Le soleil se lève aussi

Le soleil se lève aussi Ernest Hemingway




Resenhas - O Sol Também Se Levanta


217 encontrados | exibindo 166 a 181
1 | 2 | 3 | 12 | 13 | 14 | 15


Luiz Miranda 18/07/2017

Básico
A prosa de Hemingway já surge implacável em seu primeiro romance. Basicamente trata da viagem de 5 membros da "geração perdida" (grupo de artistas/intelectuais residentes em Paris) a Festa de São Firmino na Espanha.

Não espere algo parecido a uma trama. Até há um discreto arco dramático, mas o interesse de Hemingway é outro: narrativa seca, econômica e verdadeira. Um relato quase jornalístico do dia a dia daqueles personagens em busca de emoção.

Um estilo que fez a cabeça de várias gerações de escritores. O máximo de efeito, o mínimo de recursos. Certamente perdeu o apelo popular que suponho ter tido no século passado, mas continua direto e poderoso como sempre. Hemingway é uma escola.
comentários(0)comente



Leituras do Sam 20/03/2017

Vidas sem vida
O sol também se levanta é um livro muito bem desenvolvido e que consegue causar no leitor uma certa pena das personagens, pois todos retratam uma geração apática, fútil, perdida na vida e que acham que vivem, mas na verdade estão só no razo, como o narrador diz "Tudo o que eu desejava era saber como viver, talvez aprendendo como viver, acabemos compreendendo o que há realmente no fundo de tudo isso." E é essa procura que move a história. Nada na vida deles é novo, nada novo debaixo do sol.
Temos muitas sequências de almoço, jantar, bebidas e festas com os festa para personagens pulando incansavelmente de uma para a outra, demonstrando nessa vertigem toda o quanto estão sedentos, mas entediados com a própria vida.
Quando se deparam com a festa de touradas na Espanha, a nebulosidade de suas vidas fica mais evidente.
Hemingway consegue nos causar a inquietação que os personagens vivem e é aí que está a genialidade do autor e a beleza do livro.
vel 21/05/2017minha estante
por que três estrelinha se tu gostou do enredo?




Matheus Penafiel 01/03/2017

A experiência literária de Hemingway
Será que existe algo como uma chave de leitura para compreender uma obra literária? Algo como uma chave mestra, que esclarece todos os enigmas de uma narrativa, decifrando seus significados e revelando o que há de mais cru e elementar por trás de todos os arcabouços metafóricos e rebusco da linguagem? A pergunta parece, de certo modo, ingênua e despretensiosa, mas o aprofundamento de suas consequências revela o grau de sua magnitude: será que existe algo como uma chave de leitura que sirva para interpretar toda uma obra, algo que reduz todo seu enredo a decifrar uma única passagem? Uma obra completa pode ser reduzida a um breve trecho?
Em O sol também se levanta, do premiado com o Nobel de Literatura Ernest Hamingway, parece sugerir que sim. A história começa falando sobre um tal Robert Cohn desde a perspectiva de um narrador que se mostra, ainda no primeiro capítulo, um dos personagens, Jacob Barnes – ou Jake, como a maioria o chama. Conta que Robert Cohn fora campeão de boxe da categoria dos pesos-médios em Princeton. Revela ainda uma desconfiança quanto a esta história nutrida por “todas as pessoas francas e simples, principalmente quando suas histórias são coerentes”, ainda que seu nariz achatado favoreça sua versão da história.
Ainda sobre Robert, Jake fala de como ele parece ter se iludido por levar como guia de sua vida The purple land, “livro sinistro, quando lido demasiado tarde” porque narra as diversas aventuras amorosas de um cavalheiro inglês. Essa leitura parece estabelecer um contra peso entre aquilo que pertence às nossas expectativas, às linhas da ficção e das nossas ilusões, com nossa vida mundana, enredada por um mar de morosidade e tédio. Casara-se com uma mulher chamada France, que o leva em rédeas curtas, e parecia não a amar. Então, aos 34 anos de idade, começa a sentir que não vivesse intensamente sua vida, coisa bastante comum e frequente para qualquer pessoa.
Ao visitar Jake em seu trabalho, diz desejar ir a América do Sul, manifestando aquilo que parece ser sua expectativa de fugir dessa vida pacata e estável, sem aventuras amorosas, “sem pódio de chegada ou beijo de namorada”, como na música de Cazuza. Jake, então, é categórico ao dizer: “– Escute, Robert, tanto faz um país como outro. Tenho experiência disso. Não podemos sair de dentro de nós mesmos. Não adianta”. Essa é, apostaria, a chave mestra de nossa interpretação.
Após deixar Robert, Jake convida uma poule chamada Georgette para jantar, para lhe fazer companhia e livrar ele da monotonia de uma noite solitária. Encontram, então, alguns amigos de Jake que os convidam para dançar. Georgette é apresentada como sua noiva. No bal musette, espécie de baile popular, alguns rapazes chegam, e entre eles está uma mulher chamada Brett. Ela parece ser uma mulher perturbadora, cujos encantos já despertaram irreversivelmente o amor de Jake, uma vã paixão em Robert Cohn, em um incógnito conde, em um famoso e prestigiado toureiro e, aliás, também em seu próprio noivo. Brett não esconde seu amor por Jake, mas tampouco fica com ele, oscilando entre os desejos de seu amor e as limitações de seu amado. Jake é um inválido de guerra, e não importa quantas viagens faça, aparentemente jamais poderá saciar o amor da garota.
Após alguns capítulos, alguns encontros e desencontros com Brett, os amigos se decidem por ir à fiesta, espetáculo composto de danças, missas, procissões e touradas, na Espanha. Vão Bill, amigo de Jake, o próprio Jake, Robert Cohn, Brett e seu noivo, Michael. A viagem é repleta de expectativas frustradas.
As chaves de leitura parecem operar como profecias. Aquela introdução sobre Robert Cohn ser ou não campeão de boxe de pesos-médios parece sem significado até os capítulos finais. Uma profecia só ganha tal alcunha quando olhada em retrospectiva, quando a predição se concretiza em uma realidade presente: Jake, de fato, por mais que o queira, não pode sair de dentro de si, ainda que ame fervorosamente Brett. Não pode escapar da realidade que o engole. Mas, ainda que a chave nos seja dada nas primeiras linhas do romance, ela só se configura profecia quando passamos por toda a experiência que nos mobiliza a narrativa. Após nos enchermos de expectativas vãs, após desejarmos viajar a fim de viver intensamente uma vida que já nos é pregressa, após nos enchermos de ilusões amorosas, nos deparamos com o amargor da realidade: não podemos fugir de nós mesmos. O sol também se levanta não pode se reduzir a um único trecho, pois nos promove uma experiência literária completa. É um despertar para a realidade.


