Morango_Machadiano 29/10/2024
Um amor "sagrado profano".
Obs.: Sobre o título, nunca ouvi a música da Sonza, apenas achei uma boa descrição do livro.
Li-o devorando suas páginas ? claro, não consegui ler rápido devido às tarefas diárias, entretanto, quando pude, lia ferozmente. Sua trama é algo bem particular, que começa com uma premissa simples: a de um padre jovem que chega à cidade portuguesa Leiria ? creio que essa exista, não sei ao certo.
Quanto mais lemos, mais chegamos ao ponto central do livro ? a Amélia, filha da S. Joaneira, mulher que abriga o "senhor pároco" em sua casa. Trama vai, trama vem, eles se apaixonam a primeira vista ? a Amélia e o pároco Amaro.
Contudo, Amélia está prometida a outro, o senhor João Eduardo, o escrevente, que, mais tarde irá, pelas verdes chamas inspiradoras do ciúme escrever um 'Comunicado', tal que acaba o levando a ser "excomungado". Nesse meio tempo, Amaro faz um "arranjinho" para encontrar Amélia secretamente, pecado que levará às fatalidades do final.
Se acha que a trama é o que traz ao livro a fama de clássico que o rodeia, está erroneamente interpretando-o. Sim, as suas questões religiosas são o tema-chave do livro, mas não são somente elas que o compõem como o todo. Há diversos pontos de análise que dever ser pontuados, mas, além da escrita excepcional de Queiroz, que faz a leitura ser deleitosa, existe uma interpretação diversa de variados temas sociais e econômicos ? tanto que seu final é mais ligado, para mim, a essa parte do que a trama no geral.
Minha sincera opinião pode não ser (termino o texto depois, tô sem bateria).