Ulisses

Ulisses James Joyce




Resenhas - Ulisses


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Arruda 17/05/2021

Não desista.
Excepcional! Consegui ler na segunda tentativa e não me arrependo. Joyce foi um artista quando escreveu Ulysses. Cada capítulo usa estilos diferentes e alguns até inéditos. É necessário uma leitura prévia de Odisseia e de Hamley. Mesmo assim vai ser uma leitura difícil. O importante é não desistir. Já preciso de uma releitura.
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Ramalho 16/06/2021

Só leiam. Hilário!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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cibelefrahm 25/12/2022

Ulisses é um livro que não é pra ser lido como uma história normal. Se for, a gente acaba achando simplesmente chato e/ou ruim, porque não segue um processo narrativo usual, algo que estamos acostumados. É um livro de experimentações de forma e linguagem, principalmente da metade pra frente.
Por esse motivo não gostei muito, porque complica demais, por vezes beirando o incompreensível e tornando a leitura densa. Só que é por esse mesmo motivo que também gostei dele, principalmente porque tive minha leitura mediada através de outros profissionais das letras. Muito do sentido de Ulisses foi trazido à tona por causa disso, apesar de que não podemos ler esperando tirar sentido de tudo.
O caso é que perceber quais são as experimentações faz com que se veja/leia a história sob outro prisma, tornando possível entender o caráter da suposta genialidade de James Joyce. Além disso, as três principais personagens são maravilhosamente humanas e bastante progressivas dentro do contexto em que vivem.
Para quem conhece Dublin, isso deve ser um ponto positivo extra, já que vai tornar possível reconhecer onde eles estão e para onde vão geograficamente - já que é justamente essa a premissa do livro, a odisseia pela qual passam durante aquele 16 para 17 de junho. Já esse espaço para mim não teve tanto impacto, porque li como uma ambientação somente, sem ter a visão do todo, numa primeira leitura.
Destaque para os episódios 10, 17 e 18.
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Victor almeida catende 09/09/2023

Mergulho nas águas da vida.
Ulysses, Ulysses, Ulysses. Que pancada literária que tu és. És um livro para nos perdermos na complexidade da vida. E entendermos que nem tudo que vivemos precisa ser entendido.
Muito do que li eu não poderia explicar, mas de alguma forma me tocou, com seu estranhamento, suas minúcias. Bloom com sua crise interna, que todos nós temos, desde o mais pleno ao mais perdido homem. Enfim, poderia resumir o livro com apenas um trecho que veio da mente da Molly Bloom ou seria do James Joyce?

?A vida sempre é alguma coisa pra pensar a cada minuto e ver tudo em volta como um mundo novo?
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Biu.V 19/05/2010

Lí e não entedi, acredito que este livro seja intraduzível. É o primeiro livro que é considerado um Clássico e que eu não gostei tem alguma coisa errada com esta obra, ou comigo.
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Joao 20/02/2011

Confesso que achei um exagero o que Paulo Leminski falou sobre James Joyce. Pensei que ele tinha exagerado ao afirmar categoricamente que Joyce é o maior prosador da história. Bem, uma coisa é colocá-lo como o maior experimentalista... e não me supreenderia se me falassem que ele se iguala à Cervantes, Tolstói, Sthendal, Proust, etc. e tal mas não levei a sério a ideia de considerá-lo como o melhor.

Hoje, depois de ter lido Ulisses, não considero nenhum absurdo a afirmação do Paulo (afirmação que me deixou curioso ao ponto de arriscar nesta leitura). Não que eu agora afirme que ele é o melhor, pois eu tenho minhas dúvidas. Mas, podemos afirmar que Joyce era muuuito excêntrico e que Ulisses não é um livro como qualquer outro(nem é igual a qualquer outro que seja diferente de quaisquer outros).

