Incal

Incal Alejandro Jodorowsky
Moebius




Resenhas - Incal


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Elias Flamel 17/11/2024

O que é a representação do caos?
Ao ler Incal tenho uma visão concisa deste conceito. Há o momento do fim, onde um comum não precisará conviver mais com a dor. Em vez de conforto ele vê o seu mundo gigantesco sofrer mudanças constantes que o colocam em risco. Bem e Mau, ideias restritas a moralidade, ocupam a materialidade e são elementos primordiais do equilíbrio do universo. Este homem banal recebe o poder da luz, a representação do bem, e sabe que não é digno de tal dádiva. Ele passa por diversas provações, encontra vários tipos de mentores, tem a oportunidade de viver experiências sublimes e é responsável pela salvação do universo. Palco grande, vasto e perfeito para tornar-se um herói? Sim, mas é comum e não atinge o sublime. Acompanha o mudar do universo de perto, de maneira intima, mas pouco se transforma. De que maneira é mostrada sua mediocridade? É criada uma sociedade em que cada pessoa tem como origem ele. Essa sociedade é perfeita? Muito pelo contrário.

Penso em toda a leitura desta HQ e sinto medo. Eu teria medo de ter o Incal em meu poder, diante da minha banalidade não seria capaz de ter a responsabilidade de salvar o universo várias vezes e de formas diferentes e pensar em trilhões de habitantes feitos a minha imagem e semelhança me coloca em pânico. John Difool mostra como os supostos heróis são medíocres, estão interessados em seus pequenos prazeres, os seus feitos se resumem em concertar problemas que eles mesmos ocasionaram e que depende demais da ajuda dos outros.

Feito para ser a Fantasia Espacial clássica em que o protagonista forte e corajoso salva a tudo e a todos com socos e explosões. Porém, é uma obra que mostra a complexidade de um universo cheio de raças em um futuro que os problemas sociais sem soluções são exageradamente potencializados. Salvar tudo isso é conviver com o completo caos? Difool consegue ou algo diferente acontece? A leitura deste clássico fornece a resposta e consegui apenas arranhar a superfície desta obra. Quanto mais pensa nela, mais insights surgem e a vontade de enxergar outros pontos de vidas só aumenta. Incal será diferente de tudo que você já leu.
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mauricio.sperb 20/06/2024

Caramba, eu JAMAIS estaria preparado para todos os acontecimentos desse livro.

Comecei a ler sem saber muito sobre o enredo, mas nunca imaginei as loucuras que iriam se passar nesse quadrinho. É tanta viagem que chega a cansar o cérebro, fiquei exausto com tantos nomes, planetas, poderes e entidades.

Apesar de ter 300 páginas, é uma história muito corrida e pula por vários assuntos sem muita explicação, gostaria de mais umas 200 páginas para ficar realmente satisfeito com o rumo das coisas.

A arte é um pouco confusa e em alguns momentos é impossível não sentir vergonha com o nível de invenção e deus ex machina do autor.
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Zidane 15/04/2024

INCAL, UMA DIVERTIDA ÓPERA ESPACIAL, MAS NADA ALÉM DISSO.
CADA VEZ MAIS, EU VENHO ME AVENTURANDO NESTE MUNDO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS, E AO LONGO DA MINHA JORNADA, EU ENTREI EM CONTATO COM A CASTA DOS METABARÕES. UM ÉPICO DE FICÇÃO CIENTÍFICA, QUE ARRISCO DIZER SER UMA DAS MELHORES COISAS JÁ FEITAS NO GÊNERO, APESAR DE AINDA NÃO AMAR PARTES DA CONCLUSÃO DA SÉRIE, E ACHAR QUE TEM ALGUNS DEFEITOS NA SEGUNDA METADE DA HISTÓRIA. AINDA ASSIM, CONSIDERO UMA OBRA PRIMA, COM AS ARTES DE GIMENEZ E O ROTEIRO DE JODAROWSKY. ENTÃO, FIQUEI SUPER EMPOLGADO QUANDO DESCOBRI QUE A CASTA DOS METABARÕES ERA APENAS UM SPIN-OFF DA SÉRIE ORIGINAL, INCAL.

