Resenhas - A Morte de Ivan Ilitch

sabrina 04/01/2023

Surpreendente.
Antes de iniciar, já sabia de que a leitura se tratava; contudo, ainda assim, fui surpreendida (positivamente) pela maneira como o enredo me atingiu. Para mim, este livro é a representação de uma vida vivida em vão. Ivan Ilitch sempre se preocupara com o que deveria fazer para alcançar o patamar social que lhe era considerado sublime. Porém, tanto se atentou a isto que acabara perdendo tudo que havia para se viver. Acabara sem alcançar o êxito desejado, e partira sentindo-se vazio. A clareza e crueldade com que Tolstói constrói a aflição e o sofrimento do personagem, são agoniantes. A dor não só externa, mas interna. A dor de perceber que tudo que fizera, que passara, vivera; nada possuiu nenhum sentido, afinal.

juliaalves 06/12/2020

Ainda tenho medo de morrer...
"Não existirei mais e então o que virá? Não haverá nada. Onde estarei quando não existir mais? Será isso morrer?"

Creio eu que todo mundo já teve esses pensamentos um dia. Lembrar da finitude humana me angustia, deprime, sufoca. Hoje menos que antes e espero que amanhã ainda menos. Ler sobre o morrer tem ajudado no processo de aceitação da minha condição humana e é sempre enriquecedor enxergar a vida-morte pelos olhos de outros. Até porque, nos outros tantos dias eu esqueço da morte, ocupo espaços nos meus pensamentos, horas no meu dia e encontro outros assuntos nas conversas do cotidiano. Tudo isso uma espécie de proteção mental, pois como a maioria, o lema é passar a vida esquecendo da morte, ou pelo menos tentando. Tolstói nos leva a refletir sobre tudo isso, sobre nossa mortalidade e principalmente sobre a forma que conduzimos nossa breve estadia aqui. O que estamos fazendo no agora? Abra suas redes sociais e veja pessoas em relacionamentos por conveniência (nos dias de hoje, por comodismo); gente que é infeliz no trabalho; vidas sem propósito; Atenção! É preciso encarar a vida e conduzi-la ativamente, para não sobrar apenas arrependimento no fim. E se perdoar pelo ontem como se hoje fosse o seu último dia, afinal não morremos um pouquinho a cada manhã?

"Procurou seu antigo medo da morte e não o encontrou. "Onde está? Que morte? Não havia medo porque também não havia morte."

Wayner.Lima 31/12/2021

Obra breve, mas potente no que se propõe.
Ivan Ilitch, funcionário publico da Rússia pré soviética, morre. O interesse não é a sua morte, mas o processo de perda da vida que faz Ivan refletir sobre sua vida, os hábitos da sociedade e a religião. Impossível o leitor não refletir sobre sua própria vida.

jamilidepaula 26/04/2023

Sobre a vida
Um curta para adentrar aos russos sem medos e descobrir uma reflexão profunda sobre o estado de partida, o perder a vida e as dores de deixar de ser.

Daniel1179 09/03/2023

A morte de ivan ilitch
Gostei das reflexões e das viajadas sobre a morte de uma pessoa simples. Achei meio maçante, sendo bem sincerokkkk. Livro muito bom!!

Pedro.Melo 20/10/2024

Falando da vida através da morte
O livro nos mostra a importância de aproveitarmos a vida e viver aquilo que queremos e com propósito, não somente para agradar a sociedade. Percebemos isso na visão do protagonista de forma melancólica, que vai se dando conta disso a medida que sua doença progride.

Franci 10/05/2021

...
Não sei se esse livro é um clássico
Espero que os outros livros dele não tenham essa mesma construção, pois não consegui criar empatia por nenhum personagem.
Ivan mesmo era um homem extremamente superficial, além de não se importar com a família nutriu um ódio por ela pois a família não tinha o cuidado necessário com a casa como ele.
Na verdade nem consegui terminar achei o livro mais chato que já li

Jaqueline791 17/10/2021

A solidão é uma coisa horrível de sentir.
Da ambição à percepção de uma vida vazia. Essa seria a definição dessa magnífica obra. Com riqueza de detalhes dos sentimentos de um moribundo em seu estado de vida terminal.

Ivan Ilitch é um servidor público, ambicioso e de uma vida medíocre, em que sua única preocupação era o trabalho e seu status social. Que, ao descobrir a gravidade em que sua saúde se encontra, é levado à amargura de uma morte agonizante. "Quando sua própria alma está triste e vazia, até a felicidade dos outros lhe incomoda", acredito que essa frase define bastante o pensamento de Ivan na negação com o seu fatídico fim.

Para ser sincera, não sei o que dizer do livro, só de que foi uma boa leitura, boa mesmo! Que nos faz questionar sobre aquela velha máxima: se estamos vivendo ou simplesmente existindo, porque, ao final, quando a morte vier, vamos nos questionar o rumo que nossa vida nos levou, sobre a nossa trajetória.

Bom, somente recomendo a leitura. Mas aviso que pode se tornar um pouco cansativo alguns pontos, mas nada que não valha a experiência da leitura.

Caetano.Fernandes 26/07/2022

gostei oh. leitura fluida, trouxe uns questionamento e fiquei refletindo o papel do médico e do cuidador para o bem-estar do doente.

paulaferrazp 09/04/2021

?e aquilo que lhe parecia a maior, a mais cruel injustiça contra ele, aparecia aos demais como um caso absolutamente comum?

Mariana113 10/01/2023

?No lugar da morte, havia luz.?
Um breve resumo: o livro conta a história do personagem Ivan Ilitch, com destaque para a sua trajetória profissional e como as suas aspirações influenciaram o rumo que supostamente levou a sua morte. A narrativa expõe aspectos do cotidiano familiar, mas a ênfase sobrecai sobre a deterioração da saúde do personagem principal e suas reflexões sobre a finitude e o sentido de sua existência.

Meu primeiro contato com uma obra do Liev Tolstoi foi fascinante. Trata-se de uma leitura curta, porém narrativa não é tão fluida, fácil ou que prende, mas sem dúvidas é bastante agregadora pois estimula a reflexão.

Os questionamentos levantados pelo personagem em seus momentos finais, as variações entre medo, pavor, esperança e aceitação são aspectos tão comuns e reais que provocam um sentimento avassalador de empatia e autorreflexão.

O que de fato causou a deterioração tão rápida da saúde do personagem? Os seus sofrimentos mentais eram realmente mais torturantes que os físicos? Ivan poderia ter feito algo diferente durante a sua breve existência para receber um fim menos angustiante?

?Em certos momentos depois de um sofrimento prolongado, ele desejava acima de tudo (embora tivesse vergonha de confessá-lo) que alguém tivesse pena dele como uma criança doente tem dó. Ele ansiava por ser acariciado e confortado.?

Juliana JRS 27/10/2020

Esse foi o livro mais angustiante que eu já li até hoje, eu realmente sofri lendo. Brilhante.

AndrA65 28/04/2021

Necessidade.
Ivan é como todos os outros homens, acha-se indispensável para o mundo e reconhece que a morte é uma parte da vida, entretanto a existência peculiar e fadada ao sucesso de Ivan pode passar por cima de uma mera trivialidade como a finitude da vida.
Livro essencial para todos àqueles que, assim como Ivan, não pararam para notar a própria mortalidade.
Particularmente acho uma leitura incrível para jovens a partir de 16 anos.