Ulisses

Ulisses James Joyce




Resenhas - Ulisses


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Jane 08/12/2022

Terminei
O que dizer desse livro. Sim, é complicado por causa da enorme quantidade de informações sobre a história da Irlanda, de Dublin, literatura, música, religião e pessoas ilustres que não conhecia, ou conhecia muito pouco.
Ainda tem a questão da variedade narrativa, cada capítulo tem uma, umas mais poéticas, musicais, outras que tem que reler para entender do que se fala, monólogos e fluxos de pensamentos.
Não digo que entendi tudo,mas consegui até achar momentos engraçados.
No fim, considero uma boa leitura, provocante.
Tem-se 3 personagens centrais: Stephen Dedalus, um jovem professor que tem uma relação conturbada com o pai e é atormentado pela morte da mãe. Um quase padre,quase médico ( estudante) e escritor. Sua jornada é em busca de um pai, mesmo que ele não saiba, precisa de alguém que o oriente, sem se meter em sua vida. Ele é um intelectual, cativante e que gosta de expor suas opiniões.
Leopold Bloom é responsável savel pelos anúncios do jornal, marido de Molly, pai de Milly e Rudy,filho que morreu com poucos dias de vida. Sua jornada é ficar a maior parte do tempo fora de casa para evitar a esposa que vai se encontrar com outro homem naquele dia. É um personagem que no início parece meio bobo, que não entende ser insultado ( judeu,🤬 #$%!& ),mas que vemos que ele só não gosta de confrontos, que tem seus defeitos e qualidades e que ao tentar ajudar Stephen, torna-se pai de um menino novamente, e revê sua vida e principalmente sua posição no casamento com Molly.
Molly Bloom só conhecemos de verdade no final. É uma mulher que deseja ser amada e que lhe demonstrem isso. Não se prende a rótulos e nem a sociedade.
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Elaine Messias 01/12/2023

Uma odisseia de um dia só
A escrita em fluxo de pensamento não foi meu desafio nesse livro incrível, mas sim a complexidade psicológica das personagens, que ao mesmo tempo parecem tão desnudadas ao leitor. Amei a experiência
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JosA225 29/12/2023

Ulisses
Livro dificílimo de ler, só consegui entender alguma coisa graças a ajuda das notas de rodapé. Estória banal, cheia de metáforas.
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Eliane406 01/01/2024

A complexidade
?O que sempre ouvi dizer e ler pelo mundo dos literários e leitores, é que Ulysses de James Joyce era uma leitura difícil de ser feita, mas um livro clássico. E se tem dois elementos linguísticos que despertam o meu interesse em ler são esses "o clássico e o difícil", o primeiro por saber que contêm uma narrativa social atemporal e o segundo a curiosidade em entender o quanto essa linguagem pode causar essa dificuldade em quem expressa esse sentimento.

Enfim, Ulysses superou a minha expectativa, é uma narrativa complexa, mas também não é entendiante e sequer deixa pontos falsos, é o belo fluxo de consciência sem repouso, sem obviedades, sem pausa, na velocidade dos pensamentos dos personagens, narra-se o que se vê e que pensa no mesmo tom e na mesma viscosidade e mesmo assim não conseguia desgrudar da leitura.

Joyce pretendeu e conseguiu escrever um romance atemporal com vários tons de narrativa fazendo uma analogia com a Odisseia de Homero, nesse caso a jornada pessoal de Leopold Bloom e Stephen Dedalus narrando um único dia de suas vidas, seus pensamentos, suas visões, os encontros, desejos e detalhes do cotidiano, as andanças pelas ruas de Dublin.

E sobretudo uma escrita ousada e moderna internalizando o drama e a tragédia do mundo em evolução, tornando Joyce o escritor ícone da literatura moderna do século 20, até pode-se entender porque os puritanos barraram a publicação por muito tempo, sua crítica ao nacionalismo e conservadorismo é evidente, assim como traduziu a maior crise econômica, política e cultura de cem anos passados.

?"Os olhos negros do cavalheiro fixaram-se nela novamente bebendo cada contorno, literalmente em adoração daquele ícone. Se um dia pôde haver uma admiração indisfarçada no apaixonado olhar de um homem lá estava ela exposta no rosto daquele homem." página 572
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Manu 12/01/2024

Inexplicável
Um livro repleto de fluxo de consciência que se mistura com as ações dos personagens. ler esse livro foi uma ótima experiência apesar de q eu sinto q n captei mtas das intenções do autor
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Dressa gratiluz 04/04/2024

Ulisses/ Ulysses
"Como diria Sócrates: 'só sei que nada sei', e o fato de saber disso já me coloca em vantagem diante daqueles que pensam saber de alguma coisa. Até porque, é praticamente impossível um ser aprender aquilo que ele acha que sabe, e sinceramente, eu realmente não sei, kkkkkk."

