O Rinoceronte

O Rinoceronte Eugène Ionesco




Resenhas - O Rinoceronte


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Áquila 29/07/2024

Teatro de altíssima qualidade
Como é possível que as pessoas aceitem se transformar em um rinoceronte, tão grotesco e violento? Como podem normalizar e banalizar a desumanização, e aceitar deixar de ser quem são para ser mais um?
Uma fábula assustadora porque tão real, que devia fazer parte da formação de todo leitor. Encontrem e leiam!
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Neto165 28/07/2024

Que surto...
Meu professor nos passou essa peça para fazermos leitura e depois atuarmos em uma leitura dramática. Essa é a segunda peça que leio e a experiência de leitura foi ABSOLUTAMENTE INCRÍVEL!!

O teatro do absurdo é tão carismático e singular que torna a leitura dessa peça fluída e até mesmo confusa, mas a forma que as entrelinhas da peça são conduzidas é absurdamente genial. A crítica é um alfinete impecável.
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Heloísa Delfino 17/04/2024

O primeiro que li de Ionesco e não será o último!
é, meus amigos, que crítica ABSURDA, e se torna ainda mais prazeroso de ler quando você entende o contexto histórico que a peça esta inserida. no fundo, somos todos massa de manobra que renunciamos nossos ideais e pensamentos pelo que acontece ao nosso redor e pelo que a maioria está entregue.
ionesco mostra isso de uma forma tão artística! os diálogos simultâneos, a riqueza nos detalhes? você lê e imagina perfeitamente o cenário, movimentações, personagens..
o teatro do absurdo de uma forma ABSURDA DE LINDA!
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ollem 16/03/2023

Uma bela metáfora
Este livro descreve perfeitamente como agimos quando surge uma pequena mudança e como cada um pode reagir a ela com o passar do tempo.
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dialeteista 15/02/2022

Um livro que ainda fala muito sobre nós, no Brasil, em 2022 ou em 1964 ou em 2013 ou em TANTOS outros anos. Fala sobre escolhas pessoais, moralidade, efeito de manada, liberdade de pensamento, quando eu passo a me importar com a dor ou as questões do outro e muito mais. Você se importaria se um rinoceronte passasse correndo na sua frente, na calçada? Talvez não. O absurdo só incomoda quando bate na porta da sua casa. Até lá, é só fingir que os rinocerontes não existem!
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Dávila 07/05/2021

Cuidado com eles...
A atualidade da obra de Ionesco é de impressionar.
Sua dramaturgia nos coloca frente a situações que mostram que o ser humano em algum momento do seu percurso no planeta orientou seu caminho para destinos nem sempre aceitáveis.
E apenas em situações limite como as expostas em "O Rinoceronte" ele consegue refletir sobre a sua pequenez, sua tragédia e seu lado bestial.
Os diálogos são brilhantes principalmente nos dois primeiros atos onde as falas e as "deixas" se acumulam de tal forma que começamos a atribuir uma multiplicidade de sentidos para a mesma frase de determinado personagem, ou o contexto desse "caos".
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Beatriz.Linhales 05/04/2021

Ionesco atemporal. Isso é bom ou ruim?
Primeira do Ionesco que li! Fui muito bem acompanhada de amigos mega inteligentes e a discussão depois que acabamos foi linda, mas não vou saber transpassar tudo pra cá rs.
Em poucas palavras, eu amei. Teatro do absurdo tem um lugar especial no meu coração, principalmente pelo significado histórico e crítico que esse movimento tem. É uma peça com muito peso mas que ao mesmo tempo pode ser encarada com leveza e humor, depende dos olhos de quem lê. Apesar de ter escutado críticas ao autor, foi uma das obras que mais gostei de ler, possivelmente por ter me iniciado no teatro do absurdo. Já tenho mais Ionesco na minha lista e vou ficar fera nele, fica vendo...
Recomendo muito, principalmente pra quem ta procurando incessantemente um manual de como não virar rinoceronte no meio desse mar de bolsom...rinocerontes!!!
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Cleudna 16/03/2021

Perfeito
?Eu me defenderei contra todo o mundo... Eu sou o último homem. Não me rendo?.

