A morte de Ivan Ilitch

A morte de Ivan Ilitch Leon Tolstói




Resenhas - A Morte de Ivan Ilitch


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Júlia 06/11/2024

" Como tudo deve ser "
Meu Deus...que LIVRAÇO!!!
Impressionante como em uma obra tão pequena o autor foi capaz de escrever uma put@ crítica para a sociedade contemporânea e até mesmo a passada.
Ivan Ilitch viveu sua vida inteira no modo automático, fazendo tudo "como deveria ser", escolhendo aquilo que a sociedade via como correto...e quando chegou no fim de seus dias, percebeu que nunca escolheu nada de fato e de verdade, como se sua vida não tivesse realmente valido a pena...e porr@...escrever um livro sobre isso é GENIAL.
Eu penso MUITO sobre esse assunto então não teve como eu não me apaixonar por essa história, mas de fato não é fácil. Por ter sido publicado a mais de 100 anos atrás, a escrita é muitas vezes densa, arcaica e pesada. O desenvolvimento da história é triste em várias partes e você chega a ler com o coração na mão, porém é tão fascinante e te prende de uma tal forma que dá vontade de devorar o livro por completo.
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Sabdeluz 06/11/2024

A verdadeira morte
O que adianta tentar ter e fazer tudo e ao mesmo tempo não ter nada?! Acho que é sobre isso que o livro explana, que é a verdadeira morte.

Cada vez mais estamos dentro da cabeça de Ivan, observando chegar pra ele a clareza da sua condição e entendendo suas projeções, também tudo o que levou ele até aquele estado desesperador, porém, incontestável, inegável e verdadeiro.

No começo eu achei que não ia conseguir ler pelos nomes, uma confusão de personagem que ele apresenta logo de cara. Porem, quando adentramos na vida do próprio Ivan, a prosa vai ficando cada vez mais fluida, um fluxo interminável e avassalador.

O livro tem muitas camadas sutis e outras muito significativas, algo que Tolstoi consegue bem sem extrapolar (minha primeira leitura dele). Evidentemente uma crítica a se refletir.

Me surpreendi, fui agarrada na leitura.
Samantha 07/11/2024minha estante
Eu amo esse!




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IsabellaVica 06/11/2024

A Morte de Ivan Ilitch é uma obra impressionante e profunda que me fez refletir sobre temas fundamentais da vida. Escrito por Liev Tolstói, o livro narra a trajetória de Ivan Ilitch, um homem bem-sucedido em sua carreira de juiz, mas que, ao enfrentar uma doença terminal, começa a questionar as escolhas que fez ao longo de sua vida.

O livro explora o conflito entre a superficialidade e as questões essenciais da existência. Ao longo da narrativa, percebemos como Ivan sempre se guiou pelo que a sociedade considerava "correto", buscando status e segurança, mas negligenciando o que realmente importava para ele. Isso me fez refletir sobre como muitas vezes nos deixamos levar por convenções e obrigações, esquecendo de nos perguntar se estamos, de fato, vivendo uma vida que nos traz significado.

Outro ponto que me marcou foi o processo de sofrimento e aceitação pelo qual Ivan passa. Tolstói retrata esse momento de maneira tão realista e sensível que é impossível não sentir a angústia do personagem. É como se, através dele, nós também fôssemos forçados a encarar a nossa própria mortalidade e a pensar em como estamos vivendo.

Achei a leitura intensa, porém enriquecedora. A prosa de Tolstói é envolvente, e ele não nos deixa sair ilesos da leitura. No fim, Ivan encontra paz ao reconhecer o que realmente importa, e isso deixa uma mensagem poderosa sobre autenticidade, amor e conexão humana. Recomendo muito esse livro para quem deseja uma leitura introspectiva e que realmente faça refletir sobre a vida e o que estamos fazendo com ela.
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laysabalbi 06/11/2024

Um livro sobre a morte.
Como de costume, tem aquela aura de melancolia.

conta a história de Ivan, um homem que esteve buscando cargos melhores e salários melhores, visto que trabalhava muito.

no meio do caminho, se casa! desse matrimônio resultam dois filhos. ele narra que o casamento era tranquilo, mas após a primeira gravidez da mulher, ela começou a ficar mais "rabugenta" e ele, para ignorar, fugia para o trabalho.

no fim, após suas festas para a nata da sociedade, jogando cartas em sua casa decorada com muita exigência, ele começa a sofrer de uma dor e um gosto amargo na boca.

