdemos a noção de tempo assim como os personagens.  É também um retrato da sociedade europeia antes da eclosão da Primeira Guerra Mundial e de como os indícios de sua inevitabilidade já estavam presentes anos antes de acontecer. Por fim digo que é um livro repleto de duplos, espalhamentos e detalhes (vários prenúncio inclusive), por isso a importância de marcações/anotações, e como o próprio autor indicou, de releituras. Deixo a indicação desse livro misterioso, "complexo" e Maravilhoso do Grande Thomas Mann, que me despertou curiosidade em ler toda sua obra.


P.S.: O protagonista desse livro é o personagem mais legal que já li, ele é muito divertido,  inteligente e com uma personalidade única,  eu queria que ele existisse para sermos amigos, é incrível.
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Italo306 05/01/2021

Com vasto material crítico, de análises acadêmicas à resenhas e opiniões, 'A Montanha Magica' é consolidadamente um dos maiores clássicos da literatura mundial!

Durante a estadia do jovem Hans Castorp num sanatório (um retiro para tuberculosos) pouca coisa de fato acontece. Diálogos, divagações e rotina, tomam o tempo daqueles ali confinados num clima de completa estagnação. Essa aparente monotonia, esconde um dinamismo que faz do sanatório um organismo com vida própria.

Não é nem de longe um livro difícil, pelo contrário é singelo e bonito de se ler. Porém é repleto de nuances, essas tão vastas e estratificadas que aqui vai da subjetividade do leitor: cada pessoa contemplará uma "Montanha Mágica" diferente.

O que faz esse livro tão universal? A obra é um retrato congelado no tempo da Europa do início do século XX: nacionalismo, avanços na ciência, disputas entre as vertentes intelectuais vigentes e até sessões espiritas são elementos que compõe a obra, como uma gravura em preto e branco onde os personagens foram capturados e continuam eternamente vivendo os seus momentos e suas filosofias além daquele frame.

A narrativa que discorre muito sobre a natureza do tempo, cria sensações únicas que vão desde o tédio até a extrema comoção, por meio de mudanças no clima, chegada e saída de pacientes e do amadurecimento de Castorp.

Thomas Mann divaga magistralmente sobre o espírito europeu da época, onde cada personagem é um arquétipo dos pensamentos recorrentes e a obra é repleta de debates e desenvolvimento pessoal. O clima da apreensão e tensão que levaram à guerra se mantém congelados na montanha mágica para serem vislumbrados por nós.

Hipocrisias e sentimentos contraditórios dos personagens, são características puramente humanas. Os debates entre o secularismo x obscurantismo onde todos consideram a guerra um evento prático e necessário, é uma lição para os tempos modernos. Mann concebeu um ensaio político e filosófico em forma de literatura!
Jace 05/01/2021minha estante
Amei a resenha! Fiquei interessada no livro devido a ela! Valeu!!


Italo306 05/01/2021minha estante
Ah que legal, fico feliz :)




luizfelipedds 29/12/2020

Leitura "gatilho" durante a pandemia
A montanha mágica foi de longe uma das minhas leituras mais "gatilho" da quarentena. Em linhas gerais, a obra consiste num romance de formação, que tem como personagem principal Hans Castorp, jovem alemão que decide visitar seu primo, Joachim Ziemssen, jovem militar tuberculoso que está internado no Sanatório Internacional Berghof, em Davos-Platz, na Suíça. No sanatório, Hans vai ter contato com diversos personagens que vão ser de extrema importância para a sua formação humanística, participando de debates aprofundados sobre temas diversos, além de ser confrontado por lembranças que vão lhe fazer refletir sobre o amor, a doença, o tempo e a morte. Hans sobe a montanha para fazer companhia ao primo, durante três semanas, sendo que o primo deveria ficar internado por mais seis meses. No entanto, ao participar da vida do sanatório, o personagem percebe que está num lugar de extremo conforto por um valor razoável e, além disso, na montanha a passagem do tempo se dá de forma diferenciada, além de outras descobertas que vão movimentar e dar sentido a obra. Nesse aspecto, é importante destacar que a construção da passagem do tempo na obra é genial, não tendo nada de sobrenatural, e certamente quem teve a possiblidade de ficar em isolamento durante a pandemia conseguirá fazer um paralelo bem interessante (e desesperador). Confesso que a leitura em alguns momentos foi desafiadora, especialmente nos debates entre os personagens, mas o final fez o esforço valer a pena.
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Mauricio.Junior 28/12/2020

Um livro mágico!
Uma leitura capaz de promover transformações no interior de quem chega até o seu fim.