NÃO SEI O QUE ESPERAVA QUANDO COMECEI INCAL, MAS DEFINITIVAMENTE RECEBI ALGO DIFERENTE, O QUE PARA MIM, NA MAIORIA DAS VEZES, É ALGO POSITIVO. APESAR DE NÃO GOSTAR MUITO DA ARTE DE MOEBIUS, HÁ MOMENTOS EM QUE A CRIATIVIDADE DELE REALMENTE SE DESTACA E FAZ QUADROS LINDOS. PORÉM, AINDA ACHO QUE NA MAIORIA DO TEMPO, ELE TEM DESENHOS POUCO EXPRESSIVOS, DESINTERESSANTES E EXTREMAMENTE MONÓTONOS EM VÁRIOS MOMENTOS DE DIÁLOGO. ACHO QUE ELE NÃO CONSEGUE DAR UM BOM RITMO PARA A HISTÓRIA QUANDO NÃO TEM "NADA" ACONTECENDO, OU QUANDO TEM CENAS DE DIÁLOGOS OU ALGUÉM EXPLICANDO ALGUMA COISA. É CLARO QUE NÃO É O TEMPO TODO, MAS ISSO ME INCOMODA NA MAIORIA DAS VEZES. TAMBÉM REPAREI QUE O DESIGN DO PROTAGONISTA E DE ALGUMAS OUTRAS COISAS NÃO PARECE MUITO CONSISTENTE DO INÍCIO AO FIM. ELE TEM UMA VARIAÇÃO DE ESTILOS DEPENDENDO DA CENA ÀS VEZES, MAS É CLARO QUE ISSO PODE TER SIDO FEITO COM TOTAL INTENÇÃO DOS AUTORES.

FALANDO UM POUCO MAIS DA HISTÓRIA, ELA TEM UMA ESTRUTURA BEM CAÓTICA DE ACONTECIMENTOS. UMA SITUAÇÃO PUXA A OUTRA E ASSIM VAI INDO EM UM FLUXO MEIO DESCONTROLADO DE OBJETIVOS. ÀS VEZES, PARECE ATÉ MESMO UM VIDEOGAME, COM VÁRIAS SIDE QUESTS DENTRO DA HISTÓRIA PRINCIPAL. ALGUMAS DESSAS MISSÕES SECUNDÁRIAS SÃO CRIATIVAS E LEGAIS, PRINCIPALMENTE A QUE ENVOLVE A RELAÇÃO DO PERSONAGEM PRINCIPAL COM UMA RAINHA E OS "FILHOS" DELES. GOSTO DE COMO OS CONFLITOS E DIFICULDADES VÃO CRESCENDO EM ESCALA AO LONGO DO DRAMA, QUASE FUGINDO TOTALMENTE DO CONTROLE DOS PERSONAGENS.

AO LONGO DA JORNADA, ELES PASSAM POR VÁRIOS DESAFIOS BIZARROS, QUE ELES ACABAM UTILIZANDO O PRÓPRIO INCAL COMO FERRAMENTA PARA RESOLVER ESSES PROBLEMAS, MAS NUNCA DE UMA FORMA TÃO ÓBVIA. ALGUMAS DESSES CONFLITOS SÃO RESOLVIDOS DE FORMA SIMBÓLICA, MAS É ACEITÁVEL, DADA A SITUAÇÃO JÁ ESTRANHÍSSIMA EM QUE ELES SE ENCONTRAM. A SOLUÇÃO FINAL PARA O PROBLEMA PRINCIPAL DA HISTÓRIA, NÃO ACHEI NADA DEMAIS, BEM SEM GRAÇA E SIMPLES NA VERDADE. APESAR DE NÃO GOSTAR DA IDEIA EM SI, ACHEI O DESENVOLVIMENTO DELA, JUNTO COM A MISSÃO FINAL DO PROTAGONISTA, MUITO BOAS E ENGRAÇADAS.

FALANDO UM POUCO MAIS SOBRE OS PERSONAGENS, NÃO CONSEGUI SIMPATIZAR COM O JOHN DIFOOL. ELE É NATURALMENTE UM PERSONAGEM DESPREZÍVEL E CHATO. OUTROS PERSONAGENS DA HISTÓRIA FALAM ISSO O TEMPO TODO, MAS O PROBLEMA É QUE EU, COMO LEITOR, TAMBÉM NÃO GOSTEI DELE. NA MAIORIA DO TEMPO, EU PREFERIA O PERSONAGEM DO METABARÃO. ACHO QUE É POR EU JÁ GOSTAR DELE DO SPIN-OFF, E TER MAIS DESTAQUE QUE EU ESPERAVA NESSA HISTÓRIA.

A MAIORIA DOS PERSONAGENS SECUNDÁRIOS TAMBÉM ACHEI DESINTERESSANTE. (GOSTEI DA MOTHERQUEEN.) TODA A EQUIPE DO DIFOOL E A RELAÇÃO ENTRE ELES PARECE FRÁGIL. NÃO CONSEGUI ENXERGAR ELES COMO UM GRUPO, ALÉM DE POUCO CONVENCENTE ELES SE UNIREM PARA CUMPRIR ESSA MISSÃO. A HISTÓRIA TEM ALGUMAS CRÍTICAS LEGAIS SOBRE A ALIENAÇÃO DAS MASSAS PELAS MÍDIAS.

