Não Verás País Nenhum

Não Verás País Nenhum Ignácio de Loyola Brandão




Resenhas - Não verás país nenhum


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andy_pendiuk 15/11/2024

Não Verás País Nenhum
"O que existia era uma porção de esquerdas contra uma direita. Cada um dos grupos de esquerda discordava dos métodos do outro. Não se aceitavam, não se uniam."

Apesar dos anos que se passaram desde que foi publicado, esse livro se mantém atual. Suas ideias são frescas como que escritas hoje pela manhã. É extraordinário e ao mesmo tempo triste que pouco tenha mudado em mais de quatro décadas. Não acredito em videntes, mas Loyola Brandão chegou muito perto de prever o futuro.

"Sistemas duros, ares democráticos. Repressões justificadas e justificativas aceitas. Democracias em clima de ditadura. Regimes amorfos que não sabíamos avaliar."

Ignácio de Loyola Brandão é um autor peculiar para ser o favorito de uma criança, mas eu com meus 11 anos encontrei uma cópia de "Cadeiras Proibidas" e por mais que eu não compreendesse toda a vastidão da obra desse autor, ele me cativou em tão tenra idade. Ao autor, meu muito obrigada, por ser peça essencial no meu amor pela literatura. Quanto à "Não Verás País Nenhum", apenas confirmou a genialidade que eu já conhecia.

Nessa obra, destaca-se os fins desastrosos que alcançaremos se continuarmos a ignorar os avisos dos cientistas à respeito da crise climática. Uma distopia tão bem feita que parece que estamos lendo uma biografia dos recentes anos do nosso país. O ocultamento do passado, repressão dos professores por "doutrinamento", meios de comunicação controlados, excesso de industrialização alimentícia e vários outros fatores fazem do livro um espelho dos dias atuais.

"Um país subdesenvolvido vivendo em clima de ficção científica. Sempre fomos um país incoerente, paradoxal. Mas não pensei que chegássemos a tanto."
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Maira185 05/10/2024

Achado no Ponto de Ônibus
Não Verás País Nenhum é uma obra distópica poderosa que reflete a crítica social e política de Ignácio de Loyola Brandão. Publicado em 1981, o livro descreve um Brasil futurístico devastado pela poluição e a tirania, explorando temas como degradação ambiental e a opressão do regime militar.
Ele imaginou um futuro distópico onde a Amazônia se torna um deserto e o Brasil é governado por um regime autoritário.
Brandão usou a ficção para alertar sobre os caminhos que a sociedade poderia tomar se não fizesse mudanças significativas.

Basicamente... Ele teve uma visão do que está acontecendo hoje com o meio ambiente.
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Thiarles1 29/09/2024

Não verás país nenhum
Nesse livro acompanhamos a narração de Souza, um ex-professor de história, que vive num Brasil distópico passando por uma crise climática extremamente séria. Eu não esperava nada da história, mas me surpreendi com o desenvolvimento da trama, de como a narração era cativante, trazendo de início um relato do cotidiano nesse Brasil extremamente esquisito, porém a situação vai aumentando até chegar a pontos surpreendentes.

A situação de vida a que as pessoas se sucedem nessa sociedade é assustadora, é contado como recursos naturais são limitados, como há um governo detestável no controle, como a educação é contolada, entre outros casos. A obra também traz uma perspectiva muita íntima do protagonista, pois quase a trama toda estamos em seus pensamentos e lembranças, vendo seus medos, desejos, sentimentos, etc. Achei a obra extremamente cativante e densa, teve pontos que me incomodaram, sim, mas em geral é uma obra bem escrita, que traz uma crítica a sociedade de consumo que vivemos e a nossa exploração descontrolada de fontes de energia natural, trazendo a mensagem de que um dia a natureza revidará. É um ótimo livro e que devia ser mais falado, concerteza eu o recomendaria.
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moacircaetano 20/09/2024

A premissa é o desenvolvimento da primeira metade do livro são espetaculares. Uma distopia passada em solo brasileiro - paulista, pra ser mais exato - com reflexos da Ditadura e antecipando as catástrofes climáticas que hoje assolam o mundo.
Na segunda metade, a narrativa perde o fôlego, e os delírios do personagem principal.parecem ser mesmo um delírio do autor, que se perde e torna a história meio maçante.
No entanto, o resultado final é muito bom.
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Caíque Apolinário 25/07/2024

Realidade triste mas possível
Não Verás País Nenhum é um romance distópico publicado em 1981, que retrata um Brasil devastado pela poluição, pela escassez de recursos, pela violência e pela ditadura do Esquema, uma força opressora que controla a população. O protagonista e narrador é Souza, um homem que descobre ter um furo na mão e que tenta entender o sentido da sua existência nesse cenário caótico.

