Inocência

Inocência Visconde de Taunay




Resenhas - Inocência


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Eris 13/12/2019

Ótimo
Inocência é uma jovem sertaneja, que vive no interior de Minas com o seu pai, Pereira, - homem rústico e altamente machista - que já arranjou o casamento da filha com Manecão, que está viajando, mas que promete chegar logo para o casamento com a doce e ingênua protagonista.

Um dia, andando pelas estradas do campo, Pereira conhece Cirino, um homem da cidade, que trabalhou algum tempo em uma farmácia, e acabou adquirindo alguns conhecimentos medicinais, passando a atuar como uma espécie de curandeiro, a quem Pereira acolhe para uma estadia em sua casa, pois, Inocência está doente, de cama, e um "médico" poderia ajudá-la a recuperar a saúde...

O que Pereira não contava, era que sua filha e Cirino se apaixonariam perdidamente, e o casamento com Manecão já não fazia mais parte dos planos de Inocência, que vê-se perdidamente rendida aos encantos de Cirino.

Nesse meio tempo, surge Meyer, um colecionador de borboletas, que também é acolhido por Pereira, a pedido de um irmão que vive distante, porém, é deste que Pereira desconfia das intenções com Inocência, passando a persegui-lo e odiá-lo. Porém, alguém sabe da verdade, e isso pode colocar em risco a vida de Inocência e Cirino.

A obra mostra o quanto o preconceito da época era forte, onde as mulheres eram vistas como objetos, não podendo sequer protestar a vontade do pai, ou mesmo dos noivos arranjados. Onde Pereira preferia ver a filha morta a casada com outro, senão o prometido.

A obra é maravilhosa, nos fazendo refletir sobre os preconceitos que ainda permeiam o sexo feminino, e destruindo nossos corações com um final trágico e arrebatador.
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Catarina 15/11/2019

Uma aventura!
Eu definiria a leitura de “Inocência” somente com uma palavra: aventura. Imagine uma escalada, cheia de pontos altos e baixos, mas que a vista compensa toda a dificuldade do trajeto.

Pois bem, digo tudo isso porque cogitei seriamente abandonar o livro por causa dos capítulos iniciais. Se você tá com esse problema também, ouve meu conselho e não desiste da leitura não, do meio para o final o livro se transforma. Os primeiros capítulos, até o 5 mais ou menos (ou seja, 20% do livro), são insuportáveis, parece que o autor escreveu um bocado de abobrinha inútil e sem sentido. Agora, a partir do momento que Inocência aparece a história toma um rumo bem no estilo Romeu e Julieta com o amor proibido, fica muito mais interessante, te garanto!

Não vou me estender muito no resumo da história porque isso você provavelmente já leu na sinopse, mas basicamente a história de “Inocência” é uma mulher que já está prometida para casar com Manecão, o noivo que ela nunca viu na vida. Só que ela contrai uma doença e por causa disso precisa ficar aos cuidados de Cirino, o médico por quem ela acaba se apaixonando. O relacionamento dos dois é proibido, pois ela já está prometida para outro e o desenrolar da história é basicamente isso, um casal de apaixonados lutando para construir um relacionamento impossível.

Um dos capítulos que mais me chamou a atenção foi o XXVIII – Em casa de Cesário, pelos seguintes trechos que vou destacar aqui:

1) “Uma menina como ela não sabe o que lhe fica bem ou mal... Ninguém a vai consultar. Mulheres, o que querem é casar. Não ouviu já o patrício dizer que elas não casam com o carrapato, porque não sabem quem é o macho.”

2) “Mulher é para viver muito quietinha perto do tear, tratar dos filhos e criá-los no temor de Deus; não é nem para parola-se com ela, nem a respeito dela.”

Perceberam que a mulher é tratada como um objeto cuja única função é servir e nada mais. Antes que os estudiosos de plantão venham gritar comigo, eu sei que era costume da época, mas o questionamento que eu quero fazer não tem nada a ver com isso. Inocência foi escrito em 1872, será que quase 150 anos depois a sociedade atual, dita como “evoluída”, evoluiu alguma coisa disso? Gosto de acreditar que sim, mas todo dia provam que não, veja o exemplo do rapper T.I que checa constantemente a virgindade da filha. É algo para refletir...

