A Menina que Brincava com Fogo

A Menina que Brincava com Fogo Stieg Larsson




Resenhas - A Menina Que Brincava Com Fogo


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Jow 13/01/2011

Uma bela crítica a nossa Sociedade (dita) Moderna.
Na atualidade, houve-se falar muito em ética e moral. Ao estudar Sociologia, entendi que a palavra ética vem do grego ethos que quer dizer "modo de ser", ou "caráter", enquanto maneira de vida que o homem adquire ou conquista. Mais objetivamente, pode-se definir ética como sendo um conjunto sistemático de conhecimentos racionais e objetivos a respeito do comportamento humano; Portanto, a ética se advém dos conhecimentos racionais e objetivos, contudo, a própria coisa ser racional e objetiva deve ter um ponto de partida, isto significa dizer, o racional e objetivo vão servir a quem? Quem está dizendo o que é certo ou errado? E é aí onde entra a questão da ética dos tempos ditos modernos, que não tem nada de racional e objetivo.

A ética se confunde muitas vezes com a moral, entretanto, deve-se deixar claro que são duas coisas diferentes, considerando-se que ética significa a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade, enquanto que moral, quer dizer, costume, ou conjunto de normas ou regras adquiridas com o passar do tempo. A ética é o aspecto científico da moral, pois tanto a ética como a moral, envolve a filosofia, a história, a psicologia, a religião, a política, o direito, e toda uma estrutura que cerca o ser humano. Isto faz com que o termo ética necessita ter, em verdade, uma maneira correta para ser empregado, quer dizer, ser imparcial, a tal ponto a ser um conjunto de princípios que norteia uma maneira de viver bem, consigo próprio, e com os outros. Mas, eu divago...

A Menina Que Brincava Com Fogo, expõe de maneira genial esse embate social entre ética e moral. Temas muito recorrentes na atualidade, marcada quase que diariamente por escândalos das mais variadas formas, sejam elas relativas ao sexo, a opção sexual, a classe social, etc. E Stieg Larsson, como repórter polêmico como foi, é muito incisivo em sua escrita, denunciando o modo hipócrita que a sociedade vive, uma sociedade que marginaliza aqueles que são diferentes, super-dotados de uma estranheza social, e que acima de tudo, que colocam o dedo na cara do sistema e ridicularizam as suas regras que beneficiam uma minoria privilegiada.

É impossível não exaltar a figura de Lisbeth Salander, personagem socialmente estigmatizada e que como se vê no livro, causa estranheza por ser uma pessoa acima da média. Uma cidadã comum, mas que não se submete a certas regras falidas. E Mikael Blomkisvt, que certamente é um auto-retrato de Larsson, com sua desenvoltura, lealdade e compromisso. Larsson mais uma vez escreveu uma obra genial, que enfoca temas atuais, que sugerem uma mudança no modo de pensar, de agir, e de se entender o mundo ao nosso redor.

As mudanças em relação a Os Homens Que Não Amavam As Mulheres é evidente, as personagens ganharam muito em termos de intelectualidade, e a trama é imensamente bem desenvolvida e empolgante. Só é preciso deixar a leitura fluir, e depois se saborear com um prato cheio de críticas bem fundamentadas, ao nosso mundo Moderno, Capitalista, Globalizado, Civilizado, e principalmente Justo perante a Lei.

É uma pena, que hoje em dia, existam poucas pessoas que realmente gostem de brincar com fogo. Mas, novamente eu divago...
Alan Ventura 14/01/2011minha estante
Que que é isso cara? você é o Larsson das resenhas! =)


Fran Kotipelto 14/01/2011minha estante
Resenha magnífica,até fiquei com vontade de ler o livro novamente,parabéns Jow,você escreve muito bem.


Nikolas 21/01/2011minha estante
Me impressionei com a sua resenha!!

Parabéns pela sua escrita, bem fluída e detalhista com uma desenvoltura bem simples! :D

Mais uma vez, parabéns pela sua resenha!


Gláucia 25/01/2011minha estante
Ainda bem que ainda não li o livro, essa resenha me fará saboreá-lo com mais apetite.