Fiquei absurdamente perdida nesse fluxo de consciência. O livro apresenta a história que se passa em um dia, mas para mim pareceu que foram séculos. É realmente complicado se manter engajado em uma leitura tão extensa da qual não estamos conseguindo compreender ao certo. Esse amontoado de ideias e informações me passaram uma estranha sensação, além de estranheza e enigmatismo, a sensação de frustração. Foi uma leitura sofrida, que eu claramente não estava pronta para fazer. Realmente são poucos que leem, pois são poucos que têm a paciência e vontade de querer ler.

Espero retomar essa leitura no futuro e conseguir fazer uma avaliação mais positiva, mas por enquanto, infelizmente, não consegui de fato dizer que gostei!
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Juluzsg 25/06/2024

Uma verdadeira experiência literária
Quando leio esses grandes clássicos fico me mordendo por não escrever uma resenha completa, falando sobre toda a experiência e tudo que vivi com esse livro. Fico pensando que poderia escrever grandes coisas sobre ele, exaltar a obra, ressaltar que construção de personagens incríveis, que elementos enriquecedores trazidos.
Existem milhões de coisas que podem ser ditas após finalizada a leitura de Ulysses, mas as melhores delas em português estão em vídeos do Galindo, e outros professores universitários no YouTube que se dedicaram anos nessa obra. Foi isso que fiz durante essa leitura. Assisti muitos vídeos que comentavam Ulysses de leitores experientes e também de novatos, e acho que isso enriqueceu demais minha experiência.
Ler Ulysses é uma verdadeira experiência literária. Se entendi metade das referências feitas nele, sou uma sortuda, mas não importa, o que realmente importa é que fui até o fim e não paro de pensar em todas as coisas que aconteceram em um dia na vida de um homem. Coisas banais, mas coisas que não são ditas por nenhum romance, que quando vemos ali tão bem escritas, ficamos chocados! Como ele teve coragem?
Estou super feliz que eu também tive coragem e que agora terei para sempre Bloom, Stephen e Molly na minha memória.
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Glauber 23/09/2024

Com certeza a leitura mais desafiadora e longa que fiz até hoje. Realmente é isso tudo que falam mesmo sobre o grau de dificuldade. Foram vários os momentos que pensei em desistir mas fui a té o final.

Tirando isso, consegui aproveitar o livro com algumas técnicas. A primeira delas foi o usar o livro-guia do Galindo. A segunda foi acompanhar vídeos e playlists no youtube a cada episódio. E já no final, contei com a ajuda do chatgpt para resumir e dar dicas sobre os capítulos. Ter paciência e saber que seria um livro denso e longo também foi algo importante.

Em muitos episódios fiquei confuso e tive pouca compreensão, tentando entender mais o fluxo ou a técnica utilizada por Joyce. Acho que com isso, consegui aproveitar melhor o livro. Me trouxe leveza e uma exigência melhor de compreender cada linha.

No final, foi realmente recompensador terminar o livro e ter abraçado a dificuldade. Ter conhecido mais sobre Poldy, Dedalus e Molly. Ter estado imerso no dia de outra pessoa durante 4 meses e ter passado por tantas técnicas literárias. O livro talvez valha por isso, e muito menos por ser uma história cativante ou inesquecível como outras coisas que me marcaram. Feliz por eu ter dito sim.
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magikaw 21/10/2024

Embora seja uma leitura desafiadora, "Ulisses" é profundamente recompensador para aqueles que mergulham em suas camadas de simbolismo, humor e reflexões sobre identidade, tempo e humanidade. Um marco da literatura que continua a influenciar escritores e leitores.
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Caldeira Brant 10/08/2011

Gênio
James Joyce é James Joyce! Ulisses é uma obra na qual os autores brasileiros deviam se inspirar e procurar imitar. Pena que muitos, apesar de dizerem que o leram, sequer foram capazes de passar das primeiras páginas. Se o tivessem feito, saberiam como, quando e de que maneira escrever algo que acrescentasse e perdurasse. Imortal!
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Celsol 07/08/2012