No mais, é uma história bem legal com um quê de Romeu e Julieta tupiniquim que vale muito a pena ser lido. :)
@katpinheirolivros


site: https://www.instagram.com/katpinheirolivros/
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Valério 19/02/2019

Leitura leve e agradável
Inocência, a filha de Pereira, um mineiro cabreiro e receptivo, dá o título do livro que é sensacional para visitarmos os costumes e cultura do século XIX no Brasil. O livro foi escrito em 1872 e demonstra a forma que as mulheres eram tratadas, como era a vida dos viajantes pelos rincões brasileiros e termos e gírias próprios da época.
Além disso, traz humor em boa medida.
Eu viajei para a época. Dei largas risadas com o Sr. Pereira. Torci bastante por Cirino.
A história toma contornos de tragédia, agravando-a.
Um livro imperdível e, sem dúvida, muito pouco divulgado e valorizado.
Delicioso de ler.
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Lucien.Vitor 02/01/2019

Um mergulho raso,e bem agradável,à cultura sertaneja.
Em primeira análise,julgando o livro pelo período que foi escrito,durante o romantismo,junto ao enredo dramático(enfim,pela capa),pensei que seria um livro tipicamente melodramático e no máximo bonzinho.Ao iniciar a leitura,em que lhe é introduzido de forma detalhadíssima os sertões,as expectativas são abaladas e José de Alencar,de cara,fica para trás diante daquele mundareu de palavras que parecem estar ali apenas para abalar o psicológico do leitor,engana-me.Esse início,assim como ao longo narrativa,com forte teor coloquial,consegue fazer quem lê,o branco burguês na época,habitue-se sem prejuízos(ou pelo menos ature) à cultura sertaneja,conhecendo as várias visões de mundo(liberal da cidade x sertanejo conservador)representadas pelo núcleo de personagens.A leitura passa a ser fluída e instigante,ainda antecipando os traços do realismo ao criticar,de forma bem natural e encaixada,o patriarcalismo e abrindo outros temas para discussão,como ciência,fé e política,pecando,apenas,ao meu ver,no uso de clichês românticos de forma exagerada,o que diminui a identificação do público com os dois protagonistas da trama,Inocência e Cirino.Mas,retirando esse detalhe,o texto é muito interessante e enriquecedor,valendo a pena ser lido.
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@fscherer_ 23/12/2018

Complicado, porém, recompensador..
NÃO DESISTA NO PRIMEIRO CAPÍTULO!! Vale a pena depois, garanto!!!
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Leila de Carvalho e Gonçalves 11/07/2018

Romeu E Julieta Sertanejo
nocência" é um romance de cunho regionalista, escrito por Alfredo d'Escragnolle Taunay. Publicado em 1872, retrata os costumes e as pessoas do sertão sul-mato-grossense, tendo como pano de fundo a cidade de Paranaíba.

A descrição desse cenário é o resultado da rigorosa observação do próprio autor, um militar que percorreu todo esse território e soube reunir em perfeita harmonia, ficção e realidade, algo raro no panorama literário da época.

Com o Romantismo em decadência, alguns estudiosos consideram o enredo dotado de traços naturalistas por conta da caracterização do homem como produto do meio, isto é, as personagens agem de acordo com a vida que levam.

A história relata o amor impossível entre um médico ambulante, Cirino, e sua paciente, Inocência, que está prometida ao rude vaqueiro Manecão, pretendente escolhido por seu pai, um homem severo e conservador que acredita ter tomado a decisão certa.

Taunay desenvolve a narrativa, fazendo uma severa crítica ao paternalismo rural. Curiosamente, apesar de tratar desse idílio com um tom melodramático, as tramas paralelas são bastante verossímeis, inclusive, revelando algumas passagens hilariantes a cargo de Meyer, um naturalista alemão que é hóspede da propriedade. Esse cientista não percebe a mediocridade à sua volta e é considerado uma das personagens mais engraçados de nossa literatura.

