Natália Tomazeli 25/02/2020Biografia da Lisbeth Salander"Inocentes não existem. Em compensação, existem diferentes níveis de responsabilidades."
É difícil falar dessa série porque esse autor nunca errava mesmo, mas vamos lá...
Quando acabei o primeiro livro da série, não tinha ficado com aquela vontade louca de ler o próximo porque "Os homens que não amavam as mulheres" é de certa forma, um livro redondo que apesar de ser um livrão daqueles, fecha todas as pontas da história no final. Não tinha nenhum "rabo" pra mais história, não ficava nenhuma ponta escancaradamente largada para desenvolver no próximo. Era o que eu achava né? Mas a capacidade criativa do Stieg Larson para criar novas e insanas tretas das mais diferentes possíveis é uma coisa que só ele conseguia fazer. Desconheço outro autor com essa mesma capacidade e que faz algo assim sem perder a qualidade. E mesmo que o primeiro resolvesse todos os "mistérios" do seu próprio enredo, mesmo assim ele conseguiu criar no segundo uma trama totalmente nova e ao mesmo tempo resolvendo coisas que nem passava pela minha cabeça que precisavam ser resolvidas. Fiquei pasma de que o universo dessa história super tinha muito pano para manga para acontecer muito mais coisas, real!
Enquanto o primeiro se focou na "resolução de um crime", por assim dizer, o segundo, apesar de fazer o mesmo, explora muito mais o passado dos personagens, principalmente da melhor personagem de todos os tempos, Lisbeth Salander! Gente, esse é o livro da Lisbeth! Tudo se redireciona a ela e em torno dela, aqui a gente vai conhecer muito mais do seu passado e de outras mil nuances que ela tem. Aquelas perguntas que em algum momento alguém se fez sobre ela no primeiro livro, será respondida aqui no segundo. Até quando ela tava me irritando com algumas atitudes no início eu ficava moh empolgada com a leitura. Eu tenho certeza que é porque ela é minha personagem favorita da vida, crush literária, essas coisas... Mas ok... Então como sou muito apaixonada por essa personagem, até achei que esse livro foi melhor que o primeiro, no geral! E quem gosta dela (nem tem como não gostar) vai passar a amar, ou entender melhor porque ama tanto ela.
O assassino do livro eu consegui ser "Xeroque" suficiente para adivinhar quase que de cara, afinal acho que essa era a intenção do autor mesmo (no primeiro livro, realmente não sei o que aconteceu com o meu "xeroquismo", mas neeeem suspeitei de quem poderia ser, apesar de até que ser fácil de saber. Acho que eu fiquei tão imersa com as subtramas da história, que acabei nem focando minha mente para desvendar essa questão). Mas isso nem foi problema já que o livro na verdade tem muitos outros plot twists um atrás do outro que alucinaram minha cabeça loucamente e me surpreenderam suficientemente para que eu não achasse nada previsível, mas também sem que ficasse aquela coisa de novela mexicana, aquela coisa forçada sem pé nem cabeça que acontece com algumas histórias, tanto do gênero como fora dele. O autor soube dosar bem e equilibrar tudo. E aqui não tem previsibilidade nenhuma mesmo! Tudo pode acontecer... Até o início que é mais "lento" consegue ter um evento tretíssimo que eu fiquei MASOQUE? É uma loucura eletrizante que eu particularmente achava difícil largar e ao mesmo tempo queria ler mais lentamente para poder absorver tudo com calma (muito porque eu não queria largar da Lisbeth). Uma experiência de leitura bem incrível! Afinal, esses livros do Larson são incríveis, pelo menos para mim! Agora é rumo ao terceiro e último livro escrito por ele para a saga, bua bua :(
(então, essa resenha escrevi bem na época que eu tinha acabado de ler, ou seja, em 2019. Esqueci de postar ela aqui e ficou por isso mesmo, porém hoje fuçando no meu e-mail achei ela ~e outras muitas. Aliás, tô morrendo de vontade de começar o terceiro livro, até sonhar com a Lisbeth eu já sonhei, o auge da obsessão rsrsrs
Então fica aqui meu pequeno registro bem mequetrefe, mas esse livro merece ficar registrado, vou tentar melhorar quando tiver que postar o do terceiro livro, juro.)