Notas do subsolo

Notas do subsolo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Notas do Subsolo


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Mabs2 09/12/2023

"Não se pode perdoar as leis da natureza nem esquecer, pois, ainda que se trate das leis da natureza, sempre é ofensivo"

Simplesmente detestável. O personagem, os seus devaneios, suas ações impetuosas e sem nexo, até mesmo suas reflexões. Mas não deveria ser assim alguém condenado a viver no subsolo? Ranziza e paranóico?

É o tipo de leitura que você se irrita ao se reconhecer nela. No fundo todos temos uma parte de nós presas e agarradas aos subsolos da vida, sempre contra-argumentando com a própria verdade.
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analeet 03/12/2023

Poderia fazer 1000 anotações desse livro, bom demais!!!!!!!!!

?Eu lhe disse há pouco que não me envergonho de minha pobreza; pois saiba que me envergonho, é do que eu mais me envergonho, é do que eu mais tenho medo, mais do que se eu fosse um ladrão, porque sou tão vaidoso, que é como se tivessem arrancado a minha pele e eu sentisse dor até com o ar.?

?Está inteiramente claro para mim agora que, devido à minha desmesurada vaidade e, conseqüentemente, à tremenda exigência para comigo mesmo, eu me olhava com uma insatisfação furiosa que chegava às raias da aversão e, com isso, mentalmente transferia aos outros essa maneira de me ver.?

?proveniente da idéia, que se tornava uma sensação insistente e concreta, de que eu era uma mosca no meio de toda aquela gente, uma reles mosca desnecessária?mais inteligente, mais culta e mais nobre do que todos eles, evidentemente?, porém, uma mosca que cede sempre diante de todos, que todos humilham e ofendem.?

?Eu me acostumava a tudo, ou melhor, não me acostumava, propriamente, e sim, de certa forma, concordava voluntariamente em suportar.?

?Porque para mim o que importa é brincar com as palavras, é sonhar, e quanto à realidade, sabe do que preciso? De que vocês todos vão para o diabo! É isso aí! O que eu quero é tranqüilidade. Sou capaz de vender agora mesmo o mundo inteiro por um copeque para que me deixem em paz. Entre o mundo acabar e eu beber o meu chá, eu quero que o mundo se dane, quero ter sempre o meu chá para beber.?

?Deixem-nos sós, sem livros, e imediatamente ficaremos confusos, perdidos?não saberemos a quem nos unir, o que devemos apoiar; o que amar e o que odiar; o que respeitar e o que desprezar.?
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Livia.marrache 18/11/2023

Dodo ta extremamente bravo nesse! Eu comecei a ficar desanimada com ele mas faz parte do aesthetic do querido
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Gabriela 10/11/2023

O homem do subsolo é tão insuportável quanto todos nós
Tempo demais isolado faz mal pra cabeça.
Eu simplesmente AMO todos os questionamentos existencialistas do homem do subsolo. E eu também amo todas as mentiras que ele conta sobre si mesmo, e todas as vezes que ele se corrige ou admite as mentiras pro leitor. Eu amo o jeito com que nos faz odiar ele mais a cada página, e que bem por isso demonstre uma necessidade gigantesca de ser notado (inúmeras referências a ser tão pequeno quanto um inseto). Ele é superior a nós, ou inferior a nós? Acho irrelevante. Ele só quer ser notado por nós, ele quer ser visto por alguém, ele quer ser alguém. E o pior de tudo é que ele provavelmente passou tanto tempo dentro do subsolo, dentro daquela cabeça doentinha, que quando ele tem alguma oportunidade de se apresentar positivamente em sociedade, ter alguma chance de relacionamento, ele estraga tudo nas primeiras duas frases.
No final, ele ainda nos considera insuficientemente inteligentes para ter entedido a lógica do relato todo, e explica algumas intenções - quando poderia ter deixado no ar: quem entendeu, entendeu. Mas ele é tão arrogante a ponto de presumir que ninguém entenderia. (Talvez seja mais sensatez do que arrogância, tendo em vista a capacidade de interpretação de algumas pessoas.)
É muito suspeito pra mim falar do Dostoyevsky. Ele foi meu primeiro amor russo, e a porta de entrada pra drogas mais pesadas - ou não, Tolstoy nem é tão punk. Mas ele foi o primeiro, e desde então, tudo que leio dele me faz sentir uma alegria imensa de saber que ALGUÉM escreveu isso; alguém realmente pensou esses pensamentos, refletiu sobre essas coisas e se demorou a escrever romances enormes sobre temas "cotidianos". O cara cai de cabeça em temas extremamente simples e interessantíssimos. Ele transforma mínimas coisas em questões fundamentais. Ele pega cada pequeno aspecto que nos torna humanos e expõe tudo sem medo nenhum do exagero.
O homem do subsolo representa um pouco de mim, eu acho, um pouco de todo mundo. É aquela parte feia, suja, pedante, doente e mimada que ninguém admite ter, que ninguém gostaria de ter. As aventuras dele travadas somente dentro da própria cabeça, as mil conjecturas, os mil pensamentos, a ansiedade, é tudo tão realista pra mim que chega a doer ver ele se metendo nas situações. E, ao mesmo tempo, eu sinto uma raiva dele... Acho extremamente insuportável, romanesco, dramático, exagerado, ele me cansa. E por isso mesmo eu sinto como se ele fosse real, como se fosse parte minha, parte de todo mundo.
Amo demais esse livro, recomendo pra todo mundo que deseje começar a entender o que é essa maravilha febril chamada literatura russa.

