Resenhas - Cante lá que eu canto cá

Vanessa 28/10/2023

Cante Lá Que Eu Canto Cá
Ler esse livro foi uma experiência maravilhosa, ainda que um tanto cansativa pela extensão da obra que privilegia os aspectos mais sofridos da Região Nordeste. Mas, afinal, passei a admirar ainda mais Patativa que tanto amou a poesia e o sertão, que não soube viver sem ambos.

lililu 15/10/2023

No fim, eu gostei
Não vou ser hipócrita e dizer que não gostei do livro.
Achei muito interessante a forma como foi escrito, sem ser encaixado na normal "padrão", o jeito que foi mostrado o nordeste. Mas chegou em um momento que parecia apenas repetitivo, o que tornou a leitura um pouco monótona e desinteressante, pois eu já sabia de tudo que tinha que saber.
As poesias eram sobre o dia a dia deles, as brigas, desavenças, sobre a seca e etc.

Marco Antônio 14/11/2022

Incrível
Patativa do Assare tem um poder de síntese que comparo ao de Fernando Pessoa. Poemas com linguagem regional brasileira

July 05/06/2022

Cante lá que eu canto cá
Sou cabra da peste

Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas nunca esmorece, procura vencê,
Dá terra adorada, que a bela caboca
De riso na boca zomba do sofrê

Não nego meu sangue, não nego meu nome,
Olho para fome e pergunto: o que há?
Eu sou brasileiro fio do Nordeste,
Sou cabra da peste, sou do Ceará
...

A poesia de Patativa é o retrato de quem bem conhece o sertão, seu povo, seu padecimento. Em cada linha uma verdade, uma sensação, uma afirmação.
Patativa "cantou" como ninguém, as coisas do sertão.
Cante lá que eu canto cá, reuni primorosos poemas da obra desse trovador nordestino, onde o próprio Patativa os selecionou e ordenou.

Ana Paula 25/05/2021

Totalmente nordestino
A poesia repentista às vezes me cansava. Os temas são bem interessantes mas com um quê socialista/comunista onde o trabalhador é sempre a vítima.
Tive que fazer um esforço para terminá-lo. As histórias pitorescas do povo do sertão nordestino, suas mazelas e alegrias são o mote, porém muito repetitivas e extensas não ajudavam a leitura fluir de forma prazerosa.
Faltou o frescor da novidade, do surpreendente que a poesia de outros autores sempre me proporciona.

Daniel 02/12/2017

Rapsódia do sertão
Resenha no link abaixo!

site: https://blogliteraturaeeu.blogspot.com.br/2017/12/cante-la-que-eu-canto-ca-de-patativa-do.html

Claudio Rosa 09/06/2015

Um livro surpreendente
Esse livro é no mínimo surpreendente porque mostra o conhecimento de mundo do autor, mesmo sem dominar a leitura e a escrita. Ele nos mostra que não é a internet ou as tecnologias dos nossos tempos quem traz o conhecimento, mas a busca. Todos os versos falam sobre o dia a dia do povo nordestino com suas desventuras e alegrias. Não só isso, mas fala também das diferenças entre rico e pobre, moradores de sítios e das capitais. Patativa do Assaré é, sem dúvida alguma um patrimônio imaterial do nosso Nordeste e porque não, da humanidade.

Helena 26/02/2014

Comentário
A primeira vez que ouvi falar de Patativa do Assaré foi através da minha amiga Zizi - Eliziane Rufino, na minha casa em Serra Talhada. Seus irmãos adoravam cantorias de viola e o poeta (que nunca foi violeiro repentista) Patativa do Assaré e Zizi era contagiada. Daí Zizi me emprestou em Off esse livro, "Cante lá que eu canto cá", que era dos seus irmãos ou de amigos deles, não sei, não lembro. O título é o poema carro chefe do livro. Ainda aprendi alguns textos.Fantástico. Isso ocorreu mais ou menos no ano de 1988.

Paccelli 14/06/2009

in memorian
coloco em minhs estante junto a saudade do meu avô, Guaracy Gurgel, poeta, boêmio e uma pessoa enorme que tanta falta faz ...