Terra do Pecado

Terra do Pecado José Saramago




Resenhas - Terra do Pecado


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ManoelaBalbino 17/02/2024

Amei a releitura, consegui reconhecer mais alguns detalhes dessa escrita de Saramago, amei! Recomendo que leiam de coração aberto, pois é diferente de todo o resto só autor
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Marlon.Abel 22/01/2024

A Viúva?!
Primeira obra de Saramago, que nessa altura ainda era muito jovem. Hoje ele não considera esse livro entre suas obras muito por conta do título que ele não gosta mas foi imposta pela editora, e muito também por ser muito discrepante do que seria no futuro a característica literária do português (nessa época ele ainda usava pontuação rsrs).
Apesar de ser uma obra renegada pelo próprio criador, e estar longe da qualidade de um Saramago, já mostrava uma boa escrita e capacidade de colocar o leitor em imersão, mesmo com os defeitos da obra.
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M. S. Rossetti 20/01/2023

Prêmio Nobel de Literatura em 1998
O primeiro romance escrito pelo mestre português. Trama elaborada na sua juventude, portanto muito antes do estilo transgressor (marcado pela ausência de algumas pontuações gramaticais e por temas mais polêmicos).
A grande personagem do livro é Benedita, a serva da casa, que se acha no direito de exigir normas morais quanto ao comportamento da patroa recém-viúva.
Em um primeiro momento, parece um enredo banal. Entretanto, ao se tratar de Saramago, torna-se um intrigado fluxo de consciência da protagonista em relação às outras personagens.
Com o centenário do escritor, nada melhor que ler o livro que deu início à obra desse gênio literário.
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Everton Vidal 05/09/2020

"Lê, é um livro sobre a vontade de transar", (rs) me disse a pessoa que o recomendou, dada a minha relutância em ler o Saramago de trinta anos antes de se tornar aquele escritor cujo estilo foi tão revolucionário em vários aspectos. É que ler os inicios de um escritor que gostamos nem sempre é muito estimulante, ainda mais quando se sabe que é uma obra que ele renegou durante muito tempo. Mas valeu a pena.

Nela encontramos muitos elementos característicos de sua futura produção, como o seu humor sutil e os seus distintivos diálogos metafísicos. Há trechos bem comoventes (como o capítulo sobre a prova de Dionísio) e de maneira geral, os últimos capítulos são muito envolventes.

Estão presentes de forma seminal alguns temas que serão uma constante nos seus romances principais, como a questão da identidade e os problemas sobre a religião e o mal.

Pode ler que é Saramago.
@lusantana.psi 05/09/2020minha estante
Gostei da resenha!


Everton Vidal 05/09/2020minha estante
Muito obrigado Luciana! ?


@lusantana.psi 05/09/2020minha estante
?




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Gustavo.Borba 03/12/2019

Havia um título melhor
#LivrosQueLi



Terra do pecado, de José Saramago. Ed. Caminho. Livro de estreia de José Saramago, que ele resiste em aceitar. Foi publicado quando o autor tinha apenas 25 anos, e depois entrou em um jejum de escritor que durou outros tantos 23 anos. Inicialmente, o livro iria se chamar ?A viúva?, título que tem muito mais a ver com a narrativa. Mas os editores consideraram o título efetivo como mais comercial. Mas na verdade ele levanta falsas expectativas, pois ficamos a esperar a tal da terra do pecado aparecer. A história narra os acontecimentos que cercam uma viúva recente, nova de idade, que tem que lidar com as chamas dos desejos sexuais numa sociedade extremamente conservadora que impede que ela dê vasão aos seus desejos e busque sua realização pessoal novamente. Ali fica clara a posição do autor quanto aos malefícios que o puritanismo de base religiosa causa nas vidas de pessoas inocentes, que não queriam nada mais que continuar o ímpeto natural que a vida lhes dá. Senti que o início é muito arrastado, com a apresentação da trama principal muito tardiamente no andamento da leitura. O livro é indubitavelmente bem escrito, a representação do contexto é bem feito. Mas o autor abriu brechas demais de encaminhamento da trama, e o final foi o esperado, mas não deu conta das demais possibilidades apresentadas. Um livro de estreia robusto, mas não expressa a grandiosidade que o autor alcançou ao longo da carreira. Considero que vale a pena a leitura para quem gosta do autor e para quem gosta de romances de conflitos culturais com a natureza humana.