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Nique 02/11/2023

Meu primeiro contato com Dostoiévski e literatura russa, e eu amei!
A primeira parte te mostra um lado filosófico e análise de situações que passamos.
A segunda mostra alguns momentos fortes que o personagem passou que levou ele a desenvolver a sua personalidade analítica e difícil de entender. Gosto muito que o autor deixou bem claro como estar no "subsolo" pode influenciar COMPLETAMENTE na vida e como você reage com tudo que te acontece e com quem acontece.
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jujubgm 26/10/2023

Durante o livro pensei várias vezes ?meu deus como ele é repugnante?, mas sinceramente, somos todos assim, ele mostrou seu pior lado, infelizmente entendi e me identifiquei em várias partes?Existe algo mais humano que isso?
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Tommesmo 13/10/2023

Breve resenha sobre Notas do Subsolo
Notas do Subsolo é, sem dúvida, um golpe de mestre da psicologia, como Nietzsche afirmou. Durante a obra, é perceptível o quão amargo é o protagonista, e mesmo tendo noção disso, ele não se importa, pois não vê a necessidade de mudar. Para ele, agir impulsivamente o torna mais livre do que os demais.
Ao longo do livro, vemos as memórias desse amargor humano; ele nos mostra seus pensamentos, arrependimentos, angústias e dores, revelando tudo. Apesar de o protagonista representar um extremo, acredito que todos nós já tenhamos sentido ou pensado coisas bem semelhantes às dele. Sem dúvida, Dostoiévski formulou uma obra incrível, profunda e que nos leva à reflexão constante.
Concluindo, gostaria de falar sobre o protagonista. Acredito que sua situação se deve, em parte, a problemas na infância, já que em alguns trechos do livro, ele fala sobre sua infância, na qual não teve figuras familiares e, na escola, nunca teve amigos. Não o considerarei uma vítima, pois é notório que em alguns momentos fica claro que ele sente certo prazer em cometer certas maldades. Acredito que seus problemas possam ter alguma influência, mas sinto que não seja 100% responsável. Apesar de ter mencionado que ele sente prazer em fazer o mal, não acredito que ele seja mau, mas sim livre, seguindo sua visão. Quase tudo de ruim que ele faz é causado pelo seu impulso, pela falta de pensamento antes de falar ou agir.
Tommesmo 13/10/2023minha estante
Marquei muita coisa durante a leitura, espero escrever mais sobre em algum momento. Nessa resenha falei o básico que apareceu na minha cabeça ?




VictAria109 12/10/2023

Melhor livro que já li até hoje
A priori, Dostoievski apresenta a ideia de "Subsolo", onde se esquiva do mundo em uma distância que se pode observa-lo, julga-lo... ficar em um ambiente externo a tudo - ou melhor, interno - sem se estender muito nesta parte, o autor consegue apresentar de forma breve questões filosóficas que serão muito bem retomadas e desenvolvidas ao longo da trama contada nas "Notas".
O protagonista é um homem amargurado que aparentemente se mostra odiar tudo e todos, mas minha impressão ao longo destas notas é que ele é um homem sensível que não consegue obter a própria aprovação por ter a mente cheia de pensamentos intensos - muitas vezes controversos - sobre o sentindo da vida, o sentido do homem, o sentido do ser, pensar, amar, odiar... O fato dele ser uma pessoa sensível o faz odiar a si mesmo e fazer questão de irradiar esse ódio de máscara a tudo e todos.
O protagonista superficialmente gosta de torturar os outros à sua volta com seus comentários ácidos, palavras duras, discursos longos e complexos, mas pelos últimos acontecimentos contados nas Notas, vê-se que ele é apaixonado pela arte de se auto torturar-se.
Dostoievski cita muitos pensamentos de filósofos e romancistas do século XIX, como o "belo e sublime" de Rousseau (o mais citado e 're'citado). Usa termos que aparentemente seriam complexos, mas a trama vai os explicando de maneira que - mesmo subjetiva, é bem clara. Deles, o que mais me chamou atenção foi a paixão do homem pela "arte da engenharia". Com isso, o autor mostra como o homem se move pela construção de sucesso, amor, validação... mas quando os alcança, se sente vazio e assim procura outra coisa para construir.
Para mim, isso retrata bem "Notas de Subsolo", o protagonista quer atingir o "belo e sublime", mas sabe quando o alcançar, se sentirá vazio, então se sabota o tempo todo. Como beber whisky sabendo que faz mal ao seu fígado.
Recomendo demais!
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jungesartur 08/10/2023