NO GERAL, É SIM UMA AVENTURA DIVERTIDA, E EU RECOMENDARIA PARA UM LEITOR DE HQS E FICÇÃO CIENTÍFICA. MAS VAI POR MIM, É MELHOR NÃO CRIAR MUITAS EXPECTATIVAS, E CASTA DOS METABARÕES É MUITO MELHOR.
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Guilherme.Robles 02/04/2022

Clássico absoluto da ficção
O que posso dizer sobre essa HQ? É uma ficção totalmente maluca, porém maravilhosa em toda sua construção, humor e criatividade. Fico imaginando o impacto causado em sua época. Saber de toda a história de Duna do Jodorowsky por trás também ajuda ainda mais a respeitar tudo. Os desenhos do Moebius são coisas de outro mundo, tão ricos em detalhes que as vezes eu perdia muitos minutos olhando uma página. Clássico indispensável.
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Nenequest 05/01/2022

Primeira leitura
Ta ai uma hq, que sempre vale a releitura para ver coisas novas, irei reler assim que acabar a trilogia.
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bardo 04/09/2021

É um tanto complicado definir o que foi essa HQ, o que se pode dizer é que a despeito de toda a sua maluquice aparente, o ritmo e a construção da trama prendem o leitor de tal forma que não é muito difícil ler tudo de uma tacada só, ainda que talvez não seja a melhor forma. A grande questão é que por trás de uma história aparentemente sem pé nem cabeça temos conceitos filosóficos e metafísicos bastante profundos e complexos que podem passar de lado em meio a psicodelia que permeia a HQ. É um reconto muito interessante do eterno embate luz e trevas, materialidade e espiritualidade, amor e ódio, permanência e transcendência; e de como nós humanos lidamos com isso.
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Cristiano.Cruz 21/07/2021

Ciclo do Universo
Sou um fã de ficção científica e o gênero distópico sempre me chamou a atenção, por ser uma antítese da utopia e como consequência inferir sobre assuntos relevantes em uma sociedade que está longe da perfeição, que vive ainda na fome e da guerra. A distopia toca em temas delicados, como as formas políticas de totalitarismo, autoritarismo e mostra uma visão pessimista sobre a natureza humana.
O volume 1 de Incal vem corroborar com o tema distópico, mas acrescenta em seu veio - na sua essência - um sinal de esperança que se pretende renovar a cada ciclo da existência humana. E isso é extremamente auspicioso e encantador, demonstrando uma das funções primevas das obras distópicas, ou seja, a de nos alertar para o caminho que estamos dispostos a escolher. De nos lembrarmos que nossas escolhas sempre estarão sujeitas a benesses ou percas contínuas.
Este primeiro volume de Incal é uma obra atemporal.
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Wildsley.Mathias 17/06/2021

Complexo ao ponto de me exigir uma releitura no futuro
Uma epopeia tão complexa e repleta de acontecimentos grandiosos e incríveis, que fica até difícil pra mim, nesse momento, relembrá-los. Sim, esse é o nível de Incal, e olha que me considero um leitor experiente voraz de HQs. Por um lado, vejo com preguiça obras que me causam essa estranheza além do meu limite, mas por outro lado, sinto-me afrontado, desafiado a encará-la, para captar e absorver detalhes que me passaram batidos. No caso de Incal, esse revival na leitura é até convidativo, pois é uma história interessantíssima.
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Túlio 24/04/2021

A melhor ficção científica dos quadrinhos
Eu já conhecia a fama de 'O Incal', já sabia da mente genial do Jodorowsky, já era apaixonado pelos desenhos do Moebius. Mas eu tinha que ler pra crer.

Nunca li nenhuma obra de ficção na nona arte que se assemelhe a riqueza de detalhes que Incal entrega em suas 300 páginas. É uma obra atemporal, que todo amante não só dos quadrinhos, mas de ficção científica no geral, merece conhecer.
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joaoggur 26/12/2020

Ok, definitivamente é a coisa mais bizarra que já li.
Incal é... interessante??? Ainda estou tentando assimilar o que compreendi e o que não traguei desse quadrinho.

Tentando dar uma sinopse sem spoilers, algo de enorme dificuldade, conta sobre John Diffool, um homem que recebe a missão de proteger um artefato que pode fazer o inimaginável, mas nesse caminho há pessoas no qual o ajudam e as que o atrapalham.

Claramente com uma temática Cyberpunk, o roterista não tem medo de esbanjar de loucura e conspiração de um futuro trágico. Não recomendo para leitores iniciantes; O quadrinho exige uma grande atenção e percepção do leitor, o que o faz ser uma leitura desafiadora.

Recomendo Incal?

Sim.

Mas tomem bastante cuidado: não é um quadrinho para qualquer um!
Samuel Simões 26/12/2020minha estante
O pipoca e Nanquim vai relançar no BR.. mas vi muita gente dizendo que não é tudo isso kkk você foi mais um que me comprovou. Não sei se vou pegar. Kkk


joaoggur 26/12/2020minha estante
Hahahahah, pegue, mas fiquei com o pé atrás.


Samuel Simões 26/12/2020minha estante
Já estou antes de pegar kkkk


Nanda Lima 23/01/2021minha estante
É tudo isso sim, só pelo traço do Moebius já vale. Mas eu indico mais para quem já leu outros quadrinhos europeus e está acostumado com ficção científica.
É uma obra sensacional.


joaoggur 23/01/2021minha estante
Concordo, vale ter na estante!




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