A Montanha Mágica

A Montanha Mágica Thomas Mann




Resenhas - A Montanha Mágica


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Nati 01/07/2021

Nesse romance de formação que vai acompanhar o nosso herói, Hans Castorp, através da sua jornada no sanatório Berghof para tuberculosos, do tipo que a alta sociedade tuberculosa da época vivia em uma vida luxuosa e ociosa, em que nosso Herói se ver preso depois que foi visitar seu primo Joachim para um descanso de três semanas.

OPINIÃO

Subi a montanha com Hans Castorp foi a minha melhor experiencia de leitura do ano por diversos motivos, dentre eles:
O modo como Mann me fez senti-me no Berghof durante a leitura, me fez senti as sessações que o Hans experimentava lá, desde a letargia dos primeiros dias ao total enfardo no fim de sua jornada.
Além do fato dos capítulos serem muito expressivos para brincar com as sensações do leitor: alguns capítulos passavam rápido sem que as páginas lidas se quer fossem sentidas, outros eram tão difíceis de ler, que parecia nunca acabar. Alguns me instigavam em partir logo para o capítulo seguinte, outros me deixavam exausta até para tentar ler uma única linha a mais.

Outro motivo que me fez amar a leitura foi a amplitude de temas que a obra aborda, com inúmeras referências, muitas que sei que nem identifiquei nessa que foi a minha primeira leitura do livro, visto que se diz que só se entendi esse livro na segunda leitura.

Ademais, há a exibição do panorama da Europa pré-Primeira Guerra Mundial, inclusive identificando em algumas passagens um certo indício das ideias que viriam embasar o pensamento que foi pilar para as teorias de aceitação moral do antissemitismo e a superioridade do povo ariano ou Europeu.

Além de que, Thomas Mann está conectado nos mais modernos pensamentos científico da época, em diversas áreas, permitindo ao leitor ter um panorama dos conceitos médicos, biológicos, botânicos, físico e astrofísico, filosófico, humanístico, psicológico, dentre outros que estavam sendo estudados e difundidos na época. Assim sendo, enquanto Hans Castorp instruía-se, eu também o fazia.

A narrativa de Thomas Mann é surpreendentemente divertida, não cômica, nada disso. Contudo, com aquele fiozinho de ironia e sarcasmo delicioso. Hans não tem nada de mais para um protagonista, chega a ser pedante em muitas partes, porém o narrador com sua suave ironia e com um sacarmos quase que indetectável nos leva a deliciarmos com as vivências de Hans e seus companheiros de sanatório.

Sem falar na satisfação pessoal de vencer esse calhamaço, que o fato de ter lido em uma Leitura Coletiva tornou uma tarefa mais prazerosa ainda. Não só pelo tanto de página, mas também pelo peso da obra, que possui todo o mérito da exaltação que recebe. Assim sendo, nem se quer precisa dizer ser mais que recomendada essa leitura.
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Liduina 01/07/2021

Subi a montanha, permaneci por 8 semanas. Foi uma estadia maravilhosa, de muito aprendizado. Mas, acredito que mais cedo ou mais tarde terei que voltar lá. Ainda preciso continuar o tratamento. Preciso entender melhor algumas coisas que não consegui compreender agora. Amei.
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Paula 30/06/2021

Leitura difícil. Não foi fácil subir a montanha, ainda mais quando a vida nos apresenta alguns percalços. Necessita outra leitura mais dedicada.
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Thiago 30/06/2021

A jornada de Hans Castorp, um enfermiço da vida.
A Montanha Mágica narra a longa estadia do engenheiro Hans Castorp em um sanatório.
Com um vocabulário muito rico, além de capítulos bem técnicos sobre Medicina, Política e até Botânica, Thomas Mann narra a jornada do "nosso héroi"(assim como ele se refere) Hans Castorp.

A vida é essencialmente uma combustão das proteínas das células... Pois é, viver é morrer, nesse ponto não adianta dissimular. Trata-se de uma destruction organique. Quando temos uma impressão contrária, é pq nosso juízo não está sendo imparcial.

A montanha Mágica — Thomas Mann

Conhecido como um livro sem enredo por apenas seguir observando o protagonista, o livro contém capítulos muito longos e às vezes muito prolixos e tediosos.

