A Montanha Mágica

A Montanha Mágica Thomas Mann




Resenhas - A Montanha Mágica


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Tay 04/11/2024

Foi uma longa jornada fazendo essa leitura. 1000 páginas e várias semanas e aqui estou. Thomas Mann é um dos mais renomados autores da literatura mundial e eu estava ansiosa para ler algo dele. Quando iniciei, julguei que estava lendo uma história sobre cuidados mentais, mas me surpreendi: a obra na verdade se debruça, especialmente, em discutir sobre a guerra (no caso a Primeira Guerra Mundial) e a morte iminente. Ao ler sobre o dia a dia de Hans, o leitor era exposto a uma realidade muitas vezes cruel. Vários companhias do personagem morrem com o passar do tempo e às vezes você nem sabe mais há quanto tempo tudo aquilo ali começou. Me frustrei porque, particularmente, não gosto muito de narrativas que têm como foco falar sobre essas guerras na Europa, eu não poderia me importar menos com os europeus. Entretanto, muitas discussões humanistas me fizeram refletir. Esse livro não é para todos. Para mim ele só foi uns 40% e tudo bem. A genialidade do autor não acaba por isso, só não me tocou como gostaria.
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Educez 12/10/2024

Sensação dúbia
A Montanha Mágica é um calhamaço que exige dedicação. Tem muitos trechos difíceis, filosóficos, mas também tem muitos personagens interessantes e cativantes. Eu senti um misto de altos e baixos durante a leitura. No fim achei um bom livro, mas terminei com uma sensação dúbia?
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Dalila.Almeida 10/10/2024

Une ascension de 4 mois touche à sa fin
A única coisa que lamento ao término da leitura é não poder, nunca mais, experimentar essa sensação de estarrecimento e abandono que sinto ao lê-lo pela primeira vez.

Durante toda a narrativa o narrador brinca com nossa percepção de tempo, ora horas se passam em páginas e mais páginas, ora anos se passam em linhas. E você só percebe que foi isso quando acaba.

Espero ler novamente um dia, tem muitas camadas aqui. Prestar mais atenção na presença do número 7 na história....

Alors, c'est fini - ou deveria dizer "finis operis"?
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Camila Polonio 08/10/2024

Anos lendo esse livro
Eu comecei a ler A montanha mágica em 2018. Minha professora de alemão me disse na época: ?você leu ?Os Buddenbrook? em semanas, esse você demorará muito mais?
Foi importante aquela fala, apesar de ter demorado anos para finalizar, senti que pude acompanhar Hans Castorp por anos e sentir a experiência de um jeito bem peculiar. Talvez, bem próxima da proposta do livro, fui levada è acompanhada pelo tempo.

Amei esse livro e está aqui, bem reservado, para ser relido daqui dez anos, juntamente com ?Os irmãos Karamazov?

Meu preferido do Thomas Mann
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Dida 27/09/2024

Essa foi a 3a tentativa de ler esse livro. Em minha humilde opinião, não é um livro para ler em qualquer momento da vida, ou com pressa. Demorei 6 meses para terminar, fui dando pausas, lendo bem aos poucos. Esse não é só um romance de formação, é um romance sobre a doença, e, acima de tudo, sobre o tempo. Destaco aqui o inicio do capítulo 7, "passeio pela praia", onde, para mim, foi um suprassumo literário. Essa parte do texto deixa bem explícito que o romance se trata sobre o tempo, e não só o tempo como costumamos pensar, do relógio passando, esse tempo que nos é "tangível" de certa forma: não. É sobre passado, presente e futuro ao mesmo tempo, sobre o tempo psicológico, sobre o tempo físico, o tempo de amadurecimento, tempo como um todo.
Por diversos momentos não foi uma leitura fácil, pois aqui há inúmeras discussões sobre filosofia, religião, ciência, música, enfim, sobre diversos temas complexos, em diálogos de personagens ainda mais complexos e curiosos. Muitas coisas ficam nas entrelinhas, então você precisa ser um leitor bastante atento e também ajuda procurar textos/vídeos de apoio, senão vc acaba perdendo muitos detalhes que farão uma diferença enorme. Não foi um livro que amei, acredito que em algum momento precisarei reler para absorver mais de seu conteúdo, mas é um livro muito bem escrito e revolucionário pelo seu conteúdo.
Daniela 14/11/2024minha estante
Gostei do que vc destacou sobre o tempo. É exatamente isso. Tempo de morte, de amadurecimento e de autoconhecimento.
Eu estou um pouco mais da metade do livro e confesso que está exaustivo.


Dida 15/11/2024minha estante
Ele tem muitas partes arrastadas. Eu acho que é de propósito, pra gente ter a mesma sensação do Hans la dentro.




