O nosso reino

O nosso reino Valter Hugo Mãe




Resenhas - O Nosso Reino


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Felipe 19/01/2022

O Nosso Reino
Na história conhecemos Benjamim, uma criança de 8 anos, que mora numa aldeia de pescadores em Portugal onde as pessoas são muito religiosas e supersticiosas.
Benjamim narra seus pensamentos, medos e se muitas vezes se questiona sobre o que é bem e o mal, aquilo que é ou não permitido segundo os preceitos da igreja católica. Outro fator histórico que acompanha o narrador é o fato de Portugal estar enfrentando a ditadura de Salazar.

É um livro pequeno, mas que demorei para terminar porque é uma leitura difícil, pesada e que requer muita atenção do leitor. Não é um livro que a gente lê dentro do ônibus (hehe). A escrita do autor é primorosa, muito rica nos detalhes, mas requer paciência e calma. Vale a leitura com toda a certeza, mas com essas ressalvas. Escolham um lugar tranquilo, silencioso e que ajudem a manter a atenção.
edu basílio 19/01/2022minha estante
VHM é dos Grandes, né =)


Felipe 21/01/2022minha estante
Edu, ele é otimo, mas é difícil tá. Hahaha eu fui pego de surpresa, uma supresa boa, mas me assustei no início com a leitura.


edu basílio 21/01/2022minha estante
liipe, "baltazar serapião" é o de leitura mais difícil (tanto pela estética literária quanto pela crueldade na trama), mas já li 5 dos 8 romances dele, e cada um me deixou sem chão, de maneiras diferentes (e boas!) =)


Felipe 21/01/2022minha estante
Você falando assim, já fico com medo da leitura. Hahaha. Mas já sabendo dessa escrita dele, já vou mais preparado e tenho certeza que serei surpreendido positivamente. ?


edu basílio 21/01/2022minha estante
estou certo de que você vai amar cada um dos livros dele ?




nocca 20/04/2021

Um livro triste sobre um triste reino
De todos os livros que li de Valter Hugo Mãe esse foi o que menos gostei; não por ser um livro ruim, mas por ser um livro triste. Puramente triste, daquela tristeza crua, que é desprovida até de um resquício de beleza que alguns tipos de tristeza têm. Além disso, foi um livro de leitura difícil em alguns momentos, pois o autor parece usar as palavras de forma que nos faz compartilhar da loucura que ali se apresenta.
Acredito que em outro momento mereça uma releitura, mas de modo geral é um livro interessante.
@rafadantashistorart 20/04/2021minha estante
Pelo menos acabou com a sua ressaca literária, rs.


Paulinho 20/04/2021minha estante
Pelo menos acabou com a sua ressaca literária.


nocca 23/04/2021minha estante
Hahahaha já era tempo!


Paulinho 24/04/2021minha estante
Espero que vc goste mais dos outros presentes!!!




Fagner 14/04/2021

Terrível
Opinião minha apenas. Mas que dificuldade para terminar esse livro. Narrativa chata e desconexa. O autor joga o texto lá de forma desorganizada. Talvez o problema tenha sido eu, mas achei mto difícil ler esse livro. Por vezes quis desistir. Já li outra obra do autor, o filho de mil homens, e gostei mto. Então para que gostou e quer conhecer mais, ou quem não gostou e quer dar outra chance, fica a dica.
@eusoudanivieira 27/04/2021minha estante
Achei que fosse só eu... primeiro livro que leio dele e nossa... quase que não termino. Quero tentar outros.


Fagner 27/04/2021minha estante
Eu li o filho de mil homens. Gostei, por isso fui nesse. Recomendo.




Patresio.Camilo 06/03/2020

Qual é esse reino.
Há tempos tenho ouvido falar do Valter Hugo Mãe, e em uma viagem, acabei comprando este livro.
O começo, confesso é um pouco truncado e particularmente achei cansativo e enjoativo. A história parecia andar em círculos, personagens que não cativam e por ai vai.
Mais ou menos a partir da página 60 a 70, a história começa a fluir melhor e ficar mais interessante.
Como de praxe, não vou ficar contando o enredo para não dar spoilers.
Mas o que mais achei interessante no livro, talvez seja a visão de uma criança sobre a vida adulta, e principalmente a forma com que este encara a violência doméstica, que por vezes (infelizmente) acaba se tornando institucionalizada.
Trata sobre a visão do que somos e poderemos ser, ou melhor, do que criticamos e por vezes somos nós.
Enfim, um bom livro.
Vale a pena a leitura.
Espero que gostem.
Dani 06/03/2020minha estante
O único livro que li do Valter Hugo Mãe até hoje foi O Filho de Mil Homens e foi um livro que me cativou logo na primeira página. Como não li este aí, não posso comparar. Mas talvez seja uma opção pra você de próxima leitura dele.


Patresio.Camilo 07/03/2020minha estante
Então Dani, pretendo ler outros dele. Aquela coisa, dizem que sempre pode melhorar né, e como esse foi o primeiro livro dele, imagino que os outros devem ser melhores.
Mas o argumento dele é mto bom.
Obrigado pela dica, vou procurar este livro dele...




avdantas 06/03/2016

O poder da crença
Este foi um livro que me fez ter sentimentos mistos. Ao mesmo tempo em que eu, como acontece sempre com os livros de Mãe, me deliciava com o uso poético da linguagem, me sentia saturado de toda a carga religiosa entranhada na escrita, até que eu entendi o motivo. Cresci em uma família católica e apesar de não me considerar pertencendo a nenhuma religião, não consigo parar de ver a influência das religiões cristãs ao meu redor. O livro de Mãe trata do cristianismo, mas trata principalmente da crença.

Benjamin, o personagem principal, é uma criança que vive em uma aldeia pequena, possivelmente de pescadores (como em todos os livros do autor que eu já li). Apesar de não citar o país onde essa aldeia está, pelos elementos culturais podemos perceber que se trata de Portugal, que é um país cristão. Logo no início, Benjamin e seu melhor amigo, Manuel, se pegam imaginando o papel que algumas figuras da aldeia têm, como um sem teto, chamado pelas crianças de “o homem mais triste do mundo” e uma mulher que perdeu toda sua família e cometeu suicídio, chamada de “a louca suicida”. São personagens icônicos presentes no imaginário de cidades pequenas (um imaginário terrível e segregador). A imaginação das crianças começa a criar um mundo permeado por papéis baseados em conceitos de bem e mal. No fim, eles pretendem assumir os papéis de santos. A partir daí, outras personagens são apresentadas e a relação delas com os dois meninos. O incrível é a capacidade que o autor tem de criar situações em que alguns absurdos criados pela imaginação infantil permeada pelos conceitos cristãos parecem plausíveis, tornando o universo infantil mais realista que qualquer outro.

O trabalho de escrita que Mãe desempenha é muito particular. Li poucos autores que têm a mesma capacidade que ele tem de fazer com que a linguagem pareça um artefato mágico. Ela meche com você em um nível muito profundo e sentimental, dando a impressão de que você está diante de um artigo místico.

Neste livro, assim como nos outros dois lançados logo após, o autor aboliu as letras maiúsculas, até de palavras obrigatoriamente grafadas com inicial maiúscula, como “deus”, por exemplo. Parece simples, mas uma ação como essa pode suscitar significados muito maiores do que a própria ação.


site: http://cheirodesombra.blogspot.com.br/2016/03/nosso-reino-valter-hugo-mae.html
Thiago Sabino 09/05/2017minha estante
Caramba, Já quero ler!!! Obrigado




Lana 01/02/2023

Para quem já gosta do VHM
De todos os livros de Valter Hugo Mãe que já li, esse foi o que menos fluiu... Mas a capacidade de conduzir a imaginação do leitor pela mente de uma criança é admirável! Talvez se eu tivesse lido em outro momento da vida teria gostado ainda mais, mas recomendo sim (não como primeiro contato com o autor, mas recomendo).
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@quixotandocomadani 07/12/2021

“O nosso reino” é um livro extremamente triste, um dos livros mais tristes que li. O narrador é Benjamim, uma criança de 8 anos, que morava numa aldeia de pescadores portugueses onde as pessoas eram muito religiosas e supersticiosas.

Benjamim narra seus pensamentos, medos e questionamentos ao aprender a distinguir o que é o bem ou o mal, em meio à repressão da igreja e todas as coisas tristes que acontecem na aldeia. Ora queria ser santo, fazer o bem e ajudar as pessoas. Ora odiava a mãe, por esconder coisas sobre ele ou seu amigo Manuel, por tê-lo abandonado um dia. Afinal, “era algo muito confuso para uma criança, a cada passo decidir se deus deixava ou não.”

O livro nos leva para dentro da cabeça que Benjamin, onde transitam fantasias infantis (O homem mais triste do mundo e seu cão, que vinham à aldeia atrás dos mortos), elementos fantásticos (dona Tina, que fica sentada na janela de olhos e boca fechada, como se morta, por meses a fio... só esperando) e as mortes e sofrimentos que acometem a aldeia.

“O nosso reino” (2004) faz parte de uma tetralogia, composta por “O remorso de Baltazar Serapião” [2006], O Apocalipse dos trabalhadores” [2008] e “A Máquina de fazer espanhóis” [2010]. Um ciclo de romances que retrata as idades da vida do homem – a infância, a juventude, a maturidade e a velhice.

Comecei pelo fim, com A máquina de fazer espanhóis e fiquei encantada com a escrita do autor, como ele consegue fazer poesia em prosa, esse jogo com as palavras... é uma arte!

Tentei ler “O nosso reino” duas noites, antes de dormir e não deu certo. A leitura não fluía e caía no sono. Quando li de manhã, aí sim a leitura fluiu. É um livro que requer atenção e silêncio. Terminei o livro, apesar de triste, babando pela escrita de Valter Hugo Mãe.

site: https://www.instagram.com/quixotandocomadani
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Clara 14/01/2022

Nunca demorei tanto pra ler um livro tão curto.
Leitura difícil e arrastada, terminei só de teimosa pq não queria abandonar um livro tao pequeno. Apesar de me passar uma estética bonita, a historia é pesadíssima e muito triste.
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bobbie 01/05/2022

Como resenhar VHM?
Tarefa árdua, ousada, corajosa. Não é para qualquer um e não se pode fazer isso de maneira leviana. VHM quebra paradigmas linguísticos e estilísticos de maneira que não vai agradar qualquer pessoa. Não é uma leitura fluída, simples, rápida. Ele não usa exclamação, interrogação, letras maiúsculas (nunca), travessões. Sua escrita é uma variação do fluxo de consciência. O nosso reino versa em torno da vida de uma criança, um menino sofredor e asceta, que visa alcançar a santidade. A escrita de VHM coloca o leitor no fio da navalha, entre a crença e a descrença de que tal articulação verbal é possível - além de crível - vindo de um menino. Mas acreditem: é crível.
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Ingrid 02/06/2022

relato da minha experiência com "o nosso reino" e valter hugo mãe
Quando comprei este livro na livraria a atendente me perguntou "sobre o que esse autor escreve?", na hora eu não soube o que responder e no impulso falei "não sei explicar, é aquele tipo de leitura que você entende pouco, mas sente muito".
Saí da livraria repassando aquele curto diálogo na cabeça, nunca fui boa em conversar. Não fiquei satisfeita com a resposta e confesso que até me senti uma impostora, afinal, já havia lido quase todos os livros dele.

Mas ao fim da leitura entendo que não estava tão errada assim. Teve frases que li e não entendi racionalmente, não via muita lógica na estrutura da frase, mas isso não impediu que eu sentisse o que ali estava escrito. Ah, como eu senti na pele as dores desse livro.

"aceite as dores mas busque as curas"
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Felipe Alado 26/06/2022

Eu senti muito...
Confesso que não foi uma leitura tão fácil e fluida. Talvez eu não tenha entendido tudo, porém senti muito. No meu caso, devo revisitar este livro em um outro momento. Ele traz uma carga incômoda e exige reflexão por parte de quem está lendo. Finalizei com a sensação de ter deixado coisas despercebidas.

Por ser uma obra de Valter Hugo Mãe, o livro é repleto de trechos interessantes e muito bonitos. A escrita é primorosa, rica em detalhes, profunda e sensível com as palavras.

E que venham os próximos...
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Carol749 20/07/2022

Uma família muito, muito solitário
E se um menino português decidisse que ia se tornar santo? No pequeno universo do reino de sua vila benjamim que é cercado pelo medo de um dia ser pego pelo homem mais triste do mundo trás o questionamento da linha que divide o sagrado e o bestial.

Valter Hugo Mãe nos coloca dentro da mente do aspirante a santo, com suas dúvidas e inseguranças de uma infância solitária que contrasta com o imaginário religioso diversificado e misto da vila portuguesa.

Com um quê de contador de historias e um pouco de fábula e fantasia o livro nos envolve e transporta pro pequeno reino de Benjamim e Manuel.
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Mika 21/04/2024

Confuso, profundo e bonito
Mais um livro que leio esse ano bem escrito mas que nem por isso eu gosto. A história é triste e confusa, confusa do começo ao fim, sendo o fim pior que o começo.
Eu tenho certeza que não captei todas as nuances desse livro, quem sabe eu revisito daqui um tempo, mas não é uma leitura pra ser feita na correria do dia a dia, acho que demanda energia e cabeça descansada. Quem sabe quando eu estiver de férias.
Se você ler antes de dormir depois de um dia atribulado não vai entender nada.
Sinto que tem algo muito bonito e profundo para além de toda a tristeza narrada pelo livro, muitos significados não explícitos.
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Paulo 22/12/2023

Medonho
Nossa, que livro medonho. Não gostei nem um pouco.
A premissa é interessante até, mas a execução é desastrosa. Os desenhos são sinistros demais, fiquei com uma super má impressão.
Achei do mesmo estilo de Os Malaquias, que é outra chatice também.
O duro é que tenho mais uns livros desse autor na minha lista para ler, espero que sejam melhores.
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Felipe902 02/03/2024

Um delicioso labirinto de palavras
Confesso que achei este livro um tanto quanto confuso. Porém, caso queira persistir, com o passar das páginas verás o quanto a escrita é única maravilhosa (opinião pessoal)
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