Jô Lima 31/01/2011minha estante
Jow, como sempre suas resenhas estão impecáveis...a forma com que vc abordou o texto e extraiu as partes mais importânte, ou melhor dizendo vc captou a essência do livro,faz com que todos que leiam entendam o real sentido e o foco do livro.
Parabéns!


Luh Costa 10/02/2011minha estante
Que é isso amigo?
Nossa, uma verdadeira aula.
MAGNIFICA resenha.
Por causa de suas resenhas a Trilogia está nas lista das próximas aquisições.
Abraço


Sarinha 04/01/2012minha estante
Olá eu estou lendo o livro... E sinceramente estou mais intricada com a história, suspense... estou ansiosa pra termina-lo e ao mesmo tempo não quero que termine, rsrs. Mas lendo sua resenha vou prestar mais atenção nas críticas que o autor nos revela em seu livro.


Eva Luna 10/02/2012minha estante
Parabéns, uma crítica perfeita sobre o livro. Ainda estou lendo, e cada vez mais estupefata com a hipocrisia de uma sociedade "certinha"e adorando o personagem Lisbeth. Larsson é "o cara".


Fabi Carvalhais 11/06/2012minha estante
Sua resenha ficou fantástica, parabéns! Andei lendo algumas outras e confesso que fiquei bastante indignada com algumas opiniões expostas, provavelmente, por pessoas que não entenderam a essência da história... A essência de Lisbeth! Li algo que me agradou... Uma leitora chamando a trilogia de "Trilogia Lisbeth". Simplesmente adorei! Rs...
A "Trilogia Lisbeth" é, sem dúvida, a melhor que já li! Sua resenha me deixou com saudades dela... Assim que terminar minha atual leitura, farei uma visita à Lisbeth ... RsrSR


Jadson 14/09/2014minha estante
Um ótimo livro e sua resenha expôs muito bem o fantástico livro do Larsson.


Lucas Carvalho 17/04/2015minha estante
Metade do seu texto foi copiado desse link: http://www.eumed.net/libros-gratis/2006a/lgs-etic/1t.htm


Karol Rodrigues 02/02/2016minha estante
Sensacional sua resenha. Esse é um dos meus livros favoritos e você conseguiu sintetizar tudo que o autor quis passar, tenho certeza.


Cris 11/11/2017minha estante
Estou lendo esse livro nesse momento. Estou extasiada com o toda a história.
Maravilhoso!
Já li o primeiro da trilogia, e amei também.
Super recomendo.


Jéssica 22/06/2020minha estante
Até pensei em escrever algo sobre o livro mas desisti depois dessa resenha.... Parabéns!




Yasmin957 26/07/2024

A continuação praticamente perfeita
Se no primeiro livro eu afirmei não ter me apegado tanto à Lisbeth, essa sequência veio pra desmantelar minha fala. Stieg Larsson amassou mais uma vez. Por mais que não tenha nada de muito ?inovador? (algumas coisas da trama são um pouco clichê, mas suspeito que à época do lançamento nem tudo era assim tão batido), a narrativa é muito cativante, o ritmo é perfeito, os personagens são extremamente interessantes e você simplesmente não consegue parar de ler. Eu sou obcecada por Lisbeth Salander SIM. E tal como Mikael por ela eu daria minha vida e minha saúde. Achei apenas que a balança entre uau choque suspense porrada bomba gás lacrimogêneo e aulas militância críticas sociais pendeu bem mais pro uau choque etc do que no primeiro. Não necessariamente é uma coisa ruim, e não quer dizer que não tenha abordado coisas importantes (o retrato da estigmatização das doenças mentais ?????? dalee) mas algumas ao meu ver foram meio rasinhas, principalmente o tráfico de mulheres, que era pra ser o principal. Não precisava de nenhuma das menções à matemática nem daquele capítulo de salve-se quem puder (ok, ok? estabelece a Lisbeth como uma futura vigilante resgatadora de mulheres? mas sabe?)
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Vania.Cristina 01/10/2023

