A Pensão Eva

A Pensão Eva Andrea Camilleri




Resenhas - A Pensão Eva


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CisoS 15/07/2018

Leve, doce e amargo
A mesma Vigàta de sempre, mas durante a segunda guerra. As histórias cômico-sexuais são boas, com um sentimentalismo suave.
O final agridoce é inevitável em se tratando de um livro de memórias, mesmo que fictícias.
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Tauan 24/09/2015

Ganhei, há pouco tempo, alguns livros do prolífico autor italiano Andrea Camilleri, e comecei a ler Pensão Eva sem a menor pretensão, mas acabei me surpreendendo amarrado à narrativa.
A Pensão Eva era uma casa de divertimento masculino nos anos 1930, em Vigàta, na Itália. Segundo o autor, a pensão realmente existiu, mas, embora ele tenha dado ao personagem principal seu apelido de infância, o livro não chega a ser autobiográfico.
Na história, Nenè, um garoto de 12 anos, descobre junto com os amigos o que acontece na enigmática Pensão Eva, que só é freqüentada pelos homens da cidade, sendo as únicas mulheres no recinto as que trabalham lá.
Eles também sabiam que o lugar era muito querido pelos freqüentadores, mas pouco mencionado pela cidade, que as mulheres evitavam o assunto, mas que os adolescentes não o tiravam da cabeça.
Nenè aprende a vida adulta entre as paredes da pensão. Segundo o autor, é lá que ele vai sentir, pela primeira vez, o perfume de canela, noz-moscada e laranja das meninas.
Entretanto, há mais no livro do que as primeiras experiências de um garoto em um bordel. O plano de fundo é a Segunda Guerra que se avizinha, o fascismo que se ergue, a turbulência que se anuncia.

O fato é que Camilleri é um grande escritor. Outra obra sua que eu recomendo, embora não vá postar aqui, é Por uma Linha Telefônica, ambientado na mesma região da Itália, mas com um contexto diferente, com um estilo narrativo muito diverso (trata-se de um romance epistolar), porém com a mesma qualidade.
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angeldario 04/08/2013

Leitura leve
Livro de leitura leve que te prende. Bem diferente dos outros do autor, mas igualmente imperdível. Adorei.
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jota 02/10/2011

Eva viu a uva
A Pensão Eva, o próprio Camilleri reconhece, foi escrito por influência da leitura de Memória de Minhas Putas Tristes, de Gabriel García Márquez. É uma história mais leve e na comparação com o livro de G.G. Márquez sai perdendo. Foi o terceiro livro de Camilleri que li. Temporada de Caça e A Ópera Maldita são mais interessantes e engraçados.

Apesar de parecer, não se trata de um romance autobiográfico, mas o autor reconhece que o contexto em que ele se desenvolve é autêntico, a Pensão Eva realmente existiu. E mais: emprestou ao protagonista (Nenè, 12 anos) o diminutivo com que parentes e amigos o chamavam nos anos de sua meninice e adolescência - Camilleri nasceu em 1925.

Da metade para o final, o protagonista Nenè passa para a adolescência e dá uma sumida. Depois reaparece, já estudando no segundo grau e dá outra sumida, voltando somente para o final, com a tomada da Itália pelas forças aliadas. Entre os intervalos entram histórias das meninas do bordel, de seus clientes e de outros personagens. Ainda que algumas dessas histórias sejam interessantes, o livro perde um pouco o ritmo inicial, que prometia mais.

Camilleri diz também que A Pensão Eva é uma "folga narrativa" que tirou nas vésperas de completar 80 anos. E parece ser mesmo. Então, três estrelas estão de bom tamanho para este livro.
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Teresa 30/01/2010

"Este romance pretende ser apenas umas férias narrativas que decidi oferecer-me na eminência dos meus 80 anos. Não é um romance histórico, nem um romance policial; é um romance felizmente inqualificável". É assim que Andrea Camilleri descreve Pensão Eva, seu romance sem o Comissário Montalbano. Adverte ainda que não é autobiográfico, embora o protagonista tenha o mesmo apelido pelo qual era chamado quando era criança. O contexto é autêntico, o local existiu, mas todos os nomes e fatos são totalmente ficcionais.
O romance é ambientado em Vigàta, no período entre os 12 e os 18 anos de Nenê, o protagonista, durante os anos da II Guerra Mundial. A Pensão Eva era um bordel local e o livro se inicia com Nenê curioso para saber o que se passa lá dentro. O que ele já aprendeu é que lá trabalham as prostitutas que são mulheres que ficam nuas e os homens pagam para vê-las. Ele tem dois grandes amigos (um pouco mais velhos), com quem pode se abrir e fazer todas as perguntas que quiser. Eles respondem o que sabem, ou pensam que sabem.
Conseguem, finalmente, permissão para entrar no bordel quando está fechado e, além de conhecerem as moças, com quem jantam, aprendem que naquela casa não há apenas fantasia e erotismo, mas uma realidade cheia de surpresas.
Acontece que a atmosfera, que a princípio era alegre, se transforma, pouco a pouco, na triste tragédia da violência da guerra, onde o único sentimento capaz de restituir a esperança e a vontade de viver é o amor. Enquanto cresce, Nenê tem a sua volta personagens curiosos e originais: uma prostituta samaritana que visita os feridos que ninguém tem coragem de cuidar; um velho que recupera a virilidade com o fragor dos bombadeiros, uma prostituta comunista que passa informações aos membros da resistência, etc.
Esta história é um misto de ingenuidade, sensualidade e tristeza que se desenvolve entre as doçuras da infância e os horrores da guerra.
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