Neste livro vamos acompanhar a transformação de uma cidade pacata após a passagem de um rinoceironte por suas ruas.
.
Conversando calmamente num café, as pessoas de repente são sacudidas pela estranha visita, sentem-se ameaçadas e também procuram compreender. Algumas pessoas alegam que as autoridades não deveriam permitir que este tipo de animal invada a cidade, outras procuram raciocinar sobre a hipótese de tudo não passar de um sonho, outros ainda não dão a menor importância, envolvidos em seus diálogos ridículos.
.
O perigo do rinoceironte só é encarado como algo real quando um acontecimento violento choca os moradores e com isso o livro abre o segundo ato que gira em torno do medo do animal. Nesta segunda parte aparece um personagem que não acredita na situação, acha que tudo é um delírio coletivo.
.
Um dia uma moradora diz que seu marido está doente, e que ela foi perseguida por um rinoceronte o caminho todo e enquanto ela falava, todos ouviam os urros do animal espreitando os moradores pelas ruas.
.
A moral desta fábula envolve a crítica ao pensamento totalitário que esmaga o outro, gerando um sistema que não deixa espaço para oposição. Além do totalitarismo temos uma crítica forte ao comodismo também, seja ele por interesse ou inércia vemos aqui as consequências de não reagir, a renúncia do direito de pensar. O rinoceironte é uma metáfora para a invasão nazista da época e a aceitação e o medo são bem descritos através da situação inusitada da invasão.
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Cleudna 16/03/2021

Perfeito
?Eu me defenderei contra todo o mundo... Eu sou o último homem. Não me rendo?.

Neste livro vamos acompanhar a transformação de uma cidade pacata após a passagem de um rinoceironte por suas ruas.
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Conversando calmamente num café, as pessoas de repente são sacudidas pela estranha visita, sentem-se ameaçadas e também procuram compreender. Algumas pessoas alegam que as autoridades não deveriam permitir que este tipo de animal invada a cidade, outras procuram raciocinar sobre a hipótese de tudo não passar de um sonho, outros ainda não dão a menor importância, envolvidos em seus diálogos ridículos.
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O perigo do rinoceironte só é encarado como algo real quando um acontecimento violento choca os moradores e com isso o livro abre o segundo ato que gira em torno do medo do animal. Nesta segunda parte aparece um personagem que não acredita na situação, acha que tudo é um delírio coletivo.
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Um dia uma moradora diz que seu marido está doente, e que ela foi perseguida por um rinoceronte o caminho todo e enquanto ela falava, todos ouviam os urros do animal espreitando os moradores pelas ruas.
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A moral desta fábula envolve a crítica ao pensamento totalitário que esmaga o outro, gerando um sistema que não deixa espaço para oposição. Além do totalitarismo temos uma crítica forte ao comodismo também, seja ele por interesse ou inércia vemos aqui as consequências de não reagir, a renúncia do direito de pensar. O rinoceironte é uma metáfora para a invasão nazista da época e a aceitação e o medo são bem descritos através da situação inusitada da invasão.
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Felipe1503 31/12/2020

É um livro com uma forma de narrativa diferente do que costumo ler, sendo em formato de peça com as falas dos personagens, a quem eles estão se dirigindo, suas divagações e etc. A princípio eu estava achando tudo muito chato e sem motivo nenhum, isso no primeiro ato. E é a partir do segundo ato que as coisas começam a fazer mais sentido, e ao mesmo tempo consegui me adequar melhor a proposta do que o livro queria trazer com a narrativa.
Os personagens são bem diferentes e eu pessoalmente no final não consegui gostar de nenhum realmente, só um pequena empatia por um deles, mas nada além.
O livro como um todo tem muitas divagações sobre várias coisas filosóficas e de cotidiano, mas teve certos pontos principalmente no início, que não dava pra entender nada e nada parecia realmente importar. Mas penso que também talvez esse seja um dos objetivos da peça, trazer a relatividade das coisas, pois o que pode ser banal pra uns, pra outros pode ser algo de muita relevância.
O final pode ser até uma surpresa, e ao mesmo tempo não dá pra entender mais uma vez, assim como o início. Foi uma final que fica muito subentendido, relativo até, porque tem certas partes de falas de alguns personagens que nos deixam pensando em algumas coisas, e eu pessoalmente passei a levar muito essa visão como uma ?explicação? das muitas coisas que talvez o autor quisesse passar para os espectadores já que é uma peça de teatro, assim como é claro, para os leitores. Foi uma leitura interessante, não muito fácil, diferente, mas que vale a pena conferir.
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Bruno Oliveira 16/10/2020

..
Achei meio chatão, com várias coisas que não se encaixam muito bem e não deixam muito clara a posição do autor. Tem momentos que são mais propositivos, mas eles duram pouco tempo e, diante do caos geral da coisa, não é muito certo o que eles significam.

