Bruna 07/10/2014
Resenha: Johnny Depp - Biografia Ilustrada
Todo mundo que me conhece sabe que o Johnny Depp é o meu ídolo, nunca me canso de descobrir novas informações e curiosidades sobre ele, de assistir os filmes dele ou de sempre arranjar algum poster e colocar na parede do meu quarto, que por sinal, já está lotada. Sabendo disso, o meu pai resolveu me dar esse livro de presente durante a Bienal do Livro 2014.
"Johnny Depp ? Biografia ilustrada traz mais de 140 fotos de um dos maiores atores de todos os tempos. Comparado a Marlon Brando, Depp foi responsável por alguns dos grandes sucessos de bilheteria de Hollywood, como Piratas do Caribe, Alice no País das Maravilhas e A Fantástica Fábrica de Chocolate. Essa é uma biografia que percorre toda a sua trajetória profissional e pessoal, trazendo os bastidores, as curiosidades e uma filmografia completa e detalhada."
"Excelente ator, bad boy, descolado, rebelde, outsider de Hollywood, ídolo adolescente, camaleão, papai dedicado, arrasa-corações, galã às avessas, maverick."
Há 51 anos, em 9 de junho de 1963, em Owensboro, Kentucky, nascia John Christopher Depp II
(mas para não se confundir com o seu pai, a família passou a chamá-lo de Johnny), o quarto filho de John Depp, um engenheiro, e Betty Sue, uma garçonete que trabalhava em uma cafeteria local. Eles nunca foram a família mais rica de região, na verdade, viviam com uma renda apertada; anos mais tarde Depp descreveria sua criação como "pobre".
Com apenas 13 anos, mudou-se junto de sua família para a Flórida, uma época marcada pela instabilidade e a incerteza. Lá, Johnny e sua família tiveram de morar em uma sucessão de hospedarias enquanto seus pais estavam na busca por empregos. As mudanças eram tão constantes que, com apenas 15 anos, Depp já havia morado em cerca de 20 casas diferentes. Adaptar-se aos novos lares às vezes chegava a ser um desafio. Na escola, ele era um completo outsider, tinha problemas com alguns professores (uma vez chegou a receber suspensão, que durou 15 dias, por mostrar suas nádegas para uma professora que era hostil com ele), mas mesmo assim conseguiu fazer alguns amigos.
Essa época coincidiu com o seu interesse pelo rock'n'roll, de certa forma, até que combinava com o seu comportamento rebelde. Escavar túneis, gravar conversas ou ler livros sobre Evil Knievel ou sobre os nazistas deixaram de ser suas atividades favoritas, ele não se contentava mais com isso. Depp preferia escutar o Kiss, descobrir as drogas e bagunçar na escola. Não estava fazendo nada muito bom, mas graças a sua mãe que o presenteou com uma guitarra, Johnny encontrou uma oportunidade de extravasar positivamente suas frustrações. Isso o fez criar uma meta, uma ambição: se tornar um guitarrista famoso, formar uma superbanda e ser um astro do rock.
Mal podia imaginar que alguns anos mais tarde a sua vida mudaria de curso, completamente, devido a sua ex-mulher Lori Anne, que no desespero de tentar ajudar Johnny a encontrar um caminho na vida que o fizesse feliz, ela o apresentou ao ator Nicolas Cage. A amizade entre ambos aconteceu de modo natural e, quando Cage descobriu o sonho de Depp em relação à música, ele perguntou ao amigo o que ele acharia de ser um ator. Na hora, por mais que a pergunta fosse apenas algo casual, acabou sendo o ponto de virada na vida de John Christopher Depp II.
Detectando um talento oculto em Johnny, Nicolas recomendo-o para uma agente que ele conhecia (Tracey Jacobs), mas mesmo concordando em se encontrar com ela, Depp não tinha intenção de deixar de lado o seu amor pela música. Mesmo com a sua falta de experiência como ator, Jacobs o encaminhou para o teste de um personagem no novo filme de terror do diretor Wes Craven, e para a grande surpresa de todos, horas mais tarde Johnny recebeu a notícia de que ele ganhará o papel de Glen Lantz, o namorado.
A Hora do Pesadelo, foi o primeiro dos muitos filmes que Johnny viria ao fazer ao longo de sua carreira, e ao longo dos anos ficou bastante claro o talento de Depp como ator e o tipo de personagens que ele gostava de interpretar, que deixaram de ser bonitinhos para se tornarem cada vez mais excêntricos.
"Não quero fazer carreira tirando a camisa. A vontade que me dá é de raspar todo o cabelo, todos os pelos, até as sobrancelhas... Aí eu quero ver!"
Ao longo de sua carreira um dos personagens mais excêntricos que ele já interpretou (se não for o mais), e que recebeu maior notoriedade foi o Capitão Jack Sparrow.
Quando iniciaram-se as filmagens de Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra, em outubro de 2002, ninguém se surpreendeu ao saber que Johnny Depp iria fazer o personagem principal, já tinha se tornado sua marca em Hollywood a sua escolha por papéis nada convencionais.
O Capitão Jack acabou sendo a combinação de um personagem de desenho animado: Pepe Le Pew (Pepe Le Gambá), um rastafari, e o guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards. E para o papel, Johnny mandou folhear a outro quatro dentes, além de fazer uma tatuagem falsa de um pardal (que após o término das filmagens se tornou definitiva, e acrescentou o nome de seu filho Jack). Vários executivos de alta patente da Disney, após observarem algumas cenas, ficaram inseguros como o personagem seria recebido pelo público, mas quando o filme estreou e se tornou um megassucesso de bilheteria, Johnny recebeu um telefonema dos mesmos executivos, eles o parabenizaram.
"Ele não é um ator que segue a tradição. O que ele usa é a osmose."
O livro é rico em detalhes e fotografias que contam a história do Johnny Depp, desde a sua infância, passando por sua adolescência um tanto conturbada, até os dias atuais. É um verdadeiro paraíso para os fãs do ator, pessoalmente, a leitura da biografia me fez o admirá-lo ainda mais como pessoa. Ao longo da vida ele cometeu alguns erros, mas os superou. Também, admiro o fato dele ter passado a interpretar apenas personagens que o interessam, não pensando simplesmente no dinheiro ou no sucesso, ainda mais que, nem todos os filmes em que ele atuou tiveram uma grande bilheteria ou críticas positivas.
Recomendo a leitura para pessoas de todas as idades, as fãs do ator e as que não são fãs. Essa é uma história de vida que merece ser conhecida por mais gente.
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