Floradas na Serra

Floradas na Serra Dinah Silveira de Queiroz




Resenhas - Floradas na Serra


46 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


g i g i 26/11/2021

"Entraram. Fazendo roda, moças e rapazes risonhos marcavam a cadência, e alguém dançava. Doutor Celso rompeu o círculo. Uma nuvem cor-de-rosa passava e repassava num rodopio constante. A saia de gaze rosa adquiria vida, a vida de uma mariposa fascinada e revoluteante. Brilhando à luz intensa, coberto um segundo pelas mangas esvoaçantes e logo desnudado, o semblante de Belinha aparecia todo rosado, numa expressão mística ideal."
comentários(0)comente



Nina 13/11/2021

Nossa 'Montanha mágica'
Não tem como não traçar paralelos entre o clássico de Thomas Mann e este belo livro.

Mas embora ambos tratem do processo de formação de seus protagonistas e se passem em um ambiente destinado ao tratamento de tuberculosos, a dimensão do tempo e do mundo deixado para trás são tratados de forma muito diversa.

Graças a este movimento de resgate de clássicos nacionais esquecidos e republicação de grandes escritoras.
comentários(0)comente



Cristiane 28/10/2021

Floradas na Serra
Hoje temos a vacina contra a tuberculose e também temos os antibióticos. Mas no começo do século XX a tuberculose não tinha cura, era uma sentença de morte. Campos do Jordão era o refúgio e a última esperança daqueles que contraíram está doença. Neste livro encontraremos Elza, Belinha, Lucilia, Turquinha, Firmiana... Jovens mulheres que de uma forma ou de outra estão ligadas a esta doenças. Umas se curam e retornam outras não...
comentários(0)comente



Lila 15/10/2021

Eu não conhece a autora?
E me surpreendi! Escrita leve, poética e muito delicada. Foi uma boa surpresa neste ano, além de falar sobre um contexto histórico no Brasil que eu não tinha muito conhecimento.

Acho que não gostei muito da personagem principal é das atitudes dela, mas isso não é algo para se reclamar. A Elsa me lembrou que nem tudo é como eu queria.

Tirando isso, estava esperando um recorte diferente do livro e só por isso não dô 5 estrelas.
comentários(0)comente



Maria.Vitoria 29/08/2021

Leitura agradável. O livro possui descrições bem bonitas das paisagens em geral, apenas o final da história que me deixou um pouco desanimada
soniamara.parat 23/10/2021minha estante
Era a realidade da época!!! Triste mesmo!




thaina.damasceno 06/06/2021

grave
conhecia pouco sobre a epidemia de tuberculose no Brasil e Floradas na Serra foi incrivelmente interessante

a leitura é realmente muito boa, me senti em Campos do Jordão com as descrições não cansativas da autora

eu amei muito as personagens (principalmente Belinha e o pintor), foi doloroso conhecer a realidade do que viveram e as cicatrizes que tinham

foi o primeiro livro de uma autora brasileira que li e a experiência foi ótima, já quero ler ?A muralha?
comentários(0)comente



Carol 21/05/2021

Impressões da Carol
Livro: Floradas na Serra {1939}
Autora: Dinah Silveira de Queiroz {Brasil, 1911-1982}
Editora: Instante
208p.

Durante séculos, a tuberculose foi conhecida como a "Peste Branca", com uma taxa anual de mortalidade estimada em 7 milhões de pessoas. O bacilo de Koch só foi identificado em 1882, a vacina BCG, aplicada em humanos, pela primeira vez, em 1921 e o uso de estreptomicina, autorizado a partir de 1944.

Até meados do século XX, o tratamento da doença tinha como pressuposto a cura espontânea do paciente, com uma boa alimentação, repouso e isolamento num clima de montanha. É este o cenário que Dinah Silveira de Queiroz traz em seu primeiro romance.

Na década de 1930, a cidade de Campos do Jordão, localizada na Serra da Mantiqueira, era praticamente uma cidade sanatório, com pensões e hospitais, que recebia os jovens doentes de famílias abastadas da região.

"Floradas na Serra" acompanha a estada de Elza, na pensão de Dona Sofia, sua amizade com outras enfermas - Lucília, Belinha e Letícia - seu tratamento e o relacionamento com Flávio. É um registro ficcional de um período endêmico, num Brasil ainda fortemente patriarcal.

