Estrela solitária

Estrela solitária Ruy Castro




Resenhas - Estrela Solitária


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Henrique.Filho0 18/11/2024

Excelente livro
O livro conta a história do Garrincha nos mínimos detalhes sem fazer com que a leitura seja arrastada. Embora as páginas sejam grandes, o texto é fluido e muito amarradinho, fazendo com que dificilmente perca-se o fio da meada. Excelente experiência!
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Vanderson.Gomes 24/02/2024

Triste fim de um ídolo.
Leitura pesada, torço para o Botafogo e foi um turbilhão de sentimentos ler a história de um grande ídolo, fiquei feliz, dei risadas e me entristeceu ver como a história de Garrincha terminou.
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Lara 01/02/2024

Um dos livros mais legais que já li. É um calhamaço, mas vale a pena a leitura! Garrincha pra além das quatro linhas, história envolvente do início ao fim.
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Margolivros 25/01/2024

Vencedor e vencido
O livro ?Estrela Solitária? é uma biografia do lendário jogador de futebol Garrincha, que foi campeão mundial com a seleção brasileira em 1958 e 1962, com 520 páginas. A vida de Garrincha é retratada desde antes de seu nascimento. É uma fotografia das origens da família do jogador, descendentes de índios, saindo do nordeste brasileiro para Pau Grande, distrito da cidade de Magé, no Rio de Janeiro.

Garrincha é o quinto filho de Amaro e Maria Carolina, nascido em 1933. Garrincha cresceu em uma família pobre e humilde, mas sempre foi uma criança alegre e cheio de energia que corria para todos os lados, descalço, com solas dos pés característicos das atividades diárias, em Pau Grande.

A vida do menino resumia-se ao trabalho na fábrica, diga-se de passagem, era realizado de forma desleixada, com muitas faltas. Somando-se aos namoros incontáveis, peladas e pescaria.

Ler biografias bem fundamentadas, imparciais e meticulosamente pesquisadas permite que o leitor extraía a essência do biografado, seus feitos únicos e proporciona momentos de reflexão profunda sobre a vida.

Resenha completa no blog ?

https://margolivrosecia.blogspot.com/?m=1
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Otávio - @vendavaldelivros 18/01/2024

“Nunca o orgulho do “científico” futebol soviético fora tão desmoralizado, e pelo mais improvável dos seres: um camponês brasileiro, mestiço, franzino, estrábico e com as pernas absurdamente tortas.”

Quando os anjos pisam na Terra são capazes dos milagres mais diferentes e inesperados. É o divino mostrando para os reles mortais como a divindade está em tudo e pode se manifestar onde e como quiser. Um anjo de pernas tortas, que num campo de futebol era capaz de coisas impossíveis, a começar por sua própria existência, talvez seja a prova do divino. Um jogador de futebol genial, pobre, alcoólatra e sempre apaixonado também.

Publicada em 1995 e escrita pelo jornalista Ruy Castro, “Estrela Solitária” é a biografia de Manoel Francisco dos Santos, o Garrincha. Das origens de sua família na tribo dos índios fulni-ô no Nordeste, passando pelo seu nascimento em Pau-Grande, distrito de Magé, sua carreira no futebol, até sua morte em 1983, o livro vai revelando a história (ou parte dela) de um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos.

Para quem ama o futebol, um prato cheio. Para os botafoguenses, uma chance de conhecer mais um dos maiores ídolos do clube. Para todo mundo, porém, “Estrela Solitária” retrata um homem, mortal, refém de seu tempo e de seu meio. O alcoolismo de Garrincha, não compreendido como doença, ajuda a explicar como um dos maiores gênios do futebol terminou seus dias pobre e quase esquecido.

Uma força divina explicaria Garrincha e a conjuntura de acasos que o fizeram ídolo e espírito de um clube tão afeito e próximo ao sobrenatural, mas são seus aspectos humanos que mais se destacam na obra. Os amores, especialmente o por Elza Soares, mostram como o homem Garrincha vivia seus dias, motivado por paixões e pelos prazeres mais simples da vida, mas sempre alimentado por um vício que crescia como um monstro.

