Todos os nomes

Todos os nomes José Saramago




Resenhas - Todos os Nomes


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Livros e Pão 11/01/2024

Um verbete fora de lugar
Em meio ao labirinto do escritório, Sr. José descobre um fio de Ariadne inusitado que faz com que ele afrouxe a gravata e jamais volte a ser o mesmo.
O Saramago tem uma escrita única e que te envolve pelas beiradas, às vezes deixando uma confusão, e outras vezes deixando muito claro o que ele quis dizer. Se você se permite embarcar na leitura, é uma experiência muito proveitosa
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allan.leitor 12/12/2023

A busca do inominado
"Todos os nomes", de José Saramago, foi o meu primeiro romance de leitura do autor. Antes havia lido "Objeto Quase", uma coletânea de contos anterior. Como o livro de contos adveio décadas antes, podemos perceber o florescimento das ideias e da literatura de Saramago ao longo de outras obras. Neste livro em particular, ele problematiza a questão da identidade a partir da oposição entre ser e parecer. O romance aqui nos leva a perceber que nenhum nome é suficiente o bastante para definir quem realmente somos. O percurso do quase anônimo Sr. José constitui uma busca pela essência humana. Valendo-se de seu Hobby de colecionador de recortes de figuras em jornais e revistas, José transforma a sua própria vida, até então previsível e monótona, no momento em que é consumido pela obsessão e a busca pela mulher desconhecida do verbete. Com referências a mitos gregos, a história desenvolve de modo a contrapor-se ao ritmo agitado e alienante do tempo moderno. Por causa de uma mulher desconhecida, o 'herói' O autor reitera a necessidade de conhecer aquilo que nos constitui como indivíduos, reagindo a uma espécie de massificação muitas vezes imposta pela sociedade.
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Lucas 20/11/2023

Livro pouco conhecido do Saramago, mas de uma lindeza, delicadeza e sutileza incríveis. Para quem gosta da obra do autor, essencial a leitura desse.
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Claudia.Pinto 24/10/2023

E agora, José...
Passei semanas lendo e desejando chegar ao final para descobrir junto com o Sr.José toda a informação que ele necessitava. Tudo pra chegar ao final e lembrar que com Saramago nada é como queremos. Pra lembrar da nossa insignificância. O narrador nos revela tudo e não nos revela nada.
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Lisandro 26/08/2023

Esses finais...
Eu não gosto dos finais dos livros de Saramago, mas o processo até chegar lá é envolvente demais pra deixar de ler.
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NanaAntonia 16/07/2023

Fiquei surpreendida por essa história, quando li a sinopse pela primeira vez não achei tão interessante mas acabei insistindo na leitura, e olha foi muito positiva.
A forma que ele retrata a simplicidade da vida e sobre o quando se vive apenas no seu mundinho, o autor nos traz isso de uma forma tão surpreendente.
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Anderson401 12/07/2023

Todos os nomes? nenhum nome
José, nome do autor e também do personagem principal, será o único nome que vamos encontrar nesse livro.
O sr. José trabalha na Conservatória do Registro Civil em Portugal, uma repartição pública que equivale ao nosso cartório de registro civil.
Nenhum personagem, com exceção do principal, tem seu nome mencionado durante toda a história.
O título faz alusão ao ofício praticado na Conservatória, onde se registram todos os nomes das pessoas nascidas e, por consequência, das falecidas.
O livro trata da solidão e do auto conhecimento do personagem principal que, apesar de rodeado de tantas histórias de vida contadas nos registros que manuseia diariamente, acaba por não viver sua vida, enquanto se vê obcecado pela vida de pessoas famosas, até que uma mulher desconhecida desperta a consciência da finitude que se aproxima.
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snekers ð 08/06/2023

Um único nome.
Amo as obras do Saramago e o considero um dos meus autores que mais me identifico, porém, apesar das similaridades com "O homem duplicado" ? um ótimo livro do autor ? não consegui me conectar com a história, com os personagens ou com um todo.

Comparando com o livro citado acima, os dois tem uma mesma estrutura: protagonistas masculinos, conectados por uma intensa obssessão por uma pessoa que não conhecem. Mas, ao contrário de "O homem duplicado", a justificativa desta "loucura" do protagonista não foi crível para mim, não consegui nem por um momento entender os motivos que o levavam a fazer isso, e simplesmente me vi em uma narrativa que anda e não chega a lugar nenhum.