Gabi Garcia 23/09/2024

Olha gente, pode até ser que esteja cometendo um crime literário criticando ou dando 3 estrelas, mas achei chatíssimo. Complexo. Cheio de filosofia de devaneios. Um monte de personagem que não se aprofunda ou se conecta. Pelo menos foi o que senti. Tah todo mundo lá em um hospital no topo de uma montanha e eles perdem a noção do tempo e das coisas. O fim é extremamente niilista ?.. só achei
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igsuehtam 08/09/2024

Hans Castorp
Não funcionou muito pra mim. Também não me apaguei muito aos personagens. Mesmo assim gostei muito da experiência. E falar sobre o tempo é complicado. Do antes, durante e depois da Guerra.
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José Vitor 29/08/2024

Humanismo
Uma aula sobre humanismo, sobre o que é o homem e como nos relacionamos com nós mesmo, com o ambiente que nos cerca e com o tempo que passa a cada instante; uma grande aula de filosofia e sociologia disfarçada pela narrativa da ida de um homem infectado pela tuberculose para uma montanha afastada.
Daqueles livros que existe o eu leitor antes e depois dessa experiência; ansioso para relê-lo daqui algumas dezenas de anos e avaliar minha percepção do livro novamente.
(Leitura realizada durante a pandemia do COVID-19 em 2020; acredito que a reflexão do livro tenha casado bem com o momento vivido).
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Rosangela Max 20/08/2024

A subida para essa montanha foi árdua. Porém, satisfatória.
É o tipo de leitura que deve ser feita aos poucos. A escrita não chega ser complexa, mas desafiadora, pois exige maior atenção na interpretação. Bem diferente do primeiro livro do autor que li (Os Buddenbrook) que achei fluída. Além disso, a lentidão e os capítulos longos torna tudo mais cansativo. Me dispus a ler um pouquinho só por dia desta obra para não entrar em ressaca. Funcionou. Aliás, a pouca evolução da história é o que foi mais desafiador para mim. São cerca de 850 páginas onde pouco acontece.
Os personagens foram muito bem construídos. Hans, Joachim, Settembrini e Naphta são os que se destacam. Foi a boa construção dos personagens que me manteve firme na leitura.
Foi interessante conhecer um pouco sobre como os ?doentes? eram tratados, naquela época, mas clínicas de repouso/reabilitação. A maneira superficial e precária das avaliações e exames médicos e os diagnósticos rasos e sem respaldo. Também há longos capítulos destinados a debates filosóficos envolvendo temas variados, como: politica, guerra, anatomia e psicologia humana, biologia, astronomia, passagem do tempo etc. Sem dúvida, é um romance intelectual.
Essa construção grandiosa, por si só, já torna esse clássico memorável. Mas quando falamos da história em si, na minha visão de leitora, não me encantou. Começou e terminou morna. Os únicos momentos que houveram uma ?movimentação? ocorreram nos capítulos finais, com o surgimento de uma personagem chamada Ellen Brand.
Ficou longe de se tornar um dos meus clássicos favoritos, mas consigo reconhecer a grandiosidade da obra e gostei de lê-la.
Não vai agradar todo mundo, mas vale a pena ser lida.
O final ficou em aberto e bem em um momento critico, mas foi compreensível. Pois, se o autor fosse desenrolar os acontecimentos finas, teria que ter lançado um segundo volume. Um, já bastou para mim.
Recomendo a leitura.
CPF1964 22/08/2024minha estante
Excelente Resenha, Rosângela. Pretendo ler em breve.


Rosangela Max 22/08/2024minha estante
Obrigada! ?? Que você tenha uma boa leitura.


CPF1964 23/08/2024minha estante
Muito Obrigado, Rosangela.


AfonsoP 15/11/2024minha estante
Entendo esse sentimento de ler um livro clássico , ponderar que foi cansativo de certa forma mas temos a satisfação de conclui-lo. É tipo correr uma meia maratona ou maratona.




Filipe 25/07/2024

Romance grandioso
Resenhei em vídeo.
Um dos meus romances favoritos de todos os tempos. Fico feliz de ter dado uma segunda oportunidade ao livro, após uma tentativa onde a leitura não fluiu.

site: https://youtu.be/77Vktw-fkcY
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Celia.Mattos 22/07/2024

Completando 100 anos agora em 2024, o clássico de Thomas Mann tem ainda muito a dizer. Repleto de reflexões sobre o tempo, sua fluidez e a relação que estabelecemos com ele, sobre as consequências de nossas ações (ou da falta delas), além de apresentar um pouco do pensamento da época. A narrativa nos coloca frente a personagens singulares, isolados em um sanatório em Davos, na Suíça, acompanhamos o protagonista Hans Castorp, que aproveita o tempo no sanatório para além de curar o corpo, aprender mais sobre o mundo e as ideias que o percorrem.
Gostei dos personagens, mesmo achando o Hans um tanto chato e moralista demais (males do seu tempo), a narrativa é lenta e complexa de acompanhar em muitos momentos, mas tem passagens memoráveis, principalmente na minha opinião, nos diálogos com Settembrini. Não é um livro fácil, mas sem dúvida uma leitura que vale a pena.
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Hênio 20/07/2024

Da festa universal da morte, surgiu o amor?
?A Montanha Mágica", foi publicado pela primeira vez em 1924. Esta obra-prima da literatura moderna é um mergulho profundo na condição humana, explorando temas de tempo, doença, morte, amor e a busca pelo sentido da vida.