A tamanha excentricidade do autor e da obra já começa pela ideia de adaptar a história de Odisseu e todas as suas desventuras e atos de heroísmo em um dia da vida de Leopold Bloom, um simples cidadão irlandês. Estaria ele rebaixando os atos de Odisseu à algo mundano, ou elevando os fatos que uma pessoa comum enfrenta à atos de heroísmo?

E com isso, vamos nos afundando na cabeça de Bloom, durante seu dia. Enquanto Bloom fica perdido em pensamentos (consequentemente, nós também), caminhando pela cidade, vamos vendo os detalhes mais comuns do própio Bloom, das outras pessoas e de uma cidade (comum também). Percebemos o quanto tudo isso é humano. A forma narrativa faz tudo parecer humano, e acabamos simpatizando com Bloom diante de seus pensamentos (inclusive com suas ideias fixas e as coisas mais normais, mas que lhe chamam a atenção).

Outras coisas que deixam tudo mais excêntrico - e complicado - são as citações de fatos e/ou pessoas da qual nós nunca nem ouviremos falar novamente, as paródias à diversas formas de escritas e todo o experimentalismo que é comum no livro. Nada mais normal que seja uma leitura tão difícil (que Houaiss deixa mais complicada....).

O mais interessante a se pensar é: será que Ulisses seria tão bom, se fosse mais simples, comum? Não. É um livro excentricamente humano (ou humanamente excêntrico), e lhe tirando a excentricidade, o lado humano iria embora também.

Mesmo fazendo pouco tempo que terminei a leitura, gostaria de fazer uma releitura. Não apenas porque gostei e é bom, mas também pelo fato de que, com certeza, muita coisa me passou despercebido na narrativa e iria perceber com a releitura. Mas... reler um livro de mais de 800 páginas logo após sua leitura é para poucos. Não sou um desses.
Marta Skoober 16/06/2012minha estante
Muito quando um comentário nos faz aproximar de um livro...




Gabi 18/08/2012

Por que Ulisses?
Odisseu para os gregos. Personagens principais: Leopold Bloom (Ulisses) – “olhar de peixe morto”; Stephen Dedalus e Marion Bloom (Molly).

A professora Bernadina foi feliz em sua tradução. A explicação eficaz na introdução foi essencial. A leitura flui. O livro não é tão carregado e, por incrível que pareça, há partes engraçadas. Joyce, o dia 16 de junho de 1904, em Dublin e sete anos para escrever essa longa história. É o número da perfeição, porém não para essa obra, na minha humilde opinião. Apesar dos esforços da tradutora, o livro é enfadonho! Seus personagens masculinos ridicularizam as mulheres. São simples objetos para os anseios masculinos. São prostitutas e manipuláveis. São burras! Possuem apenas o corpo e são desprovidas de massa cinzenta. “A carne que sempre diz sim”. A Irlanda com certeza é parte do machismo que infelizmente persiste na sociedade atual. O capítulo 15 é deprimente! Repugnante! Faz sentido as dificuldades na publicação.

O livro possui partes nojentas: “Comer as próprias caspas do couro cabeludo”. “Vômito amoracolorido”. “beija as escaras de um veterato paralítico”. É pesado: “... ainda resta em você algum senso de decência ou dignidade (?)”. Frases para guardar: “Ora, vejam a vida privada do homem! Levando uma existência quádrupla! Anjo da rua e demônio em casa”. “Que afinadades especiais lhe pareceram existir entre a lua e mulher?”

Partes interessantes no livro: Parodiar a Odisseia de Homero e o capítulo 13: a pobre Gertrude MarcDowell, a Gerty e seu sonho de amor.
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Mônica 31/08/2012

Para intelectualoides
Um saaaaaaco. Chato até nao mais poder. Definitivamente, nao e a melhor obra de Joyce.
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Luiz 08/02/2013

James Joyce e o tempo sem pressa
É bom ter tempo de sobra para longas leituras de Ulysses.

Tardes a fio, passo na companhia desses personagens de vida comum, transcorrida segundo a segundo, de forma solitária, triste, mas cordial.