passam meses e ele piora, enquanto os médicos não conseguem descobrir a causa efetiva de sua dor. por conta disso, é a vez dele se tornar uma pessoa "rabugenta". não tolera a presença da família em seu quarto, pois não quer que sintam pena dele. que sofram por ele.

sua única companhia (que ele não recusa) é a de um funcionário, que segura suas pernas e o ajuda nas necessidades. ele, inclusive, demonstra não querer ficar sozinho! no seu sofrimento, ele se recorda de toda sua vida e percebe o quão infeliz foi, apesar de ter feito tudo certo.

olhando a trajetória em retrospecto, quanto mais se afasta da infância e chega próximo do presente, menos momentos e felicidade restam. e seus últimos dias são assim, o querer voltar pra vida tranquila de antes, no conforto, e perceber que não haviam momentos de felicidade nela.

na minha visão, ele viveu uma vida superficial e mesquinha, se importando com luxos e a companhia somente dos "nobres", uma vez que é narrado que ele e sua família, vão aos poucos, cortando laços com os mais desafortunados. nesse momento final, ainda sim não queria ser visto como pobre coitado por sua família e por outros.

na sua morte, inclusive, é narrado como é uma obrigação (chata) ir à cerimônia.

enfim, é um livro pra terminar de ler e refletir. mas não acho que te passe uma mensagem de "aproveite a vida" e sim de ser menos materialista.
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Carlos.Junior 05/11/2024

8/10
?A Morte de Ivan Ilitch? é um clássico russo escrito pelo renomado autor Liev Tolstói. Nesta novela em específico, somos apresentados ao personagem Ivan Ilitch, um burocrata e juiz russo de meia-idade que vive uma vida confortável e superficial. Ele é casado, tem dois filhos e possui respeito social devido à sua profissão. No entanto, sua existência é vazia e sem propósito. Um dia, durante mais uma reforma em sua casa, Ivan se machuca. O ferimento não parece grave no início, mas vai piorando progressivamente com o passar dos dias. Os médicos não conseguem solucionar a dor que o atormenta, deixando Ivan à mercê de uma existência conflituosa, na qual ele percebe o vazio miserável de sua vida e a inevitabilidade da morte.

Tolstói constrói uma crítica ao sistema capitalista, à espiritualidade burocratizada e ao funcionalismo público exacerbado, nepotista e dominado pela elite da Rússia, que antes da revolução proletária sofria arduamente sob o império dos czares. O livro ilustra de forma clara a perda da fé diante de uma morte horrível e dolorosa. Tolstói explora o subconsciente humano, as ideias de medo e terror, elementos que mais tarde influenciariam Freud em sua construção da psicanálise.

A leitura é obrigatória para qualquer pessoa sem espiritualidade. Eu mesmo, como ateu, apreciei a construção final do livro e como Tolstói aborda a morte como fim em si mesma.
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jurdangf 04/11/2024

Desperdiçando potencial
Não sei porque mas, sem querer, acabei selecionando os livros sobre desperdício da vida para o final do ano. esse livro foi muito triste e doloroso de ler. mas foi ao mesmo tempo muito lindo, o jeito que o liev consegue moldar os pensamentos do ivan, nos seus últimos momentos de vida e lucidez. vou ficar pensando sobre isso durante alguem tempo, espero que me sirva para viver melhor.
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Neylla.Oliveira 04/11/2024

Longa leitura
Longa leitura, mas não que o livro seja difícil ou ruim, mas é extremamente denso. As vezes eu levava um minuto pra ler um parava e passava 15min pensando sobre ele e como se encaixava na minha vida ou na de conhecidos. Incrível
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Lara 04/11/2024

Para uma história tão curta ela realmente é uma paulada e levanta muitas reflexões sobre vida, morte e que tipo de vida vocês está vivendo e porque.
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Henrique 04/11/2024

A Morte de Ivan Ilitch ? Comentário
Não há exatamente um culpado, talvez a edição, o tradutor, ou até mesmo a obra. Pareceu-me, devo dizer, que a descrição atrelada ao desenvolvimento de sua doença e morte, beira, levemente, a superficialidade, como quem nunca enfrentou a angústia de constantes pensamentos sobre a morte. As reflexões são pouco profundas, não transmitem fielmente os sentimentos e emoções de uma mente perturbada, exausta e adoecida. As conversas internas, a dualidade delirante, aproxima-se de uma realidade vivida, embora vagamente sútil. É, sem dúvidas, a virtude da obra.

Quanto às reflexões sobre as escolhas de vida, embaraços relacionais, status social e a grade artificial de problemas irreais, são trabalhadas de maneira tão simples quanto o próprio vocabulário.

