Um Cântico para Leibowitz

Um Cântico para Leibowitz Walter M. Miller Jr.




Resenhas - Um Cântico Para Leibowitz


180 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Alexandre.Rangel 23/02/2024

Bem abaixo
Gostaria de saber como muitos leitores dão 5 estrelas para esse livro. 5 estrelas é a nota máxima, seria um livro perfeito. E de perfeito esse livro passa longe. Todo vez que a estória arrastada começava a empolgar, de forma abrupta, ela se encerrava. Sem contar personagens que sumiram sem explicação, outros que aparecem do nada... Resumindo, acho que 3,5 estrelas é muito ainda.
comentários(0)comente



Marcelo Marques 19/02/2024

"Perdoe-me, padre. Comi um lagarto."
Chapação boa demais!

O autor realmente consegue passar o clima vivido no enredo do livro, nos transportando para três fragmentos temporais em um arco que abrange quase dois milénios após uma guerra nuclear.

O que mais me cativou é como, assim como os personagens, temos que cavar para encontrar informações sobre o que teria ocorrido antes e depois do "Grande Dilúvio de Fogo". Nós, leitores, não somos apresentados diretamente aos fatos históricos daquele mundo, vamos recebendo pequenos fragmentos destes através de resquícios de narrativas orais (as quais são transformadas em verdadeira lendas diluvianas bíblicas) e documentos que na sua grande maioria já perderam os sentidos originais para os novos habitantes do planeta.

Acompanhando o trabalho dos irmãos da Ordem de Leibowitz, conhecemos diversos membros, mas cada capítulo é focado principalmente no abade daquele período e eventos na abadia. É engraçado vê-los tentando entender coisas do nosso cotidiano e reproduzir o como nosso tempo entendia o mundo e suas descobertas.

O livro é recheado de diálogos interessantíssimos e engraçados. Aborda temas centrais da época que foi escrito, com o eterno debate entre ciência x religião; guerras x ética; tempo x homem.

"Planavam alto, muito acima de prados e montanhas e planícies, buscando cumprir aquela parcela do destino da vida que lhes cabia, segundo os desígnios da Natureza. Os filósofos dos abutres demonstraram sem nenhum tipo de raciocínio que o supremo Cathartes aura regnans tinha criado o mundo especialmente para eles. Eles o adoravam com considerável apetite havia muitos séculos."
comentários(0)comente



Marcos Santos 12/02/2024

Uma distopia que se passa a muitos séculos no futuro. A narrativa conta a história de uma abadia que tenta preservar o legado de uma geração que foi extinta por uma guerra mundial de proporções catastróficas. Os monges vivem de forma reclusa em um mundo dominado pela selvageria e conflitos de várias tribos existentes.
comentários(0)comente



Mari Palma | @a_maripalma 18/01/2024

Com certeza me surpreendeu!
E finalmente depois de um mês e meio entre desistência e "vou tentar de novo" eu consegui concluir a leitura desse livro. Obrigada eu mesma por ter insistido! Que livro maravilhoso!
Mesmo passando a maior parte do tempo sem entender onde o autor queria chegar, quando entendi o panorama geral tudo fez sentido e a história se mostrou incrível.
Ter iniciado essa leitura sem saber qualquer coisa além do nome do livro pode ter influenciado? Com certeza! Caso eu tivesse sabido algo sobre a história eu teria visto as primeiras páginas de outra maneira e não sei se a satisfação nas páginas finais teria sido a mesma.
É um livro escrito em 1959, no pós guerra, e que traz o sentimento da época em que um apocalipse nuclear poderia acontecer a qualquer instante. A história se passa após uma destruição em massa não apenas de pessoas, mas de CONHECIMENTO. E a gente acompanha a humanidade tentando se reestruturar por mais de um milênio no decorrer dessas páginas.
A forma como o autor imaginou que seria esse mundo distópico conversa muito com o que eu penso. Ou seja, o livro fala basicamente sobre a estupidez humana, como estamos fadados à repetir os mesmos erros, como esquecemos da nossa própria história em tão pouco tempo e sobre como o tempo muda a nossa percepção sobre fatos (mesmo que contra fatos não hajam argumentos).
Uma coisa que me chamou atenção e gostei bastante foi a forma como a ignorância pode vir disfarçada de conhecimento, mesmo que os envolvidos não saibam. Por vezes os fragmentos de um fato podem fornecer uma interpretação para uma verdade completamente diferente do fato original. A gente tem o costume de olhar para os outros e julgar as verdades deles, mas não costumamos nos perguntar se o que os nossos fragmentos estão nos mostrando está realmente próximo do fato real ou não.
Eu sei que essa não foi a principal ideia do autor com esse livro, mas definitivamente foi a que mais gostei.