Não há inocentes
Embora seja um livro ótimo ele tem gatilhos para mulheres, com inúmeras agressões, desde as mais sutis até as mais violentas. A história é instigante, o suspense envolvente, os personagens são muito bem construídos e o ritmo vai crescendo de forma alucinante. O sentimento de injustiça é de tirar o ar. Aqui não tem um serial killer poderoso como no primeiro livro, a violência aparece ainda mais institucionalizada, na saúde, na assistência social, na polícia e na imprensa, sempre norteada pelo preconceito e a misogenia. Os protagonistas continuam sendo o jornalista da revista Millennium Mikael Bloomkvist e a hacker investigadora Lisbeth Salander, mas aqui vamos mais fundo na história de vida de Lisbeth e são muitos os personagens secundários (também bem estruturados). O livro mostra uma Suécia de extremos, de um lado temos pessoas emocionalmente maduras e sexualmente liberadas, que respeitam a diversidade, mas elas são aparentemente minoria. De outro temos machistas, misógenos, preconceituosos, homofóbicos, hipócritas, moralistas... Temos o jornalismo íntegro e o sensacionalista, a polícia honesta e a corrupta. Essas e outras dualidades revelam um país muito menos evoluído do que à princípio pode parecer, que acaba vitimando os mais frágeis: as crianças, as mulheres e os imigrantes. Mas é importante dizer que a frase que se repete no livro e no pensamento de Lisbeth é "Não existem inocentes. Só existem diferentes graus de responsabilidade." Ou seja, todos somos responsáveis pela sociedade onde vivemos. Lisbeth reage à violência com violência. Ela é capaz de qualquer coisa para proteger sua integridade, as pessoas que ela gosta e aqueles que são mais frágeis. Não subestime Lisbeth Salander, ela soube tomar as rédeas da sua vida mesmo tendo sido desde sempre ignorada. E ela odeia "os homens que odeiam as mulheres."
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Márcia 23/12/2010

Imperdível!
A Trilogia Millenium é tão perfeita que me faz pensar que você não é um leitor completo se ainda não a leu. Esses três livros coroam qualquer estante.

Nunca li nada igual; nem remotamente parecido. Nem mesmo Os Homens que Não Amavam as mulheres empareda com A menina que Brincava com Fogo. O segundo volume da trilogia está em outro nível. No entanto, e impossível se acompanhar os fatos do 2º, sem ler o 1º. É necessária também a leitura do primeira para se familiarizar com a narrativa caprichosa de Stieg.

Existe maior pena esse cara ter morrido antes de alcançar o sucesso desses três livros?

Já disse na minha resenha de Os homens que não amavam as mulheres que Lisbeth Salander é uma das melhores personagens já criadas. Ela é complexa, extremamente inteligente, e parece ter vontade própria mesmo sobre a vontade do autor. Acho impossível não gostar dela. Stieg Larsson é um gênio porque conseguiu criar uma personagem adorável, sendo tão ruim quanto boa, sendo "nada-adorável". Não espere uma heroina sentimental e boazinha, tampouco uma que esconde seus sentimentos por trás de um muro de concreto. Não. Lisbeth Salander tem sentimentos? Ninguém sabe. Só sei que eu a adoro.

Nesse volume da trilogia conhecemos mais sobre o passado dela. Querem um conselho? Não leiam as sinopses nas abas dos livros. Tem Spoiler's irritantes!

Uma das características desse livro que me surpreendi não sentindo falta, aliás, foi a falta de romance. Não há amor; não espere muitas emoções pessoais nos personagens. Na primeira metade do livro, antes da "aventura" realmente começar, há bastante erotismo. Aliás, diga-se de passagem, de muito bom gosto e muito bem implantado na trama - de uma maneira que faz sentido estar ali, não como algo apelativo. Mas não há romance. Esqueça.

A Menina que Brincava com Fogo é perigoso. Erótico. Rápido e lento ao mesmo tempo. É o tipo de livro que você daria a mão pra saber o final, porém o braço para que não acabe. O tipo de livro que você pensa:"ainda bem que é grosso".
Anderson F. 23/12/2010minha estante
Sem dúvida o(s) melhor(es) livro(s) que li esse ano. Indescritível.


Lu 23/12/2010minha estante
Adorei a sua resenha, Máah! Especialmente a forma como vc descreveu a Lisbeth. Ela é totalmente incomum. O fato do personagem dela ser dúbio é o que movimenta a história. Quem liga pra turma da revista, afinal?


