A Montanha Mágica

A Montanha Mágica Thomas Mann




Resenhas - A Montanha Mágica


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Edilene Freitas 10/07/2021

Subir essa montanha com Hans Castorp não foi fácil, mas foi um grande aprendizado. Ver o desenvolvimento do protagonista enquanto ele travava relações com os demais internos do sanatório foi bem interessante, apesar dos longos capítulos de reflexões filosóficas que acabam deixando o livro meio monótono. Mas, acredito que a intenção do autor era essa mesma, tendo em vista que o tempo da história não se propõe a passar com rapidez em determinadas partes. Com perseverança é possível concluir o livro e ao final fica a pergunta: todo aprendizado valeu a pena? Ou tudo foi em vão?
Nati 10/07/2021minha estante
Eis a questão...




beleza 09/07/2021

Muito tempo depois
Após 17 anos reli este clássico?
Na época tinha outra visão de mundo e no meio da releitura percebi que por causa de algumas páginas quis aprender francês, o suficiente pra conseguir ler aquelas páginas.
Hoje falo francês, viajei para alguns países francófono e consegui ler aquela parte do livrões dicionário.
Não tenho como descrever a satisfação que isso me causou
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ster 07/07/2021

esse livro foi realmente uma escala para mim, me surpreendeu de muitas maneiras principalmente por ser divertido, foi uma leitura densa mas esclarecedora e satisfatória, levou quase uma semana pra ser lido, mas ao mesmo tempo parecia muito mais longo e eu não sentia cansada ou entediada, talvez seja a influencia temporal de um dos principais tópicos livro de sua relatividade.

O cenário desse livro e na suíça, onde o jovem Hans Castorp viaja e estada num sanatório em que conversa longamente vários debates sobre filosofia, mas essa descrição simples não faz jus a este romance de idéias magnificamente eloquente, pra mim é uma história tão fascinante quanto um romance realista / psicológico / levemente satírico sobre a vida em um sanatório para pacientes com tuberculose com tratamento alegórico estendido (e a visão do autor de) desenvolvimentos políticos, filosóficos e sociais europeus do século XIX e início do século XX. E eu adorei as discussões intelectuais filosoficas entre Settembrini e Naphta, o autor fez um ótimo trabalho ao introduzir na narrativa os conflitos que estavam acontecendo na Europa naquela época. Possivelmente, as declarações mais profundas do livro foram sobre a natureza do tempo, especificamente sobre a relação entre tempo e espaço.

Cada personagem serve ao seu propósito, mas nenhum é superficial ou parcial. As pessoas reclamam da sensação de desconexão, mas para mim a forma como o tempo é apresentado no romance não se presta a uma narrativa padrão e acredito que o livro sofreria se fosse mais rigidamente estruturado. O estranho é que não posso dizer se gostei totalmente de algum personagem, desenvolvi uma leve simpatia pelo personagem principal, mas ainda não sei o que pensar. Foi uma leitura incrível ainda estou procurando por um livro tão intrigante e cheio de nuance como este.
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tguedes2 07/07/2021

Terminei a escalada, enfim!
Estou processando essa leitura desde ontem quando a terminei e chego a conclusão que é impossível resumir em algumas poucas palavras os sentimentos que esse livro provoca. Ao começo parece que o intuito da narrativa é apenas o de acompanhar nosso protagonista Hans Castorp em sua trajetória de auto conhecimento e amadurecimento. Mas Thomas Mann vai além. De forma sutil ele narra a história da humanidade, especialmente a energia filosófico-política que levou-nos à Primeira Grande Guerra. Eu estou arrebatada. O final é de tirar o fôlego. Recomento fortemente!
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Arthur Sanches 07/07/2021

A montanha mágica é um convite à Europa pré Primeira Guerra, às discussões filosóficas, especialmente em relação ao tempo.

Quando o único tratamento para a tuberculose era descanso e ar rarefeito, Thomas Mann interna suas personagens em um sanatório (na época esse era o nome) numa região elevada da Suíça e lá, sob os olhos de Hans Castorp conhecemos personagens únicos que debatem dentre vários assuntos a direita e esquerda, capitalismo e igreja, tortura, superstição e ciência, tirania e liberdade e também o amor, principalmente o platônico.

Outro aspecto único deste livro é seu narrador que claramente vive no pós guerra e retrata fatos de uma Europa pré ebulição.