"E o ponto de vista é que é o ponto da questão".
Que Luz é Essa - Raul Seixas

Insta: @a_maripalma
comentários(0)comente



isabela_guilhem 08/01/2024

Achei ok
Muitas reflexões desse livro realmente me fizeram explodir a cabeça e a conectar com a nossa realidade, além de muitas discussões interessantes sobre assuntos complexos. mas talvez por conta da troca de personagem ou pelo livro se desenvolver de uma forma lenta e sem grandes acontecimentos, me arrastei muito em algumas partes, principalmente na segunda.
comentários(0)comente



Raquel 01/01/2024

Um cantico para Leibowitz, de Walter M. Miller Jr

O livro é dividido em três partes. Em 'Fiat Homo', temos Francis, um noviço na ordem Albertina de São Leibowits, que está em penitência no deserto quando encontra um misterioso peregrino. É através dele que Francis encontra um abrigo nuclear, ossos e alguns documentos. A descoberta é vista com um terror imenso pelo abade. Temos aqui uma visão bem medieval, o segredo dos mosteiros, os perigos das estradas, a vida repetitiva dos monges copistas. Nessa parte a narrativa parece meio confusa porque, entremeada na historia de Francis, temos a explicação de como o mundo chegou nessa situação: A humanidade foi quase aniquilada por um holocausto nuclear, o chamado Dilúvio de Fogo. Medo, miséria, doenças, morte se espalham pelo planeta. O que restou da sociedade abomina a ciência e a acusa de ter acabado com o mundo. Dessa forma, a turba furiosa começa a perseguir cientistas, professores, técnicos, pessoas ilustres que guardassem qualquer tipo de conhecimento científico. É o período da Simplificação. Qualquer pessoa levemente instruída era acusada de ter causado o grande mal.

Em 'Fiat Lux', já no ano 3174, podemos chamar de uma era de Iluminismo. Começa a haver um maior interesse pela Memorabilia (os arquivos antigos preservados pelos monges da Ordem de São Leibowitz) e até invenções começam a surgir do esforço dos monges, com bastante resistência daqueles mais fundamentalistas. Mas a violência está sempre à espreita, sempre rondando os muros do monastério. E em 'Fiat Voluntas Tua', ano 3781, temos um mundo que avançou para ter colônias em outros sistemas estelares, que tem naves espaciais, mas que ainda luta, que ainda declara guerra e detona artefatos nucleares.

Publicado em 1959, 'Um Cântico para Leibowitz' era um alerta sobre a estupidez humana e sobre o esforço de algumas pessoas para manter acesa a chama da razão, da ciência, da lógica, tudo o que poderia ser perdido se bombas nucleares fossem detonadas. Combatente da Aeronáutica norte-americana na Segunda Guerra Mundial, vivendo de perto algumas tragédias marcantes e passando boa parte da vida sob as ameaças da Guerra Fria e do “ir pelos ares ao aperto de um botão”, Miller Jr. claramente externou no livro suas experiências, medos, frustrações e, principalmente, sua visão de futuro a partir daquilo que o mundo viveu na metade final do século XX. Certamente fica aí um alerta sobre nossa própria estupidez. Há também uma crítica muito pertinente sobre o medo que as pessoas têm a respeito da ciência. O medo nada mais é do que a incompreensão e o ser humano é uma criatura que sempre temeu aquilo que não compreende..