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regifreitas 18/07/2019

TERRA DO PECADO (1947), de José Saramago.

Quando escreveu este livro, em 1947, aos vinte e quatro anos de idade, José Saramago queria somente ver uma obra sua publicada. Era apenas a concretização de um desejo da adolescência. Talvez ainda não passasse pela cabeça daquele rapaz se tornar o autor da envergadura que se tornou. Tanto que, do aparecimento deste romance, até a publicação de sua segunda obra, MANUAL DE PINTURA E CALIGRAFIA (1977), quase trinta anos teriam se passado.

TERRA DO PECADO ou A VIÚVA (título escolhido por Saramago, mas julgado pouco atrativo pela editora) acabou se tornando, durante muito tempo, uma obra rejeitada pelo próprio autor devido à imaturidade da sua escrita. No Brasil, ela nunca foi publicada.

O enredo é simples: temos uma protagonista, Maria Leonor, cujo marido morre logo nas primeiras páginas. Ficam-lhe, apenas, duas crianças pequenas, e a responsabilidade de administrar uma modesta propriedade rural na região do Ribatejo. Praticamente a primeira metade da obra é o relato do sofrimento, dúvidas e hesitações dessa mulher a partir da perda do marido. Somente depois (se o leitor já não tiver abandonado o livro até ali) é que o conflito principal de fato se apresenta.

Realmente é um trabalho no qual não encontramos quase nada das características que distinguiriam futuramente a prosa saramaguiana. Aqui e ali aparecem, muito brevemente, algumas das suas tiradas sarcásticas, mas é algo tão superficial que pode passar despercebido pelo leitor. Para quem tem o desejo de conhecer toda a produção do autor, independente da sua qualidade estética, vale a tentativa. Para a maioria dos leitores, é uma obra que pode ser prescindida.

Esta foi a primeira leitura para o desafio pessoal de ler (ou reler) todos os romances de José Saramago em ordem cronológica.
ElisaCazorla 18/07/2019minha estante
Que desafio incrível, Regi!! Adorei!!! Quem sabe eu me coloco o mesmo desafio em algum momento da vida :)


regifreitas 18/07/2019minha estante
desafio a longo prazo, Eliza. tentarei ler um Saramago a cada dois ou três meses. mas não é algo com um tempo pré-definido. vou encaixando os livros conforme minha disponibilidade.
a @priafonsinha e um grupo estão fazendo o mesmo desafio, encaixando as outras obras do Saramago entre os romances. eles fazem uma leitura conjunta a cada dois meses.


ElisaCazorla 18/07/2019minha estante
Que legal isso :) Boa sorte!




Priscila (@priafonsinha) 15/12/2018

Para um primeiro romance até que está ok :)
Primeiro livro de Zezinho, escrito nos seus 20 e poucos anos devido a uma brincadeira que havia dito aos amigos que queria ser escritor quando crescesse, e o sonho realizou-se.

Um livro que Zezinho não tem muito afeto, pois ele queria que o livro se chamasse "A Viúva" e o editor não achou que era um título impactante e mudou o nome, e também porque nessa altura, Saramago só queria ter um livro publicado, sendo bom ou mal, o que já adianto, não é nada mal para um primeiro romance de um jovem rapaz.

Temos a história de Maria Leonor, mãe de duas crianças que logo nas primeiras páginas perde o marido e com isso tem que se virar com a administração da propriedade, dos empregados, e a expectativa da sociedade com seu novo estado civil.

Saramago nesta época ainda usava parágrafos e travessões, mas já mostrava seu lado irônico com algumas alfinetadas na Igreja e na sociedade.