"A Morte de Ivan Ilitch" parece correr contra o tempo, deixando para trás a profundidade fidedigna e admirável da literatura russa.
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Andre.Machado 03/11/2024

70 e poucas páginas de puro soco na cara.
Tolstoi definitivamente estava motivado a nos fazer acordar pra vida...
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Ana Claudia 02/11/2024

Que grata surpresa essa leitura !

Ivan Ilitch morreu!

E para explicar como foi a sua vida até o seu último respiro, voltamos a sua infância e início da sua vida adulta.

Ivan estudou Direito e foi um aluno brilhante. Logo conseguiu um emprego em um ministério do governo russo. Conheceu Praskovia Fiodorovna, quem se tornou sua esposa mais tarde.

Ele achava que poderia achar um partido que está moça, mas lhe parecia conveniente estar com ela. O casamento aconteceu e no início foi tudo lindo até Praskovia começar a brigar com ele por causa do trabalho e pela escasses de dinheiro. Tiveram filhos, perderam quatro deles.

Ivan foi trabalhar em São Petersburgo, ganhando mais, em uma casa com conforto e tudo do bom e do melhor. Ainda assim, Praskovia reclamava..

Ivan começou a adoecer e a partir daí ele passa a refletir sobre sua vida, em que momento ele errou para chegar ao ponto que chegou. Ele lembra da sua carreira, sua família, o amor pela sua carreira que o guiou sempre ao longo de sua vida. Ele não aceita a morte, ele quer viver.

As dores aumentam e ele se depara com a solidão, a amargura, o ódio pela esposa, os arrependimentos. Ele luta com a morte. Luta contra a aceitação da morte.

Um homem de 45 anos que está cara a cara com a mortalidade. Atormentado pelos pensamentos de morte, seus sentimentos oscilam entre esperança e desespero, desejo e desamparo, alegria e escuridão. Ele reflete sobre a solidão, sobre a crueldade do homem, sobre a crueldade de Deus, sobretudo, sobre a
ausência de Deus em sua vida.
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Vitória Pereira 02/11/2024

Crítica gritante! Inesquecível!
Ivan Ilitchi é um homem honesto, trabalhador e que acredita que deve seguir as regras sociais para viver decentemente. Fazendo tudo e sempre esperando a aprovação das pessoas acima dele. Ele busca refúgio no trabalho e é com ele que tenta esquecer o caos do seu casamento. Tudo começa com uma dorzinha que o obriga a enfrentar a própria fragilidade e a própria mortalidade. Coisa que nenhum ser humano gosta de enfrentar.
O seu círculo social, que ele tanto construiu e girou ao redor não estava nem aí para ele. Essa parte, achei muito parecido com o livro "A metamorfose", pois ambos tiveram que enfrentar a solidão, a mor## sem nenhum apoio.

Quando seu estado já está deplorável, Ivan começa a olhar para a sua consciência e percebe que viveu sua vida na base da superficialidade. Ele faz perguntas do porquê e como ele poderia ter vivido diferente, mas infelizmente foram feiras tarde demais e ele não poderia voltar para conserta-lá.

Mostra o quanto somos frágeis, o quanto às pessoas são egoístas e rápidas para se livrar daquilo que ameaça as suas "vidas perfeitas".

O que mais me doeu foi quando dispensou o criado e começou a chorar! Ele só queria alguém que o escutasse, mas todos estavam indiferentes. E ele sabia do destino comum que todos nós temos, mas mesmo as pessoas ousavam viver na mentira.

A relação entre Ivan Ilitch e Gerásim destaca o contraste entre a superficialidade social e a autenticidade humana. Enquanto todos ao redor de Ivan evitam sua dor, Gerásim, seu criado, é o único que o trata com compaixão, dedicando-se a aliviar seu sofrimento de forma sincera. Esse gesto simples revela a Ivan o valor do cuidado e da humanidade, em oposição à busca por status e reconhecimento que guiou sua vida. Gerásim representa a verdade e a compaixão que Ivan só percebe tarde demais, mostrando que, no fim, o que realmente importa são as conexões genuínas.

A pergunta que fica é: o que realmente importa? Dinheiro, fama, reconhecimento, uma vida toda em busca disso se todos vamos morrer um dia?!
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ilovsatlasc 02/11/2024

Esse foi o meu primeiro contato com a literatura russa e acredito que tenha sido uma ótima escolha, a escrita é fluida e pouco complicada! de maneira geral, esse livro trás a tona questionamentos sobre a imensidão do ser e o reconhecimento da solidão em momentos difíceis.
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