Iaiá Garcia

Iaiá Garcia Machado de Assis




Resenhas - Iaiá Garcia


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Natália 12/07/2022

Machado de Assis é certeza de livro bom
Quinto romance que leio de Machado de Assis e só digo uma coisa: ele não decepciona, entregando sempre personagens bem construídos com história envolvente.
Recomendo muito

Resenha:
Iaiá Garcia é o quarto romance da obra Machadiana. A história nos transporta para a cidade do Rio de Janeiro entre os anos de 1866 e 1871. Na trama somos apresentados a Jorge, um jovem advogado, filho de Valéria, uma mulher manipuladora.
Durante o decorrer da história, conhecemos outros personagens marcantes, como Iaiá Garcia, jovem de personalidade forte e filha do viúvo e funcionário público, Luís Garcia, a quem o pai ama incondicionalmente e faz de tudo para ver Iaiá feliz. Jorge se apaixona por Estela, a quem Valéria julga não ser merecedora do amor de seu filho por possuir classe social inferior.
Desesperada para que seu filho não se case com Estela, Valéria pressiona Jorge para que participe como voluntário da Guerra do Paraguai. Desiludido por Estela, o jovem faz o que a mãe quer.
Com o fim da guerra e decorridos 4 anos, Jorge volta ao Rio de Janeiro. No entanto, muitas coisas aconteceram no período da sua ausência. O cenário não é mais o mesmo que deixou 4 anos atrás.
Casamentos arranjados, amores proibidos e jogos de interesse compõem esse livro, retratando a sociedade contemporânea ao autor.
Uma história simples, de narrativa fluida que envolve o leitor do início ao fim e que conta com grandes reviravoltas.
Machado de Assis é genial e escolher qualquer livro dele para ler é ter a certeza de leitura excelente.
Fernanda 25/07/2022minha estante
Esse ainda não li. Estela é a Iaiá Garcia?


Natália 25/07/2022minha estante
Estela e Iaiá são personagens diferentes. É um ótimo livro.


Fernanda 25/07/2022minha estante
Eu acho incrível como mesmo os romances românticos do Machado já traziam alguns detalhes do realismo, como estereótipos humanos bem mais realistas do que idealizados.


Natália 25/07/2022minha estante
Exatamente, Fer. Os romances românticos dele têm essa característica única. Ele tem um estilo próprio. Eu sou apaixonada por Machado.




anniely1 12/08/2024

Arrghhhh não sei o que dizer. odiei o final. mas esse livro é TÃO machado de assis que não posso dizer que não esperava. sei lá ???

esse livro é mais uma lição de que orgulho não leva ninguém a lugar nenhum ?
Vinicius De Miranda 05/10/2024minha estante
O final me parece bem com as características romanescas da época mesmo.. porem essa Estela é um pé no saco kkkkkk No fim terminou ela e seu orgulho?


anniely1 27/10/2024minha estante
falou tudo pqp xinguei tanto ela enquanto eu estava lendo, orgulhosa demais


Vinicius De Miranda 31/10/2024minha estante
kkkkkkkkk




MatheusPetris 22/04/2021

Na Efígie do Tempo
“Hoje, que o temporal do Destino do Passado
e sobre o meu Presente espessas sombras lanças,
fulgure ao menos meu Futuro, iluminado
por ti, pelo que é teu, na mais doce esperança.”
- Edgar Allan Poe (Hino)

Neste quarto romance Machadiano, seus contornos estão nitidamente mais profundos. Sabendo-se amplo, parece abrigar cada um dos romances predecessores, amalgamar certas personagens, como também fecundá-las em novos espécimes. Será mesmo que encerra uma fase? Existiram fases? A questão aqui, não será essa. Se a coloco, é pela inquietação de discordar de certas categorias “didáticas”, facilitadoras, embalsamadoras. Seus romances são um continuum, avançam, se embrenham enquanto crescem. Machado não deixa espaço para o enciclopedismo. Se o definem, ele rompe as definições. Se, IaIá Garcia (1878) tem um enredo romântico, não se limitará a passear por essas reflexões, mas, partirá delas para chegar num mais além.

Sem mais delongas, vamos ao caso. O tema que perpassa todo livro, e que tomará proporções elementares próximo à sua conclusão, é o do tempo. Pensemos, num primeiro momento, nas digressões do narrador. Ainda que timidamente utilizadas nesse romance, já nos revelam seu caráter embrionário, que irá fulgurar e chegar ao zênite em Dom Casmurro. O corte na cronologia narrativa, nos revelam as marcas do passado das personagens; invadem o presente da narrativa para caracterizar suas dores e angústias. Pouco a pouco, a densidade das personagens vai tomando ares (quase) metafísicos.