Charlie 19/02/2011minha estante
A melhor coisa do livro: Lisbeth. No primeiro ela era imbecil hahah mas nesse eu até que gostei. Mas o jeito que ele escreve é imbeciiiiiiil, só assim que consigo descrever. E o erotismo é descartável, não acrescenta nada, só é apelativo.


Márcia 19/02/2011minha estante
Que pena que você consegue descrever uma das maiores trilogias modernas com apenas uma palavra. Ainda por cima, uma bastante ordinária.

O erotismo é descartável sim, na maioria das vezes, no entanto, quando bem fundado e construído é um elemento positivo a mais na história.


Charlie 30/07/2011minha estante
A pena é do autor que pra fez algo limitado. PRA MIM.


Lari 11/07/2012minha estante
Concordo com Charlie, ele escreve coisas imbecis. Inegável. Ninguém quer saber o modelo do seu computador, por exemplo. Caramba, não sei o que tanto trás essa trilogia. Bom entretenimente, mas não muda nada na vida de ninguém. Não me venha dizer que eu que não entendi o livro.


Márcia 11/07/2012minha estante
Bem, Lari. Tomara que você sustente sua opinião sobre como o livro "não muda a vida de ninguém" só lendo livros que mudem sua vida.

Longe de mim dizer que você não entendeu o livro. E eu lá vou saber o que você entendeu?


Márcia 11/07/2012minha estante
Charlie, o Stieg é um autor renomado com títulos de sucesso que vão muito além da SUA opinião. Honestamente, ele não precisa da pena de ninguém.


Carol 04/08/2012minha estante
Terminei hoje de ler 'Os Homens que Não Amavam As Mulheres' e realmente não me recordo de nenhum livro "investigativo" (entre aspas pois odeio rótulos)que tenha me prendido tanto. Talvez só Dan Brown.
Como estou ansiosa para ler o próximo, resolvi dar uma olhada nas resenhas, pra saber qual é a opinião do povo.
Não li este livro ainda, então longe de mim dizer o que é certo e errado,pré-julgar, até porque o erro está nos olhos de quem vê. Mas ao ler os comentários desta resenha, senti que precisava dar minha humilde opinião.
Com relação a Lisbeth, completamente brilhante, genuína e problemática.
Com relação a Stieg Larsson, um verdadeiro herói na minha opnião. Poucos se aventuram a descrever o sofrimento das mulheres em pleno século 21. É triste saber, que em tempos nos quais a mulher ocupada um papel tão igual ao do homem na sociedade, ainda exista essa violência que nos fragiliza tanto, e é tratada como um certo 'tabu', digamos que existe, mas poucos se aventuram a botar a boca no trambone como o autor fez. Não achei a narração cansativa, muito pelo contrário, a cada frase me prendia mais a história. Não vejo aonde a trilogia possa ser limitada, apesar de não ter lido os outros livros AINDA. Realmente, acho que algumas coisas como o modelo dos computadores são desnecessárias, mas nada a ponto de dizer que é algo imbecil, afinal só leva segundos do seu tempo lendo a descrição, e honestamente, quem tem preguiça de ler isso, ou gosta de um início-meio-fim direto, sem rodeios, nada que prenda o leitor, que vá ler um Gibi. Curto história, sem rodeios. Simples. Não espere que um livro de quase 600 páginas só terá frases filosóficas e momentos marcantes, pois assim você só se iludirá e ficará restrita aos Gibis.
Bom, antes que alguém mande-me ler a continuação antes de falar algo, vou parar com polêmicas e ir lê-lo.


Márcia 04/08/2012minha estante
Oi, Carol. Muito obrigada pela sua opinião, de verdade. É bom ver que ainda existem leitores que não restringem seu comentário nas resenhas alheias a "gostei" e "não gostei".

Leia o livro mesmo! Espero que você o adore tanto quanto eu!


Matheus 20/11/2012minha estante
Igualmente ao livro, sua resenha foi magnífica. Parabéns. Essa trilogia, certamente, tem uma característica belíssima e singular. Portanto poucos conseguirão captar a essência do livro e, em consequência disso, admirar-lo. Salander é fantástica e sem mais.