Não deixo de reconhecer a importância do livro e o bom humor que o autor conseguiu colocar na obra, por isto ressalto alguns momentos como o capítulo Neve, as reflexões sobre o Tempo e a Morte, a estadia do Mynheer Peeperkorn, o saudoso Settembrini e o carisma de alguns outros personagens. Mas de modo geral, o livro não foi do meu agrado, acredito que abandonaria se não fosse a leitura em conjunto.

Tenho avidez para rechaçar essa vontade usar as palavras que aprendi pormenorizadamente neste livro. Eu teria uma veneta inelutável e lúgubre caso não fizesse e por isso venho como um palrador sem modorra, tibieza ou lassidão utilizar tais termos para finalizar a resenha.
Gabi 23/07/2021minha estante
Hahahahahahahah, adorei o final, dentre tantos, ratifico que este foi o que mais agregou-me vocabulário, meu dicionário chega envelheceu de tanto que eu o abria. É um de meus livros favoritos, mas respeito e, de certa forma, entendo sua opinião!




Ale Giannini 30/06/2021

Ler para conhecer
Um dos romances mais influentes da literatura mundial do século XX, foi importante para a conquista do Prêmio Nobel de Literatura em 1929 por Mann. É um exemplo clássico da literatura que os alemães classificam como Bildungsroman - escrita detalhada do desenvolvimento físico, moral, psicológico, social de uma personagem, da infância à maioridade.

Mann começou a escrever A Montanha Mágica em 1912 vindo a concluir somente em
1924, ano em que foi publicado. Durante esse período sua mulher Khatarina Mann foi internada em um sanatório em Davos, na Suíça, para tratar de uma tuberculose.

O livro conta a história do jovem Hans Castorp que viaja aos Alpes para visitar um primo doente e tratar de uma pequena anemia, quando descobre também estar doente de tuberculose.

O tratamento vai adiando seu retorno à planície (que entendemos se tratar da vida habitual), oferecendo tempo para que ele conheça mais sobre política, arte, literatura, religião e filosofia.

Consequentemente Hans acaba amadurecendo como homem e no modo de se relacionar com a sociedade e com as pessoas com quem convive.

Especialistas e estudiosos entendem que o ritmo lento com que Mann desenvolve a história - os primeiros cinco capítulos, quase duzentas páginas, formam o relato de apenas um dia no sanatório - é intencional, para trazer a monotonia do tratamento nos Alpes.

Se essa era a intenção, então podemos concluir que o autor conseguiu seu intento.

Há interessantes debates principalmente filosóficos e religiosos, mas o nível de detalhamento das reflexões torna a leitura cansativa.
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Steph.Mostav 28/06/2021

Bildungsroman e Zeitroman
A montanha mágica, como descobri durante a leitura, não é só um romance de formação (Bildungsroman), mas também um Zeitroman, que tenta apresentar seu próprio tempo de forma ampla e com todas as suas contradições, num completo panorama estético, político, filosófico e literário de sua época. Também é um romance sobre o tempo, um tempo que se dilui e um dia pode durar centenas de páginas e vários anos em repetição, apenas poucos parágrafos. Hans Castorp, nosso protagonista, é um engenheiro que sai do tempo da "planície", do comércio e da produção para o tempo do sanatório para tuberculosos em Davos, na montanha, onde o tempo está suspenso à espera da morte. Lá, ele passa a questionar o ponto de vista da "planície" e reconfigura o sentido e a relatividade desse tempo. Assim, a influência da montanha mágica não afeta só de maneira externa, como também sua subjetividade. Nos são apresentados vários excelentes personagens, como Settembrini, Naphta e Peperkorn, assim como suas variadas perspectivas sempre em contraste umas com as outras, em diálogos, brigas e paixões. Nesse microcosmos da elite europeia, são discutidas as grandes questões da época numa relação cotidiana entre vida e morte, entre reflexão e ação, entre conflito e tranquilidade, entre espírito e corpo. A proximidade entre a morte e a vida devido à doença não só faz com que a vida seja valorizada com o contato constante com a morte, como também expõe uma sociedade decadente que não percebe que está à beira da catástrofe e da crise das expectativas burguesas. A primeira guerra mundial rompe com a ideia de progresso contínuo e é uma ruptura na percepção do tempo e das certezas europeias. Um grande romance, não só em extensão como filosofica e tematicamente.
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Bruna 27/06/2021

O tempo e a vida na Montanha Mágica
Thomas Mann nos apresenta diversos personagens e as peculiaridades da vida de Hans Castorp no Sanatório Internacional de Berghof na Suíça. A princípio vai para visitar seu primo, porém com o passar do tempo os motivos mudam.

