Notas do subsolo

Notas do subsolo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Notas do Subsolo


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Gabriel1994 07/07/2024

Autonomia
Escrito para se opor ao positivismo, Notas do Subsolo nos mostra a importância (e consequência) de nossos desejos.
O protagonista, arrogante e soberbo, entre lembranças e devaneios nos explica a importância de "sentir a liberdade de mostrar a língua" como o mesmo diz.
O homem é autodestrutivo, incapaz de viver para sempre num palácio de cristal. E ele se consola perante aos que se acham inteligentes por se covardarem da vida.
Essas são paráfrases que retirei do livro que relata a agonia de ser apenas um indivíduo e a necessidade de ser um ser autônomo nessa sociedade cada vez mais padronizada.
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Rafa 20/07/2024

Os profundos pensamentos de alguém com gana e fome
Acompanhamos os pensamentos críticos, controversos, aleatórios deprimentes e vívidos do nosso protagonista. Reflete a clara realidade de como alguém que tem pouco, almeja muito. Não só isso, mas também critica muito, o sistema, as pessoas envolvidas (até tarefas diárias).

Por ser uma imersão em pensamentos e (em partes) a história de um homem, pode ser que alguns achem meio massante. Porém, se você leu e gostou de Memórias Próstumas de Bras Cubas, você vai ter apreço por esse aqui também.
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Lcardosi 21/07/2024

O Homem do Subsolo
O livro é estruturado em duas partes. A primeira delas discute uma série de ideias que fervilhavam na Rússia do século XIX (Dostoiévski discordava delas), as quais explicam porque o homem do subsolo surgiu e se desenvolveu. A segunda parte é uma narrativa em 1ª pessoa do protagonista do livro, que não é nominado, tratando da sua vida no "subsolo", que é uma metáfora para os homens que decidem se isolar e viver para dentro, no mundo dos sonhos. O livro é primoroso nas análises psicológicas do protagonista, que apesar dos seus defeitos de caráter, é verdadeiramente humano e complexo.

O contexto histórico da obra é a entrada de uma série de ideologias na Rússia, que foram importadas da Europa, mas que Dostoiévski opunha-se ferrenhamente, como o Utilitarismo, de Bentham, o Racionalismo Científico e o Ateísmo.

Na minha visão, o autor quer passar o que é o homem do subsolo e como este surge. Dessa forma, analisa como o isolamento, a fuga da realidade, a inveja, os maus hábitos e com relação ao transcendente podem gerar este tipo de homem, que para Dostoiévski é claramente algo podre.

O interessante é notar como essa obra ressoa com a figura de Nietzsche e o Niilismo e como a falta de sentido faz com que as pessoas ficam desnorteadas ao invés de ficarem mais fortes.
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Winne.Cardoso 27/07/2024

Sensacional
É possível alguém ser inteiramente sincero consigo mesmo e não temer toda a verdade?

Essa passagem do livro me fez refletir muito.

Apesar de o personagem do livro ser um cara isolado, paranoico e totalmente recluso e dramático, em alguns momentos eu me vi compartilhando de suas ansiedades e razões de se esconder no subsolo.

Não sei se o intuito de Dostoiévski era de fazer essa identificação, como todos nós estamos fadados a desenvolver algum trauma advindo de como somos tratados em sociedade, e apesar de ficar muito impaciente com os comportamentos insanos do personagem, não pude deixar de me reconhecer nele em alguns momentos.

Um livro brilhante.
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Sabrina758 07/08/2024

Mona chata
Achei um personagem chato, cheio de neura q não me interessa e tb não gosto de ler livro pocket, mas não é de todo ruim
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Bianca.Groot 15/08/2024

Notas do Subsolo
Meu Deus, que livro intenso.
O que eu mais pensava ao ler era: esse cara precisa ir para um psicólogo para ontem.
Gostei bastante e, ao contrário do que eu vejo a maioria das pessoas falando, eu gostei mais da primeira parte do livro (que é um monólogo do personagem basicamente mostrando sua forma de pensar) do que da segunda parte (que é o enredo em si).
De novo o Dostoiévski constrói os seus personagens de uma maneira impressionante, quase nos fazendo odiá-los (e quase mesmo), mas no final não dá pra odiar o personagem.
Posso odiar sua forma de vida, mas não o personagem em si.
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_ijaqline 17/08/2024

"É possível alguém ser inteiramente sincero consigo mesmo e não temer toda a verdade?
O deleite aqui derivava precisamente da consciência excessivamente clara de minha humilhação; de que você sente que já chegou ao derradeiro limite; que isso é detestável, mas também, que outra coisa é impossível; que você já não tem saída, já não pode mudar. Mesmo se ainda restasse tempo e fé para se transformar em algo diferente, provavelmente você mesmo não iria querer se transformar; e, se quisesse, ainda assim não faria nada, porque talvez não houvesse no que se transformar."
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Nicole.Amarantes 06/10/2024