A história tem início quando o jovem e ingênuo Hans Castorp resolve fazer uma visita ao seu primo Joachim, que se encontra internado em um sanatório nos Alpes Suíços, a fim de tratar-se da tuberculose. Inicialmente, planejada para durar três semanas, sua estadia acaba sendo prolongada por anos, nos quais, Castorp, habtua-se perfeitamente ao cotidiano do lugar, um microcosmo onde se encontram indivíduos de toda a parte da Europa.
Ao longo das oitocentas páginas somos presenteados com belas reflexões acerca do tempo, da vida e da morte, além de vários outros temas filosóficos, através dos embates entre os personagens do humanista Lodovico Settembrini, defensor do progresso e da organização racional da vida humana, e Leo Naphta, extremista religioso e profeta do terror, que prega sobre o espírito absoluto e sobrenatural. Ambos estão competindo pela alma do protagonista, Hans Castorp, cada qual buscando ser o seu mentor.
Tais conflitos filosóficos refletem o contexto ideológico que circulava na Europa da primeira metade do século XX, e que iriam influenciar nas duas grandes guerras.
Por fim, o destino do protagonista é resolvido com a eclosão da primeira Guerra Mundial. Quando ele é forçado, junto com todos os outros, a abandonar o seu estado de "letargia" ao ser tragado, de forma abrupta, pelos conflitos políticos da época.

Um grandioso romance! Acima de tudo, uma homenagem a vida e a busca do seu sentido, que só pode se realizar através da busca da liberdade, mesmo diante do poder da morte!
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Geórgia 07/12/2020

A montanha mágica
Eu estava me perguntando porque comprei esse livro, aí lembrei que o vi sendo mencionado em Norwegian Wood, do Haruki Murakami e por isso tive vontade de ler.
A montanha mágica conta a história do Hans Castorp, um jovem engenheiro, que vai visitar seu primo Joachim num sanatório para tuberculosos. O engenheiro acaba ficando nessa montanha mais tempo do que poderia supor. Aliás, o tempo nessa narrativa é bastante peculiar, às vezes parece que a história é sobre isso. Então, eu me vi no meio de uma pandemia na qual o tempo tem funcionado de maneira distinta (quem não perdeu noção do tempo nesse período?) lendo sobre essas pessoas com doenças respiratórias (será q foi coincidência?)
Foi a leitura mais longa e difícil para mim esse ano. Mas foi tbm gratificante terminar. Eu disse que desse ano não passava. ? Acho que é isso. O meu consolo é saber que o próprio Thomas Mann sugere que o livro seja lido pelo menos 2x para ser bem compreendido. Não sei quando vou fazer isso, mas um dia irei.?
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Ebenézer 26/11/2020

Um livro desafiador
Enfim, concluí não sem muito esforço A Montanha Mágica, de Thomas Mann.
Obra longa, densa, complexa, hermética.
Vários níveis de leitura, muitas abstrações, filosofia na veia, cultura ampla e contexto tão vasto.
Muito difícil (extremamente) acompanhar com segurança o raciocínio fino e a lógica aguda do autor.
Chego, pois ao fim da leitura da Montanha com uma sensação de incapacidade intelectual atroz...
Todavia, diante dessa falta de inteligência, ergo a cabeça e sigo avante e confiante, me valendo do testemunho do autor Thomas Mann, que, em ?razão dos detalhes e densidade composicional? de sua obra, sugeriu de modo claro aos estudantes norte-americanos em Princeton, um procedimento ao apresentar o seu romance:
?Que devo dizer sobre o próprio livro e sobre como ele deve ser lido?
De início, uma exigência bastante arrogante, qual seja: a de que se deve lê-lo duas vezes. A quem conseguiu levar o Zauberberg uma vez até o fim, aconselho que o leia uma vez mais, pois a peculiaridade de seu feitio, seu caráter composicional, propicia que o prazer do leitor se eleve e se aprofunde, na segunda vez?
Portanto, vou me animar para a segunda leitura, ainda.

"...a quem conseguiu levar o Zauberberg uma vez até o fim..."??
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Nicolas29 23/10/2020

Realmente um livro mágico!
Não sei o porque, mas demorei três anos para terminar de ler esse livro e ele é simplesmente incrível! Demorei tanto tempo pq não queria q ele terminasse logo, e óbvio que durante esse tempo eu li outros livros, mas esse processo de três anos e finaliza-lo hj, numa manhã de chuva, com ctz foi uma estadia na montanha mágica kkkkk
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