Karoline664 07/04/2024

No segundo volume nós conhecemos mais sobre o passado de Lisbeth, e eu adorei o protaginismo que o autor deu a uma personagem absurdamente interessante. O plot twist foi bem digno de novela mexicana, mas ainda assim foi bem legal. Espero mais do último.
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Victor225 08/04/2021

A Menina que Brincava com Fogo
Caralho. CARALHO.
Esse final, meu deus, já tava sem fôlego. Alguém me salva :(
Uma baita vontade de já continuar com o próximo livro, mas vou me segurar.
Maria Clara 08/04/2021minha estante
Essa trilogia é TUDOOOO. Se prepare para o próximo


Tania 08/04/2021minha estante
Essa trilogia é perfeita....??


Victor225 08/04/2021minha estante
Eu não sei o que esperar do próximo, meu deus




Ari Phanie 15/01/2022

Um motivo para ler esse livro: Lisbeth Salander.


Quando iniciei Os Homens Que Não Amavam as Mulheres foi com muita desconfiança e sem grande interesse. O que realmente me levou a ler foi o filme na versão americana, que eu amei. Mas ao terminar o livro eu estava completamente apaixonada pela escrita pragmática e provocativa do Stieg, mas apaixonada principalmente pela sua protagonista Lisbeth Salander. E minhas expectativas foram a mil em relação A Menina Que Brincava Com Fogo. E praticamente na primeira página já deu pra perceber que o nível de intensidade desse segundo volume seria coisa de louco.

Eu li esse livro na maior parte do tempo entre tensa, enojada e angustiada. E fiquei muito feliz pelo Stieg ter suavizado com um pouco de humor em alguns raros momentos, principalmente através da Miriam Wu e do Paolo Roberto, dois dos meus personagens secundários favoritos. Mas na maior parte do tempo eu lia inquieta e com uma puta raiva. A trama desse livro não aborda apenas a violência sexual de gênero sistemática (ou seja, aquela como parte do sistema social), mas também a institucionalizada. Aqui os homens não só acham que podem violentar e abusar de mulheres, como também estão protegidos pelas autoridades. Então, você lê várias situações arrepiantes e repulsivas de objetivação, em vários graus, e vários homens dessa história tem falas que você já ouviu ou ações que se você não presenciou, já ouviu falar de uma mulher que já. Isso dá nojo e raiva, e quando Lisbeth, uma das várias vítimas da violência de gênero e do descaso do governo, sabe que só pode contar consigo mesma (e com o apoio do Super Mikael Blomkvist) para obter alguma justiça e resolução dos seus atuais problemas, temos à mão uma das pouquíssimas heroínas justiceiras da literatura e não tem como não acabar torcendo pra que ela desça o cacete nos nojentos da história. Temos vários exemplos de heróis que fazem justiça com as próprias mãos (o que supostamente deve ser considerado censurável, pra dizer o mínimo), mas justiceiras são raras e a ética da Lisbeth de punir homens que odeiam as mulheres tem um forte apelo em mim e me fez sinceramente torcer para que ela conseguisse a conclusão que ela buscava.

Enfim, o Larsson continuou sua saga mostrando novamente seu talento em narrar e escrever, criando uma trama ainda mais complexa e prendendo minha atenção até o último minuto. Foi uma experiência repleta de adrenalina e sem dúvida essa foi uma das melhores leituras da minha vida, mesmo com toda a angustia que passei. Lisbeth Salander assumiu indiscutivelmente lugar privilegiado na minha lista de melhores personagens femininas. Que em A Rainha do Castelo de Ar ela desça o cacete naqueles escrotos, de novo.
Ander 17/01/2022minha estante
EU AMO TANTO




jusousan 02/05/2022

A menina que brincava com fogo
Em A menina que brincava com fogo nos deparamos com Lisbeth Salander sendo o foco principal da trama. Neste, há uma inversão de papéis e dessa vez é Mikael Blomkvist que terá que ajudar e salvá-la. Os acontecimentos são interligados com o primeiro livro, apesar de contar uma história diferente.

A parte que impulsiona o desenrolar do clímax começa quando a Millennium decide que o próximo tema da revista vai se tratar de tráfico de mulheres, no qual acaba sendo descoberto o envolvimento de grandes nomes da sociedade. A história promete causar um tremor no meio social, porém os planos de publicação são adiados, pois os autores do livro são assassinados. Coincidentemente, o tutor de Lisbeth acaba, também, sendo envolvido.