É um livro muito bonito, porque a escrita de Dinah é muito bonita, fluida e delicada. A natureza é descrita de forma exuberante, o leitor se transporta para aquela Campos do Jordão, uma cidade isolada, fora do tempo.

É um livro melancólico. Os personagens são jovens lidando com o amadurecimento, a descoberta do amor, as escolhas para o futuro. Um futuro incerto, no entanto, devido à doença, cujo tratamento, à época, era bastante precário.

A temática talvez afaste os leitores, neste momento, pois também estamos numa pandemia. A diferença é que para a Covid temos vacina, que não nos chega por negligência e inépcia do governo federal.

Por outro lado, é interessante pensar que, durante séculos, a tuberculose foi uma doença sem tratamento e a ciência e a humanidade prevaleceram. Tudo passa, mesmo quando a esperança esteja baqueada.

Recomendo a leitura. Leiam Dinah Silveira de Queiroz.? E para quem é cinéfilo, "Floradas na Serra" foi adaptada para o cinema em 1954, com Cacilda Becker e Jardel Filho.
comentários(0)comente



Karla 08/03/2021

Nostalgia
Muitas palavras podem se relacionar à historia que "Floradas na serra" nos conta: isolamento, medo, solidão, preconceito, esperança, amor, amizade.... Mas, uma em particular, acredito que consegue reunir todas as demais. Essa palavra é "Nostalgia". Lembranças de um tempo em que se tinha saúde perfeita, lembranças de pessoas queridas que ficaram para trás, lembranças de un amor à espera...
A relação entre Elza, Lucília, Letícia e Belinha marca a vida das quatro meninas de forma pungente. Os dramas narrados pela autora são essenciais para o crescimento delas, seja para a cura ou não. Mas o que fica é a amizade.
Senti falta de um final mais definido, queria saber mais, o que aconteceu depois?
Mas é um romance delicioso de ser lido. Um tema complicado, mas escrito de maneira muito sensível e agradável.
comentários(0)comente



Moises Celestino 23/08/2020

"Revisão do Livro"
"Floradas na Serra", contém leitura simples e tocante, cujo texto, muito bem elaborado por Dinah Silveira de Queiroz, consagrada romancista brasileira. Teve adaptação memorável para o cinema, em 1954, que resultou num filme melodramático, mas muito bonito, por sinal. No elenco principal, a diva Cacilda Becker e o também talentoso e prematuramente falecido ator Jardel Filho. Voltando ao romance, recomendo a releitura aos fãs da nossa literatura.
comentários(0)comente



Lara 25/07/2020

(...)" Os amores aqui são assim todos...Duram pouco. Muitos porque começam perto da morte, muitos porque aquele que se cura esquece o outro que fica."

Ao que parece esse foi o primeiro romance da Dinah, o que rendeu preciosos prêmios. A história começa quando Elza chega de trem a Campos do Jordão para tentar conseguir estabelecer sua saúde e tratar sua tuberculose no clima mais ameno, em uma espécie de Vila repleta de sanatórios e pousadas para tratar tais pessoas. Conforme o livro avança nos deparamos c a morte inevitável de alguns personagens, o medo dos não infectados em contrair a doença, o preconceito advindo do temor em questão, o receio de retomar a vida dos que "descem" (se curam). O título do livro ao meu ver não se trata apenas da beleza advinda das flores do local, e sim uma apologia à primavera e sua natureza tão cheia de vida, Elza doente, teme sua morte e quer seu florescer urgentemente. Embora o ritmo seja lento (diferente do que li anteriormemte), adorei o livro e super recomendo!.
comentários(0)comente