FICHA DE LEITURA DO LIVRO ULISSES DE JAMES JOYCE
Em plena olimpíada de Londres de 2012 consegui bater o meu próprio recorde, acabo de galgar a leitura da centésima página do livro Ulisses de James Joyce, após várias tentativas abortadas desta travessia. Desde que comprei o volume da 7ª edição, em meados da década de 1990, com a clássica tradução de Antônio Houaiss, a cada novo quinqüênio voltava a testar a minha capacidade de abstração na leitura com obstáculos da obra prima de Joyce. Diz uma lenda difundida na internet que ninguém conseguiu ler de fato todo o livro, seja como for, os relatos de desistências definitivas e de reincidentes abandonos, como o meu caso, são numerosos.
O principal obstáculo é que, dizem, sequer há uma história sendo contada, e o texto é desenvolvido por narradores diferentes, sem linearidade, que mudam de repente e não se sabe quem está falando pra quem, e seguidamente nem se fica sabendo que assunto está sendo tratado durante várias páginas. Exige, portanto, que o leitor seja um atleta literário com fôlego para se manter por longo tempo surfando sobre os fluxos e refluxos das palavras do autor, muitas inventadas pelo próprio e reinventadas pelo tradutor.
Desta vez, porém, creio ter atingido a maturidade intelectual suficiente para segurar a onda por toda a travessia, não como uma árdua leitura, e sim com a alegria de um esportista que sente prazer em praticar o esporte de leitura literária: ler por puro lazer, com paciência de discípulo budista. Mas, confesso que a coisa já não ia bem no final da primeira parte, eu começava a esmorecer lá pela página 42, como prenúncio de um novo naufrágio. Então comecei a praticar o método de leitura em voz alta, interpretando com entonações orais as frases e soletrando as palavras agrupadas com neologismos. A partir daí sim, ganhei um novo fôlego e atingi o inédito marco lido de um quinto do livro. Estou, pois, otimista que desta vez vou conquistar a medalha de ouro ao chegar até a última frase do clássico dos clássicos moderno...Uau!, que susto: Fui espiar agora qual era a última frase do livro, para transcrever aqui como a “linha de chegada”, e voltei a levar medo da empreitada ao descobrir que a última frase, a rigor, se estende por 33 páginas, sem vírgulas e sem pontos. A reta de chegada parece ficar numa montanha íngreme de difícil alpinismo até para a leitura em voz alta. Espero que durante a longa maratona o leitor amador vá aprendendo a dominar as armadilhas do universo joyceano, ficando apto para a escalada da leitura final até o recebimento da bandeirada de conquista do seu Olimpo.
Todavia, para não perder o foco da linha de chegada na longínqua última página do livro, decidi adotar o didático procedimento de fazer um “Ficha de leitura do livro Ulisses de James Joyce”, para me garantir que estou acompanhando os malucos fluxos psicológicos de Joyce, que em Ulisses são verdadeiros “fluxos alucinógenos”. Toda atenção é pouca, por isso vou ir cravando referências pela quilometragem do caminho, de modo que possa sempre recapitular quem é quem e por onde andaram e andam, pelo menos os personagens que eu identificar como sendo os principais do enredo sem trama, ou do drama sem enredo.
O livro é constituído de três partes. Na primeira parte, que é um trecho curto de 45 páginas, aparecem os personagens Buck Mulligan e Stephen Dedalus (que é professor e cujo apelido é Kinch) às voltas com o café da manhã na “torre” onde moram em Dublin na Irlanda, com a visita de Haines, um amigo deles. Até que saem caminhando pelas ruas e cada um toma o seu rumo.
A narração segue Stephen dando aula e registra a intervenção de vários alunos... Depois Stephen vai conversar com o diretor da escola, o Sr. Deasy, e divagam... Daí Stephen vai até a casa do seu titio Richie com a presença do primo Walter que entra em devaneios de fluxos psicológicos da página 34 até a 42, no final da primeira parte do livro.
Na PARTE II, a narração segue Leopoldo Bloom. Inicialmente o Sr. Bloom e o sua gata... Depois o Sr. Bloom vai até o armazém caminhando pelas ruas, onde fica sabendo por M’Coy da morte de Paddy Dignam...(entram em cena ou são citadas a esposa do Sr. Bloom, Marion Bloom, e a filha, Milly Bloom)...