Talvez tenha colocado expectivas demais, talvez colocado expectivas de menos, mas foi uma leitura que não me encantou.


Minhas considerações finais: o protagonista não me convenceu. A cada 5 páginas a minha única unidade de pensamento foi "tinha que ser um velho". Um pouco etarista? Sim, não me arrependo.

O final, para mim, foi um pouco jogado, tive bastantes pensamentos sobre uma possível reviravolta e não teve, não consegui compreender as atitudes de um personagem secundário que parecia estar ali apenas para que a história tivesse momentos a mais de tensão e "filosofia".

Indico para aqueles que já conhecem o estilo do José, mas não para aqueles que desejam conhecer.
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Cinara... 11/05/2023

Que saudades eu tava...
"...Homem, não tenhas medo, a escuridão em que estás metido aqui não é maior do que a que existe dentro do seu corpo, são duas escuridões separadas por uma pele, aposto que nunca tinhas pensado nisso, transporta todo o tempo de um lado para o outro uma escuridão, e isso não te assusta, há bocado pouco faltou para que te pusesses aos gritos só porque imaginastes uns perigos, só porque te lembrastes do pesadelo de quando era pequeno, meu caro, tens de aprender a viver com a escuridão de fora como aprendeste a viver com a escuridão de dentro..."


Que saudades eu estava do Saramago! Tento "economizar " ao máximo seus livros pra sempre pode encarar algo indiscretivelmente humano!
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Victor Albertini 06/03/2023

Sem nome ou sobrenome, sem sentir o que não sente
SOBRE:

Em ?Todos os Nomes? Saramago brinda seus leitores com a história do melancólico Sr. José, auxiliar de escrita da Conservatória Geral do Registo Civil de um lugar fictício (tão típico dos livros do autor). Dono de uma vida monótona, resignado por natureza, o único hobby do Sr. José é colecionar recortes com informações sobre pessoas famosas, até que um dia tem a súbita ideia de complementar sua coleção com dados oficiais da Conservatória a respeito dessas pessoas. É nessa tentativa de buscar informações que o Sr. José se depara, por engano, com o verbete de uma mulher desconhecida, a quem, inexplicavelmente, sente a necessidade de encontrar, como se tivesse finalmente achado o objetivo de sua vida, e graças a quem o Sr. José nunca mais será o mesmo.

IMPRESSÕES:

Impossível ler este livro e não se lembrar de ?O Homem Duplicado?, lançado após cinco anos (para quem o leu antes, obviamente) da mesma forma que quem ler ?O Homem Duplicado? depois, dirá que é impossível não lembrar de ?Todos os Nomes?, por inúmeras razões. Ambos os livros têm como protagonista um homem solitário em uma busca obsessiva por alguém, em ambas as histórias reina uma atmosfera de mistério, com momentos de tensão, ambas possuem uma escola como um dos principais cenários, além da figura fundamental do Professor (ou Professora). Além disso, as duas narrativas contam com um cômico ?personagem? secundário, intrometido nos pensamentos do personagem principal, que são o Senso Comum, no caso de ?O Homem Duplicado? e (coisas de Saramago) o teto do quarto, em ?Todos os Nomes?. Até mesmo a sistemática repetição do nome do protagonista Tertuliano Máximo Afonso espelha-se na quantidade de vezes em que somos lembrados que o Sr. José é funcionário da Conservatória Geral do Registo Civil.

Apesar dos pontos em comum entre as duas obras, cada uma delas é única e toca o leitor de maneiras diferentes, afinal, a capacidade de reflexão de José Saramago era inesgotável. Este foi um livro que me proporcionou diversos momentos de emoção, compaixão e identificação, mas um momento que merece ser pontuado, sem dúvida, é quando o Sr. José é forçado a refletir acerca do real motivo de sua busca pela mulher desconhecida. Enfim, este não é um dos livros mais aclamados do autor, porém já é um dos meus preferidos da vida.

CITAÇÕES:

?De fato, não há nada que mais canse uma pessoa que ter de lutar, não com seu próprio espírito, mas com uma abstração.?

?Em rigor, não tomamos decisões, são as decisões que nos tomam a nós.?

?O espírito humano, porém, quantas vezes será preciso dizê-lo, é o lugar predilecto das contradições.?