Novamente, o autor Stieg Larsson consegue de forma fascinante montar um ótimo quebra-cabeça e, ainda, nos envolver muito bem na sua narrativa. Os mistérios no livros não são os clichês de sempre e a forma que as coisas se desenvolvem é muito bem feita.

O que eu mais gosto é de como o autor consegue entrelaçar ficção e, ainda sim, temas fortes e espinhosos de grande relevância social. Larsson consegue, principalmente, reafirmar o papel da mulher e a grande luta que nós precisamos enfrentar para garantir nosso espaço. De uma forma geral, Millennium é político e o autor desenrola com excelência.

Apesar de tudo isso, acredito que alguns pontos me incomodaram. Cada um tem uma experiência. Momentos desconexos ou sem relevância com a história. Momentos monótonos, no qual deixava a historia com altos e baixos.

Mas, obvio que recomendo!
Alê | @alexandrejjr 09/08/2022minha estante
Bela resenha, Ju!


jusousan 09/08/2022minha estante
obrigada!




Lucas | @luagonoslivros 12/04/2021

Na vida real
O livro inteiro é um retrato de como a mídia usa alguns artifícios para pintar uma MULHER (doeu, é?) como inimiga da nação:
Mudança de contexto sobre falas e atitudes, passado duvidoso, notícias falsas para modular caráter, associação da pessoa com palavras chaves depreciativas...
Nada do que a gente não tenha visto recentemente na vida real, não é mesmo?

E que final desesperador! Já quero o próximo!
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Gessyka.Loyola 13/11/2024

Lisbeth Salander é o ?
Eu estou obcecada nessa série.
Na última página desta história eu nem respirada, foi eletrizante.
Stieg Larsson foi um gênio quando criou esse mundo de corrupção, jornalismo, assassinatos, especulação e muito mistério.???
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Jean 04/05/2022

Lisbeth Salander é paixão a 1ª, 2ª e 3ª vista
No primeiro livro eu já havia me apaixonado e ficado obsecado pela Lisbeth. Fiquei mais impressionado ainda como o autor conseguiu de forma tão segura criar uma personagem feminina que, mesmo a história não versando sobre ela especificamente, toma o protagonismo e conduz todo o enredo.

Por mais que o Mikael Blomkvist seja um dos personagens principais e dite o rumo da narrativa, neste segundo livro temos a chance de conhecer um pouco mais sobre o passado de Lisbeth e ter uma noção dos traumas que a levaram a criar essa armadura contra tudo e todos.

Embora seja o segundo livro da série, ele perde um pouco o ritmo por ter que apresentar a introdução a este novo arco de personagens que irão compor a nova trama.

Todavia, o livro é ótimo. Um ponto de destaque é que se deve relevar as diversas páginas em que o autor resolve desacelerar e viajar até a lua e voltar para continuar a história, e isso geralmente acontece quando o bicho tá pegando.

Mas Stieg Larsson é incrível, como sabe escrever bem. Tenho mais noção disso agora depois de pegar outros livros para ler vejo o quão Larsson era meticuloso e sabia construir de forma sólida a narrativa de suas histórias.
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Lu 19/09/2010

Sensacional!
Stieg Larsson arrasou nessa segunda parte da Trilogia Lisbeth (sério, vc ainda acha que a trilogia é sobre a Millenium ou o Mikael?).

Confesso que, lá pela metade, o rítimo da história começou a me deixar impaciente. O meu erro foi querer ler Larsson achando que ele escreve como a Tess Gerritsen ou e Jefferey Deaver, que possuem narrativas bem mais ágeis.

Larsson não tem nenhuma pressa em contar sua história. Ele parece que passa um tempão enrolando e adicionando personagens desinteressantes. Na verdade, ele está, pouco a pouco, montando um grande e complexo quebra cabeça. E o quebra cabeça dessa vez é Lisbeth Salander.

Salander continua sendo a melhor coisa da história. Capaz de grandes gestos de generosidade para com seus pouquíssimos amigos e de ser implacável com aqueles que cruzam o seu caminho, ela é imprevisível. É fantástico vê-la dando o troco. Essa dualidade que compõe a natureza dela é discutida o tempo todo e é o que força o leitor a ir até o final. Para saber se ela é mesmo culpada. E o que ela vai fazer para se safar.