O livro é considerado uma das principais obras do gênero no Brasil, pois antecipa muitos dos problemas que o país enfrentaria nas décadas seguintes, como a crise hídrica, o desmatamento, a desigualdade social, a corrupção e a polarização política. Além disso, o autor faz uma crítica à falta de consciência ecológica, à alienação midiática, à manipulação da história e à resistência popular.

A narrativa é marcada pelo humor ácido e pela ironia, que dão uma leveza e um ritmo atraente ao texto. O autor utiliza recursos como a intertextualidade, a metalinguagem, o realismo fantástico e a paródia para construir uma obra original e provocativa. Por outro lado, o livro também apresenta alguns defeitos, como a excessiva fragmentação, os muitos devaneios do protagonista e a falta de coesão entre alguns capítulos.

Não Verás País Nenhum é um livro que alerta para os perigos de uma distopia semelhante à que o Brasil viveu durante a ditadura militar, que poderia se repetir caso os militares voltassem ao poder em diferentes instâncias.

O livro também é atual ao salientar a negligência do governo brasileiro na pandemia de covid-19, que foi denunciada por vários estudos científicos, e que contribuiu para o isolamento do país no cenário internacional. Ao menos 160 mil mortes poderiam ter sido evitadas se tivessem sido tomadas ações diferentes durante a quarentena segundo estudos recentes.

Em suma, Não Verás País Nenhum é um livro que merece ser lido e discutido, pois oferece uma visão crítica e criativa sobre o Brasil e o mundo, que ainda se mantém relevante e desafiadora nos dias de hoje.

Para mais resenhas e podcasts, visite meu site de link logo abaixo:

site: https://www.bookstimebrasil.com/
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Don Portella 23/05/2024

Distopia Brasileira
Nesta distopia brasileira, Loyola Brandão, acerta mais sobre o futuro-presente do país que muito analista político. Numa narrativa intensa, o livro precisa ser digerido aos poucos. Obra de arte. Se a vida imita a arte, imitou Loyola Brandão em Verás País Nenhum
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Léo 08/05/2024

Um tapão na cara
Livro forte! Se você não está bem, melhor fugir dessa obra. Talvez seja um retrato de um sociedade nem tão futura assim
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Tatiane495 27/04/2024

Obra prima
É, definitivamente, uma das grandes obras da literatura brasileira.

Diante de um futuro aterrador num Brasil distópico que parece não estar tão distante assim, vemos a miséria humana em diversas vertentes.

É visceral, perturbador, assustador. Há uma riqueza de detalhes que é quase palpável aos horrores que Souza vive durante sua luta pela sobrevivência num país desgovernado por uma ditadura, onde nada mais é certo, tudo é corrompido e nada faz sentido.

O mais intrigante é que, muitas coisas já podemos vislumbrar no nosso modo de viver atual, diante de descasos e políticas que contribuem cada vez mais para o empobrecimento, a precarização da vida humana e a banalização da barbárie.

É um clássico atemporal que conta o que o futuro nos reserva, mesmo tendo sido escrito num passado não tão longínquo assim.
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Thiago275 04/04/2024

Uma distopia diferente e bem brasileira
"Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum país como este!"

Ignácio de Loyola Brandão foi cirúrgico e cortou ao meio o verso desse poema de Olavo Bilac para dar um título ao seu livro distópico Não Verás País Nenhum, publicado pela primeira vez em 1981.

Trata-se de uma distopia que se passa em um Brasil em que a Amazônia já virou um deserto, os rios secaram, as bolhas de calor matam qualquer um que entre nelas e existem fichas para as coisas mais simples, como obter água e passar de um bairro a outro da cidade. No entanto, o que mais me impressionou nessas páginas foi o tom intimista com que a história é narrada.

O livro é escrito em primeira pessoa, e o protagonista-narrador, Souza, conta sobre o emprego tedioso, o casamento que não anda bem, a frustração diante de tudo. Um tom melancólico que adoro - e que só encontro na literatura brasileira.