Se no Beckett a falta de sentido das coisas meio que tem uma mensagem de fundo, ao ler este aqui aqui eu só fiquei boiando mesmo. Dá para tentar jogar interpretações no texto, claro, mas não li nenhuma que amarrasse tudo.
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Caroline.Dias 23/06/2020

Um livro muito reflexivo
 E se um dia você acordasse, e visse que as pessoas ao seu redor estavam se tornando rinocerontes ?

É disso que essa história se trata, no inicio do livro tudo pode parecer muito confuso, são varios diálogos atravessados, muitas pessoas conversando ao mesmo tempo, o que pode tornar a leitura confusa de incio, mais ao correr da história a gente se encontra com facilidade no meio da confusão toda. 
O que me chama mais atenção nessa história, é que as pessoas DECIDEM se tornar rinocerontes, elas discutem entre elas "nossa, você viu, fulano também virou rinoceronte, eu não esperava isso dele" e no fim as próprias pessoas que julgavam, também decidem virar rinocerontes. O que me deixou com uma questão em mente, por que rinocerontes? Toda uma cidade decide se transformar em um animal bruto, grande, desengonçado, e com baixa visão por qual razão?
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EduardoCDias 20/06/2020

Teatro do absurdo
Ser diferente ou seguir a ?manada?. É assim que Béranger se sente depois que todos os seus conhecidos, aliás, toda a cidade se transforma em rinoceronte. Um a um. E não adianta lutar contra...
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Leonardo.H.Lopes 11/04/2020

O Rinoceronte: uma grande alegoria
Escrito no final dos anos 50, esta peça de Ionesco se divide em 3 atos e 4 quadros e conta a história de uma vila que é acometida pela "rinocerite": os habitantes começam a se transformar, a priori, em rinocerontes. O protagonista, Bérenger, se coloca numa postura de resistência e assombro diante dessa realidade, vendo amigos e conhecidos aos poucos se transformando em animais com cornos e seguindo a manada. Basicamente, o enredo é este, simples à luz da análise superficial e se tornou um divisor de águas no teatro francês ao se tornar o expoente da vertente do teatro do absurdo. O autor brinca com máximas filosóficas, silogismos e distorce a realidade para retratar a própria realidade.

Ademais, mais interessante que a peça em sentido literal - pessoas que se transformam em rinocerontes - é refletir sobre a peça em sentido alegórico - o que esse virar rinoceronte simboliza e como essa situação absurda em palco é tão palpável nas ruas. Num primeiro momento, podemos conceber a obra como metáfora para a cultura de massa, para ideologias que são postas como visão de mundo e que são seguidas sem questionamentos por quem se deixa levar - esse “deixar levar” é crucial no texto de Ionesco, que deixa claro que as pessoas decidem virar rinocerontes. Além disso, podemos traçar paralelos com ideologias totalitárias, principalmente com os regimes nazifascitas. A ideologia de Hitler invadiu as mente e o coração de milhões de pessoas durante a Segunda Guerra - situação vivida pelo autor - e temos que milhões dessas pessoas seguiram por ignorância, assim como muitos se deixaram levar conscientemente. Temos a ideologia, a "rinocerite", entrando no trabalho, na vida cotidiana, na ciência, na razão - O Lógico, personagem que simboliza o pensamento racional, por mais ilógico que seja, também vira rinoceronte. Os rinocerontes tomam as ruas e os meios de comunicação até o ponto de as pessoas “normais” passarem a acreditar que ser rinoceronte é ser normal e ser humano é ser anormal - tudo o que não se encaixa num determinado grupo de ideias hegemônicas deve ser condenado.

De resto, essa peça de Ionesco se tornou uma de minhas preferidas e me levou às reflexões acima, me fazendo chegar que o absurdo que rotula sua abra se refere ao quão absurda é a psique humana em si. Um livro cinco estrelas que estou doido para um dia ver encenado e que será contemplado com inúmeras releituras.
Isadora.TAtto 28/08/2020minha estante
Ola Leonardo! Teatro do Osso montou Canto para Rinocerontes e Homens, tem no youtube caso queria assistir ;)




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