Maus

Maus Art Spiegelman




Resenhas - Maus


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Andrea 06/07/2024

Não adiantou ser uma HQ com animais como personagens, é terrível igual.
As marcas que ficaram em quem sobreviveu não eram só físicas eram na alma.
Achei ofensivo com os gatos eles representarem os nazistas...
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maxwellcruz_ 06/07/2024

Uma obra prima!
Um livro perfeito pra quem quer ler e entender o nazismo/holocausto em um formato diferente. é um tanto pesado, mas cercado de muita verdade!
Pablo39 10/07/2024minha estante
Canetou




Augusto236 05/07/2024

A lente de um trauma
Maus, de Art Spiegelman, mantém viva uma constante lembrança: a segregação (no livro, radical, como de fato foi) racial, em seu sumo sentido, entre os judeus e os alemães de outras etnias e/ou religiões. Mais ainda, lembra da injúria com a qual referia-se aos descendentes de origem judaica (os ratos, no alemão, "Maus").

O traço estilizado, quase infantil, busca tirar o véu que separa a violência dos generais nazistas com a realidade que foi o Holocausto. Ao mesmo tempo, não tem como finalidade única um retrato da violência: é um conjunto de relatos do pai de Art, muito longe de um santo, mas muito mais próximo de um humano como qualquer outro, com falhas, vieses, preconceitos puramente estruturais, etc.

Ao contrário da "lente do mal puro", onde os nazistas são a personificação do mal, e os judeus, da vítima pacífica, a narrativa busca puramente uma impressão do fato. Os judeus (embora aqui generalizados. Não o são no livro) possuem diversas falhas morais, algumas das quais aproximam o próprio pai de Art do antissemitismo nazista: mas em sua lente, os negros.

A crueza da narrativa, intercalada com grandes porções da história do próprio Art escrevendo o livro e sua relação muito mais do que confusa com o pai, traz à tona também que a lembrança do holocausto é fraca demais: Hannah Arendt diria que, mais do que a banalização do mal, estamos sofrendo com o esquecimento do sofrimento causado. Vemos hoje narrativas e bio-pics de monstros, buscando aproximá-lo do público, trazendo mesmo "motivos" para ele "ter feito o que fez". Que não se esqueça nunca: não há resquício de humanidade em qualquer pessoa que vê o mal e cala.

Em um curto overall: Maus é uma narrativa devorável que traz a sempre necessária memória de uma das piores catástrofes humanas da história, com um traço que abrange e tira a memória do mal de seu pedestal, vendo tudo a partir da lente de um trauma irremediável.
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luiza445 04/07/2024

esse livro literalmente mudou minha vida. a história é contada tão organicamente, mostra tantas coisas que a escola não conta sobre o holocausto, mostra tantas nuances da vida dos sobreviventes e seus descendentes. simplesmente incrível.
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Mary 02/07/2024

Maus é um Hq que vai contar a história de Vladek, um judeu sobrevivente da segunda guerra mundial.
Esse é um livro muito bom porque vai ampliar um pouco seus conhecimentos sobre o holocausto e a segunda guerra como um todo.
Eu gostei dele, mas Vladek me deu um pouco de raiva por ele ser racista, mesmo tendo passado por tudo aquilo.
Os Nazistas me deram ainda mais nojo e raiva do que normalmente dava depois de ter lido o livro.
Mas uma coisa que eu admirei nele, é que os Judeus são representados como ratos, Nazistas como gatos, Poloneses são sapos e Americanos são cachorros.
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quaresmaktt 02/07/2024

O HQ mais importante?
Maus de Art Spiegelman é um HQ com bastante camadas, é uma obra que retrata o Holocausto, sendo jornalística, que inclusive ganhou o Prêmio Pulitzer de 1992. Mas também é biográfica, contando a história de Vladek e autobiográfica, com Art Spiegelman contando sua história, sua relação com o pai e seus questionamentos.

Na primeira página tem uma citação de Hitler: ?Sem dúvidas os judeus são uma raça, mas não são humanos.?
Art metaforicamente desenha os judeus como ratos, poloneses não judeus como porcos, alemães como gatos e americanos como cachorros. Os nazistas desumanizavam os judeus a todo momento, sempre os tratando como vermes, algo inferior.

É um livro duro e comovente, Art consegue demonstrar muito bem os sentimentos de horror, temor e luta para sobrevivência a cada momento através dos quadrinhos. Vladek sobreviveu de forma inteligente e estratégica, estava sempre se colocando em risco em busca de algo melhor, como esconderijos, comida, vestimenta e pequenos privilégios.

O relacionamento de Vladek com sua esposa Anja é lindo e comovente. Ele estava a todo momento arriscando sua vida para protegê-la e alimentá-la bem, e quando eles se separaram no campo de concentração, Vladek teve que passar fome para economizar alimentos por um bom tempo, para subornar guardas, mas estar perto de sua esposa não tinha preço, depois eles se separam novamente e só se reencontram após a guerra e esse reencontro é emocionante.