Dostoievski escreve como não houvesse 1 filtro sequer na mente kkkkkk
É maravilhoso como ele compoe uma personagem que aos olhos da realidade e convivência, seria INSUPORTAVEL, mas ao olhos da literatura vc n consegue parar de devorar. A personagem é um COVARDE!
É mais um dos livros faceis de ler de Dostoievski. Paragrafos enormes, raciocinios q nao terminam em menos de 2 paginas, reações exageradas das personagens.
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manu 18/11/2024

Good book
Demorei muuuuito pra ler! mas gosteii, meus cumprimentos ao meu professor safatle!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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Carla França 15/11/2024

?É melhor uma felicidade barata ou um sofrimento elevado??
Trata-se de uma obra-prima da literatura russa, uma análise profunda da alma humana e de suas contradições mais sombrias.
O livro é narrado por um homem anônimo, conhecido apenas como o ?homem do subsolo?, que vive em completa alienação e distanciamento da sociedade. Ele é um personagem complexo, dividido entre o desejo de se afastar do mundo e a necessidade de entender a si mesmo, seus medos e seus desejos.

Através de monólogos introspectivos e fragmentados, e também a referência aos próprios leitores como ?Senhores?, o protagonista reflete sobre a natureza da felicidade e do sofrimento, levantando questões filosóficas sobre o livre-arbítrio, o determinismo e as falhas das utopias sociais com bastante ironia.
O conflito interno do homem do subsolo se intensifica ao longo do livro, e sua luta entre o desejo de se conectar com outros e a autossabotagem de sua própria felicidade nos faz refletir sobre a nossa própria natureza humana.

Dostoiévski nos apresenta uma visão amarga da vida, em que o protagonista prefere um sofrimento ?elevado?, que ele considera mais autêntico e genuíno, a uma felicidade superficial e fácil, visto que a evolução humana se dá pela dor.

Essa escolha reflete um dos maiores dilemas existenciais: a busca por um significado profundo na vida, mesmo que isso signifique enfrentar a dor.

O encontro com Liza, uma jovem prostituta, serve como um ponto de contato com a possibilidade de redenção, mas ocorrem circunstâncias inesperadas que deixam a obra ainda mais profunda.

A escrita de Dostoiévski é visceral, filosófica e o seu humor ácido, Notas do Subsolo nos desafia a confrontar as escolhas que fazemos e as contradições de nossa existência. É um livro que exige reflexão, e ao mesmo tempo provoca uma sensação de desconforto ao nos lembrar da complexidade da vida humana.

Para quem busca entender as questões existenciais mais intensas, esta é uma leitura indispensável, além de ser um clássico da literatura!
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Bantim 06/11/2024

Incrível!!!
O personagem principal é simplesmente desprezível e gosta de ser assim, apesar de sofrer com isto. A honestidade crua com a qual revela seus sentimentos e a forma como é descrita cada sensação sórdida vinda do fundo de sua mente me deixou impressionada com a facilidade de Dostoiévski para destrinchar o mundo das ideias e conflitá-las com a capacidade de ação. Fiquei encantada, apesar da história estar longe de ser encantadora: foi o desnudar da mente que me encantou. Ansiosa para ler mais deste autor.
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Beatriz3345 02/09/2024

A imperfeição do homem.
O livro de Dostoiévski traz uma reflexão acerca do estado natural do homem, tratado como mau e imperfeito. O autor se propõe a explorar profundamente como a natureza humana se comporta em sociedade, ao mesmo tempo que trabalha sentimentos e emoções intrapessoais.

Repleto de uma ideologia complexa, Dostoiévski é capaz de ressignificar diferentes abordagens como o caráter e o amor, debatendo diversas perspectivas de seu entendimento.

Através de uma escrita irônica e sarcástica, a primeira parte do livro é composta por uma espécie de prefácio e diálogo sobre sua filosofia, conduzindo a segunda parte como lapsos de memórias e acontecimentos de seu passado, a fim de trazer o leitor a compreender de forma mais intrínseca o que foi apresentado previamente.

Dostoiévski traz em sua obra o lado mais humano e desumano do homem. Uma oscilação entre o paradoxo da existência e da destruição. O autor trata o que há de mais desagradável e desesperançoso sobre a humanidade.

O livro abrange a verdadeira essência do russo e explora uma leitura demasiadamente incomôda e de difícil compreensão, mas que, todavia, se mostra fiel ao retratar e refletir acerca da realidade.

Uma obra repugnante, desconfortável e extraordinária.

?Não apenas não consegui tornar-me cruel, como também não consegui me tornar nada: nem mau, nem bom, nem canalha, nem homem honrado, nem herói, nem inseto. Agora vivo no meu canto, provocando a mim mesmo com a desculpa rancorosa e inútil de que o homem inteligente não pode seriamente se tornar nada, apenas o tolo o faz.? (Dostoiévski, p. 13).
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