Fiquei desapontada com uma ponta solta: a figura do Judeu Errante, que traz certo mistério para a trama, mas eu não entendi a finalidade nem o desfecho desse personagem.
Todos os personagens principais são homens. Apenas perto do final é que aparecem mulheres no livro, mas são personagens secundárias.

Gostei mas achei a narrativa bem cansativa. Acho que o tempo todo eu esperei mais ação mas a historia é para reflexão... Lerei novamente no futuro.
comentários(0)comente



Alee M. 30/12/2023

Cansativo, porém brilhante
O inicio me deixou perdida, porem curiosa. A narrativa em si ao longo da história que não me prendeu muito. Não da pra negar que a ideia do autor foi muito boa.. a questão dos ciclos, a evolução da história e como foi construído. Você entende todo o contexto nas últimas páginas, é genial.
comentários(0)comente



Bi Bueno 22/12/2023

Um Cântico para Leibowitz
A distopia em que a humanidade segue repetindo os mesmos erros por séculos, sem aprender nada com eles. Distopia?!?!
comentários(0)comente



Rafael1082 19/12/2023

Fé na Inumanidade
Será que a ambição, o ceticismo e a indiferença são parte de qualquer sociedade humana? Qual a importância de saber o passado pra o presente e consequentemente pra o futuro? São questões como essas e várias outras que o livro nos faz pensar. Durante e depois da leitura eu fiquei surpreso em como esse livro não tem tanta divulgação como merece, com certeza é um dos melhores livros de distopia (E infelizmente uma distopia cada vez mais possível) e que além de ter personagens muito bem construídos, tem diversas camadas onde além da trama existe uma reflexão filosófica implícita, e temas como natureza humana, fé e religião, eutanásia, viver em sociedade, pensamento crítico também são trabalhados.
comentários(0)comente



Moisés Menezes 10/12/2023

Estamos prontos para lidar com nosso inexorável destino?
O livro apresenta-se como um conjunto de narrativas independentes divididas em três partes, sendo que todas elas giram em torno dos morges na Abadia de São Leibowitz.
A primeira parte foi a melhor de todas, já a segunda me causou estranhamento, pois não consegui estabelecer coesão narrativa nenhuma, parece que o autor apenas descrevia o que vinha na cabeça, e o leitor que fizesse as conexões por si só, e entendesse onde ele queria chegar com tudo aquilo, tanto é que me senti perdido diversas vezes procurando algum sentido dentre o emaranhado de passagens durante o capítulo, isso com certeza tornou a leitura um pouco desestimulante e desinteressante, ao menos pra mim.
A terceira voltou sob uma outra perspectiva, se passa mais no futuro, onde os monges embarcam numa missão que pode ou não salvar o único resquício que restou da humanidade, é um capítulo mais voltado aos conflitos pessoais e escolhas que regem o destino de toda uma civilização.
No geral, dá para tirar alguns ensinamentos com a obra, principalmente relacionados a fé e a compreensão da natureza humana, que por vezes levam a incorrer no próprio enfrentamento dos limites da razão, gerando consequências que se tornam irremediaveis perante uma realidade cruel, e também a busca pela redenção. Só achei que o autor poderia ter conduzido a história de outra outra forma, mas o saldo geral ainda é, sim, positivo.
comentários(0)comente



arthurzito 28/11/2023

Não recordo exatamente como descobri a existência deste livro, mas ele já ocupa um lugar em minha estante há algum tempo, acumulando expectativas. Agora, no final do ano, um período propício para leituras mais leves, decidi finalmente enfrentar esta obra-prima da ficção científica. A trama se desenrola alguns séculos após um devastador ataque nuclear motivado entre os seres humanos, apresentando um romance pós-apocalíptico centrado na Ordem de São Leibowitz. Os membros desta ordem católica desempenham um papel crucial para a comunidade remanescente e suas gerações.

