Resenhas - Mrs. Dalloway

Alice1720 02/04/2024

A realidade (?)
O estranhamento acontece, mas acho que o estranhamento é necessário em toda leitura. Quando se deixa levar pelo fluxo dos pensamentos múltiplos e inesperados, a sensação é a de que é possível compreender parte de um mistério insondável, isto é, a mente dos outros, através de palavras, mas não só palavras; através do movimento das ondas, da natureza, das pessoas; através de fios invisíveis que atam as pessoas por interesses e paixões; através de sensações identificáveis ao leitor ou inteiramente novas. Tudo em Mrs. Dalloway é a realidade, uma forma própria de retratá-la e criticá-la, provida de uma beleza própria, dessa assinatura de Virgínia.

Michele Rayane 01/04/2024

Sinto que não consegui entender tudo o que a história pode oferecer
A história do livro é boa mas eu não entendi nada kkkkk

A autora intercala os personagens entre o desenrolar da história e me senti no devaneio junto com ela, achei tudo muito confuso.

Eu sinto que não estava focada tanto quanto a história merecia.

Vanessa 31/03/2024

A história do livro é boa mas o desenrolar muito confuso. A autora intercala personagens entre os textos o que achei bem difícil de entender.

Felipe 30/03/2024

Muitas reflexões
Sinceramente, gostei do livro, mas senti que eu não estava preparado ou focado o bastante pra apreender todos os detalhes e personalidades dessa história incrível.

dotevski 29/03/2024

Sinto que não consegui absorver tudo que o livro oferece. é curioso ler um livro narrado em fluxo de consciência, tudo ocorre simultaneamente e a mudança de pontos de vista acontece sutilmente, em dado momento é tão sutil que precisei reler para identificar onde ocorreu a mudança. mas logo me atentei e me acostumei. o livro relata um único dia mas é além disso, é de todo o passado e presente, sobre o que há dentro e fora, do o que levou os personagens a esse momento. virginia woolf cria personalidades muito interessantes, mostra percepção do pós guerra em diferentes povs. quero mto conhecer mais da autora futuramente e reler esse livro daqui a um tempo.

Elineuza.Crescencio 29/03/2024

A festa
Leituras de Março 2024 – 14
Título: Mrs. Dalloway
Autoria: Virgínia Woolf
País: Reino Unido
Tradução: Denise Bottman
Páginas: 282
Editora Antofágica – RJ - 2023
Avaliação: 4/5
Início da Leitura: 21/03/2024 Término da leitura: 23/03/2024

Autora
Escritora de renome internacional e no cenário londrino do período entre guerras.
Precursora do estilo literário em fluxo de consciência ao lado de James Joyce e William Faulkner.
Navegou entre os mais diversos gêneros literários: Ensaios, Contos, Romances, Teatro.

Sobre o livro
Clarissa dará uma festa e resolve ela mesma sair para a manhã de Londres, comprar as flores que decorarão a casa.
Durante o percurso encontra amigos, conhecidos, aprecia as vitrines e visita a loja de chapéus.
Convida pessoas para a festa e revê amigos que estavam fora por muito tempo.
Imagina o comportamento das pessoas e intimamente faz questionamentos sobre política, medicina, cuidados pessoais, até de fato comprar as flores e voltar para casa e se preparar para a recepção aos amigos e visitantes.
A história toda se passa em apenas um dia.
Um fato, porém é muito relevante: um dia da vida de alguém depende sempre dos dias anteriores ao dia presente.
Clarissa é comunicativa, é casada, tem mais de cinquenta anos, gosta de ler Sheakspeare e tem muitas habilidades artesanais que envolvem a costura.
É uma história romântica que me lembrou de um conto de Natália Ginzburg – Festa no Jardim.
Gostei.

Thiago 29/03/2024

Até entendo a importância deste clássico para a literatura inglesa e mundial, em sua temática e em seu estilo, mas a história dessas personagens não me envolveram na maior parte do tempo.
O fluxo de pensamentos de cada um em sua rotina deste dia sugere muita coisa a mais que extrapola esse livro, mas não conseguie envolver com eles.

Paola 28/03/2024

...
Não sabia o que esperar de Wolff antes de lê-la, e acabei ficando bem surpreendida.

As linhas de pensamento interligadas causam um estranhamento; algumas vezes não se sabe quem pensa o que, de modo que tudo realmente parece uma coisa só.

A história por trás das pessoas é interligada e muito bonita.

Fala sobre amor, saudade, arrependimento e redenção.

Muito bom, vale a pena a leitura.

Ariane 28/03/2024

Ainda não sei se gostei.
Foi uma leitura difícil, porque achei maçante! Parecia que nada acontecia, não teve nenhum momento de ápice na leitura. Penso que essa pode ter sido exatamente a intenção do livro, mas, para mim, não funcionou.
Talvez, considerando a maioria esmagadora de críticas positivas, eu releia o livro para confirmar as minhas impressões.

