Crime e Castigo

Crime e Castigo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Crime e Castigo


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Rodphelip23 27/03/2023

- Os fins justificam os meios?
- É justo cometermos um ato considerado "imoral" em prol de um ato considerado "benéfico"?
- E o que você considera moral? E imoral?
- Quais foram as influências que te ajudaram a definir as suas posições morais? Elas são válidas/fundamentadas? Em quê?
- E a partir do que você considera moral e imoral, os seus pontos de vista vão de encontro com as interpretações da lei? Das autoridades? E da sociedade?

Rodion Raskólnikov é um miserável jovem russo, ex-estudante de Direito. Embora muito inteligente, sua pobreza o fez largar a faculdade, mas sempre teve em mente que seu destino seria triunfante.

Como não aceitava de jeito nenhum a pobreza, projeta o seguinte: assassinar uma velha usurária cretina, mau caráter e perversa, com a qual de quando em vez, penhorava objetos para conseguir dinheiro.

A partir daí surgem os conflitos morais, filosóficos e sociais levantados. Para completar, Raskólnikov acreditava que o mundo era dividido em pessoas ordinárias (inferiores) e extraordinárias (superiores), e para estes, não importa o atos, pois seus objetivos trarão avanços importantes para a humanidade, mesmo que para isso haja derramamento de sangue, dores e sofrimentos à outrem.

Fiódor Dostoiévski foi um escritor e filósofo russo do século XIX. Um dos maiores filósofos e pensadores da história, tendo grande influência na filosofia existencialista e na literatura realista. Suas obras são conhecidas por abordar críticas sociopolíticas, profundidade filosófica e análise psicológica. "Crime e Castigo" é uma de suas maiores obras e também da literatura universal.

Dostoiévski faz uma conjectura ímpar entre o mundo social (no contexto das narrativas que acompanham o personagem principal), e o mundo subjetivo do estudante. No social, as misérias humanas: a pobreza, os vícios, os preconceitos. Em suma, o sofrimento humano. No subjetivo, somos introduzidos a consciência de Raskólnikov: apreensões, diálogos internos, suas condutas, teorias, emoções, delírios, sua irascibilidade - tudo por conta de seu "grandioso" plano.

Aos que se interessam por questões relacionadas ao existencialismo, filosofia, moralidade, sociedade e/ou psicologia criminal, este livro pode agradar.

DISCLAIMER: é um livro chato, triste, denso, extenso, com muitas histórias paralelas que se conectam, e dependendo da edição, um vocabulário bem sofisticado. Apesar de tudo, vale muito a pena ler, recomendo muitíssimo.
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Gab 26/03/2023

Uma história sobre crime e castigo.
Me falta repertório pra comentar uma obra dessas! Com certeza quero ler mais textos de apoio e mais da própria experiência do Dosto ao escrever esse clássico, e que clássico!

Raskolnikóv comete um crime e nós acompanhamos seu castigo. A história tem personagens engraçados, fortes e reais.

Aqui - na minha inexperiência de falar sobre clássicos - eu senti que somos atingidos com a crueza da realidade. Há homens maus no mundo, homens egoístas e que podem cometer ações boas enquanto escondem crimes que cometeram. Ao mesmo tempo também somos confrontados com a pobreza na sociedade russa, com as famílias desestruturadas pelos vícios, por crianças que passam fome e jovens que precisam se prostituir. Tudo isso contado com uma crueza singular ao mesmo tempo em que existe nos personagens a esperança da redenção.

As teorias socialistas aparecem nessa obra também, de forma bem resumida e como uma característica de alguns jovens que tinham a ideia como uma solução para a liberdade e o fim da maldade no mundo. O André (personagem engraçadíssimo) dá conta de mostrar o deboche que o Dostoiévski faz do assunto.

Com certeza lerei mais do autor, este livro foi uma ótima entrada!
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Wilson 26/03/2023

Crime e castigo
Crime e castigo é um livro que incomoda, cheio de aflições e angústias. Não recomendo para quem quiser um livro por lazer e para relaxar. O personagem principal é indigesto e a trama se concentra em retratar o processo de redenção moral deste personagem. O romance é uma boa pedida para quem deseja iniciar a jornada dos calhamaços de Dostoiévski.
Por fim, é um dos maiores romances já escritos, sem dúvidas.
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Marcos606 24/03/2023

Um jovem intelectual, Raskolnikov, disposto a apostar nas ideias, decide resolver todos os seus problemas de uma só vez, assassinando uma velha penhorista. Motivos e teorias contraditórias o atraem para o crime. A moralidade utilitarista sugere que matá-la é um bem positivo porque o seu dinheiro poderia ser usado para ajudar muitos outros. Por outro lado, Raskolnikov argumenta que a crença no bem e no mal é em si puro preconceito, uma mera relíquia da religião, e que, moralmente falando, não existe crime. No entanto, Raskolnikov, apesar de negar a moralidade, simpatiza com os desafortunados e por isso quer matar a penhorista só porque ela é uma opressora dos fracos. Sua teoria mais famosa que justifica o assassinato divide o mundo em pessoas extraordinárias, como Sólon, César e Napoleão, e pessoas comuns, que servem simplesmente para propagar a espécie. Pessoas extraordinárias, teoriza ele, devem ter “o direito de transgredir”, ou o progresso seria impossível. Nada poderia estar mais longe da própria moralidade de Dostoiévski, baseada no valor infinito de cada alma humana, do que esta teoria, que Dostoiévski via como o verdadeiro conteúdo da crença da intelectualidade na sua sabedoria superior.

Depois de cometer o crime, Raskolnikov se vê inexplicavelmente dominado por um “terror místico” e por uma horrível sensação de isolamento. O detetive Porfiry Petrovich, que adivinha a culpa de Raskólnikov, mas não consegue prová-la, faz jogos psicológicos com ele. Enquanto isso, Raskolnikov tenta descobrir o verdadeiro motivo do seu crime, mas nunca chega a uma única resposta. Num famoso comentário, Tolstoi argumentou que não havia um motivo único, mas sim uma série de “pequenas, minúsculas alterações” de humor e hábitos mentais. O brilhantismo de Dostoiévski reside, em parte, na sua complexa interpretação de conceitos como motivo e intenção.

Crime e Castigo também oferece retratos psicológicos notáveis ​​de um bêbado, Marmeladov, e de um amoral, cruel e assombrado por alucinações, Svidrigailov. O amigo de Raskolnikov, Razumikhin, expressa a aversão do autor por uma abordagem ideológica da vida; A própria vida de Razumikhin exemplifica como não se podem resolver problemas nem através de grandes ideias nem de apostas dramáticas, mas através de trabalho lento, constante e árduo.

A história é um dos melhores estudos da psicopatologia da culpa escritos em qualquer idioma.
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Leonardo.Brizida 23/03/2023

Crime e Castigo
Crime e castigo é um clássico que sempre ouvi falar, mas que nunca tive culhão pra ler. Este ano, me propus a encará-la, assim como outras obras que se provaram ao logo dos anos.

É possível identificarmos que várias narrativas posteriores tiveram grande influência de Crime e Castigo. Percebi que em algumas passagens, o autor alterna entre os pensamentos do personagem principal e do próprio Dostoievski, além dos próprios diálogos dos personagens. É incrível  a maneira como cada personagem produz os seus pensamentos. Extremamente peculiares, de maneira que é possível identificar quem está falando sem mesmo ter o destaque do personagem, apenas com as características das próprias falas.

Senti dificuldade em ler os nomes russos, que ainda por cima possuem vários apelidos que vão sendo inseridos na história sem prévio aviso rs.

Raskolnikov, personagem principal da trama, vive uma espécie de dilema existencial. Criou uma teoria de que pessoas "extraordinarias" teriam mais diretos do que pessoas que não contribuíam de forma relevante no mundo. E por este fato, podiam ser "eliminados", assim como Napoleão executou várias vítimas que passaram pela sua frente, através de derramamento de sangue.
Ele assassina duas pessoas com um machado e começa a sofrer muito com isso. Depois do episódio, ele percebe que não está na posição das pessoas extraordinárias, pois estas não sofreriam dessa angústia. Raskolnikov não se arrepende do crime, mas acaba confessando. A verdadeira redenção do personagem ocorre quando se vê apaixonado por Sônia, filha de um ex oficial, que acaba por acompanhá-lo durante os seus anos na prisão.
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Brunny Rocha 21/03/2023

Um Sr. Livrasso!
Nada mal para um primeiro contato com Dostô. Uma boa premissa, bom enredo. Afinal, quem sou eu na fila do pão pra dar pitaco na obra do Mestre? Esse é o tipo de livro que me falaram que todo mundo deveria conhecer, e agora que eu também conheço, assino embaixo.

Para leitores de dostô de primeira viagem uma palavrinha: não desistam, vale muito a pena. Quem não está acostumado com a obra dos autor, ou acostumado a ler clássicos poderá achar a leitura arrastada e descritiva demais algumas vezes, mas vale cada página. Acredito até que o sofrimento do Raskolnikov tem que ser narrado como é vivido, lento e agoniante.