Há grande descrição de detalhes dos ambientes, das paisagens, do clima, das pessoas e das conversas em cada página. Algumas páginas possuem uma leitura fluída e outras exige muita concentração. Há predominância em assuntos filosóficos e a todo momento é mencionado o significado do tempo para quem está nessa montanha.

Há uma grande pluralidade neste Sanatório de culturas, nacionalidade, idiomas e crenças tendo em comum apenas a enfermidade que todos são cometidos, a tuberculose.

Minha opinião é que a obra é riquíssima e exige do leitor atenção. Não é uma leitura fácil. Caso esteja iniciando nesse universo da leitura, aguarde mais um pouco para inicia-la, assim poderá aproveitar e imergir nessa montanha onde o tempo é outro.
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Inês 26/06/2021

Definitivamente, este foi um dos livros de literatura mais complexos que eu li nos últimos tempos.

Apesar disso, essa obra traz na sua concepção a capacidade e o conhecimento do seu autor - que é simplesmente excepcional.
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Gisele Gusmão 25/06/2021

A montanha mágica, Thomas Mann
No livro A montanha mágica o narrador diz: ?Queremos narrar a história de Hans Castorp, não por ele (a quem o leitor em breve conhecerá como o jovem singelo, ainda que simpático), mas pela história em si, que nos parece em alto grau digna de ser narrada...?. Hans vai para o Sanatório Internacional Berghof visitar o primo Joachim internado há alguns meses, inicialmente Hans pretendia passar três semanas, mas acaba ficando por alguns anos. A história se desenrola no sanatório que fica em Davos na Áustria e narra a relação de Hans com vários pacientes do sanatório, com destaque para Lodovico Settembrini, um italiano que o toma como aprendiz, e Leo Naphta que mora na cidade. Muito interessantes são as discussões de Settembrini, que defende a ciência e o progresso e Naphta que defende um retorno aos ideais da idade média e contra a ciência, o que deixa o livro atual no Brasil de hoje.
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Rod. 24/06/2021

O livro não me cativou.
A história possui um enredo relativamente simples, porém não consegui me conectar com a história.
Porém, de modo geral achei a história boa.
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Alessandro117 24/06/2021

Subi a Montanha, a magia foi o tempo...
Quando comecei a ler, achei que o livro seria totalmente diferente... Talvez não tenha sido um bom momento para ler, ou talvez tenha sido o momento perfeito. Entretanto, de uma coisa eu sei: irei reler esse livro quando for mais velho...
Hans Castorp me encantou, mas o Joachim me encantou mais ainda! Que personagens encantadores que o Mann desenvolveu diante desse Sanatório no alto dos Alpes Suíços!
Esse romance de formação, o qual vemos a evolução do nosso amigo Hans, diante de um tempo e diante de uma ambiguidades. Vemos o nosso "jovem enfermiço da vida" desenvolver novos hábitos, de climatizar ao ambiente do Berghof ao ponto de não querer mais sair, e o motivo? Comodismo?... Amor?... Adaptação?... Isso ainda terei que pensar por bons tempos.
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ekundera 22/06/2021

?Quando um dia é como todos, todos são como um só?
Certamente eu li mal, mas essa leitura se arrastou infinitamente e me deixava sonolento sempre que eu retomava. E como não há grandes acontecimentos, a letargia ia tomando conta e parecia que o tempo não rendia nunca. O incrível é que a introdução do livro faz a gente ansiar pela a história, com um narrador que se inicia com uma forma de comunicar bem instigante. Infelizmente esse sentimento não permaneceu ao longo da história e me desencorajou a enfrentar essa batalha diária.
Gleis 23/06/2021minha estante
Ao ler essa obra, tive esse mesmo sentimento... Uma leitura que não flui...?




Filipe 16/06/2021

Nota 10
Nunca imaginei que ler um livro me daria vontade de tirar férias em um sanatório, mas os personagens desta obra me fascinaram a este ponto. Thomas Mann talvez tenha se tornando meu autor favorito, a maestria com a qual ele escreve me surpreendeu, e muito. A Montanha Mágica é o tipo de livro que você decide que vai ler pela segunda vez no momento em que terminou a primeira, tamanha a grandiosidade.
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