site: www.matheuspenafiel.wordpress.com
comentários(0)comente



Patresio.Camilo 24/02/2017

Um porre
Imagina um livro chato, tedioso, sem noção.
Pronto esta é a resenha deste livro, muito barulho por nada, a verdade é essa.
comentários(0)comente



Luiz993 18/02/2017

É bebedeira, é só zueira
Os personagens desse só fazem beber, encher a cara, tomar porre o tempo todo. É um entra e sai de bares que passa dos limites. E o detalhamento dos ambientes, das paisagens idem, vai muito além do necessário, o que torna a obra relativamente chata.

Li "o velho e o mar" e gostei muito. Iria ler "Por quem os sinos dobram", mas depois desse sol, quero distância de Hemingway.
Anna Dassa 08/11/2018minha estante
Não terminei de ler pq na metade já estava me deixando com tédio. Também li "o velho e o mar" e adorei, também comprei "Paris é uma festa", mas depois desse sol nublado, me frustrei um pouco com Hemingway...




lilimayo 13/10/2016

Primeiro livro do Hemingway, e também o primeiro livro que li dele. Um autor muito conhecido e conceituado, li com grandes expectativas, e acabei me decepcionando um pouco. O livro mostra a "geração perdida", pessoas vivendo na futilidade, procurando um pouco de emoção em suas vidas. E, sim, isso é todo o livro. Não há um grande enredo, simples assim. Mas não achei uma leitura chata como vi várias pessoas dizerem, muito pelo contrário: Ao ler cada página, esperava que algo mais intenso aconteceria, e isso me fez ler e ler sem parar, terminando o livro em "uma tacada só" (é um livro curto, digamos). Não me entediou, mas me deixou com aquele sentimento de frustração, porque esperava algo bem maior - Mas isso é um problema meu, e não do livro. Criar expectativas altíssimas é um erro. No fim, acho que é uma leitura prazerosa, porém, dispensável. E também acho que há falhas na tradução na edição da Abril.
comentários(0)comente