A narrativa se desdobra em três partes, cada uma situada temporalmente cerca de 600 anos à frente. Inicialmente, eu temia que isso pudesse prejudicar a fluidez da história, mas percebi que essa era a intenção do autor. Cada parte possui suas próprias narrativas, clímax e desenvolvimento de personagens, todos interconectados de maneira contínua. O segundo tomo, em particular, cativou-me com personagens e conflitos mais intrigantes. Embora o primeiro tenha uma narrativa inicialmente difícil, após superar uma certa resistência, tudo se encaixa perfeitamente, culminando em um dos encerramentos mais memoráveis que já tive o prazer de ler. O terceiro tomo, embora possa carecer de originalidade em termos de inovação e reviravoltas na trama, destaca-se pelos diálogos, sendo, em minha opinião, os melhores do livro.

Como mencionado anteriormente, a trama segue uma ordem religiosa católica que conseguiu preservar os ensinamentos da Bíblia durante a Simplificação. Após os ataques nucleares, surgiu um movimento entre os sobreviventes para queimar, perseguir e apagar da memória cientistas, suas obras, qualquer material cultural e algumas pessoas cultas ou alfabetizadas que fossem consideradas perigosas. Nesse contexto, o cientista Leibowitz adentrou a religião para escapar e iniciando o processo de preservação de tudo que a humanidade ainda não havia destruído. Perseguido, morto e martirizado, seus companheiros de fé continuaram seu legado dentro da Nova Igreja Católica, salvando registros de ciência, economia, história, artes e cultura da destruição humana.

Mesmo parecendo uma grande improbabilidade para nós, tendo em vista o contexto atual, a a trama do livro se desenvolve ao longo dos séculos, explorando a re-evolução da raça humana. Como estudante de Física, acho fascinante perceber que aqueles que mantiveram a Europa envolta em trevas por tanto tempo são os mesmos que agora protegem a humanidade dos seus próprios erros. Este aspecto foi o que mais me cativou, pois homens de fé, com vocação religiosa, compreenderam verdadeiramente o papel dos cientistas e tornaram-se, eles próprios, as pessoas que foram perseguidas pela Igreja séculos antes. Agora unidos como inquisidores e iluministas em um só, para onde a humanidade caminhará?
comentários(0)comente



juliannerib 13/11/2023

Filosófico
Realmente me arrastei um pouco na leitura, mas esse livro tem muito do que eu gosto em ficção científica: o que a sociedade/mundo/humanidade pode se tornar.
Há sempre quem recorra à religião para nos manter "na linha", para ter algo em que acreditar em meio a nada.
Achei interessante o monge do início "aparecer" nas 3 partes.
comentários(0)comente



LiteraLucas 07/11/2023

Obra-prima da loucura
Dosagem perfeita entre O Nome da Rosa e Mad Max. Por muitos anos eu imaginei como seria um livro pós-apocalíptico, parecido com Mad Max e que tivesse uma pegada realista. Pois é, esse livro não só existe, como superou as minhas expectativas. Gostei MUITO!
Vania.Cristina 07/11/2023minha estante
Lucas, faz tempo que ta na minha estante viu. Preciso chegar nele. Obrigada por me lembrar disso




spoiler visualizar
comentários(0)comente



Daniel.Sousa 27/09/2023

Filosoficamente perturbador!
Primeiro contato com o autor e posso dizer que a experiência foi muito positiva. O livro não se apega à descrição de construções ou lugares. Introduz estes detalhes no decorrer da história. O ponto forte são os diálogos inteligentes e personagens bem construídos.
O autor consegue mesclar bem ficcão-cientifica e filosofia, temos até uma pitada do elemento fantástico.
As questões levantadas no decorrer de 18 séculos podem nos deixar pensativos sobre o que estamos fazendo, para onde vamos como sociedade e, se a história é cíclica, há quanto tempo estamos repetindo os mesmos erros.
comentários(0)comente



180 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR