Todos os Nomes

Todos os Nomes José Saramago




Resenhas - Todos os Nomes


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MARA 03/02/2013

A solidão, a retidão e inocência do personagem que trafega pelos labirintos da repartição são simplesmente apaixonantes. A figura que me ocorre é de um senhor com os traços do próprio autor. Calha muito bem aqui uma frase de Saramago colhidas no liro" As palavras de Saramago":
"Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos."
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Nícolas 21/12/2012

Saramago apresenta o discurso da dúvida
Agora sim li Saramago. A narração conta a busca do Sr. José, um funcionário exemplar da Conservatória Geral do Registro Civil, local onde todos os nomes das pessoas, vivas ou mortas, estão registrados, por uma mulher desconhecida acidentalmente colocada em seu caminho. Nesta empreitada, o autor é brilhante ao mostrar as múltiplas possibilidades e consequências das ações do Sr. José, e, consequentemente, de todos os seres humanos. São páginas e mais páginas explorando dúvidas e introspecções, sem, no entanto, ser prolixo.
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Marcone 18/10/2012

"Todos os Nomes", José Saramago

Um funcionário do cartório coleciona verbetes sobre pessoas famosas. Um dia, por acaso, ele se depara com o verbete de uma mulher comum, e decide descobrir quem é e como encontrá-la. Não seria a primeira vez que o autor se baseia em uma estória simples para tecer seus devaneios sobre a condição humana, tornando o livro numa obra-prima.

A questão é que, neste romance, Saramago parece estar com os "ânimos acalmados"; suas divagações demoram a aparecer, e quando surgem, estão menos ácidas e menos sarcásticas. Para quem já está acostumado com o autor, o livro pode parecer mais descritivo e menos reflexivo - e apenas por isso qualifiquei com 4 estrelas. De qualquer forma, é uma grande obra, e mais uma vez, Saramago surpreende no final...
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ANA VALÉRIA 29/05/2012

Afinal, os vivos e os mortos se confundem
Falar deste livro será uma tarefa difícil e fácil ao mesmo tempo. Alguns livros simplesmente faz com que a gente fique impaciente, queira ler, ler e ler rápido e não parar mais; essa obra de Saramago faz com que não se deseje parar de ler, porém a leitura nos transborda de sentimentos de paciência e de tranquilidade. É uma leitura que flui com muita naturalidade, que têm movimento próprio, que não permite que seja mais rápida ou mais lenta do que se tem que ser.

Devo confessar que nunca havia lido um texto com as características presentes na escrita de Saramago. Os parágrafos imensos, a inexistência de pontuação diferenciada exigem do leitor uma atenção redobrada, principalmente na leitura dos diálogos. As cenas no livro começam e vão sendo narradas em um cenário, em um tempo e quando se percebe o final da cena dá início à outra cena, que se misturam, como em um filme. Fantástico!

José Saramago, em Todos os Nomes, em 279 páginas, consegue sutilmente fazer várias críticas. Não é aquele tipo de crítica que choca, é do tipo que impressiona e deixa-nos sem voz, sem palavras. O livro trás uma reflexão acerca das relações interpessoais (do modo como tratamos e somos tratados), assim como da relação que mantemos com nós mesmos. Apresenta diálogos interiores muito reais, os quais tenho plena certeza que não apenas eu me identifiquei, mas muitas e muitas outras pessoas conseguiram perceber pensamentos próprios nos diálogos do Sr. José e a sua consciência. Quem nunca teve confusos diálogos com o seu próprio “teto”? A escrita mostra com perfeição os sentimentos, os desejos, os receios e as incertezas inerente a natureza humana: a confusão mental, o conflito de ideias. Relata com magnificência os sentimentos humanos: as muitas dúvidas e as poucas certezas.

O Senhor José, único personagem que possui nome próprio na história, é um auxiliar de escrita na Conservatória Geral do Registro Civil. A história realmente se inicia quando repentinamente o Sr. José passa de colecionador de fatos da vida de pessoas famosas, a colecionador de fatos da morte da mulher desconhecida (assim chamada durante toda narrativa). Todas as ações ocorrem em torno da busca de respostas para perguntas que nem o próprio personagem sabe quais são, trazendo uma crítica muito interessante sobre a vida e a morte, reflexão sempre presente nos discursos de Saramago. E no enfim da história onde Todos os Nomes já não se diferenciam, a mulher desconhecida é exatamente o elo entre os vivos e os mortos que se confundem.
L u d m i l a 30/05/2012minha estante
Pô, tá muito boa sua resenha. Deu vontade de ler, rs. "É uma leitura que flui com muita naturalidade, que têm movimento próprio, que não permite que seja mais rápida ou mais lenta do que se tem que ser."




flavinho 21/04/2012

Kafka português
Saramago é foda.

Neste livro, o portuga universal nos leva em uma aventura kafkaniana por dentro do intestino labiríntico da burocracia atemporal, uma busca por um nome, todo os nomes e toda a essência do ser e estar, marcada pela sombra do Estado.

Uma delícia de narrativa, bem trabalhada e julgo ser o melhor livro para quem quer iniciar sua leitura na obra do nosso Nobel patrício.

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Rafael 12/03/2012

Mais uma obra-prima do mestre!
Certamente entrou no meu TOP 5 do Saramago.