A subida à Montanha Mágica não é fácil, requer empenho e dedicação, mas a vista e a caminhada recompensa todo o esforço.
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LeandroCastro88 05/07/2021

Complexo por demais
Olha... Confesso que me animei pra ler por conta da Isabella Lubrano do ler antes de morrer. Não fosse isso...
A leitura é beeem complexa. Certas partes do livro eu nem me esforçava muito pra compreender rsrs
O tempo é o principal tema abordado no livro. Mas também se fala de astrologia, botânica, filosofia, política, religião, espiritualidade, relacionamentos etc etc etc
Todos os temas analisados com certa profundidade que pode cansar o leitor. Te incentivo a ler, mas saibas que terá que escalar a montanha. O livro é genial no sentido de fazer o leitor sentir aquilo que a personagem principal e até mesmo alguns secundários passam. Uma baita obra. Toda a ambiência é minimamente detalhada. Os aspectos psicológicos são bem aprofundados. Enfim... Um senhor de um livro! Um final surpreendente!
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Beth 04/07/2021

Hans Castorp ganhou meu coração ?
Difícil não simpatizar com o jovem Hans, um jovem recém formado que vai visitar seu primo doente em um sanatório antes de " começar sua vida adulta".
Acompanhar todo seu processo de amadurecimento intelectual e filosófico, com certeza me deixa um legado.
Em muitos momentos a leitura fica mais pesada, principalmente os diálogos entre o humanista e o jesuíta, mas mesmo assim, vale muito cada esforço para tentar compreender tudo o que é dito.
A Montanha Mágica com certeza entrou para um dos meus livros favoritos, e Hans Cartorp, sua evolução como ser humano, entra para sempre em minha vida e meu coração.
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sundays 04/07/2021

O tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem...
A Montanha Mágica é uma obra que carrega com propriedade a etiqueta de "clássico". Ainda que escrita pouco depois da primeira Guerra Mundial, traz um sem número de reflexões que são válidas até hoje - e até assustadoramente atuais.

Acompanhar o simpático e receptivo Hans Castorp seguindo a correnteza da vida a partir de uma visita ao primo em um sanatório para doentes pulmonares nos leva a repensar conceitos que costumamos ignorar, principalmente o de TEMPO. Nesta linha, Mann nos presenteia com alguns capítulos de beleza marcante, como o encantador "Passeio na praia" e o surreal "Neve".

Destaque pra figura do narrador, os jogos com o número 7 e as referências à mitologia, além dos excelentes personagens secundários.

Neste meio tempo, não perca mais tempo e vá ler esta obra que não parou no tempo, enquanto ainda há tempo! O tempo urge...ou talvez não.
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Jessica858 03/07/2021

Um romance de formação, onde conhecemos a trajetória do jovem engenheiro Hans Castorp, que decide visitar o primo nas montanhas e acaba ficando mais tempo do que planejava. Vemos o quanto ele muda com o decorrer da leitura e como o tempo pode ser diferente em vários aspectos.
Recomendado para aqueles que tenham paciência com uma leitura bastante filosófica.
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Laura.Bianchini 03/07/2021

Uma leitura de um mês, uma experiência para a vida.
Como se despedir de um companheiro de mais de um mês??
Que leitura marcante!! Em partes ela me tira totalmente da zona de conforto, forçando a minha capacidade interpretativa ao máximo, mas em outras, ela me diverte, me situa em um local que representa quase que um mundo diferente.
Hans Castorp, um protagonista descrito como ''mediano'' e comum, nos cativa com o passar dessas 800 páginas.. a sua curiosidade e mente aberta nos permite conhecer essa sociedade febril, cultuadores da vida horizontal, dos passeios obrigatórios e dos banquetes exuberantes.
É difícil classificar um livro que aborda tantos temas, nas mais diversas áreas do conhecimento. Fui totalmente cativada pelas explicações da medicina da época, pelas divagações de Hans acerca do tempo e da vida.
Portanto, é um clássico que nos retira, momentaneamente, da vida e dos costumes da ''planície'', para nos expor a um local onde o tempo e a moral são tratados de formas diferentes... Assim, seguindo a curiosidade e a paciência de Hans Castorp, está é uma obra que ficará para a vida daqueles que a encaram.
Léo Queiroz 15/04/2022minha estante
Leitura maravilhosa e inesquecível!




