A Mão e a Luva

A Mão e a Luva Machado de Assis
Machado de Assis




Resenhas - A mão e a luva


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Gabriel Leite 04/09/2012

É legal como o Machado consegue ser romântico sem ser retardado. A mocinha não é uma lesma, como a maioria das mocinhas do gênero são, e o enredo, se não surpreende, pelo menos vem cheio de ótimas frases.
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Gigi 16/08/2012

Romance
Um excelente livro, possui características do período do romantismo mas com a identidade de Machado de Assis já demonstrada nesse livro, características como a caracterização do ser humano como, sendo um ser de interesses, avarento, invejoso. Descrição dos personagens em seus traços psicológicos. Muito bom pra quem curte literatura Machadiana, e pra quem não gosta, bem, não sabe o que estar perdendo!
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Dani 05/06/2012

Excelente livro de Machado de Assis, mostra bastante a transição do autor entre a fase romântica e a fase realista. O final é fantástico e bem criativo, casa perfeitamente com a história e mostra toda a genialidade desse grande autor brasileiro.
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Ed Siqueira 19/07/2011

Afinidades eletivas em versão nada romântica
A trama narra as paixões em torno da jovem Guiomar, moça que é bem o oposto da Emma Bovary de Flaubert, não se entusiasmando com rompantes amorosos de uns ou galanteios exagerados de outros. Resta saber se Guiomar será indiferente a todos os homens ou surgirá, para sua mão, uma luva que corresponda.

Neste romance, Machado investe mais na complexidade das personagens que no anterior ("Ressurreição"). Ainda é um texto curto, mas que já apresenta o bom humor característico do narrador analisando as aventuras (e desventuras) de suas crias.

É um bom livro, nada espetacular, mas vale a visita.
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Mara Islanne 30/11/2010

Me apaixonei por esse livro, pela história. O estilo romântico é meu preferido, e esse possui características da 2° geração do Romantismo, que eu amo de paixão. Amor e morte, amor não correspondido, o sofrimento exagerado por não poder ter em sua vida a quem tanto ama.
Amo a personalidade de Guiomar, ambiciosa, calculista, racional... queria ser assim.
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José Martino Escritor 17/10/2010

Sobre "A Mão e a Luva"
O romance A Mão e a Luva, da mesma maneira que Ressurreição, não apresenta grande movimento ou peripécias; antes, o autor procura analisar as personalidades de dois ambiciosos, Guiomar e Luís Alves. A moça, órfã desde os treze anos, mora com sua madrinha, tratada no romance apenas por baronesa, numa chácara vizinha à casa de Luís Alves. Além deste jovem advogado, Guiomar é cobiçada também por outros dois rapazes, Jorge, sobrinho da baronesa e Estevão, amigo de Luís Alves. Mas nenhum dos dois é capaz de tocar o coração da jovem. Ambiciosa, ela deseja o amor, mas o amor de alguém que pudesse elevá-la de sua posição de moça pobre, que mora de favor com a madrinha:

“Ela queria um homem que, ao pé de um coração juvenil e capaz de amar, sentisse dentro em si a força bastante para subi-la aonde a vissem todos os olhos.”

O sonho da baronesa é que a afilhada se case com seu sobrinho, Jorge. Tanto este, quanto Luís Alves, pedem a moça em casamento e a baronesa lhe afirma que ela deve escolher entre os dois. Para não se mostrar ingrata à madrinha, Guiomar diz que prefere se casar com Jorge, contrariando seu coração. A baronesa, porém, percebe que o desejo da menina é outro e lhe conta que se sentirá feliz qualquer que seja a escolha dela. Assim, o romance termina com o casamento de Luís Alves com Guiomar, o ajuste perfeito daquelas duas ambições:

“Guiomar, que estava de pé defronte dele, com as mãos presas nas suas, deixou-se cair lentamente sobre os joelhos do marido, e as duas ambições trocaram o ósculo fraternal. Ajustavam-se ambas, como se aquela luva tivesse sido feita para aquela mão.”

Durante a vida do escritor, A Mão e a Luva contou apenas uma reedição, no ano de 1907. Curiosamente, o romance teve pouquíssima repercussão na imprensa, saindo apenas uma ou outra nota em A Semana Ilustrada e em O Mequetrefe. Como o livro fazia parte de uma coleção intitulada “Biblioteca do Globo”, parece que a concorrência não quis divulgar o romance em suas páginas.
A única crítica a respeito de A Mão e a Luva, que pode receber este nome, não saiu no Brasil, mas em Nova York, na revista Novo Mundo, editada por José Carlos Rodrigues. Assinado por Araucarius, que encobria o nome do cônego Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro, professor do Colégio de D. Pedro II, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e que em 1871 havia presenteado Machado de Assis com trinta e nove grossos volumes da Revista daquela instituição, este artigo não era muito simpático ao romance de Joaquim Maria:

“Mostrou-se ainda uma vez o ilustre romancista esmerado cultor da forma, mantendo os foros dum dos nossos primeiros estilistas; a substância, porém, não condiz com esse primor externo; visto como não parecem estar nas notas do seu diapasão temas de longo fôlego. Fracos são os caracteres; a urdidura, despida de interesse comovente; a ação, fria; e o desfecho, intuitivo desde o primeiro ato.”
sonia 19/05/2013minha estante
muio interessante as informações históricas - a crítica de NY.