Em diversos momentos o presente é contemplado, ou, melhor dizendo, observado cruamente; as personagens entrecruzam olhares. O narrador também observa, oculta certos diálogos, o não dito vigora em vários diversos planos. Se a narrativa fica suspensa, é pela força de suas personagens. Em comparativo aos romances anteriores, sua narração é cada vez mais sutilmente construída, dá cada vez mais espaço aos silêncios e é pautada cada vez menos em diálogos. O narrador ganha cada vez mais força, a ficção brota de todas as entranhas.

Os questionamentos do narrador, um perguntador inveterado, não só movimentam as personagens, como refletem sobre a vida. Se personagens contrastantes tentam exercer sua autonomia enquanto “cada um deles falava língua diferente”, é também que “essas duas forças, uma de impulsão, outra de repulsão, tendiam a esbarrar-se, no caminho de seus destinos.” Como Machado avisa no apêndice de Ressurreição, do qual já escrevi sobre, é através destes contrastes que se desenrola sua trama. Algumas vezes, eles esbarram-se, em outras, afastam-se.

Personagens em constante fuga. Fogem dos próprios sentimentos. Algumas por orgulho, outras por temperança, comodismo… Todavia, uma das grandes questões nesse embate soturno e solitário, está nas sombras do passado. Estela é aquela que representaria tal força temporal, onde guarda chagas indeléveis. Se dissimula, não é apenas para ocultar seus verdadeiros sentimentos a sociedade, mas para si própria. Porém, seu ar de impassibilidade, acaba por desvelar seu interior. Nem tudo passa despercebido pelos olhos do seu círculo. Principalmente da enfant terrible, IaIá Garcia, a força que dá o nome ao romance. Esta, que representa o fogo do presente (que deseja queimá-lo, para alcançar o futuro), também teme o passado, sente ciúmes daquilo que foi. Ela se sente perdida, violada, cada vez mais confusa, ao cabo que “o mistério do futuro unia-se ao mistério do passado; um e outro podiam devorar o presente, e ela receava ser esmagada entre ambos.”

No meio de uma floresta, perseguidas pelas sombras do passado, atormentados pelo futuro obscuramente nublado, as personagens caminham receando apalpar qualquer fruto; elas, também são atormentadas pela morte e, se num momento é posta como uma ameaça, no outro sucumbirá em tragédia, gerando assim, inevitáveis escolhas.

Só nós e o narrador sabemos tanto. A verdade continua — se é que ela existe — ensimesmada em seus possuidores. Respostas concretas aos anseios e dúvidas? Não serão dadas, continuarão no passado. Entretanto, o sofrimento de uma vida infeliz, impedirá o sofrimento de outra. O orgulho transmutou-se em amor ao próximo. “Se eu sofri, você não sofrerá”, frase que poderia ser pronunciada por Estela, mas que se restringe a este texto.

Posto isso, se o desenlace final é envolto de hesitações, é pela congruência de tanta dissimulação, de tanto cálculo, como também, de tantas dúvidas. Seja em aparência, ou em realidade. Aos olhos de cada personagem (e também do narrador), a desconfiança é uma cicatriz palpável. O final no cemitério, se ajusta à última frase do livro: “Alguma coisa escapa ao naufrágio das ilusões.”
Gaja Rocha 20/02/2024minha estante
Que escritor era esse tal Machado de Assis!


MatheusPetris 21/02/2024minha estante
O nosso maior!




rebeccavs 03/03/2020

Criei bastantes expectativas?
Ao meu redor, Iaiá Garcia é um romance tão famigerado quanto ?Dom Casmurro? e ?Memórias Póstumas de Brás Cubas? (outros dois romances do mesmo autor), então esperei uma estória incrível.


A princípio, o polígono amoroso entre os personagens é interessante, todavia não achei bem formulado ao desenrolar da trama. O começo é instigante, mas já na metade do livro perdi a vontade de prosseguir a leitura - e só o fiz por curiosidade do final.


Infelizmente, criei bastantes expectativas acerca da respectiva obra machadiana e me decepcionei.


O contexto histórico concernente ao Brasil do século XIX e sua relação com a Guerra do Paraguai, trouxeram, a partir disso, características socioafetivas graças à vida amorosa dos personagens, ressaltando um ponto muito importante no livro.


O final, realmente, surpreendeu-me. Entretanto, ao analisar a obra devidamente, concluí que não me agradou, pois a leitura foi, na minha concepção, maçante.