Segue com o Sr. Bloom que está se arrumando para ir no enterro de seu amigo Dignam...depois vai caminhando por vária ruas, encontra e conversa com alguns conhecidos, entra na carruagem do féretro até o cemitério (pg 68), juntamente com Dedalus Stephen ( pai de Stephen), quando se fica sabendo que o Sr. Bloom é o tio de Mulligan...Na andar da carruagem ocorrem longos diálogos com Hynes, Power e Marin Guningham...Acompanham o enterro de Dignam no cemitério...(pg 90).
A partir da página 90 até a 115, há vários trechos curtos com títulos anunciando o tema desenvolvido a seguir, ambientado com o Sr. Bloom no Jornal onde trabalha com Hynes, Power, Marin Guningham e Dedalus Stephen...O Sr. Bloom sai do “Jornal Telegraph” para agenciar um anúncio de um cliente no periódico, enquanto os outros continuam jogando conversa fora; depois ele retorna e vão todos, novamente caminhando pelas ruas, se embriagar no bar Mooney... Em Dublin, no Bloomsday (16 de junho) os fãs da obra refazem o percurso dos personagens Stephen Dedalus e Leopold Bloom pelas ruas da cidade conforme descritas por Joyce.
Encerro aqui esta primeira parte da minha “Ficha de leitura do livro Ulisses de James Joyce”, ficha que passa a servir de apoio logístico para o restante da jornada de mais de quatrocentas páginas com letras miúdas que ainda faltam. Mas, a estas alturas, começo a sentir firmeza na minha jornada pela epopéia do Ulisses, pois já estou dando boas risadas com o peculiar senso de humor do Joyce, com coisas do tipo: “não há limites para o gosto. Gostaria de saber como é carne de cisne. Robson Crusoé teve de viver à custa deles./ Mas então por que é que peixe de água salgada não é salgado?/Todas as espécies de lugar são boas para anúncios. Aquele doutor charlatão de esquentamento costumava colar o seu em todos os mijatórios...à escondidas, correndo para dar uma mijada...Não colocar cartazes. Vão botar MERDAZES./ Foi um freira dizque que inventou o arame farpado./Preste atenção nele – disse o senhor Bloom – anda sempre do lado de fora dos postes. Olhe!/ Pobre senhora Purefoy! Marido metodista. Método na sua loucura. Presentei-a com um rebento cada ano...Pobrezinha! E ter de dar os peitos ano após ano toda hora da noite./ Diante do enorme portão da casa do Parlamento irlandês uma revoada de pombos voava depois de comerem. Quem é o que vamos premiar? Eu escolho o sujeito de preto. Aí vai. Deve ser emocionante fazer lá do alto./ Desde que dei de comer às aves faz cinco minutos. Trezentos bateram com o cu na cerca./Empilhados em cidades, gastados, geração após geração./Nem um é um algo./ Vindos do vegetariano. Somente legumovonada e fruta. Não comem bifisteque. Se o fizeres os olhos da vaca te perseguirão por toda a eternidade... Faz o sujeito passar a noite sentado no trono./ Eu era mais feliz então. Ou era aquele eu? Ou sou eu agora eu?/ Oferece um gole uma vez ou outra. Mas em ano bissexto.”
Espero concluir a leitura do livro Ulisses de James Joyce antes da próxima olimpíada, que será realizada em 2016 no Brasil, quando com a medalha de ouro do Ulisses no meu peito, quero estar conquistando a leitura de Rayuela de Julio Cortázar, em espanhol, livro que igualmente está pendente com várias tentativas e desistências há quase vinte anos.

Meu blog: http://celsol-diariodeumaposentando.blogspot.com.br/
Celso Afonso Lima
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Kayo 30/09/2012

1-único-dia-longo-demais-pra-mim ! + retomarei porque essas'transliterações' são fascinantes! E procurei por esse livro 1ns 20 anos!!!
..."Espera. As moléculas todas mudam...\eu sou outro-eu agora...ZumZum.
Mas eu, enteléquia, forma das formas, sou eu de memória porque sob
formas sempercambiantes..."
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spoiler visualizar
meriam lazaro 21/05/2017minha estante
Dando risada aqui. Amei a resenha


Lili 14/09/2017minha estante
Que resenha ótima!




Adriano 30/01/2022

Explorando Ulysses
Terminei o livro e sei que devo reler. Extrair mais do seu potencial. Enfadonho, engraçado e reflexivo, o livro oferece uma leitura para quem gosta de desafios. Ulysses é uma provocação literária requintada que merece um bom espaço de tempo para sua ruminação.
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