Conhecido como "Romeu e Julieta Sertanejo", essa é uma boa indicação para os apreciadores do gênero.
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Joctan.Lira 14/05/2018

Inocência
Ao longo de 154 páginas, Visconde de Taunay conta a curta e trágica história de amor entre Nocência e Cirino.

O enredo é ambientado no sertão de Minas Gerais, onde, o autor descreve minuciosamente o sertão e o povo sertanejo: como vivem, seus costumes, suas crenças, etc. Nota-se, claramente, uma crítica à tal sociedade que vê a mulher apenas como progenitora e cuidadora do lar, sem direito à escolha nem do próprio marido com o qual tem que passar o resto da vida.

Como qualquer clássico, é preciso uma leitura com calma, pois, o livro conta com uma escrita bastante rebuscada. Porém, dispõe de notas de rodapé escritas pelo próprio autor, que facilitam a compreensão do texto. A linguagem dos sertanejos é bem caracterizada no decorrer do texto, no qual, o autor detalha com precisão os usos linguísticos do povo sertanejo.

Um bom livro, uma boa história, porém, conta com um desfecho ruim. Uma obra como essa merecia um final melhor. Mas, apesar disso é um livro muito bom para entender sobre o povo sertanejo da época e, também, para entretenimento. Poderia ser melhor, mas, mesmo assim, é um bom livro.
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Isis.Amorim 23/01/2018

Um extasiante romance regionalista
Esta grande obra, produzida em 1872, retrata o sertão do Mato Grosso com grande maestria - apesar do primeiro capítulo ser difícil de digerir - e ilustra a saga amorosa de Inocência e Cirino, que era um falso médico.
O romance escrito por Taunay conta com uma linguagem coloquial muito presente na fala dos personagens, contudo utiliza-se também da língua culta em todo seu desenvolvimento. O ambiente sertanejo é muito bem esmiuçado, o que traz uma vivacidade imensa a obra, a fim de aproximar o leitor da realidade descrita.
Recomendo este romance a todos leitores, pois é uma narrativa muito envolvente em que os dois jovens desfrutam brevemente de um amor puro e verdadeiro, além de apresentar um final comovente.
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Canal Gostosa Leitura 26/11/2017

https://youtu.be/RR0qmvd0pBY
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Colégio Evolução 22/07/2017

Apresenta uma história que fora escrita em 1872 por Visconde de Taunay e impressa por meio de folhetins que eram dedicados principalmente as mulheres da classe média alta da sociedade desta época, sendo esta obra, de muito sucesso em todo Brasil em meio a uma época em que grande parte da população brasileira ainda era analfabeta.
A história relata o romance proibido de Cirino e Inocência, que se apaixonam em meio ao fato de Inocência já estar prometida à Manecão, o que torna a história bastante intrigante.
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Henrique Fendrich 08/06/2017

Não se assustem com o primeiro capítulo. Insistam que vão gostar.
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Raquel 09/12/2016

Não desista no primeiro capítulo
Não desista da leitura no primeiro capítulo. Ele é tão enfadonho, tão maçante e se arrasta tão, tão, mas tão lentamente, que a vontade é desistir da leitura. Mas não o faça; vale a pena persistir e continuar.

A verdade é que a gente fica meio traumatizado com a leitura do primeiro capítulo e acaba demorando para ler os restantes; mas, parando para analisar, os capítulos seguintes, ainda que escritos em um português de 1872 (ano de lançamento do livro), são extremamente fáceis de ler, compreender, e são até gostosos, daquele tipo que a leitura acontece facilmente, flui bem.

O livro conta a história seguindo o tempo todo o personagem Cirino, como se o narrador-observador estivesse interessado apenas em saber a história tangente à vida do Cirino. Pois bem, o tal de Cirino é um aspirante a médico que calha de ir parar na casa de Pereira, um mineiro bem tradicional (!) que tem uma filha chamada Inocência, a qual é, segundo o narrador, extremamente formosa e bela.