Thomas Mann, nascido em 1875 em Lübeck, Alemanha, é amplamente considerado um dos maiores escritores do século XX. Sua carreira literária foi marcada por uma série de obras que abordam questões filosóficas, sociais e políticas. Mann foi agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1929, principalmente por seu primeiro romance, "Os Buddenbrooks", mas "A Montanha Mágica" é frequentemente considerada sua obra mais ambiciosa e complexa.

"A Montanha Mágica" é ambientada em um sanatório nos Alpes suíços, onde o protagonista, Hans Castorp, chega para uma breve visita a seu primo tuberculoso, mas acaba permanecendo por sete anos. Este cenário isolado e quase atemporal serve como um microcosmo da Europa pré-Primeira Guerra Mundial, refletindo as tensões culturais, científicas e filosóficas da época.

A narrativa de Mann é rica em simbolismo e referências culturais, filosóficas e literárias. A montanha do título é tanto um local físico quanto um símbolo de afastamento e contemplação. O sanatório é uma metáfora para a decadência da civilização europeia, enquanto os personagens que habitam este mundo fechado representam várias correntes de pensamento que competem pela alma de Hans Castorp.

Um dos temas centrais de "A Montanha Mágica" é a passagem do tempo. Mann joga com a percepção do tempo de maneiras que desafiam o leitor, alternando entre momentos de intensa introspecção e longos períodos de estagnação. Este tratamento do tempo é fundamental para a compreensão da jornada de Hans Castorp, que é menos sobre eventos concretos e mais sobre a evolução de seu espírito e mente.

Outro tema crucial é a dualidade entre vida e morte, saúde e doença. O sanatório, lugar de recuperação, é também um lugar onde muitos encontram a morte. A doença, especialmente a tuberculose, serve como um catalisador para reflexões filosóficas e existenciais. Hans Castorp é um observador passivo que se torna cada vez mais envolvido com as ideias de morte e mortalidade, levando-o a questionar o significado de sua própria existência.

A luta entre racionalidade e irracionalidade, encarnada pelos personagens Settembrini e Naphta, respectivamente, é outra camada significativa do romance. Settembrini, o humanista italiano, defende a razão, o progresso e a civilização, enquanto Naphta, o jesuíta, advoga por uma visão mais mística e pessimista da vida. A tensão entre esses dois personagens e suas influências sobre Hans Castorp refletem as batalhas ideológicas da Europa na véspera da guerra.

"A Montanha Mágica" é um pilar da literatura modernista, comparável a obras como "Em Busca do Tempo Perdido" de Marcel Proust e "Ulisses" de James Joyce. A prosa de Mann é densa, sofisticada e repleta de ironia, exigindo do leitor um alto grau de atenção e reflexão. Sua capacidade de combinar uma narrativa envolvente com profundas reflexões filosóficas e culturais faz deste livro uma leitura inesquecível.

A importância de "A Montanha Mágica" na literatura reside também na sua habilidade de capturar e examinar as complexidades do espírito humano e as crises da modernidade. Mann oferece uma visão abrangente das tensões e contradições que moldaram o início do século XX, tornando seu romance não apenas uma obra de ficção, mas também um documento histórico e cultural de imenso valor.

Ao encerrar com a pergunta "Será que também da festa universal da morte ele voltaria ao lar?", Mann deixa o destino de Hans Castorp em aberto, um reflexo da incerteza e ambiguidade que permeiam toda a obra. "A Montanha Mágica" não oferece respostas fáceis, mas convida o leitor a uma jornada introspectiva e filosófica, uma verdadeira festa do espírito que continua a ressoar profundamente quase um século após sua publicação.

Thomas Mann criou, em "A Montanha Mágica", uma obra que desafia, provoca e enriquece. Seu impacto na literatura é inegável, e sua relevância permanece intacta, convidando novas gerações de leitores a explorar as alturas e
profundidades da condição humana.
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Thaysa 19/07/2024

A montanha mágica
Que livro maravilhoso! Escrita impecável, divertido e profundo ao mesmo tempo. É um daqueles livros perfeitos! A montanha mágica conta a história de Hans Castorp, um jovem que pretendia passar 3 semanas em um sanatório para tuberculosos no Alpes para visitar um primo e acaba ficando por 7 anos. A tradução de Herbert Caro é perfeita.
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