Garoto linha dura

Garoto linha dura Sérgio Porto




Resenhas - Garoto linha dura


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Livia.Teixeira 25/09/2020

Stanislaw Ponte Preta é o pseudônimo de Sérgio Porto. Stanislaw dirige-se a um público variado, tanto o leitor popular quanto o intelectual, desse modo, Sérgio Porto construiu em suas crônicas uma nova linguagem própria para os veículos de imprensa que atingisse a diversos tipos de leitores, utilizando-se de linguagem coloquial e mimética, incorporando vozes sociais de diferentes grupos ideológicos em conflito no cenário político, registrando assim, o imaginário social a respeito do golpe militar de 1964.
Na primeira crônica "Garoto linha dura", a qual deu o nome do livro, um menino chamado Pedrinho acaba quebrando a janela da vizinha com sua bola. A vizinha sabe que foi ele e conta ao seu pai, mas comenta que provavelmente o menino não admitirá a culpa por medo de ser castigado, e assim acontece. Pedrinho mente mesmo quando seu pai diz que não irá castiga-lo e acaba colocando a culpa no filho do vizinho. O pai resolve então ir até a casa do vizinho com Pedrinho para esclarecer o ocorrido, e a crônica termina esclarecendo que é nesse momento que Pedrinho tem ideias revolucionárias, e diz a seguinte frase: " - Papai, esse menino do vizinho é um subversivo desgraçado. Não pergunte nada a ele não. Quando ele vier atender a porta, o senhor vai logo tacando a mão nele."
Já logo de início, fica claro o tom sarcástico usado constantemente por Stanislaw e a crítica ao cenário político. A linguagem da crônica é bastante informal, tornando-a de fácil leitura para qualquer tipo de espectador, mas também agradando o grupo de leitores mais intelectuais que com um olhar mais atento entenderiam a crítica por trás da história comum do cotidiano de um menino que quebrou uma janela com sua bola e não quis admitir.
As "ideias revolucionárias" ditas tidas por Pedrinho seriam uma referência às ideias militaristas que eram vendidas com tom de revolução do povo, essas mesmas ideias que levam Pedrinho a dizer para o pai que não deveria perguntar nada ao filho do vizinho e simplesmente bater no garoto, ao qual chama de subversivo, onde "subversivo" seriam as pessoas que iam contra as ideias do regime militar. Pedrinho incorpora os chamados "dedos-duros" da época da ditadura, ficando claro na crônica a intolerância e a violência com que eram tratadas as pessoas que possuíam ideologia contraria aos agentes sociais envolvidos no golpe militar.
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Bruninha 30/11/2010

Garota linha Dura
Um menino chamado Pedrinho estava jogando bola no jardim quando a bola passa por cima do gol e quebra a vidraça. O menino com medo da reaçãodo pai sobe as escadas e fica em seu quarto até seu pai chegar. Passado algumas horam o pai chega e antes de mais nada pergunta quem quebrou a vidraça, A mãe responde "Foi o Pedrinho" o pai sobe e ao conversar o filho afirma que foi o filhodo vizinho então o pai disse que iria até a casa dele e o menino sem tempo de inventar uma desculpa diz que vai com o pai. No meio do caminho, diz:
-Quando chegar lá o senhor ja senta a mão nele pois ele é o mentiroso
Vitoria 16/04/2012minha estante
Olha eu achei muito bom mais eu vi que tem alguns erros pq eu ja li esse livro e um dos erros e que no fim vc disse "o senhor ja senta a mão nele pois ele é mentiroso" mais ai eu li o livro e vi que tava escrito assim"o senhor vai logo tocando a mão nele" tem essa e parte e mais alguma mais sem ser essa parte vc me ajudou muito.
Obg




jessicambf 04/07/2009

Garoto Linha Dura
Sérgio Porto, mais conhecido como Stanislaw Ponte Preta (nome fictício que o próprio criou) foi um escritor, jornalista, cronista, e todos os mais istas possíveis entre os anos 60-70. Carioca da gema, ninguém nunca descreveu tão bem o Rio de Janeiro e o próprio comportamento carioca como ele. Suas obras são caracterizadas pelas piadas e sátiras criticando sempre a ditadura e o moralismo social da época, que atacava todos os costumes dos brasileiros.

Escreveu, entre todas as crônicas e piadas, quatro livros de destaque: Tia Zulmira e Eu (1961), sua obra principal, que ele mais usa de piadas e críticas mordazes; Primo Altamirano e Elas (1962), Rosamundo e Outros (1963) e, por último, Garoto Linha Dura (1964).

O livro é uma reunião de contos e crônicas, todas no estilo característico de Stanislaw, que não perde nenhuma oportunidade para fazer piada com qualquer coisa - até a um filme na TV!. Livro que, na introdução, o próprio autor diz que, depois de Zulmira, Altamiro e Rosamundo, ficou sem personagens, mas de repente, apareceu um garotinho que "se deixou influenciar pelo mais recende método de democratização posto em prática no Brasil" - O Garoto Linha Dura. Apesar disso, o livro não são crônicas somente desse garoto - mas crônicas gerais, que falam sobre qualquer situação que o autor tenha passado, sabido ou criado, inclusive algumas com os personagens de Tia Zulmira e Rosamundo.

O livro é realmente engraçado, são crônicas curtinhas, de no máximo três páginas, com ilustrações interessantes de Jaguar. Algumas eu bolei de rir e me surpreendi, porque de primeira não esperava nada de um escritor tão característico do Rio de Janeiro. Uma boa dica para uma leitura leve, descontraida, e, quem sabe, repassar as histórias para amigos, vizinhos, primos, avôs, etc. etc.
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Naziazeno 16/07/2010minha estante
Oi, Jéssica,
bem legal o seu comentário.
Apenas discordo com o "ninguém nunca descreveu tão bem o Rio de Janeiro", porque houve João do Rio e Nelson Rodrigues, e também porque eu não gosto desses rankings.
Abraço!




Babi 29/03/2023

Unh
Dos livros de contos que já li, esse é o pior. Se não me engano, o outro foi do Marcos Rey, e apesar de ter alguns contos que eu não gostava, era bom.

Esse daqui não.

Vai de um conto bem esquisito, ode ele tá cobiçando uma menina de 16, pra um onde só objetifica a mulher, pra outro de traição, pra mais um bem racista...

E continua.
Enfim, não recomendo, e não leria de novo.
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Fabianny3 27/06/2023

.................................................................................................... (quantidade de "." necessária p validar a "resenha" kk, mó preguiça de escrever sobre esse livro)
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Clive 01/08/2024

Crônicas
A leitura é fluída e tem diversos pontos com críticas sociais, políticas, econômicas.
Particularmente não tenho muito interesse em crônicas, mas acho necessário ler para criar um acervo maior de conhecimento.
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