Apesar da HQ falar sobre o Holocausto, algo horrivel e triste, Spiegelman consegue trazer uma leveza na história, alternando o momento atual do cotidiano com o pai, que às vezes chega a ser cômico pela sua chatice e avareza, com os flashbacks do pai contando sobre suas experiências em Auschwitz.

Falando um pouco sobre a chatice de Vladek, o Art chega a dizer que seu pai seria o retrato racista do judeu avarento. Percebemos que Vladek é completamente traumatizado pelo o que passou, ele se torna muito avarento, economizando tudo e desperdiçando nada, como se fosse fazer falta depois, como se ainda estivesse vivendo na guerra.

Art sequer tem um bom relacionamento com o pai, eles são afastados, mas conforme Vladek conta as suas experiências, esse afastamento vai diminuindo e os aproximando, pois Art vai conseguindo entender melhor por que ele é assim, apesar de ter alguns conhecidos dele também serem sobreviventes, cada pessoa reage de uma forma e essa foi a forma que o pai reagiu.

Art tem uns questionamentos fortes e conversa com seu terapeuta, também sobrevivente, sobre sua importância e seu valor aos olhos do pai em relação ao filho ?perfeito? que faleceu no Holocausto, sobre seu questionamento que se pudesse escolher entre a mãe e o pai estar vivo, ele escolheria a mãe, e também sobre sua própria insignificância, pois para ele o pai era um herói por ter sobrevivido a guerra e ele não era ?ninguém? e não teve dificuldades. Seu terapeuta diz que ter sobrevivido não faz ninguém um herói, que era algo completamente aleatório e talvez pura sorte.

Maus é uma obra atemporal, pois mudou totalmente a forma dos HQs serem vistos. Pessoas não acostumadas à leitura de quadrinhos, muito menos considerando-os uma leitura séria, encontramos aqui um dos piores horrores do mundo com um estilo completamente diferente, associado ao prazer da infância, sendo poderoso e comovente.

Enquanto o gênero HQ de super-heróis atraía um grande público, indo além da aventura superficial, Maus, de Spiegelman, fez ainda mais, provou que os quadrinhos poderiam contar histórias importantes e acessíveis, não ligadas a super-heróis. O papel de Maus na expansão de público dos quadrinhos dificilmente será superado. Ele abriu caminhos para que as histórias em quadrinhos entrassem em discussões literárias sérias e estudos acadêmicos.

Para mim, MAUS deveria ser uma leitura obrigatória, para aprendermos a ter empatia e compaixão pelo próximo, pois não deveria existir qualquer tipo de preconceito. Infelizmente ainda temos alguns resquícios de nazismo, como aconteceu algumas marchas neonazistas por ai, nos EUA, Paris, Alemanha, etc? Estamos na era do cancelamento e discursos de ódios, seja para etnias, religiões, ideologias e gêneros diferentes, onde qualquer diferença é motivo para discurso de ódio, então não podemos deixar isso ganhar força, pois para sair do discurso e ir para pratica é uma linha tênue.

?Primeiro levaram os negros, mas não me importei com isso, eu não era negro.
?Em seguida levaram alguns operários, mas não me importei com isso, eu também não era operário.
?Depois prenderam os miseráveis, mas não me importei com isso, porque eu não sou miserável.

Depois agarraram uns desempregados, mas como tenho meu emprego, também não me importei.

Agora estão me levando, Mas já é tarde, como não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo.?

Beltort Brecht
hiiiirayyy ;) 02/07/2024minha estante
perfeito, preciso ler?


quaresmaktt 02/07/2024minha estante
recomendo demais!




monica pottratz 01/07/2024

Trágico
O livro todo eu só queria abraçar e dizer que tudo ia ficar bem. Tanta coisa que ele passou, que todos eles passaram pra no fim aparecer uns jumentos na internet e ser a favor da supremacia de uma raça, sinceramente vai estudar, vai ler um livro como esse que aborda um tema tão pesado de uma forma descontraída mas dolorosa.
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giuliamarquees 01/07/2024

.
Minha primeira vez lendo algo nesse estilo de escrita e a leitura fluiu bastante. Boas analogias e referências.
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letty biachi 01/07/2024

U a u, que livro humano
Esse livro é perfeito em tudo, a arte dos quadrinhos, a delicadeza de contar a história de um sobrevivente do holocausto em todas suas nuances, no antes e no depois do acontecimento também, e na metalinguagem utilizada bastante, pois como o art estava retratando o próprio pai (e a si mesmo) ele fala sobre estar criando o quadrinho e o processo em si constantemente; muito legal, o começo da parte 2 então? uma crítica metalinguística muito boa, amei demais.