Inocência está doente e precisa de cuidados médicos, os quais Cirino se candidata a tratar. Daí, a história começa a se desenrolar de uma forma clichê, até o aparecimento de Meyer, um alemão naturalista que está no Brasil caçando borboletas e "ancietos" (como diria Pereira sobre insetos). Meyer é um "figurão", que é quase o "Timão e Pumba" da história. Sem ele, acho que a história seria mais sem graça, e nos remeteria bastante à literatura brasileira de amor e sofrimento que estamos acostumados.

Mas Meyer dá um toque de humor, alegria e graça na história, sempre caçando suas borboletas e expressando sua admiração pela beleza de Inocência, o que faz com que Pereira, como um bom e tradicional mineiro, vá à loucura com o nervosismo de ver sua linda filha, prometida em casamento para Manecão, sendo admirada por outro homem, ainda mais um homenzarrão como Meyer.

É uma história gostosa, mas que nos leva traumatizados o tempo todo na leitura por conta do medonhíssimo primeiro capítulo.

É uma leitura que eu recomendo; só não o faço para semana de provas. Recomendo mais para uma semana pós-prova, quando você ainda tem sinapses e neurônios funcionando bem por causa dos estudos, mas precisa relaxar um pouco com uma história "mamão com açúcar".
Henrique Fendrich 08/06/2017minha estante
Puxa, eu acabei de escrever justamente para não se assustarem com o primeiro capítulo =). E vc ainda desenvolveu bem todo o livro.




Thananda 24/11/2016

Romance tosco e tóxico ***com possível spoiler***
Desde já peço desculpas a quem gosta dessa obra. Entendo que cada um tem o seu gosto e muita gente tem veneração pelos clássicos, mas convenhamos: não é muito diferente de hoje. De vez em quando a gente topa com uma porcaria na prateleira, e esse foi o meu caso. Não é porque é um clássico da literatura que eu não vou criticar. Não importa a idade do livro, se para mim ele é ruim, é ruim e ponto. Devido aos problemas pessoais ligados aos estudos, apesar do livro ter 96 páginas, demorei em torno de um mês para terminá-lo. Provavelmente escolhi a pior época do ano pra ler esse tipo de livro. Livros antigos, com linguagem rebuscada, paisagens excessivamente descritas, um processo de " apaixonamento" dos personagens estranhamente detalhado precisa de tempo e uma mente livre de preocupações para ser entendido.
O começo da história demora uma imensidão para engrenar. Os personagens quando finalmente se encontram, se apaixonam de forma ridícula. Chega a ser meloso e bobo até para a própria época (provavelmente foi escrito assim para explicar o nome tosco da protagonista - argghhh). A mocinha se apaixona pelo médico que a cura de uma enfermidade qualquer, mas para sua infelicidade, seu pai já a prometera à um tropeiro da região, o qual ela não tem um pingo de afeição (típico!). Palavra de mineiro não volta atrás, então quer queira ou não o casamento irá acontecer, e os amantes devem correr contra o tempo para encontrar uma forma de ficarem juntos sem que a honra da família da moça seja manchada( pouco provável). A paixão a cada dia maior entre os dois personagens chega ao nível do absurdo, com juras de amor eterno e até morte caso eles não consigam casar um com o outro. Como pode duas pessoas que se conheceram há nem um mês já se amarem tanto à ponto de preferirem a morte do que viverem separados? Sério, até pra época isso foi bem exagerado. Um tanto precipitado, e em último caso, mal escrito.
A única coisa de fato surpreendente na história é o final, que não é convencional e tampouco feliz, pois os dois acabam encontrando um destino trágico (meio melodramático no caso de Inocência).
Bem, cada um com seu gosto. Eu adoro romances, mas romances com pé e cabeça, um bom começo, meio e fim. Um romance mais realista, que à medida que a gente vai lendo, vai se apaixonando junto com os personagens. Infelizmente Inocência não correspondeu às minhas expectativas. Tem muito clássico bom (Senhora ou O Primo Basílio, por exemplo) com um romance mais bem contado, na minha opinião. Ainda bem que o livro foi baratinho, senão estaria arrancando os cabelos da cabeça à essa hora, mas tudo bem, o importante é ler.

Não recomendo :(
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