Ricardo 03/07/2021

Normalmente eu não dou estrelas as obras, essa avaliação é subjetiva demais para meu "espírito cartesiano" =P
Contudo, o que falar dessa obra colossal?
A Montanha invadiu meus planos de leitura por causa de uma leitura coletiva, canal ler antes de morrer patrocinado pelo Instituto Goethe. Pretendia conhecer melhor o autor antes, como sempre faço. Ainda assim, foi uma boa leitura.
A Montanha Mágica tem um nome maravilhoso, com ela eu posso ser ambíguo: estou resumindo o título ou faço referência da bagagem cultural da obra?
Porque é disso que a Montanha é feita. Uma obra cheia de importantes discussões, personagens interessantes e complexos e um protagonista que ficará no meu rol de favoritos.
Ler essa obra em uma pandemia também deve um gosto especial. Se você faz parte dos privilegiados com uma coisa chamada bom senso, sabe que devemos nos isolar o quanto for possível em benefício de retardar o avanço da pandemia (vírus não atravessa concreto...), dessa forma, estamos isolados, contidos em nossos ambientes domésticos, em nossas montanhas, tentando manter nossa saúde e a saúde dos outros. Pois bem, a Montanha vai bater diferente também por causa disso.
Recomendo a leitura e sugiro que tente avançar na obra mesmo com alguma dificuldade. E, mesmo o autor recomenda, faça uma releitura dela depois, ou diversas vezes em sua vida.
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Mariana 02/07/2021

Termino a leitura sabendo que terei que reler.

O livro é incrível, nos transporta para a montanha. Para mim a leitura foi bem complicada em alguns momentos, mas não deixou de ser agradável. Trouxe muitos assuntos e debates importantes e complexos, além de personagens apaixonantes, até mesmo o narrador.

Hans é ?gente como a gente?, um jovem considerado medíocre, que à primeira vista não tem nada de muito especial, mas ao mesmo tempo é cheio de qualidades encantadoras.

Identifiquei muitas vezes a percepção do tempo na montanha com a que vivo neste momento, durante a pandemia: avança sem que eu perceba, ao mesmo tempo que parece que não passa. Sempre diferente e confuso.
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Aline Donatoni 02/07/2021

A gente se habitua a não se habituar
É um livro cheio de camadas, referências, simbologias, inteligência, e tudo se expõe de forma extremamente sútil, é difícil perceber o que está nas entrelinhas.
Trata sobre o tempo, doença, morte, princípios, amadurecimento, religião, guerra, humanidade, amor, uma infinidade de temas abordados brilhantemente por Thomas Mann.
Para mim foi impossível não simpatizar com o Hans Castorp, fiquei realmente apegada e sentirei saudades.
A rotina, a forma como os dias se repetem, o meio influenciando nossas posturas e pensamentos, de repente, sem se saber como ou quando, já estamos iguais aos outros.
Com certeza futuramente farei uma releitura.
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Poliana Vermecesch 01/07/2021

O AR FICA RAREFEITO, MAS A VISTA DA MONTANHA VALE A PENA!
Aquele calhamaço pra se orgulhar pra sempre de ter lido. Conhecer a obra prima desse grande mestre da literatura alemã foi um privilégio.

Foram três meses de leitura coletiva com muitos altos e baixos, tamanho é a quantidade e densidade das reflexões aqui propostas. Certeza de que relerei ele daqui a alguns anos com mais bagagem de vida e de literatura também.

Esse romance de formação nos leva para a história de Hans, um jovem engenheiro que tem uma estadia inesperada em um sanatório pra tuberculosos.

Em uma época sem antibióticos e pouco conhecimento da doença, era comum que as pessoas se hospedassem nesses enormes sanatórios nos Alpes suíços para tratamento.

Lá, Hans encontra um lugar em que o tempo ocorre de maneira diferente, conhece diferentes enfermos de diferentes partes do mundo e podemos contemplar um pouco do pensamento do mundo antes da primeira guerra.
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Gabriel Farias Martins 01/07/2021

Que livro mágico.
Foram meses lendo, devagar e sem preocupação. Como a própria estadia do Hans no sanatório berghof, tantas pessoas passaram, algumas marcaram mais do que outras, mas cada presença foi ilustre.
A obra reflete tão bem como é possível que o tempo passe por nós, sem que nos demos conta dele.
Enfermidade e vida são estreitamente ligados.. toda a atmosfera é mágica e até as ações mais sutis, são belas.
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