Um baita calhamaço, que devorei em poucos dias porque a escrita do Ruy Castro, casada com a vida de Garrincha, é muito difícil de largar. O Anjo das pernas tortas, em toda sua humanidade e divindade, em um destino que falava muito, também, sobre o Brasil e nós mesmos. O ser humano é, por si só, sobrenatural.
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Luisa949 14/01/2024

Termino em lágrimas!
Não sei se consigo encontrar palavras para descrever todos os sentimentos que tive ao ler este livro.
Foi uma leitura de altos e baixos, de conhecer um pouco mais da história do ídolo do meu time e do Brasil.
Uma leitura que foi ficando difícil e pesada.
O anjo das pernas tortas era um gênio sem igual, mas sua trajetória é de partir o coração.
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Sira Borges 13/10/2023

Estrela solitária
Li esse livro na época em eu estava acompanhando meu avô no hospital pra fazer as pontes de safena. Passava o dia todo com ele e lia enquanto ele dormia. Quando ele estava acordado, a gente comentava sobre o livro (que era dele e ele já tinha lido antes).
Meu pai e meu avô achavam Garrincha um gênio do futebol!!! E ele era!!! Sua história é muito triste!! O livro é muito bom!!!
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AlanBorel 17/08/2023

História impactante
O mundo é feito de altos e baixos, mas o Garrincha poderia ser o exemplo de tudo o que escolheu pra sua vida, boas e péssimas escolhas.

O livro retrata a vida do ídolo nacional sob um aspecto humano, mas não deixa de reasaltar as opiniões, escolhas e assessorias falhas em sua vida (algumas vezes de forma bem superficial).

Enfim, somos aquilo que fazemos e escolhemos, e Garrincha se beneficiou e se prejudicou por essas escolhas.
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Villanova 23/12/2022

Para além dos amantes do esporte bretão
Para além dos amantes do esporte bretão, aqui Rui Castro transcende a vida do biografado e entrega uma excelente obra. Recomendadissimo!
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Hester1 09/12/2022

O livro é ótimo. Eu tinha muita curiosidade em saber mais sobre a vida do Garrincha, mas confesso que fiquei enfadada com o que li.
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Lucas 06/08/2022

O auge veio e se foi cedo demais: Os mais difíceis marcadores de Garrincha foram as garrafas
Manuel dos Santos: poucos nomes são tão fielmente brasileiros. O mais famoso deles é o registro legal de Garrincha, maior ponta direita da história do futebol e que carrega consigo uma miríade incomparável de sentimentos quando pronunciado: nostalgia, lenda, graça, ingenuidade, tudo isso e muito mais elementos (contraditórios entre si, diga-se). E para que haja esse vislumbre (já que a compreensão plena dele em si é impossível) do que foi Garrincha, há a biografia do escritor Ruy Castro (1948-): Estrela Solitária – Um Brasileiro Chamado Garrincha é referência máxima de "literatura" esportiva, que neste caso transcende as quatro linhas dos muitos campos que o biografado atuou.

Ruy Castro, num soberbo trabalho de pesquisa (deve ter sido impressionante o esforço em investigar e depois narrar as origens genealógicas de um personagem tão obscuro quanto Garrincha) disseca em pouco mais de 500 páginas (na edição da Companhia das Letras) a trajetória pessoal do "anjo das pernas tortas", bicampeão do mundo com a seleção brasileira e melhor (e não maior) jogador da história do Botafogo de Futebol e Regatas. São rótulos óbvios e, logicamente Castro os compõe com a maestria digna de Didi, mas, ao olhar para o livro depois de lido, o que prevalece é o olhar para quem foi Manuel dos Santos: a criança (cujo apelido foi dado em função da semelhança com um passarinho comum de Pau Grande, distrito de Magé/RJ, sua terra natal) e depois o homem adulto. E o grande baluarte da biografia é o de que ela não se perde ou tende a qualquer uma destas vertentes.

Ao jogador Garrincha, sobram predicados. Recentemente, completou-se seis décadas do seu auge futebolístico quando, na ausência de Pelé, tomou para si a responsabilidade e venceu praticamente sozinho a copa de 1962 no Chile. Seus dribles espalhafatosos e por vezes hilários, aliados aos arremates e cruzamentos de direita, são conhecidos e até hoje referenciados pelo amante de futebol que estava longe de ver tudo aquilo. A copa do Chile foi o clímax de seu desempenho, mas o mundo já tinha visto Garrincha (especialmente ele e Pelé) e companhia destruírem o futebol "científico" da União Soviética na copa da Suécia em 1958 e depois levantarem a primeira taça da Copa do Mundo pelo Brasil. Ruy Castro conta tudo isso, aliado a um papel esclarecedor, já que poucos personagens futebolísticos são cercados de tantos mitos (o lendário primeiro treino de Garrincha no Botafogo, por exemplo, que Castro descreve com o primor de poesia e verdade que aquele momento merece).