Alinne 26/03/2024

Woolf?
Orgulhosa de mim por ter conseguido concluir a leitura.
Fluxos de consciência muito recorrentes, pensamentos que começam e terminam o tempo inteiro, com começo e fim não bem demarcados são difíceis para mim, como leitora voraz, pegar o ritmo daquilo que é mais subjetivo que uma metáfora ou uma poesia.
Um livro impressionante, não é à toa que carrega o nome que tem.
Sou viciada no modernismo.
Woolf escreve com elegância e paixão admiráveis. Cada trecho possui uma singularidade brilhante e emocionante.
Livro perfeitamente cruel. Trata do efêmero e do colossal.
Feliz por tê-lo lido.

Aline 25/03/2024

Desafio
Uma leitura desafiadora, de início, e que recompensa quem persiste. É um livro riquíssimo, com personagens muito bem construídos, em que acessamos o pensamento das pessoas (muitas vezes aparentemente desordenado, tal como acontece na vida real)... É o tal fluxo de consciência!
Confesso que, a despeito da personagem principal ser Clarissa, fiquei muito tocada com Septimus, um ex-combatente de guerra, com todas as marcas e mazelas impressas em seu âmago, onde a guerra continuou seguidamente o destruindo.
É incrível como as histórias vão se desenrolando, e como as coisas se conectam, por pontos de vista às vezes bem diversos...
Tudo em um único dia da vida de Clarissa!

Tainá.J 25/03/2024

Tem que ter disposição... 2.5?
Meu primeiro contato com Virgínia Woolf foi através do ensaio "Um teto todo seu", que favoritei, então fiquei muito animada pra ver como seria a experiência de lê-la agora em outro gênero literário!

Mas, geralmente, não gosto de clássicos ingleses, principalmente escrito por mulheres. Sim, uma merda isso, porque sei de toda a importância histórica e cultural, mas simplesmente as histórias não me agradam.

E essa, não foi exceção. Ainda quero ler "Ao Farol", para ter uma terceira experiência e fazer um balanço melhor do que acho da autora, porque é inegável o talento de escrita dela!

Nesse livro, acompanhamos um dia na vida de Clarissa Dalloway, seguindo, não só o fluxo de consciência dela, mas como das mais variadas pessoas com as quais ela cruza durante o dia!

É incrível como Woolf consegue descrever o pensamento de pessoas completamente diferente de forma muito verídica! Isso chamou muito minha atenção!

Dei boas risadas e também me emocionei muito, principalmente, com os trechos de um rapaz sofrendo de depressão pós-guerra (o livro se passa em Londres, 1923, pouco depois da Primeira Guerra), e o sofrimento da esposa vendo o estado dele.

Na época, as doenças mentais eram ainda menos conhecidas e tratadas de forma mais inadequada que hoje; já que naquele tempo de guerra, o foco era curar o físico dos vivos e chorar pelos mortos.

Me lembrou muito também, a série que estou assistindo "Downton Abbey", que se passa na mesma época e retrata as mesmas questões.

Penso que isso também me situou melhor no livro, e achei interessante como a guerra mudou a dinâmica da cidade e o surgimento de mais bairros pobres, além do aumento de imigrantes irlandeses.

Apesar de tudo isso, é preciso muito atenção pra executar essa leitura e uma boa edição (como essa em questão) que tenha notas de rodapé que ajudem a situar tantas referências da sociedade e realeza da época.

Achei uma leitura difícil, devido aos tantos "pulos" de uma consciência para outra, e descrições excruciantes! Além do final, extremamente decepcionante!

Indico pra quem gosta de clássicos e está com o foco em dia!

mah 25/03/2024

Acaba pelo amor de deus
"Enfim terminei essa bomba! Não gostei nenhum pouco desse livro. Não entendo porque todos falam que é difícil de acompanhar, na mudança de um personagem para o outro ou pela forma como foi escrito (fluxo de pensamento). Não achei difícil, só achei chato, sem sentido, e completamente inútil. Para mim esse livro é esquecível, não vou me lembrar de nada após uma semana. Ele não trouxe discussões pertinentes, nem personagens cativantes, e nem mesmo a escrita merece elogios, para mim foi no mínimo mediana. Devo dizer que fiquei desapontada com a autora, dela já tinha lido "Um teto todo seu" e gostei bastante, ele realmente trouxe pontos interessantes e ideias novas, coisas que não posso dizer que encontrei em Mrs. Dalloway. Eu acho que quando o livro não traz nada de novo ou importante, ele devia pelo menos ser legal e nos cativar, ser ao menos uma fonte de entretenimento, deixar o leitor com vontade de continuar lendo, mas eu só senti sono e queria desesperadamente que acabasse logo. Se pudesse dar nota negativa eu com toda certeza daria -10."

Wiulayne.Souza 24/03/2024

Aí, gente? não me conectei com o livro.
Achei chato, não vou mentir.
É um livro de leitura difícil, e que deixa ainda mais complicado por não estar dividido em capítulos? mas enfim. Essa e a minha opinião e respeito quem gostou desse livro. Pra mim, não funcionou.

Rafinha 24/03/2024

Diferentes pensamentos em um único dia
Adorei a leitura!!

A forma como a autora transita de pensamento para pensamento entre os personagens faz com que tenhamos uma perspectiva de dia a dia de uma forma mais ampla.

Apesar da narrativa ocorrer em apenas um dia, temos clareza dos diferentes significados de cotidiano para cada personagem: a dificuldade do dia para alguns foi organizar uma festa e lidar com amores passados, enquanto a agonia persistia nas lembranças de guerra de outros personagens.