todas as críticas são muito bem colocadas, o pai do art é uma pessoa cheia de preconceitos, é um velhote chato extremamente rabugento, mas também muito traumatizado e debilitado. não é NADA fácil gostar dele, alguém descaradamente machista, ignorante e racista. mas também um sobrevivente de uma das maiores (senão A maior) barbaridade imposta sobre um ser humano. é muito, muito triste acompanhar sua jornada. apesar dele ter sobrevivido não dá pra considerar que teve um final feliz.
gostei também que o próprio art não se pinta como perfeito, ele é sem paciência alguma com seu pai (dá pra entender/compreender) e muitas vezes muito grosso com um senhor que apenas precisa de atenção e cuidado, mesmo sendo difícil de lidar... gera várias reflexões sobre esse contraste de gerações também.

fiquei feliz ao pesquisar e descobrir que o art segue com sua esposa francesa ?
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@agathaltpiza 01/07/2024

Eu já li alguns livros sobre o Holocausto, mas nenhum conseguiu trazer uma narrativa tão sensível quanto “Maus”.
Vou precisar de um tempo para digerir tudo o que eu li e vi nessa hq, acredito que a leitura se tornou ainda mais pesada com o passar das páginas porque você ta lendo uma história onde o pai conta pro filho, como foi sobreviver ao holocausto.
O fato do livro trazer essa história contada e também intercalar com os “dias atuais” onde o autor mostra o seu relacionamento com o seu pai, tornou o livro ainda melhor e você sente que está ali junto, ouvindo as histórias com o autor e não apenas lendo um relato passado de pai para filho.
Ler sobre a vida de Vladek, pai do autor, antes, durante e depois a guerra faz você entender o seu comportamento nos anos pós guerra. Ele é um sobrevivente que tem que lidar com tudo o que passou, e é impossível isso não refletir nos anos restantes da sua vida.
É uma leitura muito forte e ao mesmo tempo delicada, contada de uma forma que pode alcançar leitores de diversas idades. Eu amei a leitura, recomendo à todos.
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lara855 30/06/2024

?Uma obra de arte brutalmente tocante? - Boston Globe
Um relato intensamente pessoal da sobrevivência de uma família, de fugas quase impossíveis e encarceramentos, que lida de forma artística com experiências e emoções que muitos fariam de tudo para esquecer. Um relato que mostra como, quando a vida chega ao nível da mera subsistência, confiança e traição assumem dimensões sem precedentes.
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Gabibis 28/06/2024

Maus
"É, a vida sempre toma o partido da vida, e as vítimas levam a culpa. Mas não foram os melhores que sobreviveram ou morreram. Foi aleatório!"
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Abgail9 28/06/2024

Eu não gosto muito de HQ, e acho uma HQ meio pesada para quem vai começar esse tipo de leitura. Eu li pois a escola pediu.
Mas no geral a história é boa e retrata bem a segunda guerra, o nazismo e tals
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Claudinei43 28/06/2024

"Maus", escrito e ilustrado por Art Spiegelman, é uma obra singular que transcende os limites da narrativa gráfica ao explorar profundamente as memórias do Holocausto através das experiências de seu próprio pai, Vladek Spiegelman, um sobrevivente dos campos de concentração nazistas.

Publicado originalmente como uma série de quadrinhos entre 1980 e 1991, "Maus" é amplamente reconhecido por sua abordagem inovadora e comovente. A obra é apresentada como uma história dentro de uma história: Art Spiegelman não apenas retrata as experiências de seu pai durante a Segunda Guerra Mundial, mas também explora a complexa relação entre eles, suas próprias dificuldades como filho de sobrevivente do Holocausto e as consequências psicológicas do trauma transmitido através das gerações.

A escolha de representar judeus como ratos e nazistas como gatos (e outros animais) adiciona uma camada de simbolismo poderoso à narrativa, ampliando a compreensão dos eventos históricos e evocando reflexões sobre discriminação, desumanização e identidade. Esta abordagem visual não apenas destaca a brutalidade do Holocausto, mas também permite uma conexão emocional profunda com os personagens, suas lutas e suas esperanças.

Além de ser uma obra de história e testemunho pessoal, "Maus" desafia as convenções do gênero dos quadrinhos ao elevar seu status como uma forma de arte séria e profunda. A habilidade de Spiegelman em equilibrar momentos de tensão e desespero com outros de humanidade e esperança torna a leitura de "Maus" uma experiência intensamente emocional e educativa.

Em suma, "Maus" não é apenas uma história sobre a tragédia do Holocausto, mas também sobre a resiliência do espírito humano e o poder da arte para contar histórias que transcendem o tempo e as fronteiras culturais. É uma leitura essencial para aqueles que buscam compreender não apenas a história do século XX, mas também as profundezas da experiência humana em face da adversidade extrema.



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