?As aparências enganam muito, por isso lhes chamamos aparências.?
Hellen.Lily 20/04/2023minha estante
É o meu autor! ??


Victor Albertini 20/04/2023minha estante
Nosso ??




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Lucas 26/12/2022

Todos os nomes
O nome não é a coisa, e o mundo jurídico não ordena o material, mas exatamente o oposto
A entropia rege o universo, em último instância. Vivos ou mortos é uma questão de tempo e memória, ambas não lineares, ambas elásticas e implacáveis. Só a última é passível de disputa
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Cecilia.Rabelo 06/12/2022

Sobre todos nós
Saramago ataca mais uma vez. Dessa vez, a história é a do senhor José, um ninguém que, na verdade, é todos nós. 

    Saramago usa o único personagem nomeado dessa história para contar a história universal da humanidade: a lida com a falta de sentido, com o vazio, com a solidão.

    José, um servidor público da Conservatória do Registo Geral, uma espécie de Cartório Público de Portugal, vive a contradição entre seguir a regra e realizar seus desejos, entre ser o que se espera dele e explorar suas possibilidades (que nem ele imaginava ter).

    O peso da burocracia, das normas, das regras, às quais o sr. José era tão submetido, subordinado, e em relação às quais ele se liberta, se encontra, se perde para se achar, enlouquece para se curar, é o fio da meada dessa história desconcertante e surpreendente.

    Ao contar a história de José (e agora, José?), Saramago (que também é José) fala sobre nós, sobre mim e você, e da nossa busca por sentido nessa existência taxada e limitada por nomes, números, registros que nada dizem sobre nós.
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Alexandre.Cozzolino 23/08/2022

Intrigante
Imagino ter sido o único livro que li onde sabemos apenas o nome de um dos personagens, ainda que muitos apareçam ao longo do livro.
Quando terminamos, ficamos pensando: "Jura que li tudo isso por algo feito sem nenhum motivo aparente?"
Mas ao longo da leitura, vamos nos apegando aos personagens e querendo muito saber o paradeiro da mulher desconhecida. Fato é que demorei a aceitar o destino que ela teve, e o final do livro que deixa muita coisa aberta!
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regifreitas 02/05/2022

TODOS OS NOMES (1997), de José Saramago.

Saramago tinha o dom de tornar o cotidiano do mais humilde dos personagens em uma viagem filosófica e existencial. É o que acontece aqui com o protagonista deste romance, denominado unicamente de sr. José. Um homem de meia idade, um simples auxiliar de escrita da Conservatória Geral do Registro Civil, órgão responsável pela transcrição de nascimentos, casamentos, divórcios e mortes da população, o sr. José é um funcionário metódico, competente e discreto, e por isso mesmo apreciado por seus chefes.

Seus dias são monotonamente iguais. A única distração do sr. José é colecionar recortes sobre personalidades famosas. Um dia lhe vem à cabeça a ideia de incrementar as informações sobre essas pessoas a partir dos registros sobre elas encontradas nos arquivos da Conservatória. E a única forma de fazer isso é adentrando o recinto daquela sombria instituição na calada da noite, após o expediente, quando todos os funcionários já tivessem ido embora. Esse primeiro gesto de transgressão às rígidas regras burocráticas da Conservatória será o responsável por uma série de outros que mudarão para sempre a pacata vida do sr. José, jogando-o numa viagem de investigação que se tornará também um caminho de autoconhecimento.

Leyla Perrone-Moisés, sobre TODOS OS NOMES: "O livro é um romance policial, um romance de amor e um romance de aprendizagem [...] Três das mais clássicas categorias de romance vêem-se assim harmoniosamente fundidas de maneira absolutamente original".

É Saramago sendo genial novamente! Mais uma das obras do autor que entraram para o rol das favoritas.
jota 02/05/2022minha estante
Rapaz, quando li não era membro do Skoob então não fiz resenha e agora não lembrava quase nada da história. Mas a sua resenha, mesmo sintética ficou muito boa, me fez lembrar do "miolo" da narrativa e me deu vontade de reler o livro. Mas cadê tempo? Outra coisa: o 4,5 que apareceu nas mensagens você deu pelo celular, não foi? Não consigo dar 4,5 pelo PC; aliás aqui você teve de dar 5, certo? Eu dei 4 tempos atrás, embora também pensasse, na ocasião, que um 4,5 ficaria melhor. É isso.




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