Hel 09/06/2018

Livro de Contrastes
Este é um livro sobre a morte e ao mesmo tempo sobre a vida. Quando finalmente, depois de uma árdua busca nas bibliotecas, o tive em minhas mãos, fui lendo ora chocada, ora fascinada, pois a linguagem de Dinah Silveira de Queirós é bela e lírica e ao mesmo tempo não nos poupa do lado mais pesado da doença. Nos anos 30, quando a tuberculose ainda não havia sido erradicada (ou quase) no Brasil, a jovem Elza é obrigada a abandonar sua famíia e seu noivo para se tratar em Campos do Jordão. De início ela dá a impressão de uma pessoa antipática, mimada até, pois a aparência saudável de outras pessoas lhe parece uma afronta ao seu estado. Mas em pouco tempo, com a convivência com as outras pensionistas e, de um modo geral, os outros habitantes em torno, ela vai percebendo que, onde há tanta morte as pessoas muitas vezes se apegam mais à vida; há festas, passeios na serra, visitas e até namoricos, planos sobre "o que eu vou fazer quando sair daqui". A partir de certo ponto, Elza vai perdendo um pouco o papel de protagonista e dando mais espaço para os outros personagens e seus dramas particulares. A autora não deixa de lado a crítica social, salientada na diferença entre os pacientes que podem pagar um lugarzinho numa pensão e os que são alojados em barracos miseráveis por famílias desesperadas por qualquer troquinho, mesmo arriscando ser contaminadas. E as alfinetadas no machismo; há o drama da empregada Firmiana, chutada pela patroa e pelo pai, depois que fica grávida, e ainda se acha culpada pela sua situação; a neurótica Cecília, que tem, ou melhor, força um caso com um rabugento escritor e mesmo o dilema de Elza. Na pensão, ela descobriu uma liberdade que não tinha antes, de passeios e namoros com o pintor Flávio, paciente do sanatório próximo; se ela se curar, terá de voltar para a vidinha de antes, cercada pelos familiares e para o noivado com um amigo de infância.
comentários(0)comente



Rafaella Britto 27/01/2018

Relembrar Dinah Silveira de Queiroz
A história brasileira é rica da presença de mulheres que deixaram sua marca nas páginas de nossa memória: na literatura, destacamos as figuras de Clarice Lispector, Rachel de Queiroz, Cecília Meireles, Lygia Fagundes Telles e Hilda Hilst. Entretanto, outro nome merece destaque entre as autoras reverenciadas: Dinah Silveira de Queiroz.

Embora esquecida em nossos dias, Dinah Silveira de Queiroz foi a segunda mulher a receber o título de imortal pela Academia Brasileira de Letras. A escritora paulista foi internacionalmente laureada já em sua estreia com Floradas na Serra. O romance foi levado às telas em 1955 pela Vera Cruz, estrelando a dama do teatro Cacilda Becker em seu segundo – e último – filme.

Análise completa em:

site: http://www.imperioretro.com/2017/04/floradas-na-serra-relembrar-cacilda.html
comentários(0)comente



Katherine 17/12/2016

Além da tuberculose
Livro denso e até pesado. Embora a doença (tuberculose) seja uma das protagonistas desta história, às vezes até esquecemos que as personagens são doentes, tamanha profundidade de suas relações, que ultrapassam suas condições físicas. Há algumas passagens bastante impactantes. A amizade entre as meninas da pensão, me lembra bastante o livro As meninas, de Lygia Fagundes Telles.
O desfecho é um grande ponto de interrogação.
comentários(0)comente



Renata 30/07/2012

Um pouco mais que bonito
Floradas na serra tem como linha de desenvolvimento a estadia de Elza, uma jovem moça, em idade de casar-se, que escondida de seu noivo e com apoio de sua família, viaja e permanece durante longa temporada em Campos do Jordão com o objetivo de tratar sua doença, de nome nunca pronunciado.

O livro explora a relação de Elza com as pessoas com que conviveu, relações essas coloridas de acordo com o estado de sua saúde, mostrando desde a solidão e despeito que sentiu quando chegou em Campos e se deparou com doentes em muito melhor estado do que ela, bem como o que sentiu quando provocou esses mesmos sentimentos em outras pessoas.

O livro ainda é precioso quando descreve os vários destinos daqueles milhares de pessoas que corriam para aquela região na busca de salvarem suas vidas. Aqueles que possuíam recursos ficavam em pousadas exclusivas para o tratamento, com todo o conforto, outros tinham que ficar nos sanatórios, dividindo enfermarias e outros ainda que nem disso podiam dispor dividiam a condição de miséria dos nativos mais pobres, que em troca de qualquer contribuição financeira expunham a saúde de toda a família ao receber tais hospedes. Todos buscavam salvar a própria vida.

Ainda é interessante notar a contraposição que a autora faz entre o deslumbre da paisagem natural e a condição de miséria, solidão e desespero que tais personagens chegavam.
Bom livro.
comentários(0)comente



Fimbrethil Call 03/10/2009

Bonito
Bonito esse livro, que com muita delicadeza conta como era o tratamento das pessoas com tuberculose em meados do século XX, quando a maior chance de cura era em Campos do Jordão, onde havia mais ar puro. Muito bonito mesmo.
comentários(0)comente



46 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR