Izabela 31/03/2017
Quando resenhei Harry Potter and the Cursed Child, comentei que nunca tinha imaginado resenhar um livro do meu bruxinho favorito, afinal, tinha lido toda a série muito tempo atrás. Claro, reli os livros algumas vezes desde então, mas nunca na ordem certa (e nunca para resenhar). Foi aí que, esse ano, resolvi que iria reler toda a série na ordem certa. Fazia tempo que queria isso, mas sempre ficava enrolando. Eu precisava de tempo (mas não tenho) e ficar esperando não ia me levar a lugar algum. Foi aí que criei coragem e criei um tipo de projeto para reler Harry Potter com os leitores aqui do blog (vocês) e isso me motivou demais. Afinal, mais pessoas estariam relendo e, algumas até mesmo pela primeira vez, lendo comigo. Agora que já expliquei tudo isso, posso contar que passei um dia inteiro pensando em como seria essa resenha, afinal, na minha cabeça, quem sou eu para resenhar algo como Harry Potter? E aí eu pensei: Sou uma fã. Uma fã que ama os livros e a história e que, até mesmo, só começou a gostar de ler por conta desse bruxinho. Então, tomei coragem e aqui estou. É claro que o livro segue com cinco lindas estrelas no skoob e um lindo coração de favorito. J.K. Rowling conseguiu me lembrar, mesmo depois de muito tempo, o que é ser tocada por uma história. Ao (re)ler esse livro, me lembrei o motivo de ter começado a gostar de ler.
Harry nunca sonhou alto. Sua vida se resumia a correr de seu primo, que tinha duas vezes o seu tamanho, e se esconder em seu pequeno quarto, que nada mais era que o quartinho debaixo da escada. De vez em quando, via algumas coisas sem explicação acontecerem a sua volta, mas tudo seguia sem explicação e, se ousasse perguntar para seus tios, acabaria trancado em seu quartinho. Harry havia perdido os pais muito cedo, em acidente de carro, segundo sua tia, e não lembrava muito deles. Ele, definitivamente, não era querido na casa, mas era um lar e, de certa forma, isso bastava para ele. O que ele não esperava era que todas as coisas malucas que aconteciam iam chegar ao limite no aniversário de seu primo. Harry, sem saber como, conseguiu sumir com o vidro que separava as pessoas de uma cobra dentro de um zoológico e, como a cobra, misteriosamente, conseguia conversar com Harry, é claro que a culpa só podia ser dele. E aí foi o de sempre, castigo no quartinho, sem direito à perguntas. Quando estava perto de completar onze anos, Harry começou a receber cartas misteriosas, mas seu tio fazia questão de destruir cada uma que chegava em sua frente. As cartas não paravam de chegar, rendendo, até mesmo, uma fuga em família para hotéis e uma casa abandonado no meio do mar.
No meio de toda essa loucura de cartas, quando todos finalmente acharam que estavam a salvo, Harry completou onze anos e, exatamente quando o relógio bateu meia-noite, um gigante entrou com tudo onde eles estavam, no meio do nada. Ele estava ali para levar Harry. Mas como? Por quê? Simples, Harry era um bruxo e todas as cartas, que chegavam de todos os lados possíveis, eram de sua mais nova escola de bruxaria, Hogwarts. Hagrid, o gigante, estava ali para levá-lo para a compra de materias. Mas espera. Isso só podia ser uma pegadinha. Harry? Um bruxo? Como isso é possível? Simples, não tinha tido nenhum acidente de carro, tudo era uma grande invenção dos tios, que tinham pavor de tudo que era fora do normal. Os pais de Harry haviam sido mortos pelo maior bruxo das trevas que o mundo bruxo já viu, Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. Harry, por outro lado, havia conseguido escapar de um poderoso feitiço e, mesmo bebê, havia derrotado o bruxo. Além de bruxo, Harry era muito famoso. Era muita informação em pouco tempo, mas logo Harry estava embarcando para sua nova escola e sua nova vida. Ele só não podia imaginar que tudo viraria ainda mais de cabeça para baixo em Hogwarts. Um novo melhor amigo todo atrapalhado, Ron, e uma nova melhor amiga que sabia, literalmente, de tudo um pouco, Hermione. Ah! E claro, no meio disso tudo ele precisava entender melhor quem ele era, o que aconteceu com os pais e ainda tentar descobrir o que é a tal da pedra filosofal. Não seria mesmo um ano normal.
A primeira coisa que preciso comentar é que não me lembrava, de verdade, o tanto que eu amo o Hagrid, sério. O gigante atrapalhado com o coração maior que o mundo me fez lembrar, assim que apareceu carregando o bebê Harry, depois de toda a treta, o motivo de eu amar tanto essa série mágica. Outra coisa que não me lembrava, é que no livro, em inglês, ele fala de um jeito bem único e bem atrapalhado, algo bem marcante do personagem. Também amei relembrar o jeito doce e inocente do Harry. Claro que, com o passar dos livros, vamos vendo ele crescendo, mas nesse primeiro contato, ele é apenas o Harry. O menino que dormia com aranhas debaixo da escada. Hermione e Ron são um show a parte também, é claro. O que me lembra, os Weasleys são os melhores, rs. Malfoy, ah, Malfoy. Posso até ter ido com a sua cara no Cursed Child, mas durante a releitura eu queria bater nesse gurizinho mimadinho (haha). Ok, se eu for falar de cada um, não vamos sair daqui hoje.
Resolvi reler em inglês, por treino mesmo. Sou professora do idioma e, por mais que o use diariamente, raramente é de forma leve. Por isso, resolvi que leria todos em inglês e, para mim, foi um acerto. Outro acerto, ainda maior, foi simplesmente ter lido. Voltar, literalmente, para o mundo mágico me lembrou o que é amar uma história e o motivo de eu ter começado a gostar de ler com esse bruxinho. A história sobre coragem, amizade e, principalmente, amor, nunca perde a graça ou fica fora de moda. J.K. transforma palavras em magia e somos automaticamente levados para Hogwarts. Estou maluca para reler os outros e, bom, agora em Abril será a vez do segundo. Indico a releitura para todos que já se encantaram com essa história e a leitura para todos, todos mesmo.
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