Tais mitos, entretanto, não são somente anedotas folclóricas: o que de fato aconteceu com Garrincha em seus últimos vinte anos de vida, se não fosse pela biografia de Castro, seguia em praticamente total desconhecimento do público. Nessa nova fase, um personagem fundamental surge no livro: a cantora Elza Soares (1930-2022) é a grande fonte deste "arcabouço mitológico"; durante praticamente a vida toda desde então, Elza foi estigmatizada como a mulher que destruiu a família de Garrincha (ele já era casado e pai quando ambos se conhecerem) o que acabou por conduzir o personagem ao seu declínio físico e moral que os anos lhe descarregaram. A biografia de Ruy Castro, entretanto, esclarece muitos pontos e fortalece o caráter resiliente e corajoso dessa musa da música brasileira (e alguns de seus desvios de caráter também).

Como botafoguense, ler a biografia do melhor jogador que já vestiu essa camisa listrada é estar em contato com a fase áurea do clube. Manga; Joel, Zé Maria, Nilton Santos e Rildo; Airton e Didi; Garrincha, Amarildo, Quarentinha e Zagallo. A escalação do lendário Botafogo de 1962, decorada por todo botafoguense minimamente fanático (e que traz consigo cinco titulares da seleção campeã mundial de 1962, algo inigualável em qualquer outro selecionado brasileiro campeão do mundo) traz momentos de enorme orgulho, sentimento que há muito não inunda os corações alvinegros. Entretanto, o encanto pelo futebol romântico daqueles tempos atinge todos os apaixonados por futebol, não apenas botafoguenses (o próprio Ruy Castro é flamenguista). Desse modo, a parte "futebolística" do livro é maravilhosa, mas um pouco mais para os botafoguenses.

Adaptando o papel do Botafogo na relação com Garrincha na prática, o que se vê é uma maior complexidade e céus mais nebulosos. Ruy Castro também desmistifica alguns elementos neste entorno: o Botafogo sugou em demasia o seu craque (assim como todos os outros citados ou não), mas a diferença é que Garrincha era absolutamente antiprofissional, até mesmo para o futebol daqueles tempos. Ao não ser profissional, Garrincha não era uma má pessoa, diga-se, só tinha um estilo de vida peculiar, exposto e discutido em sua biografia. E esse desapego a compromissos, tratamentos e disciplina é um traço da sua conhecida ingenuidade. Garrincha era praticamente analfabeto, tinha motivações bem modestas, não ligava para aspectos materiais e comerciais... Enquanto esta inocência se restringia aos gramados, isso aumentava a aura sobre o jogador. Mas com o passar dos anos, o seu declínio físico natural foi acentuado em função dessa despreocupação para consigo mesmo.

Este elemento conduz à dependência alcoólica, que acabou por matá-lo. A segunda metade da biografia é marcada pelo trágico e Ruy Castro descreve com uma minúcia assustadoramente real os fatos que acabaram levando Garrincha ao alcoolismo, drama este compartilhado por muitos brasileiros desde sempre (especialmente os mais pobres). Afinal de contas, é difícil conhecermos qualquer pessoa que não tenha, mesmo que um parente secundário, algum familiar que tem ou desenvolveu dependência alcoólica. E Castro descreve uma realidade comum a estes indivíduos através de uma linguagem provida de detalhes técnicos elucidativos.

A biografia de Garrincha escrita por Ruy Castro é incrivelmente completa. Nela, conhecemos um pouco mais da história desse lendário jogador, mas ao mesmo tempo deste homem e marido problemático, sem os mitos (bons ou não) que o envolvem. Amado e desprezado por muitos, ignorado por tantos outros ou um eterno incompreendido: a biografia de Garrincha não esclarece estas nuances, nem este é o seu objetivo. Ela documenta a decadência que o álcool causa num indivíduo: a "estrela solitária" do título não é uma referência ao Botafogo, clube onde ele fez história, mas a um estado de espírito que até mesmo alguém tão especial e "estelar" como Garrincha chegou após não conseguir driblar o marcador implacável da dependência alcoólica.
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Hevinho 16/05/2022

Amei a leitura desse livro!
Como botafoguense, esse livro me chamou mais atenção, pois trata-se, se não o maior, um dos maiores ídolo do clube. Porém o foco não é o Botafogo, mas, sim, o jogador Garrincha que fez jogadas e gols fenomenais pelo clube e pela seleção brasileira. Contudo, infelizmente, não foi um "craque" na vida como foi nas quatro linhas. O livro tem uma leitura bem fluida e cativante. Impossível não adentrar com "unhas e dentes" nessa ótima biografia.
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