Na Literatura Selvagem 10/10/2016

O sol também se levanta - Ernest Hemingway [#MLI2016]
Há um bom tempo o livro O sol também se levanta estava em minha lista de leituras, e esse ano resolvi desencalhá-lo da estante... Escrito por Ernest Hemingway em 1926, narra as [des]aventuras de um grupo de americanos em Paris, após o fim da Primeira Guerra. De lá, eles partem para a Espanha a fim de buscar novas sensações num festival [fiesta] cheio de danças, touradas e procissões de cunho cultural-religioso. Em meio a esse exótico cenário, um romance entre Barnes e Brett acontece... Barnes é uma figura mutilada e expatriada da guerra, e sua narrativa nos faz adentrar nesse universo cheio de figuras de uma geração desgastada mas que ambicionam diversão, pura e simplesmente, entretendo-se ao máximo antes que o marasmo se aposse deles novamente...

Trabalhando como fotógrafo, impotente após voltar da guerra, acaba se apaixonando por Brett, uma garota que não se prende a amarras sociais e se envolve com vários homens, quantos ela sinta vontade. Barnes seria o touro ferido de guerra, que não possui forças de celebrar sua própria fiesta. De Paris a Pamplona, a obra retrata uma geração que sobreviveu a guerra e se entregou a luxúria, ao álcool e a vida fútil, preocupando-se apenas com o presente, desperdiçado em apostas, interações vazias e diálogos carregados de drama, acidez e ironia, numa tentativa vã de disfarçar as frustrações pessoais.

leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2016/09/o-sol-tambem-se-levanta-ernest.html
comentários(0)comente



Caroline Gurgel 12/09/2016

Hemingway e sua simplicidade profunda...
Não sou das maiores entusiastas do minimalismo, ao menos não na literatura, mas Hemingway sempre desmonta minhas implicâncias. Mais uma vez, veio provar que não importa o estilo, quando quem o escreve tem um quê de genialidade.

O sol também se levanta nos traz o dia a dia de Jake, um jornalista e o narrador dessa história, de Lady Brett Ashley, uma viúva por quem todos se encantam [inclusive Jake], de Robert Cohn, um escritor em busca de inspiração, e de Mike, um playboy meio escanteado, e a ida deles à Festa de San Fermín, em Pamplona. Juntos formam um grupo de expatriados ingleses e norte-americanos – inspirados no círculo de amizade do próprio autor – vivendo em Paris no período após a Primeira Guerra Mundial.

O livro foi escrito em 1926 e é preciso que o leitor se atente não só ao contexto do pós-guerra, mas ao das touradas. Até então a Festa de San Fermín e suas touradas não eram alvos de protestos. Era simplesmente uma grande e vibrante festa com séculos de tradição. Ser contra as touradas não me fez, portanto, gostar menos desse livro.

Hemingway tem um estilo muito peculiar de texto que é seco, direto, sucinto e aparentemente simples. Usa praticamente tudo que eu digo que não gosto em um livro, como frases curtas, diálogos em excesso [e também curtíssimos] e quase nada de adjetivos. O resultado deveria ser um livro sem graça, com personagens rasos. Deveria. Seria. Se não fosse Hemingway.

Ele diz muito mais do que está escrito, passamos a conhecer profundamente seus personagens sem que ele tenha sequer nos apresentado. Talvez, conseguir deixar implícito nas palavras não ditas a personalidade de cada um seja tão ou mais difícil quanto dizê-las em alto e bom som.

Eles parecem superficiais, mas são apenas personagens marcados pela Guerra, que, mesmo ambiciosos em sua vida artística e intelectual, carecem de sonhos e se embebedam para fugir da realidade e fingir divertimento em busca de inspiração. São integrantes da famosa Geração Perdida, batizada por Gertrude Stein.

É impressionante como o autor conseguiu captar e retratar bem essa geração, não só de forma ficcional como nesta obra, mas também em Paris é uma festa, livro póstumo com suas memórias dos anos vividos em Paris.

O sol também se levanta é vívido, mesmo que um pouco degradante. É gostoso de ler, mesmo que suas páginas só contemplem um bando de bêbados. É simples sem ser, é complexo sem aparentar. Talvez não seja para todos os gostos {nada o é}, mas vale a tentativa, ao menos pela embriaguez sem que sequer precisemos beber.