Alterno a leitura do original com a tradução mastigada da professora Bernardina da Silveira Pinheiro e outra mais recente, publicada no ano passado pelo jovem Caetano Galindo.

A tradução do Houaiss também está à mão. Mas dessa vez ainda não a abri. Pra falar a verdade, aquele tijolo sempre me aterrorizou. Saltava aos olhos quando eu entrava na biblioteca do meu pai. Tinha uma aparência de cara fechada como se avisasse: “Mantenha-se ao largo”. (O original sempre me pareceu mais leve.)

Na internet, tem amplo material para desatar os nós que o autor amarrou no texto. Tudo disponível com alguns cliques. No entanto muitas vezes opto por não interromper a leitura.

Quando Dedalus caminha com suas botas pela praia de Dublin (como Caetano vagando de tênis pelas areias de Botafogo), deixando o pensamento solto, refletindo sobre a história da Irlanda e o conhecimento do mundo, o texto torna-se árido, fugidio, esparso. (Creio que é nessa hora que a maioria das pessoas desiste de Ulysses – desiludidas com um texto pouco factual, fora das regras de causa e efeito das novelas de televisão.)

Como não quero ser especialista na história de Irlanda nem nas engrenagens da Máquina do Mundo, simplesmente deixo a narrativa correr. Me ligo no ritmo e nas belas imagens tecidas minuciosamente.

O cachorro correndo na areia é epifania pura, veja ensaio em aqui.

Nesse trecho, a tradução de Galindo supera a de Bernardina, que optou por destrinchar o texto pros nossos leitores de TV. De mais a mais, o texto original é inalcançável pelas traduções.

Provocador, Joyce não deixa de lembrar em Ulysses que o idioma foi imposto à Irlanda a ferro e fogo. Mesmo assim, a língua inglesa é a musa da obra. Ao longo dos três capítulos do livro, Joyce parece querer desvendar cada segredo, desvão, da língua de Sheakspeare e pretende usá-la como ponto de apoio para alavancar o mundo.

Amar apaixonadamente a língua do colonizador não deixa de ser uma forma de subversão. Atitude sheakspeareana, sem dúvida. (Assistindo a Brasil X Inglaterra, me surgiu um enlace com o fato de termos nos apropriado do jogo bretão e nos tornando seu mestre.)

Hoje à tarde, depois que os meninos saírem pra escola, vou começar a ler o capítulo II, quando Leopold Bloom inicia o dia preparando o chá da manhã de sua esposa Molly. Depois, bonachão, senta-se na latrina, e abre o jornal sobre os joelhos nus. Num canto escondido do jornal, Mr. Bloom encontra um conto que o próprio Joyce teria escrito na juventude.

"A vida devia ser assim. Nada o agitava nem o emocionava mas era alguma coisa rápida e limpa. Continuou a ler sentado calmamente sobre o próprio cheiro que se elevava" (traduçãozinha minha).

Como diz o professor Declan Kiberd, em Ulysses and Us: "trata-se de uma experiência original de como pensar, de como viver, ler, aprender e...
...morrer.
Maria tereza 18/01/2017minha estante
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Janaina 15/07/2017minha estante
Muito boa sua resenha. Estou lendo Ulysses na tradução de Caetano Galindo. Assim como você, procuro não ficar interrompendo muito a leitura em busca de todos os significados. Comprei o guia de Caetano Galindo para entender a obra, mas, depois de lidas algumas páginas, resolvi deixá-lo para um momento posterior.




Lili 27/05/2018

Ulisses
Eu li Ulisses. Eu terminei.

Acho que em vários momentos a única coisa que impulsiona a leitura deste livro é a possibilidade de um dia dizer essas frases. E fico realmente orgulhosa por ter lido, e lido tudo!, mas preciso confessar que não entendi quase nada.

Respeito muito a obra por saber que gente muito "melhor" do que eu (no sentido de entender obras literárias) a considera uma das melhores, se não a melhor, obra do século XX. Eu não dei nota para o livro, pois não absorvi dele nem um décimo do que ele tem a oferecer. Dei a nota da minha experiência.