Um livro que flui bem, uma obra simples, interessante para conhecermos a escrita na sua juventude.
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Bruna 30/08/2016

Maria Leonor atormentada pela morte do marido, sofrendo emocionalmente e fisicamente de pneumonia é tratada por Pedro Viegas, um médico ateu amigo da família, ele não se absteve a curar-lhe apenas as dores físicas, mas juntamente com a empregada Benedita deram um choque de realidade fazendo com que Leonor se recuperasse da morte do marido.
Benedita, se pergunta como Deus escolheu um herege para curar sua patroa, por que ele escolheu um condenado do inferno para restituir saúde física e espiritual de Leonor?
“Foi o Doutor Viegas que me salvou, dirão os cépticos; foi Deus que, por intermédio dele, não quis que eu morresse já, dirão os crentes; ainda não era a minha hora, dirão os fatalistas. Todos temos razão, afinal. Eu fui salva quando me perdia”.
Na trama Leonor envolve-se com o cunhado e Benedita fica sabendo, com isso Leonor sofre com remorso e perseguição de Benedita, religiosa fanática que passa a lhes julgar e censurar em tudo , ela lhes incube um sentimento de vergonha e remorso que faz com que Maria Leonor viva um martírio dentro da própria casa.
Viegas traz consolo para as dores e culpas de Leonor, ele é seu confidente, que tenta ajuda-lá, e nesses consolos, aproveita para pedi-lá em casamento, com intuito de livrá-la da “santa Benedita”.
Saramago brilhantemente usa embates entre o dr Pedro Viegas, um ateu, com seus questionamentos válidos , e padre Cristiano, amigo da família com suas respostas ortodoxa, diálogos interessantes e engraçado permeiam a trama quando esses dois personagens se encontram.
Sobre o final do livro, daria uma pauta boa para filosofia e psicologia.
Esse foi o primeiro romance de Saramago, escrito em 1947 que ele intitulou como Viúva, que teve seu nome mudado a pedido da editora, esse livro veio fazer sucesso, trinta anos depois.
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larissa dowdney 06/04/2015

A história tem muitos fios soltos. O final, principalmente. Porém, foi um livro muito gostosinho de ler. É uma leitura fluida, aconchegante... Saramago sendo Saramago.
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sonia 21/09/2014

Escrever sem ter a experiência de vida não convence o leitor.
É o próprio autor que comenta no prefácio: jovem, pouco entendia da terra e muito menos de viúvas...
Foi o seu primeira romance, bom estilo, frases bem construídas, mas enredo previsível, fraco.
Parece que lemos Eça de Queirós, pela construção das frases, lembrando muito O Primo Basílio.
Diz bem o autor que o livro não vendeu bem, e ele passou os próximos 19 anos sem nada publicar, mas certamente amadurecendo, pois quando voltou a publicar, contrariou o primeiro fracasso, ao qual se refere em termos assim: 'o autor de tal livro, decerto não obteria grande sucesso com a literatura' ...

site: http://escritoraporvocacao.blogspot.com.br/
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Hannah Jook 09/10/2012

A obra da Juventude de Saramago
Você já estranha o livro nas primeiras linhas...como assim, travessão??discurso direto e discurso indireto bem marcados? e não é só isso, nesta obra, Saramago mostra-se bem diferente dos demais livros que estamos, ou estou, acostumada a ler... ele ainda é bem rebuscado, sem a acidez que tanto conhecemos...é um romance simples, não simplório, humilde, que ainda mostra como José estava verde, porém um bom romance, conflituoso..a História lembra muito à do Primo Basílio, de outro português sensacional, Eça de Queiroz, os conflitos morais e religiosos aparecem nesse livro. Não é o melhor livro do José, mas mostra um pouco sua formação, ate chegar a ser um Saramago...é de leitura fácil e flui gostosa.
sonia 01/08/2014minha estante
Notei a semelhança com Eça de Queiroz, deve ter sido uma forte influência em Saramago. Gostei da ironia do prefácio, feito pelo prórprio Saramago: ' o livro termanaria a pouco lustrosa vida nas padiolas...a ulgar pela amostra, o futuro não terá muito a oferecer ao autor de A Viúva'..




Barbie 18/04/2009

Fantástico
Se o primeiro livro que Saramago escreveu, com 24 anos, foi arrebatador assim, era de se esperar que ele fosse o Nobel da Literatura.

Bem diferente dos demais, nesse livro, Saramago coloca algo mais presumível, no que está relacionado a comportamento humano. Traz a história de Maria Leonor, uma guerreira, que como todos nós, luta por sua felicidade.
sonia 01/08/2014minha estante
Barbie, não foi arrebatador, foi um fracasso. O autor levou 19 anos até resolver publicar o segundo livro.


Pedróviz 22/02/2019minha estante
O que foi um fracasso para a "crítica " e para a "opinião pública " pode ter sido arrebatador para espíritos independentes.




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