4.5 estrelas
4 corações

ig: @historiasdepapel_

site: www.historiasdepapel.com.br
Marco.RogArio 08/03/2024minha estante
Olha, amigo, para falar a verdade, não gostei do livro! Mas se ele tivesse mais dez páginas talvez tivesse que pedir um Epocler, pois dá para figar bêbado só de lê-lo kkkkkkkkkkk




cynthia 28/08/2016

Denso
Livro de estreia de Hemingway, o livro tem um caráter autobiográfico, os personagens e trama basearam-se parcialmente em pessoas e fatos reais, a começar pelo narrador/protagonista, o alterego do escritor. A trama basicamente é essa: um grupo de amigos cansados do verão e das bebedeiras da Paris dos anos 20 resolve ir pra Pamplona, na Espanha, assistir a festa de San Fermin. A história se contrapõe entre as descrições das paisagens e das touradas (Hemingway era aficcionado por elas) e os conflitos psicológicos entre os personagens.
comentários(0)comente



Luizahk 27/08/2016

Boa leitura, porém descobri que Hemingway não é pra mim...
comentários(0)comente



Carolina 27/08/2016

Um dos melhores
Que delícia de leitura. Cativa do início ao fim do livro. Um show de domínio da linguagem.
comentários(0)comente



Tiago 31/05/2016

O nome de Hemingway ecoa o cheiro de mar, pólvora e coragem. E foi com essas imagens em mente que peguei O Sol Também se Levanta para ler pela primeira vez, quando tinha uns dezoito anos. Eu esperava alguma aventura empolgante e cheia de significados nos moldes de O Velho e o Mar, que acabara de ler. Após a leitura de umas poucas páginas eu já estava profundamente decepcionado. Até a metade da história, tudo o que os personagens fazem é peregrinar de bar em bar bebendo, dançando e mantendo intermináveis diálogos que não são nem engraçados, nem inteligentes, apenas fofoca e conversa fiada de bêbado em fim de festa. Além disso, havia algo no estilo do autor que me incomodava, eu não sabia apontar exatamente o quê, mas seu modo de narrar me deixava irritado. Abandonei o livro sem pensar duas vezes e fui ler alguma outra coisa mais promissora.

Recentemente, ao esbarrar em muitas críticas favoráveis por mero acaso, resolvi dar outra oportunidade ao livro. Ao terminar a última página, minha opinião sobre o livro foi o exato oposto daquela de dez anos atrás. Imediatamente percebi o que no estilo de escrita do Hemingway havia me incomodado tanto: seu texto parece sempre incompleto, feito de frases curtas demais, como se alguém estivesse lhe contando uma história e subitamente mudasse de assunto, sem concluir. O fato de as frases serem curtas e simples, em si, não é o problema. Outros autores escrevem assim e não causam esse estranhamento: Stevenson, Fitzgerald, Chandler, Murakami. A questão em Hemingway é como as cenas, as ações dos personagens, suas opiniões e intenções são jogadas no ar sem contexto e sem maiores explicações. E a história segue, deixando ao leitor o esforço de preencher os vazios e indagar os significados. E ele faz isso de propósito.

Assim, numa converso logo no início do livro, um dos personagens, Robert Cohn, está insatisfeito e comenta com o narrador, Jake “Não me conformo, quando penso que minha vida vai passando tão depressa e não a vivo realmente.” Ao que Jake responde “Ninguém vive com a intensidade que deseja, exceto os toureiros.” E pronto, o personagem não explica o que há de tão especial nos toureiros, não desenvolve o raciocínio, e após Cohn dizer que “Toureiros não me interessam. Levam uma vida anormal.” e mais uma meia dúzia de frases, a discussão acaba e eles vão beber, sem chegar a qualquer conclusão. Além disso, Hemingway preenche suas páginas com muitas descrições insossas de coisas sem importância: o preço de uma bebida, o nome de uma praça atrás da outra, coisas do quotidiano feitas em sucessão, como tomar banho, fazer a barba, comer, etc. Tudo isso somado dá uma sensação de falta de substância à história, com longos períodos onde nada acontece e todos os personagens ficam tentando afogar suas desilusões e sua dificuldade de se comunicar em quantidades cada vez maiores de álcool. Portanto, é uma leitura arrastada e muitas vezes tediosa, pois os poucos acontecimentos ocorrem de forma muito sutil e esparsa.