Incrível como ele se torna melhor a cada página, a cada capítulo..uma saga extremamente excitante de acompanhar.
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Ana K. Lima 26/02/2012

A curiosidade matou o gato
A saga mirabolante de um simples funcionário do registro nacional e colecionador. Colecionar nos leva a comentar atos insanos e a falta de juízo adicionada a alguns golpes do acaso revela que por debaixo de uma estrutura rígida e formada por anos de rotina pode se fragmentar por uma ponta de curiosidade e pitadas de adrenalina.
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Fran Kotipelto 23/10/2011

"Conheces o nome que te deram, não conheces o nome que tens"

Às vezes, todos nós ouvimos os sinos de High Hopes do Pink Floyd, não me refiro à música em si, mas todo aquele turbilhão de sentimentos que ela causa, em particular, a nostalgia. E o fato é que muito tempo se passou, livros e mais livros foram ficando na frente, e o desejo por mais e mais sempre numa crescente. Mas como eu disse, às vezes a nostalgia invade mesmo, sem pedir licença, e foi aí que resolvi continuar minha jornada adorada e retomar a leitura de um certo gênio chamado José Saramago. Me impressiona a maneira que o Ka vem agindo, posso dizer tranquilamente, tão certa de que alguns estão pensando que ele (o Ka), é Deus,e lhes digo: "NÃO É". Na verdade, lhe darei um nome, ou melhor "Todos os Nomes".

Estatísticamente, é constatado que boa parte das pessoas é insatisfeita com seu trabalho, coisa comum não é mesmo? Mas, não para Saramago, que de uma simples constatação criou um maravilhoso romance.O livro conta a história de um escriturário chamado Sr.José,funcionário do principal cartório de registro da cidade, cansado de fazer sempre a mesma droga de coisa, resolve arranjar um hobby para distrair-se do trabalho monótono. Começa então a colecionar recortes de pessoas famosas. Quando descobre que são todas semelhantes - a vida delas é sempre igual, nunca varia, aparecem, falam, mostram-se, sorriem para os fotógrafos, estão constantemente a chegar ou a partir - até se ver envolvido em um labirinto intransitável de informações e números, sugerindo que, se a vida se resumiu a números e documentos, é preciso refazê-la, não importa de que maneira, desde que se saiba que irá morrer um dia, tendo feito aquilo que o deixasse orgulhoso de si mesmo, e não um funcionário público frustrado e esquecido num mar de gente.

Um dia com o verbete de registo de uma mulher desconhecida na mão, lhe surge uma questão um tanto interessante, na verdade bem mais interessante do que a vida dos famosos.Por que além de investigar a vida de personalidades famosas como bispos e jogadores de futebol, não vasculha também a vida de um anônimo? e passa então a buscar detalhes da vida da gente simples e desconhecida. A medida que as páginas vão passando, o livro vai ficando impossível de largar, nos vemos envolvidos e contagiados pelo novo passatempo do Sr. José que parte em uma busca desenfreada para encontrar a mulher desconhecida, usando meios por ele nunca antes pensados e que sua vida de funcionário entediado nunca permitiria. Com isso, a monótona vida do pacato e bem comportado Sr. José passa a ganhar cores mais vivas, aventuras "alucinantes" e um novo sentido, ele descobre que a vida de um desconhecido pode ser mais interessante do que a mera leitura de dados que um registro civil possa sugerir. E acredite, que ao ler esse livro, você nunca mais será o mesmo, afinal, irás conhecer o nome que tens, e não o nome que te deram...


Alan Ventura 25/10/2011minha estante
Magistral como sempre Fran, que bom que você voltou a resenhar as obras do Saramago, eu e todo o skoob estávamos morrendo de saudade. Parabéns.


Jow 02/11/2011minha estante
O doce sabor de descobrir e se encantar com a verdade descrita na essência das palavras.
Resenha monstruosamente bem escrita, Fran =*


Isa M Alvim 09/11/2011minha estante
Se eu ja desejava esse livro, imagine depois dessa resenha!! Parabens!!


Diego.Fernandes 06/05/2018minha estante
Parabéns, realmente a aventura que ele criou para bagunçar um pouco a vida monótona dele é maravilhosa, porem o final não foi tão bom. Ficou escuro.




Estevam 07/04/2011

Esse também é uma outra boa obra do Saramago, e suspeito que todas devem ser. :)
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Ju 03/08/2010

Livro muito interessante do Saramago.
O personagem Sr. José é uma caricatura, um homem sozinho e cheio de "excentricidades".
O livro desenvolve bem a busca pela mulher desconhecida...
Não falta o sarcasmo de sempre do autor.
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Gláucia 31/03/2010

Um funcionário do registro civil depara-se com um nome, um número cadastrado que passa ser uma obsessão: a quem pertence esse registro? De quem é esse nome? Como vive essa mulher? Como foi sua infância? O que ela pensa? O que sente? Como passa seu tempo? A quem ama?...
Enfim, não consegui parar enquanto não descobri.
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Raquel Lima 30/11/2009

Intrigante
No primeiro momento parece ruim. Chato,mesmo!...Um homem que trabalha em um cartório passa a querer fazer uma memória particular das pessoas ali registradas. Não somente aquelas informações sobre casamento, data de nascimento, morte, divórcio. Ele quer saber quem elas são, o que gostam de fazer, onde estudam, se eram boas alunas, sua vida. E para isso passa a fazer uma investigação sobre a vida de pessoas comuns. O que de início nos parece chato, passamos a questionar o quanto conhecemos tão pouco das pessoas que convivemos,o quanto a memória de nossas vidas, nossos amigos, nossa família, fica restrita a números, fotos, sem uma vida. A vida que elas, efetivamente, vivia. Passei após este livro a pensar nos momentos simples da vida com as pessoas que amamos e não somente, nos momentos que paramos para tirar foto, casamento, formatura...
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Juliana Palermo 04/06/2009

Sinto o cheiro dos papéis, vejo o fio de Ariadne, vejo a gordura na roupa, sinto a febre junto com ele.
Preciso dizer mais?
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