spoiler visualizarSabryna 20/03/2018
Conto de Escola - resenha
O conto “Conto de Escola”, de Machado de Assis, retrata um acontecimento que ocorreu numa escola no Rio de Janeiro em 1840. A história tem como personagem principal Pilar, que inicialmente em uma segunda-feira fica indeciso se vai brincar no morro ou no campo, assim, finalmente resolveu ir à escola. Ele era um bom aluno, sempre era o primeiro a terminar as atividades e o seu pai sonhava em vê-lo comerciante. Ao chegar à escola subiu bem devagar para não ser ouvido pelo mestre e ainda assim conseguiu chegar a tempo antes dele. O professor era muito rígido e tinha um filho chamado Raimundo, o qual cobrava bem mais que os outros alunos, entretanto, caso não tirasse notas boas, ficaria de castigo. Raimundo tinha dificuldade de aprender as coisas. Um dia na aula do mestre, pai do jovem que tinha certo bloqueio, o mesmo oferece para Pilar uma “pratinha” e troca que lhe ensinasse a lição que deveria fazer. Apesar de alguns impasses e até mesmo a duvida, Pilar resolve aceitar e instrui o garoto. Entretanto, eles não esperavam que o Curvelo, colega de classe de ambos, estava observando e percebendo tudo e já que tinha uma mente cruel e malvada iria contar, pouco tempo depois, tudo ao professor, que por sua vez parecia totalmente entretido ao ler o jornal. Sendo assim, após receber algumas informações de Curvelo sobre o que havia acontecido, o mestre chama os dois para ir à sua mesa, solicita a “pratinha” e Pilar, sem pensar duas vezes, joga pela janela. O professor considera isso como corrupção (suborno) e castiga os dois com doze “bolos” de palmatoria na mão. Os meninos se sentiram envergonhados e coagidos após o ocorrido. Pilar se deparando com aquela situação resolveu que iria brigar com Curvelo fora da escola para se vingar do que ele tinha feito, porém na hora da saída não o encontrou, entretanto, foi para casa. No outro dia, Pilar segue atrás da moeda que havia sonhado que iria encontrar, mas é fascinado por um batalhão de fuzileiros e decide acompanhá-los, indo parar na praia da Gamboa. O garoto, entretanto, retorna a casa sem a “pratinha” e sem arrependimento ou rancor. Em suma, nota-se que o texto expressa qual foi a primeira experiência do garoto com a corrupção, ou seja, infringir as regras. Fazendo uma correlação com a nossa sociedade contemporânea, é notável que é o que realmente acontece, normalmente tudo começa de quando somos crianças e ao longo do crescimento as coisas só se intensificam.