Pseudokane3 10/10/2010

Glupt!
Tenho a mania de deixar o capítulo final dos livros que leio para ler em separado, depois de realizar atividades cotidianas que sirvam de cotejo com as ações vivenciadas (e com as quais tendo a me identificar) nos livros que leio... Poucas vezes esta opção foi tão prenhe de sentido extra-simbólico quanto aqui... O capítulo final, "Conclusão", é um tapa doce em minha cara, combinando a maciez da luva e a ternura da mão de que falam o título... Lindo! Mesmo que seja o romance machadiano que mais tive dificuldades para me manter entretido, é genial e interpelativo, como só este autor sabe fazê-lo!

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Andréa 14/03/2010

Mulheres as vezes são mais que só coração
Depois de conhecer Helena, a mais pura representação da alma romântica, eis que me aparece Guiomar, jovem fria e ambiciosa, onde o sentimento parece não tocar o coração, mesmo que este esteja humilhado a seus pés.Essa foi minha primeira impressão da personagem, mas no desenrolar da estória pude perceber a clara diferença entre os três pretendentes que disputavam seu amor e não foi com admiração que pude entender o porque de sua escolha. Um sonhador que acreditava que seu amor era suficiente para ser amado; um rico herdeiro que gastava a vida com futilidades e um jovem que acredita em sim mesmo e buscava com seus próprios esforços alcançar o sucesso e o reconhecimento. Todos a vêem como a mulher ambiciosa que pretendia pelo casamento alcançar riqueza e status. Mas discordo um pouco dessa análise pois não apenas o escolhido lhe traria luxo, uma vida confortável e segura, a verdade é que Guiomar procurava mais que isso, ela precisava admirar o homem a quem se entregar, e apenas um dos pretendentes poderia despertar tal sentimento, pois também tinha o mesmo pensamento. Mas não creio que nesse caso a ambição seja um crime, uma vez que o que foi almejado e conseguido, tenha sido sem prejuízo de outros. Particularmente, para amar uma pessoa, antes de tudo preciso admirá-la, não basta que esta me ame, Guiomar era assim, a "razão antes do coração", mas ainda que esteja em segundo plano, o coração também tem seu peso na decisão, o difícil é conseguir atender os dois na vida real.



Nanda 26/11/2012minha estante
Muito boa a sua resenha!


nando 26/11/2012minha estante
Um octógono: ambição X romântico .Vitória da ambição."os mais fortes vencem os menos fortes"...


Aline 05/02/2014minha estante
Amo as persoangens femininas de Machado. Ele sempre cria mulheres incriveis.




Raquel Lima 15/01/2010

O livro é típico romance do início do século XVIII em que a protagonista feminina já desponta com uma postura feminista, apesar do recato social ainda a exigir. O que mais me agradou na obra é a descrição do Rio Antigo. A Avenida Rio Branco é descrito em detalhes te fazendo viajar e confrontar as mudanças.
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Isabellacnc 05/01/2010