Ah, sim, o Mikael também aparece e passa a investigar o caso. Ah, bem. Quem se importa?

Como disse uma amiga minha, vou esperar um pouquinho mais para ler o terceiro livro porque não quero me despedir da Lisbeth ainda!

Livro recomendado!
Frannie Black 19/09/2010minha estante
Rsrs... Ótima descrição: Trilogia Lisbeth! =]
É maravilhoso, não é msm? Compensa e mto a nossa impaciência no leeeentooo desenrolar dos acontecimentos. O clímax é de tirar o fôlego! E a Lisbeth... ah, é a Lisbeth!!! Única e encantadora ao seu modo.
Favorito!


Evy 19/09/2010minha estante
Adorei: Trilogia Lisbeth!!!
Juro, foi o que escrevi na minha resenha do "Os homens que não amavam as mulheres" tenho uma teoria de que Larsson se deu conta do potencial de Lisbeth no primeiro livro e só então resolveu escrever os outros dois: sobre ela! :)
Ótima resenha! Bjos


Gabi C. 20/09/2010minha estante
"Ah, sim, o Mikael também aparece e passa a investigar o caso. Ah, bem. Quem se importa?" hahah Super fato, Lu! Mikael Quem?!
Mas me diz se o Stieg não poderia ter enxugado umas 200 págs desse livro?
Enfim, mais uma resenha maaaara, Lu! "Trilogia Lisbeth" Adorei tb! ;D


Charlie 19/02/2011minha estante
Montando um quebra-cabeça de duas peças, só se for. haha
realmente não gosto do jeito que ele enrola. Ele não constrói uma história, ELE ENROLA, minha opinião, mas enfim, né.


Glenda 30/05/2011minha estante
Nossa, me deu vontade de reler. A Lisbeth é ótima. Adoro ver ela entrando em ação. Mas, poxa, vc não gosto mesmo do Mikael, né? Hahah!


Anasazi 09/10/2012minha estante
Realmente é irritante, mas faz parte. É uma forma de trazer os personagens mais perto da realidade. Assim como nós, eles param pra comer, tomar banho, ler o jornal....




Julia 22/06/2020

Perfeito como o primeiro livro
Mais uma vez fui totalmente presa e cativada pelo autor. Sinceramente, que incrível como ele trata de assuntos tão sérios de maneira responsável e como fisga o leitor. Fiquei simplesmente muito apegada a Lisbeth, mesmo ela tentando a todo custo se distanciar de algumas pessoas (O que é compreensível pela história dela). Enfim. Maravilhoso. Quero reler um dia.
Leitura e . 22/06/2020minha estante
Oii... Boa noitee...Tudo bem?... Desculpa por interromper sua leitura, mas gostaria de te convidar a me seguir no Instagram para acompanhar minhas leituras... te espero lá...?
Obrigado.
@leituraeponto


Aline 22/06/2020minha estante
Amo essa "trilogia" que virou série!




Wagner47 06/04/2022

Ensinamentos da Matemática
Estou muito impressionado com a fluidez desse livro. MUITO mesmo.

E graças a essa fluidez pude aproveitar a história que ao meu ver teve um início longo e desnecessário, além de tratar da intimidade dos personagens num ponto bem exagerado.
Provavelmente alguns pontos serão retomados na continuação, mas pelo menos de início achei descritivo demais

A investigação toma rumos cada vez mais reveladores e não queria parar de ler. Porém a parte policial serviu mais de escada para a mídia e como isso faz voar a desinformação em níveis elevados.

Dessa vez o foco é quase 100% na Sally, mesmo quando passa páginas e mais páginas sumida. Nos é revelado muito mais de seu passado e muito é explicado a respeito de seu comportamento em não buscar ajuda (mas não justifica que ela poderia ajudar certas vezes, facilitando o lado do Mikael)

Larsson também tem a incrível habilidade fazer as 10 páginas finais soarem como 50, com muita informação sem perder o ritmo.

Com relações reveladas e agora estabelecidas, estou muito animado pela continuação.

Obs.: Por motivos óbvios, a leitura do primeiro livro é obrigatória
Laisy 07/04/2022minha estante
Eu amo essa trilogia e acho o terceiro livro o melhor! Eu quase morro de empolgação lendo




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