Um homem consciencioso
Acima dos demais, mais inteligente mais culto
Que não se deixa arrastar pela trivialidade
E que tem um certo sadismo, um prazer no próprio veneno que secreta
É muito bem estruturado o livro
Não é muito longo
Nos poupa o tempo
Pode parecer um personagem desprezível, e podemos ter pena dele
Mas eu me identifiquei com ele em diversas passagens
Com esse homem do subterrâneo
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Maricotacotacota 04/10/2023

Apenas lendo que se entende a profundidade
Este livro é dividido em duas partes: O Subsolo, onde o personagem vai estar a todo momento questionando o leitor sobre questões filosóficas e até mesmo psicológicas, sempre perguntas voltadas para ?quem??, ?como??, ?por que??, bem como para valores de relacionados ao bom-senso, ética, moralidade, chegando a citar diversas vezes a teoria ?belo e sublime? de Immanuel Kant; e A propósito da neve úmida, já nesta segunda parte, o mesmo vai trazer suas vivências, momentos de virada na chavinha da mente e novos questionamentos. Outrossim, é um momento decisivo e no qual, os acontecimentos não param de surgir, é de um envolvimento sem tamanho, momento em que me vi mais imersa na leitura.
Além disso, é importantíssimo pra mim trazer algumas observações quanto a personalidade do protagonista, o fato dele ser extremamente megalomaníaco, egoísta e narcisista (o que causa uma certa raiva), em contrapartida e ao mesmo tempo, o homem do subsolo era apenas um ser humano consciente, imerso no seu próprio romance e melancolia, diante de uma sociedade de pessoas rasas, onde o status importa mais que tudo e por isso, se fecham para as mazelas de si próprio e o reflexo dos mesmos no coletivo. Em um determinado momento, isso até volta para ele mesmo.
Do mais, esse foi o meu primeiro contato com o Fiódor, com esse tipo de narrativa russa e definitivamente, este não será o primeiro e nem o último. Portanto, mal posso esperar para ler os próximos.

?Onde não existe amor, não existe razão.?

?É melhor uma felicidade barata ou um sofrimento elevado? Então, o que é melhor??
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adriane116 28/09/2023

Experiência peculiar
Coloquei esse título na minha resenha pois esse é o 3 livro que li do Dostoiévski e achei bem diferente. O livro é dividido em 2 partes, uma que é só um monólogo e outra, mostrando as memórias dele que levaram ao subsolo. Na primeira parte, tem muita filosofia, e as vezes eu me perdia um pouco no pensamento do querido, mas a segunda parte foi bem tranquila.
o personagem principal é um homem amargurado, que odeia tudo e todos, e não tá nem aí pra nada. Ele irrita os outros só por prazer, quando tem uma pessoa que gosta dele, ele vai lá e começa a humilhar pessoa só pra se sentir superior ( porque ele é um ser desprezivel). Mas, ele é identificável. O livro começa falando que esse narrador é ficcional, porém existem diversas pessoas assim na nossa sociedade. Tem algumas falas dele que eu me identifiquei muito e achei até engraçado, mas, ao longo do livro, vi que ele é um ser muito narcisista, orgulhoso e que se acha superior a tudo e todos. No geral, gostei do livro mas ele não se compara a crime e castigo, ou outros fo autor.
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LeandroCastro88 25/09/2023

Um ótimo livro. A primeira parte é bem filosófica, refletindo sobre as aspectos da vida. A segunda parte não deixa de ser filosófica, mas também traz o ardor e brutalidade dos romances viajantes do dostô. Dei umas boas risadas com esse miserável desse personagem principal.
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Luuizafkr 22/09/2023

Mais uma leitura do Dodo
Entre os 4 livros que eu li do Dostoiévski, esse eu não gostei tanto quanto eu amei Crime e castigo. Mas é um livro ótimo e te faz refletir muito na sociedade e no homem em si.
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Kauana.Palma 09/08/2023

Esse livro me deixou confusa quanto ao que sentir. Na primeira parte temos contato mais próximo com características do narrador que, apesar de exageradas, geram identificação. Na segunda parte, no entanto, os relatos causam bastante desespero. Gostei de ter sido tão afetada pela história, embora tenha ficado irritada com o protagonista rs
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