O Bruxo do Cosme Velho é genial, mas não vou atormentá-lo por uma obra que não gostei. Seus romances têm uma relação sociopolítica e cultural imprescindível para nossa rica literatura, a qual ele contribuiu demasiadamente.
Sâmi 07/03/2020minha estante
Não gostei do livro também não... Achei que o final poderia tomar outros rumos quando na verdade só foi a execução do plano de Iaiá... Entretanto , é um livro que abordou conflitos interessantes ... ( Já sabia que você n ia gostar rs)


rebeccavs 07/03/2020minha estante
Cômico da tua parte! Achei o livro a mesma coisa!




Gláucia 18/03/2011

"Eu uso óculos"
O livro em si não foi inesquecível, faz parte da fase romântica do autor e aborda a ambição, o desejo de ascenção social, temas quase sempre presentes em seus livros.
Para mim, o livro foi marcante por dois motivos: por ter sido meu primeiro Machado de Assis e por ter sido o primeiro livro que li ao começar a usar óculos, estava na sétima série. Jamais me esquecerei da alegria ao passar a enxergar as letras mais graúdas e nítidas e descobrir que o colorido do mundo era maior do que eu me acostumara a ver.
Marta Skoober 23/03/2011minha estante
Gláucia, também foi um dos primeiros livros que li, mas acho que eu já usava óculos há mais tempo. Lembro que comecei a usá-lo na primeira ou segunda série. Agora mesmo estou indo à ótica buscar os novos, para variar o grau aumentou.
E eu tenho a mesma sensação: um mundo mais nítido e colorido.




Nessa 07/07/2022

Melhor título: Estela
Logo no começo do livro noto que Iaiá não deveria ser a protagonista . Não gostei da personagem logo de cara , não sei dizer se é por ser mimada , mas não me agradou.
Estela já logo de cara me chamou a atenção por sua personalidade forte e orgulho. Este orgulho que impediu que vivesse o fogo do amor que tanto queria.
Queria-o , nas sabia suas condições sociais e sabia que o fogo do amor apaga.
Ouvi o audiobook, com uma narração muito boa.
Romance gostoso de ser lido e ouvido.
Clara Vellozo 04/09/2022minha estante
Concordo com o melhor título ?




isa.dantas 30/03/2017

Romance que começa meio morno, mas que termina como um romance "romanzudo", e nos faz questionar se a personagem principal faz jus ao título...
Nívia 06/04/2017minha estante
Nossa, sim! O livro é todo de Estela




Wesley 21/02/2012

O inicio é bem massante, como todos os romances mais romantescos pra mim. Com o passar do livro eu fiquei esperando uma reviravolta tipica machadiana que não ocorreu, do meio em diante a narrativa vai ficando detalhista ao melhor estilo Machado de ser, os personagens antes apenas peças de um romance comum vão ganhando profundidade e se torna uma leitura altamente agradável, Não tem grandes momentos mas tem ótimos diálogos e reflexões tipicas do autor. Serviu para que eu confirmasse o apresso do autor pelo livro Macbeth de Shakespeare (é o segundo livro de machado que vejo uma citação a esse outro). Obrigatório pra quem gosta de literatura.
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Lina Angelica 04/03/2013

Leitura 1
De todos os livros que li de Machado de Assis, esse foi o que mais gostei. Sem muito do realismo que caracterizou a obra do autor.
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Davi1488 12/09/2024

Uma aula de Romance
O Início instigante da maravilhosa obra machadiana, cheia de vocabulários e de detalhes. A obra cumpre tudo o que promete, iniciando do Pai de Iaiá, e resumindo sua vida tão bem, a maravilhosa obra de Machado é puramente literatura e é belíssima. A história nos traz não só a superfície, mas verdadeiramente a alma das personagens. Tendo um fim digno, porém, acredito eu não a altura de Machado. Dito isso, o primeiro livro machadiano que li, verdadeiramente o melhor livro de romance que li.
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Mauricio186 17/01/2016

O Rio de Machado
Como em Helena, a principal virtude desse trabalho me pareceu a própria narrativa. A nova protagonista não é tão cativante quanto fora a anterior, mas no conjunto os personagens são muito interessante. Luís Garcia me parece a primeira personagem que nos lembra o próprio autor - hábito machadiano que se desenvolverá com o tempo. Além, disso, nesse romance a própria cidade começa a se revelar como a maior personagem machadiana de todas.
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Cinti 09/02/2016

Amor frustrado por preconceito social
Uma história de amor frustrado pelos preconceitos da sociedade. Jorge não pode se casar com Estela por questões sociais e quando volta da guerra descobre que ela se casou com amigo dele. Esse amigo tem uma filha, Iaiá, que o adora acima de qualquer coisa na Terra e por isso ao desconfiar dos sentimentos de Jorge por Estela resolve armar uma maneira de impedi-los de ficar juntos, porém acaba presa na própria armadilha...


site: https://www.youtube.com/watch?v=xGRM6OovJ0U
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