Adriano Igor 09/05/2013
Os rumos da vida
A história é tipicamente heroica no começo. Uma família que sofre com seus queridos no meio de uma Guerra. Quando ela finalmente acaba, Martha Claire recebe a irmã, (e a sobrinha) mas seu marido ainda não chegara.
Quando ele chega, parece mudado pela Guerra, o relacionamento outrora tão jovial transforma-se em uma convivência formal até criarem a filha de Justine, Iris. Esta era o mais próximo de uma filha que Martha pudesse ter, afinal amenizava a dor da esterilidade.
Pensando em amenizar o sentimento de ciúmes da sobrinha e de dor ao vê-la sair quando a mãe chegava de Nova York, aceita junto com o marido, Grayson, a criar uma criança entregue pelo médico da região, Cissy, e mais tarde seu irmão (ou não), Buddy.
Já se passaram 17 anos desde a Guerra, mas outra seria travada nesta encantadora família, afinal por um descuido do destino um terrível segredo fora revelado e Martha Claire não poderia perdoar, jamais, sua irmã, seu Marido, e nem mesmo Iris que no contexto se viu obrigada a ir embora com a mãe.
O desenrolar da história não caberá a mim contá-la. Deve ser lido para entender todas as motivações das personagens envolvidas. O que é certo é que não nos arrependemos em ler a história, entretanto o arrependimento pode vir, inconsciente, ao compararmos o livro com nossa própria história.
"Todos vivemos sob pilhas de culpa" não é uma errônea para Iris e Cissy, nem mesmo para nós.
Mais que uma boa história, uma reflexão sobre os verdadeiros valores de família, arrependimento, amor e perdão o espera.