Um clássico é um clássico né? E fica nítido o porquê de ser um clássico. Que venha muito mais Dostoiévski esse ano ??
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Ariane.Barbiero 20/03/2023

"Aquele que tem sentimentos sofre reconhecendo o seu erro. É seu castigo, independentemente da prisão."
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Arthur 20/03/2023

Crime e Castigo
Romance que conta sobre um estudante vivendo em estado de miséria e que para sair dessa situação pensa em cometer um assassinato, isso é feito e veremos ele aos poucos sendo consumido pela culpa e o Castigo nesse caso não assume apenas um Castigo físico, mas um próprio castigo psicológico feito por nós mesmos.
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Carlos 19/03/2023

Muito crime e pouco castigo
Não tenho muito o que se dizer, o livro foi bem difícil de se terminar, acredito que por se tratar de uma obra antiga. O livro é bom, mas independente da época é muito difícil acompanhar uma história em que o personagem principal é um desgraçado.
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Paula 18/03/2023

Natureza humana
O livro narra a história do protagonista Raskólnikov, um estudante pobre que comete um ato extremo influenciado por suas teorias filosóficas. Ao longo da trama, o personagem é confrontado com as consequências de suas ações, tanto em sua própria consciência quanto nos eventos que se desenrolam em sua vida. A história aborda temas complexos, como moralidade, punição e redenção, e envolve o leitor em uma atmosfera de tensão e reflexão sobre as escolhas que fazemos na vida. Muito bom!
Max 18/03/2023minha estante
Um dos meus favoritos da vida!
Ótima resenha, Paula!?




Mari 18/03/2023

Genial
Adorei a leitura, como em alguns trechos do livro ser meio maçante pela linguagem mais antiga, descrições e parágrafos sem fim a leitura exige de um pouco mais de tempo e paciência, mas em momento algum deixa de ser cativante, instigante e agonizante ao decorrer do ?castigo? do personagem principal, Raskolnikov, o qual tem momentos de delírios fascinantes de acompanhar, uma evolução incrível ao longo do romance e uma mente em conflito consigo mesma. O cenário em que se passa a obra, tem haver com a história e a situação em que o protagonista se encontra, temos personagens muito bem desenvolvidos, e a retratação da pobreza a qual a cidade de São Petersburgo se encontra, a história te faz refletir muito, e perceber que a natureza, a fé e o amor podem guiar consciências deturpadas a caminho do q é ?certo?. recomendo a leitura.
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Lavínia 17/03/2023

Atrasos e atrasos.
Li o livro já faz algumas semanas e já esqueci algumas coisas, mas vamos lá.
O livro tem linguagem pesada, mas o que complica mais são os nomes dos personagens, o que me deixou confusa diversas vezes, tendo que voltar a leitura para entender quem era o secundário da cena. São capítulos curtos e leves, tornando a leitura fácil em relação a escrita, pois da para ler pausadamente para completar o raciocínio.
Agora, sobre a história, o protagonista é muito interessante e tem pensamentos inteligentes ligados a ações estupidas e na minha opinião, auto explicativas depois de comentado sobre o artigo de Raskolnikov. Texto com critica social, problemas familiares e consigo mesmo, tipo de livro que me apaixono e o tipo de personagem principal que me encanta, não por ser tudo colorido e alegre, por trazer realidade e falha do ser humano, sem utopias e exageros.
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Fpalhares 15/03/2023

Formidável
A descrição do estado mental das personagens dá muita profundidade ao relato. O desenrolar da trama é muito bem conduzido até ao desfecho. Formidável livro do Dostoievski.
Viciante.
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boemica 15/03/2023

O que Napoleão faria?
Fiódor Dostoiévski dispensa apresentações para universitários, leitores assíduos, e até para grande maioria da massa popular, que dificilmente passou por toda a vida sem ter contato com o nome do clássico escritor russo e em especial dessa obra.

Caminhando diretamente para minha opinião pouco significativa, pontuo aqui que é uma boa obra. É isso, uma boa obra. Claro que abre exceções para aqueles que não tem a paciência e persistência de suportar a lenta repetição que o livro nos garante mais de uma vez, e para os que ? diferentes de mim ? sabem que não precisam se provar pra ninguém ao se mostrarem capazes de ler algo que sabem rapidamente que não irão gostar. Mas para a grande maioria, é um bom livro.

Após terminar a leitura, busquei por opiniões externas para distinguir até onde a minha casava com a alheia, e descobri que muito pouco. Os outros leitores veem o livro como um marco inesquecível, e eu o tenho como "um bom livro" e ainda com ressalvas.

Pessoalmente, achei a leitura repetitiva e arrastada demais onde não precisava ser. Mas deixo aqui minhas considerações para com a construção dos cenários e personagens, especialmente Raskolnikov, esse a quem devo meus momentos de maior repúdio e desgosto para com a obra.

Dostoiévski pode ser emblemático e ter uma história de vida e obra inacreditáveis, mas não é tão insuperável quanto a massa confirma. É um clássico, é um bom autor, é uma boa obra.
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