No entanto, é bom frisar que temos aqui um narrador não inteiramente confiável. Se podemos acreditar em seus relatos sobre o estado de coisas, sobre como o Esquema governa a tudo com mãos de ferro, nossa confiança deve se reduzir quando ele fala do relacionamento com a esposa e sobre os motivos pelos quais ela acaba por abandoná-lo. E não, não espere encontrar aqui um herói que vai lutar contra o sistema.

Apesar do final ter um toque de esperança, a atmosfera do livro é toda sufocante e fica a questão: qual foi o ponto de não retorno? O que poderia ter sido feito de forma diferente para não se chegar àquela situação?

Um livro profético, e que nos faz torcer para "não ver país nenhum" como o que é descrito nele.
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Rodrigo.Gibaut 30/03/2024

Uma ficção escrita nos anos 80, no contexto de final da ditadura militar, ambientada num futuro distópico,, que traz projeções assustadoramente coincidentes com o Brasil atual.
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Alex.Santos 24/03/2024

Gostei muito do livro, foi meu primeiro contato com o autor e senti um certo desconforto porquê não me parece que esta realidade esteja tão distante assim.
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Helo 11/03/2024

O autor construiu uma versão do futuro que é, ao mesmo tempo, surreal, satírica e perturbadoramente realista. Como pode uma distopia escrita em 1987 continuar tão relevante nos tempos atuais?
No mais, se você está acostumado com distopias jovens (como eu), prepare-se para algo completamente diferente. Aqui temos um protagonista de uns 50 anos sem a menor pretensão de derrubar o sistema, mesmo discordando dele. Na verdade, ele mais se deixa levar pelos acontecimentos do que faz acontecer e, às vezes, isso deixa a narrativa um pouco confusa e chata, mas a premissa é tão interessante que te mantém entretido na maior parte do tempo.
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Bruno Oliveira 03/03/2024

UM ROMANCE SUFOCANTE
Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão é uma distopia bem brasileira. Situada na cidade de São Paulo, acompanhamos o cidadão Souza na sua vidinha besta condicionada pelo grande Esquema que, duma hora pra outra, dá uma guinada total de proporções bem difíceis de prever o que vai acontecer a seguir com ele. Souza não é uma personagem fácil de acompanhar; ele fala demais, faz várias digressões, tem várias alucinações que podem afastar o leitor mais preguiçoso, contudo, quem persistir com ele, vai ver o balburdia que é esse futuro brasileiro atual imaginado lá nos anos oitenta (a primeira edição da obra é de 1981). Muita coisa do que vemos hoje foi meio que prevista pelo autor! E isso, por si só, já vale a leitura do livro. Entretanto, por ser um romance distópico, ele, infelizmente, cai naquela obrigação de explicar e reexplicar os fatos políticos e catastróficos que acometeram aquela realidade — faz parte, né? Ainda assim, leia-o! A nossa realidade não é tão assim uma mera ficção; é real, BEM real!! Um romance sufocante.
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rookvalente 01/02/2024

Falta muito pouco
Dois passos na direção errada e estaremos vendendo a urina para comprar o ar.

Uma ficção-alerta sobre como somos parte da natureza. Não existimos à parte dela.

E um romance sobre como um olhar apático, nos faz matar tudo que há de belo ao nosso redor.
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Itamara 24/01/2024

Não há tempo para cremar todos os corpos. Empilham e esperam
Distopia é um gênero que sempre me fisga, não lembro de nenhum que tenha lido e não gostado até hoje. Depois de muito tempo esperando na fila interminável de livros que todo leitor tem, essa foi minha escolha para iniciar o ano. E foi bem acertada! Enredo super atual e que me deixou sufocada. Incontáveis vezes parei de ler e fui levar um vento no rosto e beber água, tamanha agonia que ele me causou. É irônico, engraçado, triste e profético: tudo isso ao mesmo tempo. Gostei de muita coisa , mas principalmente das referências à ditadura, os momentos nostálgicos e lembranças de como toda a tragédia climática foi acontecendo, o que sempre rendia diálogos interessantes e trechos marcantes, além da personalidade do protagonista Souza (nome mais brasileiro impossível e na minha visão um rebelde conformado como muitos de nós), algo que é inclusive contraditório já que não consegui criar empatia por ele e por vezes senti raiva de suas atitudes. A animalização do ser humano e o desespero diante do caos são pontos bem trabalhados também. Quanto tempo falta para ?vivermos? o imaginado pelo autor?
Marcio.Caten 25/02/2024minha estante
Quando a gente concebe o ano em que foi lançado, fica ainda mais impressionante




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