Minhas impressões: Joyce deixa muito claro que pode escrever no estilo que preferir. Cada episódio é escrito de uma maneira e todos tratam de assuntos totalmente banais no dia a dia de qualquer um, ao mesmo tempo em que levantam sutilmente algumas reflexões importantes. Mas sutilmente mesmo, em boa parte do tempo você pode não saber nem mesmo onde os personagens estão ou de quem é o ponto de vista. Ler dessa forma torna difícil você captar tudo o que o autor quis transmitir. E é aí que entra o questionamento que me fiz durante a leitura: qual o valor de um livro que não consegue "chegar" ao seu leitor? Tudo bem, temos que amadurecer como leitores para ler alguns tipos de obras, mas Ulisses chega a um ponto que, para mim, é um pouco acima do aceitável. Mas, como eu já disse, quem sou eu para julgar? Apenas posso comentar minha experiência.

Se eu não tivesse feito essa leitura em conjunto, acredito que não teria conseguido terminar. Li comentando com amigas e rindo muito do que nós entendíamos, que muitas vezes era "nada". Outra coisa que nos ajudou bastante foi ler simultaneamente o "Sim, eu digo sim", de Caetano Galindo, que também fez uma tradução do livro. Aliás, obrigada, Caetano, seu livro ajuda muito mesmo.

Em alguns poucos momentos, me emocionei. O relacionamento entre Molly e Poldy me deixa meio com pena, como se eles precisassem apenas de uma ajudinha para ficarem bem. E algumas cenas relativas a Rudy são de cortar o coração. Mas de maneira geral não senti nada com o livro, ele não me despertou sentimentos pela história, mas apenas em pelo livro em si.

O monólogo de Molly foi disparadamente meu episódio favorito. Mas curiosamente a cena mais comovente e mais bonita veio de um dos capítulos mais "cascudos", o 15. Enfim, cada capítulo é um degrau a se galgar, todos são bem difíceis, mas todos também trazem suas joias escondidas.

Não sei dizer se recomendo a leitura desse livro. Foi "uma delícia" ler? Em nenhum momento. Foi edificante? Com certeza! Acho que vale a pena ler se for encarado como um desafio. Com essa visão, talvez a pessoa até consiga levar de maneira mais leve que o esperado. E uma coisa eu posso garantir, como já disse em outro comentário sobre Joyce: com certeza ao concluir você vai se sentir um leitor melhor do que aquele que começou.

Um dia, quem sabe quando, relerei.
Mtonete 26/04/2019minha estante
Muito boa a sua resenha, amigo. Comecei a ler hoje e achei extremamente complicado.


Lili 04/05/2019minha estante
Obrigada! =)




Chele 05/10/2021

Numa espécie de paródia da Odisseia de Homero, Joyce faz uma saga de dois personagens principais - Bloom e Dedalus - pela cidade de Dublin no início do século XX. Com teor autobiográfico Joyce põe a si mesmo em dois personagens diferentes dentro da mesma obra, só por esse fato já se tem uma ideia de tão denso que é o livro, muito difícil pra um primeiro contato com James, um erro crasso meu e provavelmente de muitos outros. É uma obra difícil, é inegável mas igualmente bela cheia de risos, lágrimas e raciocínio. E com um adendo fascinante cada capítulo do livro - são 18 no total, inspirado nos primeiros dezoito cantos da Odisseia - é escrito em um estilo e com referências culturais diferentes numa mistura insana que desafiam até os mais estudiosos pelo mundo até os dias de hoje.
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thomaz1 11/11/2021

sobranceiro, fornido:
marginal e erudito, obsceno e recatado, poético e enciclopédico, prolixo e divertido, mas, sobretudo, genial; joyce conseguiu abranger as dicotomias mais inesperadas em 'ulisses'. genial!!!
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