Meditações sobre Filosofia Primeira

Meditações sobre Filosofia Primeira René Descartes



Resenhas - Meditacoes sobre filosofia primeira


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Vicente 24/12/2023

Eu, eu penso...
Avaliar não literatura é tarefa infame. Não dá pra dizer que é bom ou não por ter sido agradável ou não, pois não foi feito pra ser agradável, mas para ser útil. E este o é. O seu método, Descartes consegue deixar claro. Mas ainda por cima é uma leitura agradável, o que é um plus.
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Gabriel 05/04/2022

A qualidade literária do texto é muitas vezes esquecida diante da clareza e do jargão filosófico apresentado. Mas esse é um daqueles livros que dividem época. Seu valor é inestimável. Descartes é, antes de mais nada, um grande escritor.
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Ricardo 21/06/2017

A base da filosofia cartesiana
Se o Discurso do Método é uma versão mais simples dessa obra que é o alicerce de toda filosofia cartesiana, seu idealismo, sua verdade e justificação do método.
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Lucio 09/08/2016

Obra Prima! A Existência de Deus e Imortalidade da Alma discutidas com vigor!
Esse é um clássico que honra completamente o nome! Embora eu tenha diferenças e algumas discordâncias, não há como não se impressionar com o texto. Descartes é fascinante! Como leitor da tradição platônica, percebi muitos links entre o pensamento cartesiano e o pensamento platônico-agostiniano. Talvez ele o tenha recebido diretamente dessas fontes, ou talvez o tenha visto nos escolásticos. Discute-se as raízes de seu pensamento. Mas ele mesmo admite ter colhido o melhor do que foi produzido nas Escolas no que tange à prova da Existência de Deus e da Imortalidade da alma, bem como distinção substancial entre alma e corpo.
Em resumo, poderíamos dizer que Descartes propõe-se duvidar de todas as coisas e buscar os fundamentos epistemológicos que justifiquem qualquer conhecimento. Da dúvida hiperbólica ele descobre a inegabilidade da existência do ego. Daí ele segue para demonstrar sua natureza observando as várias 'faculdades' da mente. Em seguida, nota que a ideia de algo sumamente perfeito demanda a existência desta coisa como causa formal e eminente. Apoia tal argumento observando a necessidade que ele tem de ser criado e de sua existência ser sustentada. Logo, lida com questões do que Leibniz viria chamar de 'Teodiceia' e explica a origem dos juízos falsos, equivocados, sem prejudicar a santidade de Deus. Segue com o argumento ontológico. Por fim, termina de explorar a distinção entre mente e corpo, bem como desenvolve algumas de suas faculdades e delineia mais suas diferenças substanciais. Descartes também demonstra como o conhecimento sobre Deus é óbvio e primeiro, e nele se apoia a justificativa para se conhecer quaisquer outras coisas (o que faz uma ponte muitíssimo interessante com a Epistemologia Reformada e com o Pressuposicionalismo). Com base no princípio de que não se tomará por verdadeiro nada que for minimamente dúbio, e tomando como princípio epistemológico tudo que for claro e evidente, Descartes conclui a existência de Deus, a imortalidade da alma, a possibilidade das ciências pela garantia da existência das coisas externas pelo fato de que Deus constitui-nos com um aparelho epistemológico correto para perceber o mundo, já que ele, sendo bom, não poderia nos fazer gnosiologicamente viciados no engano.
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