Entre fim e finalidade

Inicialmente influenciado pelo romantismo, que rondava ainda sobre a época, ao final do século XIX, Machado de Assis fez em A mão e a luva algo que posteriormente não adotaria. Posto que a obra foi concebida ao começo de sua carreira, tinha uma estética (com razão) não muito definida. No entanto, mesmo precocemente, Machado já demonstrava uma posição sobre algumas de suas características que se firmam mais ao longo de sua carreira, como o notável uso da linguagem sarcástica.
A obra machadiana gira em torno de Guiomar, uma jovem órfã bastante ambiciosa e humilde que decide, de forma determinada, o alcance de seus objetivos materiais, sua ambição pela posição social e fortuna. Durante a trama, ela é disputada por três jovens rapazes com estereótipos tradicionais. Estevão, que faz a linha romântica, é sensível e apaixonado. Entretanto, Machado o apresenta de uma forma ridícula, o que traz em sua aparição na obra, um teor simplista e diminuto. Luis Alves, grande amigo de Estevão, e que, inicialmente, não apresenta interesse por Guiomar, passa a vê-la com outros olhos quando entende o gênio ambicioso da moça. Essa percepção faz com que o jovem compreenda seus motivos, e isso o encanta, pois, é também, um ambicioso puro. Jorge é o tipo pastelão, tem interesse pela moça, mas é de certa forma indiferente. Se a tiver, ótimo, se não, não muda muita coisa. Sua personalidade é vazia e simples, não tem grandes planos de vida e dá, durante a trama, uma sensação de inércia.
Guiomar, que fazia de tudo para agradar sua madrinha, uma rica baronesa, não imaginava que esta preferia, dentre os três, Jorge, que era da família. No entanto, por nunca ter se mostrado ausente ou feito algo errôneo, a velha baronesa confiava e botava créditos no sobrinho, pois era uma boa pessoa. A ambiciosa afilhada não queria se casar nem com Estevão, que aos seus olhos, parecia algo patético, nem com Jorge, em quem não via nada de mais (não era bom nem ruim). Nenhum dos dois despertava a curiosidade de Guiomar, exceto Luis Alves. Para ela, o jovem rapaz parecia misterioso, mas ao mesmo tempo astuto, sabia o que falar e como falar, admirava-o pela sua esperteza.
Entre o desejo do coração e a ambição, Guiomar encontrou em Luis Alves as duas coisas. Um homem que desejava poder social e político, e alguém que a amava pelos mesmos motivos que a fazia amá-lo. A união entre eles parecia a perfeição e, durante toda a obra, já se via esse final. Porém, o intuito de Machado não era criar algo inesperado, mas sim, demonstrar as características de se fazê-lo assim, previsível. A mão e a luva não é o tipo de narrativa em que se observa como os fatos se desencadeiam, mas com que propósito. E o que ele mostra é que entre Guiomar e Luis Alves havia a verdadeira sintonia, o encaixe perfeito que uma mão consegue ao colocar uma luva. Os dois tinham ideais parecidos e iriam lutar por eles, assim como retrata o último diálogo do livro.
O livro veio em formato de folhetim, tipicamente utilizado no século XIX, quando a imprensa brasileira se instalava com força no país. O gênero era muito usual e servia de auxilio às vendas dos periódicos. As obras eram escritas em sequência, e feitas, geralmente, para gerar a expectativa do leitor pelo próximo capítulo. O folhetim atingiu seu auge na segunda metade do século, juntamente quando essa trama surgiu. Não se pode dizer que, por ter sido feita nesse formato, houve diminuição da qualidade machadiana. Mesmo que muitas obras tenham perdido a complexidade que se "exige" em um romance, a obra machadiana não se afetou, sendo vista em A mão e a luva personagens intensos e descrições fortes.
Graças a Francisco de Paula Brito, notório jornalista da época, Joaquim Maria Machado de Assis pôde se estabelecer e criar um universo literário mundialmente conhecido. Paula de Brito foi um grande defensor do Folhetim, da informação e, enfim, do saber.
CamyTom 22/10/2011minha estante
A resenha tá tão impessoal. Parece até que foi tirado de um livro didático.


Marina516 21/11/2013minha estante
Uau! Uma descrição simples e completa da obra.


Lili 17/10/2020minha estante
Ouvi o livro narrado por Viktor D. Salis. Simplesmente perfeito!!! Vale a pena procurar por livros narrados por esse professor universitário!!!


robertallaura 11/12/2021minha estante
Está obra é magnífica, e a forma como você descreveu desperta ainda mais a vontade de reler. Incrível!!




dnl 14/08/2009

vale apena ler denovo!
... um romance inesquecivel.. sem falar a rica história , que só Machado tem...
eu gostei...
sonia 19/05/2013minha estante
em se tratando de Machado, as releituras são obrigatórias, sempre percebemos algo diferente em uma sagunda leitura.




aquelesuin 30/07/2009

Perfeito!
Embora nitidamente romântico, “A Mão e a Luva” é um romance sóbrio. Mas, longe de fazer do amor o único motivo das ações, o autor compõe personagens complexos, movidos pela paixão, mas também pelo interesse e pela ambição.

O autor narra o romance conversando com o leitor, o que o torna mais familiar, explicando cada detalhe com uma singularidade maliciosa.

A trama gira em torno de um caso complicado, mas de solução simples e previsível, de namoro dentro dos mais rigorosos esquemas burgueses. Com um quê quede pessimismo ao mesmo tempo em que rege uma desilusão com o caráter humano.
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Denise sl 12/06/2009

Eram dois belos moços, Luís Alves e Estevão; cursavam a Academia de São Paulo, o Luís estava no quarto ano e Estevão no terceiro. Conheceram-se na Academia e ficaram amigos íntimos, mas de espíritos diferentes.

Com muita ajuda do amigo Estevão conseguiu temporariamente esquecer de todo o episódio, com relação a Guiomar e foi para São Paulo e dois anos depois tornou-se bacharel. A bela Guiomar desde muito tempo deixara o colégio e fora morar com a madrinha. E Estevão voltava graduado em Ciências Jurídicas e Sociais.

....
é maravilhoso...
eu entrei e sentei em uma das cadeiras que tinha na casa De Luís em frente a praia.. ai..ai.. a cadeira ainda tinha aqueles ruídos quando balançava.

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