Mas, apesar de todas essas críticas que eu teria a fazer ao livro, o que fez com que ele me agradasse nessa última leitura é que, em meio a toda sua falta de substância, ele dá peso a umas poucas perguntas fundamentais, como: “o que significa viver a vida intensamente?” “como pessoas comuns reagem a problemas insolúveis, que não conseguem esquecer?” E dá ao leitor o espaço para refletir sobre essas questões, enquanto o autor mostra como seus personagens lidam com elas: um tenta se sentir mais seguro e esquecer seus problemas gastando todo o dinheiro que não tem, outro opta pelo entretenimento e pela admiração da arte, outro por sair em sucessivas aventuras amorosas das quais se arrepende, e assim todos tentam parecer menos inseguros no teatro de interpretarem o papel de adultos sensatos, um teatro tão comum de se ver interpretado no dia a dia. E aí o livro entra no tema universal de que nem sempre o conhecimento que acumulamos nos prepara para os problemas que teremos que enfrentar, e tudo o que os homens buscam, às escuras, é uma verdade que os faça se sentir seguros em como viver. Um dos possíveis títulos do livro, que Hemingway acabou não utilizando, era outra passagem do Eclesiastes, que diz: “Pois quanto maior a sabedoria maior o sofrimento; e quanto maior o conhecimento, maior o desgosto.”

Nas palavras do narrador, Jake Barnes: “Julgo ter pago por tudo. Não como as mulheres, que pagam, pagam e repagam. Nenhuma ideia de retribuição ou de castigo. Uma simples troca de valores. Renuncia-se a uma coisa e recebe-se qualquer coisa em troca. Ou então, trabalha-se por alguma coisa. Ou pagamos sempre, de um modo ou de outro, por todas as boas coisas. Eu pagara por muito do que eu gostava e assim tive bons momentos. Paga-se, seja ouvindo falar dessas coisas, ou por experiência, ou correndo riscos, ou com dinheiro. Gozar a vida consiste em saber obter com dinheiro o mais possível. O mundo é um bom lugar para essa espécie de transações. Parecia-me uma boa filosofia. “Dentro de cinco anos”, pensei, “eu a julgarei tão tola como todas as outras boas filosofias que já adotei”. Contudo, talvez não fosse verdade também. Talvez, com o tempo, acabemos por aprender alguma coisa, pouco importa o que seja. Tudo o que eu desejava era saber como viver. Talvez, aprendendo como viver, acabemos compreendendo o que há no fundo de tudo isso.”
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
Anna Dassa 08/11/2018minha estante
Um fator que me fez desistir dele foi sobre as touradas...




Isabela Zamboni | @resenhasalacarte 01/02/2016

Aula de jornalismo e prosa
Neste livro, acompanhamos o protagonista Jake, um jornalista que mora em Paris, lutou na guerra e foi seriamente ferido. Jake tem vários amigos também expatriados e boêmios, além de nutrir uma paixão em Brett, única personagem feminina do livro. Brett é uma mulher à frente do seu tempo, que não tem interesse em relacionamento estável e gosta de se divertir. Bill, Michael e Robert Cohn também são personagens importantes, amigos de Jake, que vão acompanhá-lo à Espanha para conferir a fiesta (Festa de São Firmino) e as touradas típicas da região.

Quando terminei a leitura, fiquei pensando: “esse livro não tem clímax“. E não tem mesmo: nada de reviravoltas, transformações, nada de sustos. Hemingway buscava uma prosa calcada na linguagem jornalística (ele começou a vida como repórter aos 18 anos) sem adjetivos, ou o que ele considerava “excessos emotivos”. Ou seja: encontramos aqui uma prosa econômica, descritiva, baseada em verbos e substantivos. Parece até mesmo um documentário – os diálogos são secos e os personagens não transparecem sentimentos. O narrador (Jake) raramente demonstra qualquer emoção excessiva.

“Durante o dia, nada mais fácil do que mostrar que não se dá a importância, mas, à noite, é diferente.”

Lendo o prefácio escrito por Luiz Antonio Aguiar, descobri que O Sol Também se Levanta é designado como um roman à clef, isto é, um romance com uma chave, “um mecanismo de abertura ou de decifração, cujo modelo mais comum é uma história em que personagens reais aparecem com nomes fictícios.” Daí vem a semelhança com Paris é Uma Festa.

“Sorriu novamente. Sorria sempre, como se as touradas tivessem um sentido especial para nós dois, como se houvesse um segredo muito chocante, mas bastante profundo, que ambos conhecíamos. Sorria sempre, como se nesse segredo houvesse algo de obsceno para os outros, porém muito compreensível para nós. Não se deve divulgar um segredo entre pessoas que não o compreenderiam.”

Resenha completa no blog!

site: http://resenhasalacarte.com.br/resenha/resenha-o-sol-tambem-se-levanta-ernest-hemingway/
comentários(0)comente



217 encontrados | exibindo 166 a 181
1 | 2 | 3 | 12 | 13 | 14 | 15